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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Flores do Jardim na Mostra Egbé de Cinema Negro de Sergipe

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Quero começar esse texto agradecendo a todos os que se somaram a essa construção que é realizar a EGBÉ - Mostra de Cinema Negro de Sergipe, todos os amigos envolvidos na equipe, as parcerias e aos apoiadores. Gostaria de agradecer não tão somente pelo apoio, mas por acreditar na importância da discussão que cada um desses filmes traz. 

Cada produção dessa, que iremos exibir durante os próximos dias, carrega consigo uma busca por ancestralidade, pela história do povo negro, que não está contada nos livros, muito menos nas novelas e nos jornais em que assistimos. São filmes que tratam de lutas, lutas de mulheres negras, jovens negros e o direito pela expressão de sua Religião Africana. E para comunicar isso, nesses filmes, foi preciso antes de qualquer câmera na mão, responsabilidade e respeito por nossa ancestralidade, pela história de luta dos que vieram antes, para hoje termos o pouco do direito que conquistamos. 

Por isso, não podemos aceitar mais atitudes racistas mascaradas em forma de humor. Nosso cabelo não é "exótico", não é "bonitinho", não é "exposição", nosso cabelo é raiz, faz parte de minha história, do meu corpo, de quem eu sou. A minha cor não é "caramelo", ou "jambo", ou "bombom", a minha cor é negra. E dela sentimos orgulho, pela história que carregamos.

Nós, cineastas negros, produtores, sabemos disso, mas é importante que qualquer comunicador também saiba, pois é com ele que está o poder de comunicar. É preciso ter responsabilidade ao falar de coisa séria no cinema, na TV e em qualquer meio de comunicação, é preciso ter respeito pelas pessoas e por sua estrada. 

Hoje à noite, consigo, através do apoio de muito trabalho de pessoas queridas e de parceiros, realizar um desejo, que também é da minha amiga e querida irmã preta, Everlane Moraes, que está longe mas que manda força e boas energias para essa mostra de cinema. Por saber do nosso esforço e de nossa luta diária no trabalho e na rua por respeito por nossa cor, é que pedimos maior reflexão no ato de comunicar nossos trabalhos, mais responsabilidade e respeito por nossa história.

Luciana Oliveira - Produtora Egbé - Mostra de Cinema Negro de Sergipe
06 de Abril de 2016.




 Levidário Pacheco e Cicero Moura que representaram a equipe do curta Flores do Jardim.
Abaixo: Foto de tela do curta Flores do Jardim, em exibição na Mostra Egbé.
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Na noite de quinta feira dia 07/04 , tivemos o prazer de ver o nosso filme "Flores do Jardim"  sendo exibido  no Centro Cultural de Aracaju. Um filme feito por alunos da escola Julia Teles, junto com os professores Vladimir Guimarães,  Zezito de Oliveira e Gabriela Caldas. 

Após a exibição do filme, foram realizadas  muitas perguntas. Perguntaram como foi gerado o conteúdo do documentário, quem teve a idéia, como nos sentimos após termos realizado o filme, como foi a reação  da população, se já foi exibido em praça pública na comunidade para que  todos pudessem assistir e etc... 
As minhas respostas foram as seguintes: O  conteúdo foi gerado devido a necessidade  de mostrar a realidade, relatei que estávamos perto do fim do projeto e ainda não sabíamos sobre o que seria o filme. Foi aí que a  Gabriela viu a necessidade  de falar sobre as dificuldades da comunidade e então  ela fez uma entrevista com cada um dos que estavam participando, assim foi gerado o conteúdo mostrado no filme, Sobre como nos sentimos após a realização, não poderia falar pelos outros, mas como eu me senti,  falei que foi uma experiência incrível e nova, e que me fez ver muitas coisas com outros olhos. Também não descrevi como foi a reação da população,  pois acredito que a maioria dela não  sabe ainda sobre o filme, pois não tivemos a oportunidade de apresentá-lo em um local público, mas falei que o professor Zezito já está com esse projeto em mente,  pois ele já me falou algo sobre isso.
Levidário Pacheco






Maíra Ramos, secretária da Ação Cultural, representando o coletivo/organização na exibição do curta Flores do Jardim e Daniel Augusto do coletivo  Levante Popular da Juventude.

