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O QUE É E O QUE FAZ AÇÃO CULTURAL
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domingo, 27 de julho de 2025
As Teias dos Pontos de Cultura vem aí....
Na viagem que fiz a São Paulo para participar do Encontro do Pontão de Cultura Digital e Midias Livres , realizado em São Paulo no período de 21 a 23 de maio no Centro Maria Antônia (USP), conversei com o Mestre Wertemberg Nunes sobre a questão da realização da Teia dos Pontos de Cultura.
Mestre Wertemberg é coordenador do pontão Nacional de cultura Matrizes Amazônicas e membro da CNPDC( comissão nacional dos pontos de cultura).
Foi um dos responsáveis em 2005, pela criação do Ponto de Cultura Aldeia TabokaGrande – um lugar de mitos e lendas dedicado às representações simbólicas da natureza humana e dos elementos naturais da região amazônica.
Conforme o Mestre Wertenberg:
“Então, a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura é representada pelos GTs estaduais, que são as redes estaduais e as redes temáticas, que tratam de temas nacionais como linguagens artísticas, formação cultural, matriz africana, rurais, circos, cultura digital e etc..
Agora, os GTs estaduais constituem a rede de cada estado. Ela é composta por todos os pontos de cultura local.
Como se organiza?
Ele é autônomo, independente. Basta ter uma representação de todos os Pontos de Cultura que atuam no Estado. Em qualquer momento o representante pode ser indicado, a forma pode ser alterada e etc.
A representação pode ser realizada de duas maneiras, com um representante titular e outro suplente, ou por uma comissão colegiada.
Como vocês estão começando , é melhor optar pela escolha de um representante da rede estadual e aí escolhe o representante titular e suplente e envia os nomes para participar da Comissão Nacional.
A Comissão Nacional é a discussão da sociedade civil , é nós que mobilizamos o Fórum Nacional, mobilizamos também a participação na Teia Nacional que vai acontecer no ano que vem no Espírito Santo.
Então é importante que Sergipe se integre nessa participação também.”
Sobre o que são as Teia dos Pontos de Cultura e sua importância para o desenvolvimento da cultura de base comunitária, pesquisamos com inteligência artificial e trazemos o seguinte:
A TEIA é um encontro nacional e regional dos Pontos de Cultura, criado para fortalecer a rede de iniciativas culturais comunitárias no Brasil. Ela funciona como um espaço de articulação, troca de experiências, formação e visibilidade para os projetos culturais vinculados ao programa Cultura Viva, promovendo a gestão compartilhada e a democratização da cultura .
Como a TEIA colabora para o desenvolvimento dos Pontos de Cultura?
Durante os encontros, são realizadas oficinas, seminários e fóruns para discutir políticas públicas, gestão cultural e metodologias de trabalho. Exemplo: a Teia Catarina 2015 incluiu debates sobre sustentabilidade e direitos culturais.
Visibilidade e Difusão Cultural
Mostras artísticas, feiras e apresentações durante as TEIAS destacam a produção cultural local, como o Jongo Dito Ribeiro e a Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene .
Publicações como o Livro Pontos de Cultura de Santa Catarina (lançado na TEIA Catarina) documentam e valorizam essas iniciativas .
Influência em Políticas Públicas
As TEIAS servem como espaço para reivindicar melhorias no programa Cultura Viva, como a Lei nº 13.018/2014, que institucionalizou os Pontos de Cultura.
Recentemente, recursos da Lei Aldir Blanc foram destinados a Fóruns e TEIAS, fortalecendo a mobilização para a VI Teia Nacional em 2026 .
Empoderamento Comunitário
Ao promover a cultura viva comunitária, as TEIAS reforçam a autonomia dos grupos, especialmente aqueles em vulnerabilidade social, como indígenas, quilombolas e periferias.
A TEIA é mais que um evento: é uma ferramenta de transformação social que integra arte, educação e cidadania, garantindo que os Pontos de Cultura não apenas sobrevivam, mas prosperem como agentes de mudança. Suas edições presenciais e digitais (como a Teia SP Digital) mostram como a cultura pode ser um eixo de desenvolvimento coletivo .
Zezito de Oliveira
Sustentabilidade das Teias
Publicado em 30/05/2025 17h47
Agora, municípios, estados e DF podem destinar parte dos recursos da Cultura Viva na Aldir Blanc para Fóruns e Teias de Pontos de Cultura. É possível utilizar os valores tanto na realização dos eventos quanto para apoiar a participação de integrantes de Pontos e Pontões de Cultura nos Fóruns e Teias Estaduais e Nacional.
O percentual máximo aplicado nessa linha de ação é até 10% do valor recebido. Além disso, os entes devem investir, ao menos, 25% com recursos próprios. Essa é uma estratégia importante para articulação, mobilização, organização, formação e expressão artística e cultural das redes de Pontos de Cultura de todo país, como etapas anteriores à VI Teia Nacional, prevista para março de 2026.
