terça-feira, 5 de agosto de 2025

A BELEZA SALVARÁ SÃO CRISTÓVAO E OUTRAS CIDADES QUE ESTÃO INVESTINDO NA CULTURA E NA ECOLOGIA INTEGRAL.


 Odair José em São Cristóvão- Fonte: Prefeitura de São Cristóvã0

Do melhor que posso extrair da experiência de ter ido a São Cristóvão para assistir Odair José neste final de semana de 01 a 03 de agosto de 2025, a primeira constatação é que Odair envelhece muito bem. 

E  o envelhecer muito bem a que me refiro  , além do vigor artistico,   físico e mental, do alto dos seus  setenta e sete anos, lembro  a postura firme e decidida a favor da democracia, contra a desigualdade, a favor do respeito a liberdade de escolha, conforme demonstrou Odair em diversos momentos de sua carreira, 

A citar como fatores que fez com  que a  noite de 01 de agosto de 2025 em São Cristóvão fosse parcialmente  uma das mais lindas na cidade nestes últimos anos, a chuva , relativamente intensa e o problema no gerador que interrompeu o show por quase uma hora , justamente quando Odair José abria cantando  "A Noite Mais Linda do Mundo", todavia, pouco mais  de uma centena de  pessoas resistiram e  vibraram juntos com o artista nascido em Goiás, quando o som e as luzes do palco foram religadas.  

Também não podemos deixar de lembrar o primoroso  show de abertura realizado por Leni Hall, cantora sergipana, residente em Aracaju há 27 anos,  mas nascida no Pará, e considerada uma das melhores vozes das noites "calientes" aracajuanas. Assim também como o show  da cantora Tatah Santana, que animou o público com um repertório repleto de músicas mais atuais. Misturando ritmos como arrocha e forró, Tatah conquistou especialmente o público jovem, encerrando a seresta com muita energia e emoção.

Como Odair José é um profissional de excelência, ele se colocou à disposição para voltar e completar essa noite  linda, e que deixou todos os presentes com um gostinho de quero mais, o que irá depender da iniciativa da Prefeitura de São Cristóvão que pode fazer isso acontecer  no próximo Festival de Arte de São Cristóvão (FASC).

E como várias pessoas tomaram um banho de chuva, para ficar mais perto do palco, algumas menos,  porque estavam de guarda chuva,  e outras mais,   não tive como não lembrar de Vanessa  da Mata, "E tomar um banho de chuva". Aqui também uma  boa sugestão para o próximo FASC.

Por último, “Gracias a La Vida”, aqui lembrando a chilena Violeta Parra, pela prioridade que dão ao desenvolvimento cultural da cidade de São Cristóvão, o  ex-prefeito  Marcos Santana e o atual Júlio Nascimento,  mesmo que a cidade baixa e bairros como Rosa Elze , Conjunto Eduardo Gomes, entre outros  precisem  de mais atenção e cuidado com relação a isso, até pela carência de espaços e de atividades culturais, o que gera campo propicio para tornar a violência em suas diversas formas um tipo de espetáculo.

“Gracias a La Vida” pelo meus antepassados que nasceram e viveram em São Cristóvão como minha avó Sara, meu avô Norberto, minha mãe Maria Marlene e meu pai José de Deus, este que mesmo nascido na cidade sergipana de Ilha das Flores e migrado para São Cristóvão,  Rio de Janeiro e Aracaju,  considerava São Cristóvão a cidade do coração e para onde várias vezes se deslocava para ficar na casa da família, construída por ele, a fim de passar um, dois, três, quatro dias, o que foi mais  frequente durante os seus últimos vinte dos oitenta anos de vida. 

”Gracias a La Vida” também pelos meus tios, tias, primos e primas que se foram e pelos que estão presentes, como meu primo-irmão George de Oliveira, "Seu Geo",  que vive metade do tempo em Aracaju e metade em São Cristóvão, nesse caso para ficar mais tempo com a mãe, a tia Dozinha, como carinhosamente é conhecida Maria das Dores.

Zezito, Seu Geo e Irene - Foto na Casa Verde com o palco do show ao fundo,  em azul.