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segunda-feira, 11 de abril de 2016


Flores do Jardim na Mostra Egbé de Cinema Negro de Sergipe


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quinta-feira, 31 de março de 2016

Flores do Jardim na Mostra Egbé de Cinema Negro

O curta Flores do Jardim participa de mais um festival de cinema.  O de número 4.
Para saber sobre a trajetória de Flores do Jardim. Clique aqui.

28/03/2016 - 07:15
Produtores sergipanos elaboram Mostra de Cinema Negro
Produções propõem reflexão sobre a inserção da etnia no cinema
João Brazil e Luciana Oliveira organizam as exibições sobre a etnia (Fotos: Portal Infonet)
“É preciso quebrar as barreiras impostas pelo modelo de mercado hollywoodiano e inserir o cinema negro nas principais salas comerciais do Brasil”. Engajando este tipo de pensamento, produtores e cineastas Sergipanos estão elaborando, pela primeira vez, a 1º Mostra de Cinema Negro de Sergipe – Egbé. Datada para acontecer entre os dias 6 e 9 de abril, a exibição de curtas-metragens sobre a juventude negra, mulher e ancestralidade afro-brasileira visa promover uma reflexão e debate sobre o pouco espaço que tem esse tipo de produção nos principais roteiros de exibições cinematográficas do mundo.

Organizado pela Cineclube Candeeiro em parceria com a Ong Cacimba de Cinema e Vídeo, a mostra tem a frente ainda nomes como o do produtor João Brazil e da cineasta e produtora Luciana Correia. Para ela, as produções audiovisuais da ocasião trazem um conteúdo pautado há décadas em militâncias de movimentos sociais, religiosos e grupos de mulheres e são, na sua visão, a principal “arma” na superação dos preconceitos existentes no mercado cinematográfico.

“Esse tipo de produção tem muito mais representatividade social do que estamos acostumados a ver. Filmes que tratam do empoderamento da mulher negra, quebra de estereótipos, combate ao racismo, debate sobre o sexismo e genocídio, além da ascensão dos jovens negros das periferias. Esse tipo de produção não pode ficar na gaveta, precisa ter uma ampla exibição”, compreende Luciana.
E um dos curtas com maior destaque para o evento é “O corpo é meu”, da própria Luciana. A produção, segundo a cineasta, contou com a colaboração de várias amigas do curso de audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e foi coroada com um prêmio, menção honrosa e especial na Venezuela, num festival de cinema feminista.

Segundo a organização, a Mostra será dividida entre três temas: Cinema, gênero e raça – o empoderamento da mulher negra; Cinema e juventude negra – acesso dos jovens das periferias às universidades e reflexão sobre genocídio; e Cinema, religiosidade e ancestralidade afro-brasileira – intolerância religiosa contra fiéis do candomblé e umbanda. As exibições acontecerão no Centro Cultural de Aracaju e no Sesc nas sedes do Centro, bairro Siqueira Campos e município Nossa Senhora do Socorro. A programação completa e detalhes do evento você pode acompanhar pela Fanpage Egbé.

Por Ícaro Novaes e Kátia Susanna
Fonte: Infonet
 


sábado, 21 de novembro de 2015

Curta-SE 15 inicia com Mostra Competitiva de Curtas Sergipanos. Flores do Jardim foi um dos exibidos.

 O filme “Flores do Jardim”, foi produzido através do projeto “Inventar com a diferença”, da Universidade Federal Fluminense, que através da parceira com diversas escolas públicas, favoreceu a produção de oficinas locais e realização do projeto. “Enquanto professor de uma das escolas parceiras do projeto, me orgulho de colocar uma comunidade estigmatizada pela sociedade para mostrar um outro olhar sobre o que elas fazem e forma como vivem”, ressaltou o professor José de Oliveira Santos.

Os alunos (as) envolvidos na produção, não puderam participar da sessão porque os demais filmes exibidos, tiveram como classificação indicativa a idade de 18 anos.



Com esta terceira participação, Flores do Jardim encerra a carreira de participação em Festivais de Audiovisual, chegando aonde não tinha sido planejado. Festival do Rio 2014. Festival Visões Periféricas (RJ) 2015 e Curta SE 2015. Em dezembro pretendemos iniciar um abaixo assinado online e impresso, para cobrar das autoridades, estado e governo federal, o dinheiro que está retido, para realizarmos em 2016 outras oficinas de audiovisual, assim como de outras linguagens artisticas. Contamos com a colaboração de todos (as). Mas o Cineclube Realidade no Conjunto Jardim prossegue, com exibição quinzenal de filmes, fruto da parceria Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude, Escola Júlia Teles e Projeto Rap Identidade Cultural.