Destaca-se ainda que os Fóruns e Teias apoiados com recursos da Aldir Blanc deverão ser construídos junto às redes municipais e estaduais de Pontos de Cultura e suas representações vinculadas e legitimadas pela Comissão Nacional de Pontos de Cultura, respeitar o Regimento do Fórum Nacional de Pontos de Cultura e ter seu calendário pactuado com a SCDC/MinC.
Lançamento da 6ª Teia Nacional dos Pontos de Cultura - Espírito Santo
Cultura viva comunitária: um trabalho em rede de formação, pesquisa e extensão
26 dezembro 2024
Em seus 10 anos de existência, o programa IberCultura Viva desenvolveu dois programas de ação (2015 e 2016-2017) e três planos estratégicos trienais – PET (2018-2020, 2021-2023 e o atual, 2024-2026). Inicialmente, as atividades estavam centradas em dois eixos: a promoção de intercâmbios e o desenvolvimento de redes entre organizações culturais de base comunitária, mediante editais, e ações de comunicação. Em 2017, passaram a ser incentivadas ações de formação em políticas e gestão cultural de base comunitária. Este foi um dos grandes acertos deste programa de cooperação, como mostraram as pessoas participantes da Mesa 3 do Seminário Comemorativo, “Atuação em rede na formação, pesquisa e extensão”, que encerrou a jornada de debates e reflexões em Brasília, na tarde de 28 de novembro.
Um dos principais temas deste painel, o Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária, lançado em 2018, foi uma construção conjunta do IberCultura Viva com a Área de Comunicação e Cultura da FLACSO-Argentina. Todos os anos, o programa oferece bolsas para este curso e recebe pelo menos 400 inscrições de pessoas interessadas. Este ano, que teve número recorde de candidaturas, foram enviadas 525 inscrições para o Edital de Bolsas. Somando as sete turmas que se formaram entre 2018 e 2024, o IberCultura Viva concedeu 722 bolsas para essa pós-graduação virtual da FLACSO-Argentina.
Outra ação formativa importante na história do programa foi a criação, em 2021, do Grupo de Trabalho sobre Sistematização e Divulgação de Práticas e Metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização). Por meio de chamada pública, 59 pessoas de 10 países foram selecionadas para compor este GT. A iniciativa rendeu um ciclo de seminários, uma publicação e a participação de integrantes do grupo em encontros e congressos. Este ano, o GT se dedicou a elaborar a proposta para a criação da Rede Educativa IberCultura Viva, que será lançada em 2025.
Tanto o curso da FLACSO como o GT de Sistematização e a futura Rede Educativa foram comentados nesta terceira mesa do seminário. A conversa contou também com uma panorama das iniciativas de formação que vêm sendo construídas no campo das políticas culturais, uma apresentação sobre o Consórcio Universitário Cultura Viva, criado há um ano no Brasil, e outra sobre as iniciativas que buscam incluir os conhecimentos tradicionais dos mestres e mestras das culturas populares na sala de aula, como uma forma de humanizar e pluralizar a universidade.
Participaram da mesa: Alexandre Santini, presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa; Deborah Rebello Lima, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná; Diego Pigini, da Universidade Nacional de Córdoba, representando o GT de Sistematização do IberCultura Viva; Tião Soares, diretor de Culturas Populares e Tradicionais da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC), e Belén Igarzábal, diretora da Área Comunicação e Cultura da FLACSO-Argentina e coordenadora acadêmica do Curso de Pós-graduação Internacional em Políticas Culturais de Base Comunitária.
Dois alunos desse curso, a equatoriana María Pía Alcivar Vásquez e o uruguaio Ce Tao Vignolo Gayero, também foram convidados a subir ao palco para falar da experiência acadêmica a partir de suas próprias vivências. A mediação ficou a cargo de Emiliano Fuentes Firmani, ex-secretário técnico do IberCultura Viva (2016-2022) e um dos diretores da editora argentina RGC (Redes de Gestión Cultural).
Para Emiliano, o tema desta mesa é fundamental na história do programa, uma vez que as propostas formativas nas universidades, nas instituições de ensino, trabalhavam muito pouco a cultura comunitária como tal. “Nesse processo, tanto a pós-graduação internacional que o IberCultura Viva fez com a FLACSO, como a rede que foi se formando, têm muito a ver com a sistematização, a construção de metodologias, até para pensar como o programa pode ser um interventor para as políticas culturais de base comunitária, como uma espécie de manual de boas práticas, para que os governos, e também a sociedade civil, tenham possibilidades de nortear suas ações”, afirmou.
A seguir, as apresentações de cada uma das pessoas convidadas.
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