“Gracias a La Vida” por Irene Smith, companheira e cúmplice de tantas escolhas que fazemos juntos, incluindo esta programação de final de semana.  A namorada que sonhei’ como na icônica canção romântica dos anos 1970 composta e interpretada por Nilton César, bastante popular nessa década como  Odair José.

“Gracias a La Vida” por Álvaro e Aída,  sócios proprietários da estalagem (pousada)  Vila Barroca, localizada na Praça São Francisco, onde ficamos hospedados durante dois dias em  um ambiente aconchegante , com pessoas também assim,  e com uma sensibilidade cultural e criativa que dá gosto.

“Gracias a La Vida” pelo carinho e atenção que recebi quando cheguei a Casa Verde do meu primo George, frequentador assíduo do local e de outras pessoas presentes, como as   belas, afetuosas e inteligentes Lu Silva, realizadora de audiovisual e Danila Silva, assessora do deputado João Daniel (PT), este   também visitando a  Casa Verde após a solenidade de reabertura do   Museu Histórico que  também aconteceu naquela noite.

A Casa Verde merecerá reportagem a parte no blog da Cultura, muito boa a conversa que tivemos  com Ariadne , uma das empreendedoras que tem hambugueria no local e responsável também pela administração geral do negócio criativo.

Outros empreendimentos ligados a economia criativa também valeu a pena conhecer, como o restaurante Zé de Fulô onde almoçamos no dia de sábado e o pizzaria e restaurante Ivorá, onde jantamos na noite de sexta-feira.

“Gracias a La Vida” por um intelectual multifacetado como Luiz Eduardo Oliva, atualmente chefe do escritório do IPHAN em Sergipe, um verdadeiro  gentleman, um bom papo, bem humorado, sem “frescuras”  e um excelente memorialista e escritor .

“Gracias a La Vida” por Gaspeu, Tiago Fragata e  Clóvis Barbosa, além de outros (as)  pessoas ligadas ao campo da criação, da gestão e da reflexão sobre arte e cultura, residentes em São Cristóvão ou não,  também presentes ao local.

E para finalizar os dois dias de felicidade em São Cristóvão, um delicioso  almoço no restaurante “Pôr do Sol”, cercado de tudo que eu, Irene e George gostamos, boa comida e boa bebida, boa música ao vivo com o cantautor Fernando Crateús, em  ambiente aconchegante, ventilado e iluminado fortemente pela natureza, até porque  localizado as margens do Rio Paramopama, e próximo ao centro histórico da cidade mãe de Sergipe,  que conta com  potencial incrível  para  gerar   mais momentos felizes para seus moradores e visitantes, isso  por meio da sua história, da sua cultura e das suas belezas naturais, desde que bem cuidadas e inseridas com três propósitos fundamentais na governança local e global nessa primeira quadra do  século XXI, sustentabilidade, participação social  inclusão.

Zezito de Oliveira

P.S.:  Caso queira abrir os hiperlinks, grifados em lilás acima e abaixo , obterá um complemento/aprofundamento de conteúdo que valerá a pena.

Leia/assista/ouça também:

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Finalmente! Odair José em Sergipe neste primeiro de agosto de 2025

 Muito feliz por poder assistir um show do Odair José em Sergipe e na cidade onde nasci... São Cristóvão.

Quem  quiser sugerir uma segunda vinda de Odair José a São Cristóvão em razão das razões apresentadas acima, assim como a vinda de outros artistas, pode participar através do perfil do FASC no instagram... AQUI

O titulo dessa crônica-reportagem traz três nomes com muita força  ética e poética. Dostoiévski , Célio Turino Papa Francisco. 