Curta-se---Abertura-36

A 1º Mostra Competitiva de Curtas Sergipanos do Curta-SE 15 fez parte da programação da noite de abertura do Festival, exibindo oito produções, com duração média de 20 minutos. Após os filmes, centenas de pessoas puderam votar entre curtas dos mais diversos gêneros, como documentário, animação e ficção, dando notas de 1 a 5 e, assim, eleger a melhor produção da noite.

Foram exibidos os filmes “A mão do Pajé” dirigido por Rita Simone Liberato, “Chica Chaves” sob direção de Gabriela Caldas e Sérgio Borges, “Conflitos e Abismos – A expressão da condição humana” de Everlane Moraes, “Erasmus Mundus – Engenheiros da Ásia” de Antônio Ettinger, Daniel Catalão, Catarina Medeiros e Kim Oan Ung, além de “Flores do Jardim” que teve uma direção coletiva, “Madona e a Cidade Paraíso” dirigido por André Aragão, “Snapic – Música pra ver” da Snapic e “Uma mulher à frente da carroça” sob direção de Ewerton Nunes.

Filmes

Curta-se---Abertura-38O curta “A mão do Pajé”, primeiro documentário exibido na noite, apresenta a aldeia Cinta Vermelha-Jundiba, no Vale do Jequitinhonha (MG), que desenvolve uma série de projetos buscando resgatar os conhecimentos tradicionais e inseri-los na educação escolar do povo Pataxó e Pankararu.

Já o filme “Chica Chaves” traz um olhar sobre o Bairro Industrial, localizado em Aracaju (SE), a sua memória e educação patrimonial. De acordo com o diretor Sérgio Borges, “a obra ‘Os Corumbas’, de Armando Fontes, foi fundamental para a construção do curta. Participo desde o primeiro Curta-SE e, como já ganhei vários, inscrevo todos os trabalhos que faço aqui no Estado, mas acredito que a minha grande premiação já é a participação do documentário no Festival”.

Em seguida,“Conflitos e Abismos – A expressão da condição humana” abordou a pintura de um artista plástico que exprime o que há de mais real na vida do homem e que cria a possibilidade do humano se redimir através da autoavaliação. “Eramus Mundus – Engenheiros da Ásia”, quarto curta da noite, retratou a vida de estudantes asiáticos mostrando as diferenças sociais e culturais nos quais foram expostos após mudarem de cidade.

“Madona e a Cidade Paraíso” leva ao público a história de conhecido travesti sergipano, tratando da problemática da violência praticada contra os homossexuais. Segundo Arthur Pinto, diretor de fotografia de “Madona”, “o filme já foi exibido em diversos países e agora é a oportunidade de apresentar ao nosso Estado. Por ser um filme que dialoga, e não só de entretenimento, ver a reação do público sergipano no Curta-SE já é o nosso prêmio”.

Logo depois, foi a vez do documentário “Snapic – Música pra ver” que abordou o processo do projeto que envolve o primeiro livro de fotografia de música de Sergipe, além das três exposições fotográficas realizadas para difusão do mesmo. Para finalizar a noite, foi exibido o filme experimental “Uma mulher à frente da carroça”, que retratou a violação dos direitos humanos, levando pessoas a condições indignas de vida, ressaltando ainda as consequências do trabalho infantil.

“O filme ‘A mulher à frente da carroça’ me sensibilizou por mostrar a triste realidade e as dificuldades da vida. Acredito que este tenha sido o filme que mais se aproximou da realidade, retratando a falta de necessidades básicas para um ser humano e o sofrimento de uma mãe e seu filho por conta disso”, afirmou a professora Rosane Bezerra Soares.

Para o produtor Joseph, o Curta-SE melhorou muito a visibilidade do audiovisual em Sergipe, por dar a chance dos artistas mostrarem os seus talentos. “A gente sabe que trabalhar com arte em Sergipe é muito difícil, mas o Festival mostra que o cinema em Sergipe está vivo e que nós temos bons produtores e cineastras aqui em Sergipe. O Curta-SE veio para valorizar o audiovisual sergipano e ensinar o público a ir ao cinema acompanhar bons filmes”, completou ele.

