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terça-feira, 3 de junho de 2025

São João, tradição e inovação. Como enfrentar o capital predatório na cultura? & Quando Aracaju acendia fogueiras no coração: Memórias de um São João que aquecia a alma e unia comunidades

 José Teles (*) no facebook 


Na publicidade produzida para o período junino tratam o Sâo João como se a festa não tivesse passado por tantas mudanças. Obviamente,  cultura não é estática. Está em constante evolução. Porém, no São João, as mudanças não foram orgânicas, mas bruscas e impostas.

Curiosamente, não se fala da quadrilha junina,  citada na publicidade como se continuasse feito antigamente, lúdica romântica ( muitos casamentos começaram no balancê das quadrilhas).

Não acompanhei o processo, portanto não sei como a quadrilha se tornou o que é atualmente. Nada de cândidos casais no alavantú, anarriê. São agora simulacros de escolas de samba cariocas. Com pompa e luxo, grande número de integrantes, com uma espécie de carnavalesco que cria cenário, fantasia, tema da apresentação. 

Assim como as escolas de samba, cada quadrilha tem sua torcida. Acho que ainda não conta com ala de compositores  Tampouco dever haver um quadrilhódomo para seus desfiles. Tal qual as escolas, as quadrilhas já figuram na programação junina da Globo.

Desfilam há tanto tempo nesse formato que as pessoas nem se lembram, ou não sabem, das quadrilhas que aconteciam espontaneamente, em diversas ruas de um bairro, na cidade inteira, animado por clássicos como Festa na Roça, de Mario Zan. Estas só continuam existindo nas peças publicitárias juninas.

(*) jornalista, escritor, pesquisador de música popular - telestoques.com 

Quando Aracaju acendia fogueiras no coração:  Memórias de um São João que aquecia a alma e unia comunidades


Estamos em junho, o mês das festas juninas. O Nordeste acorda multicolor, enfeitado de bandeirinhas, e no ar já se sente o chamado antigo — eu já escuto teus sinais, como quem anuncia que a festa vai começar. É tempo de acender fogueiras, preparar a mesa farta, vestir xadrez e celebrar uma das tradições mais bonitas e simbólicas do nosso povo.

E se tem uma coisa que o tempo não apaga, é a memória viva dos bons São Joões que Aracaju viveu — especialmente ali, entre os anos de 1950 até o início dos anos 1990, quando a festa era mais do que diversão: era expressão de cultura, fé, partilha e comunidade.

Naquela época, as festas juninas eram bem diferentes. E quando digo diferentes, é no melhor sentido da palavra. O São João era coletivo, feito de mãos dadas, de vizinhos que se ajudavam, de famílias que planejavam, meses antes, cada detalhe da festa que não era só da casa, mas de toda a rua, do bairro, da comunidade.

Emanuel Rocha é historiador, coautor dos livros Bacias Hidrográficas de Sergipe e Bairro América: A saga de uma comunidade. Também atua como repórter fotográfico e poeta popular.

https://horanews.net/quando-aracaju-acendia-fogueiras-no-coracao-memorias-de-um-sao-joao-que-aquecia-a-alma-e-unia-comunidades/


A questão da apropriação do forró como máquina de produzir dinheiro (Part 2 )



Live "Memórias afetivas e culturais dos festejos juninos" com Profº José Paulino (UFS)


“O São João resiste na obra do artista e agente cultural Félix Mendes.”- 2ª parte - Wendel Salvador

A tradição das festas juninas resiste em Sergipe com o Fórum do Forró - 1ª parte - Paulo Corrêa.


Gonzagão nas Escolas (part 2)





O Gonzagão em noites de gala

Brincantes e mestres da cultura popular tratados como super stars. Tudo conforme manda o figurino, com cobertura da televisão, inclusive com flashes ao vivo, instalação de telões, chegada antecipada do público e com presença massiva, torcidas organizadas, serviço gratuito de alimentação e assistência médica preventiva.

Se você pensou nos bois do Festival de Parintins ou nas escolas de samba do Rio de Janeiro, nos maracatus de Olinda e Recife ou nos afoxés de Salvador, errou! No texto abaixo, você ficará sabendo que isto começa a se consolidar em Sergipe.

 “Zezito de Oliveira” - Professor de História na rede púbica estadual, produtor cultural e escritor. Especialista em Arte-Educação  Um dos fundadores da Associação dos Moradores do Bairro América (AMABA), Centro Sergipano de Educação Popular (CESEP) e da Associação Cultural de Sergipe. 








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