O novo rosto do clero no Brasil

Eliseu Wisniewski 

 A presença de um novo perfil de clero brasileiro revela uma tendência clericalista visível a olho nu que ganha seu lugar cada vez mais comum e, por conseguinte, mais legítimo nas mídias católicas e nas comunidades eclesiais. Não deixa de ser desconcertante o perfil predominante dos ministros ordenados, em especial do presbítero, nas últimas décadas, em perspectiva oposta a uma Igreja sinodal. Grande parte dos denominados "padres novos" normalmente: tomam distância do Vaticano II e do magistério do Papa Francisco; gostam de se autodenominar "sacerdotes" e de exercer seu ministério em torno ao culto e à administração dos sacramentos; devotam especial esmero ao uso de paramentos e outros utensílios da liturgia pré-conciliar; dizem-se zelosos da doutrina e defensores da tradição; vestem-se com trajes clericais, demarcando o espaço "sagrado" em relação ao dito ambiente "mundano"; não hesitam em demonstrar sua superioridade e sua distância em relação aos leigos e leigas (estes considerados de segunda categoria); são pouco sensíveis às questões sociais, preferindo o centro às periferias; estão atrelados a uma Igreja autorreferencial e pouco missionária; fazem pontes com ideologias conservadoras... 



“A experiência humana acabou.” Franco Berardi, filósofo e ícone da contracultura europeia, acredita que o futuro da humanidade está selado.

Nesta entrevista, ele fala sobre solidão digital, impotência política, desilusão com a esquerda e a urgência de encontrar alegria em meio à agonia.

"O filósofo italiano perdeu a esperança. “Temos de criar as condições para a alegria e a solidariedade durante a agonia”.

Conhecido por “Bifo” desde jovem, o italiano Franco Berardi é uma referência do pensamento de esquerda das últimas décadas. Em maio de 1968 participou na revolta dos estudantes da Universidade de Bolonha. Faria parte do grupo extraparlamentar Potere Operaio, ao lado de figuras como Antonio Negri. Nesses anos de agitação rebelde fundou a revista A/traverso e esteve na rádio pirata Alice. Nos seus livros, Berardi sai das baias do marxismo mais ortodoxo, chamando, por exemplo, ensinamentos e conceitos da psicanálise para a sua crítica às sociedades capitalistas pós-industriais.

O seu último livro, Disertate (2023), identifica na “onda” de depressão entre os jovens um sintoma de um mundo de trabalho em excesso e em crise climática. Perante o caos e a dor, a resposta desses jovens é a “deserção”, a desistência, como se a alegria só pudesse ser encontrada nas “ruínas”, defende “Bifo”.

Sim, Franco Berardi, hoje com 75 anos, perdeu a esperança. Quisemos falar com ele tendo a recente edição portuguesa de Futurabilidade — A Era da Impotência e o Horizonte de Possibilidade pela VS. como pretexto. Nesse livro, editado originalmente em 2017, o filósofo já fazia um diagnóstico sombrio da vida enformada pelo capitalismo, mas ainda acreditava que seria possível abrir uma rota de fuga. Como? “Criando uma consciência comum e uma plataforma técnica comum para os trabalhadores cognitivos do mundo”. Foram eles, os trabalhadores intelectuais (os artistas, os engenheiros, os cientistas), que montaram a engrenagem, cabia-lhes agora “reprogramar” a grande máquina do mundo para benefício coletivo.

Quase dez anos depois de escrever essas linhas, a esperança de Franco Berardi, que conversou com o Ípsilon por videochamada a partir da sua casa em Bolonha (uma entrevista terminada por e-mail), esfumou-se.

A entrevista é de Pedro Rios, publicada por Público, 31-07-2025.

A Revista da IHU reproduziu . AQUI

"Tenho trabalhado particularmente com jovens, estudantes, militantes, pessoas que falam comigo por razões psicanalíticas, e o que descubro é que, para eles, a solidão é o seu futuro. Não há nada que permita imaginar solidariedade no futuro. É por isso que digo que a experiência humana acabou.
Agora, a verdadeira novidade é que a nova geração está consciente do fato de que o genocídio é a regra do mundo em que vivemos hoje " Franco Berardi

Não  à toa,  Francisco escreveu a Fratelli Tutti com abordagem voltada a essa questão. Com um olhar voltado para o futuro.

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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Onde está Cristo em Gaza? (2) Reflexão para cristãos e não cristãos.

 

"Cristo não está ausente de Gaza. Ele está lá crucificado , entre os feridos, sepultado sob os escombros e presente em cada ato de misericórdia, uma vela na escuridão, cada mão estendida para o sofredor”."

Cardeal Pizzaballa
do mural de Inês Ferreira no facebook

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

A doença do bolsofascismo tem cura?