O resultado da votação de hoje sairá no sábado, 21, último dia do Festival. O filme vencedor pelo júri oficial, receberá o Prêmio CiaRio, no valor de R$ 7 mil em serviços, como locação de equipamentos, acessórios e maquinaria, e o Troféu Ver ou não Ver. Além do melhor curta sergipano, também será eleito, através do júri oficial, o filme com a melhor fotografia e melhor direção. O filme eleito pelo júri popular também será premiado no próximo sábado.

Curta-SE 15

Através da Lei de incentivo à Cultura, o festival tem o apoio da Revista Preview, AVBR Produções, Pelicano, Benedito Lado B Produções, Mix Estúdios, Mistika, Cia Rio, Tagi.i, ABCA, Pontão de Cultura Digital Avenida Brasil, NET, Shopping Rio Mar, Festival de Avanca - PT e Fest'Afilm - FR, Superlux, TV Sergipe, Secretaria de Estado da Cultura,  e apoio cultural do Cinema Vitória, Banco do Nordeste do Brasil, Cinemark e HS Áudio e Vídeo. A realização é da Casa Curta-SE e Ministério da Cultura /Governo Federal.

Por Carolina Leite e Victor Hugo Oliveira
Fotos: Erwin Camara 

sábado, 14 de novembro de 2015

Flores do Jardim no Festival Curta-SE

O filme "Flores do Jardim", produzido em 2014,  estará na Mostra de Curtas Sergipanos e será exibido na abertura do festival, na segunda feira, 16, as 20h, no Tobias Barreto. A classificação indicativa é 18 anos.

 O roteiro nasceu da necessidade de se criar uma voz que se rebatesse as vozes  massacrantes e da  impiedosa mídia policial que tanto estigmatiza o bairro,  a comunidade em que a escola está inserida. Foi muito importante para os alunos encontrar uma voz surgida das suas vozes, criando assim uma polifonia onde cada um se reafirma como protagonista dessa estória, uma nova estória agora contada por eles. O espírito de colaboração e acordo de idéias foi essencial nesse processo.


 
 SELECIONADOS CURTA-SE 15 - MOSTRAS COMPETITIVAS
 CURTA SERGIPANO
 A mão do Pajé - Rita Simone Liberato, 14´41
 Documentário, 2015, Aracaju/SE
Chica Chaves - Gabriela Caldas e Sérgio Borges, 15´15´´, Documentário, 2015, Aracaju/SE
Conflitos e Abismos - A expressão da condição humana- Everlane Moraes, 15´, Animação/Documentário, 2014, Aracaju/SE
Erasmus Mundus- Engenheiros da Ásia- Antônio Ettinger, Daniel Catalão, Catarina Medeiros e Kim Oan Ung, 9´13´ Documentário, 2013, Aracaju/SE.
Flores do Jardim - Direção coletiva, 10´43´

 Documentário, 2014, Aracaju/SE
Madona e a Cidade Paraíso - André Aragão, 20´, Ficção, 2014, Aracaju/SE
Snapic- Música pra ver - Snapic, 18´, Documentário, 2015, Aracaju/SE
Uma mulher à frente da carroça- Ewerton Nunes, 19´51´ Experimental, 2015, Aracaju/SE


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Flores do Jardim no Rio em cores de cinema




 Levidário Pacheco - representando os alunos da Escola Júlia Teles participantes da  oficina e realizadores do curta "Flores do Jardim".
 Levidário Pacheco recebendo com alegria,  certificado de menção honrosa de "Flores do Jardim"  e uma caixa contendo DVDs  com entrevistas técnica de realizadores com carreiras premiadas no cinema nacional.
 Zezito de Oliveira - Um dos três professores mediadores pedagógicos da oficina e do curta "Flores do Jardim".

*Fotos: Marília Cabral.

Poucas cidades do mundo oferece para um visitante, uma semana tão rica de atrações culturais gratuítas ou com preços acessiveis, como uma  exposição de Pablo Picasso, a remontagem  de um clássico do teatro musical brasileiro a “ Ópera do Malandro”   e um dos mais importantes projetos de democratização da música clássica,  o projeto Aquarius.