 

Conversei no dia de hoje 04 de agosto de 2025,  com um colega professor, evangélico progressista, acerca dessa doença do bolsofascismo no seio das igrejas. 
Ele considera ser uma doença incurável para muitos que estão sob uma espécie de possessão do mal. Já outro, um ex- aluno da Renovação Carismática Católica (RCC), mas com traços de progressismo ou de humanismo critico,  me diz a mesma coisa. 
O que respondo? A Educação como prevenção e tratamento, em especial a educação popular. Do mesmo modo, a cultura, em especial a ação cultural de base comunitária. O que fica melhor ainda se combinado a atividade fisica e/ou ao esporte...E se puder, para um tratamento mais integral, atividade de contato/convivio com a natureza., como trilhas, piqueniques, acampamentos e etc...
Essa prescrição que parece inusitada e de certa forma é, por razões que não terei tempo para aprofundar neste espaço, me foi reforçada   pela saudosa professora doutora em antropologia Adriana Dias, especializada em pesquisa investigativa e estudos sobre a criação de células nazistas com jovens brasileiros, aliciados e fortalecidos pedagogicamente, afetivamente  e politicamente através da internet. 
Em certa  ocasião quando Adriana Dias participativa de um programa de entrevistas em um canal progressista no youtube , não lembro o ano, mas foi no tempo de bolsonaro como presidente, perguntei a ela: O que fazer para prevenir a entrada de mais jovens nessas células nazistas? Ela me respondeu: - O trabalho com a história e a cultura local de forma combinada,  poderia ser  um bom começo. Me surpreendeu! 
E tratamento e cura aqui, considerando também questões existenciais, além de aspectos ligados ao  comportamento ou de personalidade, como é o caso da timidez, do egocentrismo, de vaidade excessiva, da vontade de exercer controle e dominação sobre os outros etc... Ou seja, educação popular e ação cultural de base comunitária como eixos fundamentais de uma formação humana integral.
Bem aventurados, os que mesmo sem serem cristãos, são capazes de entender e colocar em prática o que escrevo acima, e eu não falo/escrevo/faço só, em especial os que tem poder de decisão no campo do parlamento, do executivo, do judiciário, nas empresas privadas, na imprensa, nas religiões, nas universidade e nas organizações e movimentos sociais.
Zezito de Oliveira


Abaixo pesquisa com IA

"Vitamina de cultura" ou "Kulturvitaminer" é um projeto terapêutico inovador originário da Dinamarca, que visa tratar a depressão, ansiedade e estresse através de atividades culturais. O projeto envolve a participação de pacientes em diversas atividades culturais, como visitas a museus, teatros e concertos, com o acompanhamento de guias culturais. 
A iniciativa, que começou em 2016, tem como objetivo proporcionar aos participantes uma experiência cultural enriquecedora, com o intuito de melhorar o bem-estar mental e emocional. A ideia central é que a cultura possa funcionar como uma "vitamina" para a mente, combatendo os efeitos negativos do estresse e da depressão, segundo o projeto. 
O projeto "Kulturvitaminer" foi implementado em quatro cidades dinamarquesas: Aalborg, Silkeborg, Holstebro e Odense. As atividades são realizadas com o acompanhamento de guias culturais profissionais, que auxiliam os participantes a explorar e interpretar as obras e experiências culturais. 
A "vitamina de cultura" é uma abordagem complementar aos tratamentos convencionais para a depressão e ansiedade, e tem como objetivo oferecer uma alternativa para aqueles que buscam novas formas de lidar com suas condições de saúde mental, segundo o projeto. 

"Banho de floresta", ou Shinrin-yoku, é uma prática japonesa que consiste em passar tempo em contato com a natureza, especialmente em áreas florestais, para promover bem-estar físico e mental. A técnica envolve imersão sensorial na floresta, utilizando todos os sentidos para se conectar com o ambiente natural, incluindo sons, aromas e texturas. 
O que é o Banho de Floresta?
O banho de floresta, tradução para o termo japonês Shinrin-yoku, é uma prática terapêutica que se baseia na ideia de que a exposição à natureza pode reduzir o estresse e melhorar a saúde. A prática envolve: 
Imersão na natureza:
Passar tempo em áreas florestais ou parques, caminhando lentamente ou apenas observando o ambiente. 
Engajamento sensorial:
Utilizar todos os sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar) para apreciar os elementos da natureza. 
Redução do estresse:
A prática demonstrou diminuir os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao estresse, e aumentar a sensação de relaxamento. 
Benefícios do Banho de Floresta:
Estudos têm demonstrado que o banho de floresta pode trazer diversos benefícios para a saúde física e mental, incluindo: 
Redução do estresse e ansiedade:
A prática pode ajudar a diminuir os níveis de cortisol e promover uma sensação de calma e relaxamento. 
Melhora do sistema imunológico:
A exposição aos aromas naturais das árvores, chamados fitocidas, pode aumentar a produção de células de defesa do corpo, como os linfócitos NK. 
Melhora da concentração e atenção:
A imersão na natureza pode ajudar a acalmar a mente e melhorar a capacidade de concentração. 
Bem-estar geral:
A prática pode promover uma sensação de bem-estar físico e mental, aumentando a conexão com a natureza. 
Como fazer um banho de floresta?
Escolha um local: Selecione um local com áreas verdes, como parques ou florestas. 
Prepare-se: Vista roupas confortáveis e calçados adequados para caminhada. 
Conecte-se com a natureza: Caminhe lentamente, observe os detalhes da floresta, sinta o ar, os sons e os cheiros. 
Relaxe e aproveite: Encontre um local tranquilo para sentar e apreciar o ambiente, respirando profundamente e se conectando com a natureza. 

Para aprofundar o que está escrito acima, sugiro os links abaixo...

domingo, 8 de março de 2020

"A gente não precisa somente de comida, a gente precisa de comida, diversão e arte.."Parafraseando Titãs.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

domingo, 3 de agosto de 2025

O cinema americano como arma de guerra cultural.

 

HOLLYWOOD é arma de GUERRA: cinema americano é indústria de romantizar violência



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O macartismo foi um movimento político anticomunista nos Estados Unidos durante os anos 1950, caracterizado por uma intensa perseguição a supostos simpatizantes do comunismo, frequentemente baseada em acusações infundadas e métodos questionáveis. O termo deriva do nome do senador republicano Joseph McCarthy, principal figura por trás dessa "caça às bruxas" no contexto da Guerra Fria .

Contexto histórico
O macartismo surgiu no período pós-Segunda Guerra Mundial, quando os EUA e a União Soviética emergiram como superpotências rivais. O medo da expansão comunista levou a uma paranoia generalizada, alimentada por eventos como:

A explosão da primeira bomba atômica soviética (19496.

A vitória comunista na China (1949).

Casos reais de espionagem, como o do casal Rosenberg, executado em 1953 por vazar segredos nucleares .

Características do macartismo
Acusações sem provas: McCarthy alegava ter listas de "comunistas infiltrados" no governo, mas nunca apresentou evidências concretas .

Perseguição a diversos setores: Alvos incluíam funcionários públicos, artistas (como Charles Chaplin), cientistas (como Albert Einstein), professores e sindicalistas     .

Listas negras: Pessoas acusadas eram incluídas em listas que as impediam de trabalhar, especialmente em Hollywood .

Violação de direitos civis: Interrogatórios agressivos, quebra de sigilo e falta de direito à defesa eram comuns .

Papel da mídia: McCarthy usou a televisão para disseminar suas acusações, manipulando a opinião pública .

Declínio e fim
O macartismo perdeu força quando McCarthy começou a acusar membros do Exército e do governo Eisenhower. Em 1954, o jornalista Edward R. Murrow expôs seus métodos abusivos em um programa de TV, e o Senado aprovou uma moção de censura contra McCarthy, que morreu em 1957, isolado e desacreditado .

Legado
O macartismo deixou marcas profundas, como:

A destruição de carreiras e vidas por acusações falsas .

O reforço do anticomunismo durante a Guerra Fria .

Um alerta histórico sobre os perigos de sacrificar liberdades em nome da segurança.

Hoje, o termo "macartismo" é usado para descrever qualquer campanha de acusações infundadas com motivações políticas .
IA deepseek