Da  mesma maneira, o Rio de Janeiro talvez seja a única cidade brasileira que ofereça um festival de audiovisual como vitrine, para um bocado de produtos que mostra uma gente que pouco aparece de forma positiva nos grandes  meios de comunicação. Um tipo de gente que quando aparece, na maioria das vezes é mostrada  de forma “enrolada’ como marginais criminosos , envolvida em acidentes e tragédias  ou como atração exótica, pitoresca ou engraçada.


Bem diferente de como é mostrado no  Festival Visões Periféricas, realizado  na semana de 18 a 23 de agosto, quando  o filme  “Flores do Jardim”  foi exibido pela segunda vez no Rio de Janeiro,  no Espaço Oi Futuro, localizado em Ipanema. O OI Futuro é um prestigiado espaço da arte independente, alternativa e experimental com ênfase na relação da arte com as novas tecnologias.


 A primeira vez em que foi projetado na  tela de cinema,  Festival do Rio 2014,  Flores do Jardim foi exibido em um outro prestigiado espaço  da cena artística carioca, o cinema Estação Botafogo, um dos pouco cinemas de rua que ainda restam no Rio de Janeiro, muito conceituado e especializado na exibição de filmes de arte.


Como da primeira vez,  após a exibição,  “Flores do Jardim” foi bastante elogiado . Um dos que se manifestaram  neste segundo momento foi  Paulo Silva, roteirista de filmes, novelas e minisséries de TV, que disse entusiasticamente: “Faz  alguns anos que não assisto a um filme tão verdadeiro e honesto como “Flores do Jardim”, verdadeiro e honesto porque retrata  de forma simples, clara e direta o que querem e como vivem os adolescentes e jovens do conjunto Jardim.”


Outro participante da sessão  se referiu ao filme como uma obra poética, mesmo em meio aos dissabores e dificuldades enfrentadas pelos moradores. Disse mais, "por causa do filme me  senti  estimulado a conhecer melhor a comunidade e para isso buscarei mais informações na internet."


Já na minha fala, disse da felicidade em perceber o quão potente é o audiovisual para fazer barulho e contribuir na transformação das pessoas e da  sociedade. Barulho como denuncia das situações de opressão ou de descaso e menosprezo a qual são submetidos  trabalhadores, negros, índios, mulheres, população LGBTs e etc..


Como potência de transformação pessoal e social, o audiovisual pode subverter a idéia na qual se crê, de que  pobre não tem  direito a produzir e a consumir uma arte esteticamente rica e criativa. Arte com luxo, brilho e ao mesmo tempo  critica, sem perder as características de produção estética. Outra possibilidade trazida pelo audiovisual é subverter a  idéia de que arte produzida na periferia não precisa de muitos recursos financeiros ou de formação intelectual/acadêmica como suportes para a produção.


“Flores do Jardim” faz parte desse rol de produção audiovisual “made in periferia”  que subverte o senso comum, pois  contou com recursos financeiros públicos oriundos  da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, acompanhamento e produção de material pedagógico através do projeto "Inventar com a Diferença" da Universidade Federal Fluminense  e  presença de professores mediadores  com formação acadêmica e técnica profissional no campo do audiovisual, pedagogia   e produção cultural. Estes são os ingredientes do sucesso, além de muito amor e paixão.


Vida longa para ações culturais exitosas no campo do audiovisual  como o Inventar com a Diferença  e o Festival Visões Periféricas. Que venham mais flores e frutos de nossos Jardins, quando bem semeados e bem cuidados.   

Que o prefeito Fábio Henrique de Nossa Senhora do Socorro e o governador de Sergipe Jackson Barreto assistam ao filme e procurem dar respostas aos clamores e anseios manifestados pelos adolescentes protagonistas, afinal como citado acima: Flores do Jardim”, é verdadeiro e honesto porque retrata  de forma simples, clara e direta o que querem e como vivem os adolescentes e jovens do conjunto Jardim.”

Da nossa parte,  os nossos agradecimentos ao governo do estado nas pessoas  do secretário de educação (SEED), professor Jorge Carvalho e da superintendente executiva da SEED,  Marieta Barbosa Oliveira,  pelo custeio das passagens e apoio para a estadia no Rio de Janeiro e aos gestores e produtores do Festival Visões Periféricas pelo custeio das passagens aéreas, hospedagem, alimentação e translado do aluno Levidário Pacheco. 
 Zezito de Oliveira - Educador, produtor cultural e blogueiro.

P.S.: 1 - O titulo Flores do Jardim em cores de cinema. Faz referência a uma das mais belas declarações de amor a cidade do Rio de Janeiro, terna e com senso critico, da autoria de um sergipano que nasceu no Rio de Janeiro. O cantor e compositor Chico Queiroga

2 - Esse texto foi escrito em meio ao burburinho do público que aguardava em  frente ao Teatro Municipal,  o inicio da apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira. Programação especial do projeto Aquarius em homenagem aos 90 anos do jornal "O Globo".  Com direito a emocionante  bateria de escola de samba e o funk,  como partes integrantes de um concerto de orquestra sinfônica.  Os artistas, intelectuais e produtores do Rio de Janeiro e de tantos lugares desse nosso país, buscam através da arte uma forma de aproximar os brasileiros e diminuir os preconceitos e as discriminações. Estamos juntos,  nessa vibração e sintonia.

3 -  Atuaram como mediadores pedagógicos, além do professor Zezito de OIiveira, os  professores  Vladimir Guimarães e Gabriela Caldas, também responsável pela montagem e edição do filme. O diretor da Escola Estadual Júlia Teles, Rodrigo Damião também deu uma importante contribuição para o sucesso do projeto. Desde o apoio no inicio de realização das oficinas "Inventar com a Diferença"  até a  mediação inicial para o patrocinio junto a Secretaria de Estado da Educação(SEED). Cumpre-nos destacar a colaboração do professor Everaldo Gaspeu,  da Diretoria Regional de Ensino - 08,  no endosso para o patrocinio da SEED, tanto em 2014 como agora em 2015


4 - O júri da Programação do Visorama e Cinema da Gema, composto por Paulo Silva e Luiz Claudio Motta,chegou a decisão gratificante, porém inglória, de premiar, conforme ressaltaram, entre tantos filmes bons, os seguintes filmes:
MOSTRA VISORAMA:
Premio do Júri – 'Armat Jakawinara – Vidas Ausentes'.
Direção: Ronaldo Dimer.
"Pela sua beleza plástica e técnica bem apurada, roteiro bem pontuado e um tema que comoveu o público e o Júri."

Menção Honrosa – 'Flores do Jardim'. Direção: Coletiva.
Menção Honrosa – 'Cinema do Meu Bairro Cadê Você?'
Direção: Renata Lima.

MOSTRA CINEMA DA GEMA:
Prêmio do Júri – 'Todas as Coisas São Uma Metáfora Sobre a Morte'.
Direção: Beto Waite.
"O filme mostra um vigor na sua essência, o que nos surpreendeu foi o final bem elaborado, o diretor não se perdeu nos tantos caminhos que podia tomar, mostrando um belo desfecho para trama."

Segundo lugar - 'Jurema'.
Direção: Clementino Junior.

Menção Honrosa – 'Penha, Uma Festa Carioca'
Direção: Ricardo do Carmo.

Menção Honrosa – 'Programa da Tarde'
Direção: Bruno Rubim.

O júri da Mostra Fronteiras Imaginárias, composto por Bernardo Oliveira e Daniela Broitman, decidiu em consenso, outorgar como grande vencedor desta mostra o filme:
'Malha'
Direção: Paulo Roberto.
"O filme não entrega nada de bandeja para o espectador, nem mesmo seu gênero, ultrapassando as fronteiras entre o documentário e a ficção. Todo o processo vai se construindo sem o auxílio de cartelas e depoimentos, apenas recortes, detalhes, momentos, expondo a dura materialidade dos encontros."

Segundo lugar: 'E o amor foi se tornando cada dia mais distante'
Direção: Alexander de Moraes.

Menções honrosas:
Menção Honrosa com prêmio: 'Ruim é ter que trabalhar (SP)'. Direção: Lincoln Péricles.
Menção Honrosa com prêmio: 'Rua da Solidariedade (SP)'. Direção: Jader Chahine e João Paulo Bocchi.
Menção honrosa sem prêmio: 'A Voz do Povo (RJ)'.
Direção: Germano Weiss.

Menção honrosa sem prêmio: 'Ocupação (RJ).'
Direção: Diego Jesus.