informações sobre ações culturais de base comunitária, cultura periférica, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
sábado, 12 de julho de 2025
Glossário da Cultura de Base Comunitária - Observatório Ação Cultural
Estaremos publicando esporadicamente palavras ou temas para formar um glossário dos termos mais comuns utilizados nas conversas, estudos e debates sobre Política, Gestão, Produção e Ação Cultural.
Glossário que significa o conjunto de termos de uma área do conhecimento e seus significados, o mesmo que vocabulário.
Um Glossário com apoio da Inteligência artificial, acrescido de textos, entrevistas, reportagens de/com fazedores de cultura, incluindo especialistas como este que escreve..
Um glossário aberto que poderá ter entrada de novos textos com contribuições ao tema.
Um glossário aberto ao debate quando o tema, palavra ou conceito for controverso.
Seminário 1 - AULA 3 | Diversidade e participação social nas políticas culturais: desafios atuais
Diversidade e participação social são duas dimensões centrais nos marcos regulatórios das políticas culturais no Brasil e na prática da democracia. Entretanto, a relação entre participação, representação, deliberação e diversidade cultural possui múltiplas dimensões e apresenta desafios recorrentes para o campo cultural.
José Marcio Barros é doutor em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Programa de Pós-graduação em Artes da UEMG e da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas. Atua nas áreas da Gestão Cultural; Políticas Culturais; Diversidade Cultural; Processos de mediação. Coordenador do Observatório da Diversidade Cultural.
Cultura e Política: Sistema Nacional de Cultura e Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura
Me engana que eu gosto !
Talvez não faça sentido para muitos, mas em qualquer política pública de Estado, as políticas estruturantes são fundamentais para a ampliação da governança, do controle social e da democracia. Como se desvencilhar do economicismo e do reducionismo que limitam as políticas públicas a editais? No caso da cultura, a situação é ainda mais grave, pois não realizamos governança, nem controle social efetivo.
A participação se limita a processos eleitorais pontuais. Não existem políticas estruturantes nos bairros, nos distritos gigantescos ou nas regiões com potencial cultural. Seguimos, assim, ladeira abaixo. Como podemos acreditar que estamos promovendo justiça social se, do total de inscritos em editais públicos, apenas cerca de 4% são contemplados? E, em termos populacionais, esse número representa praticamente zero, um percentual irrisório.
Pensando que a população cria bens e serviços culturais, é incoerente a forma como a política cultural tem atendido essa mesma população. A participação é pífia, sobretudo diante do avanço do neoliberalismo e de um individualismo raso. Cabe ressaltar que ainda não vivemos em um Estado mínimo, sem Constituição e sem regulação. O Estado não é uma empresa, tampouco um negócio de família como, por vezes, parece ser o caso em Santo André.
O que se observa é que as autocracias e as políticas de balcão se tornaram as políticas de Estado. Basta olhar para áreas como educação, assistência social, cultura, meio ambiente, esporte e lazer etc. Ou construímos uma cultura democrática e participativa, ou continuaremos com a velha política de sempre: a famosa "me engana que eu gosto".
"Cultura de participação social refere-se ao envolvimento ativo da população em processos que afetam suas vidas, seja em questões sociais, políticas ou econômicas. É um conceito que valoriza a atuação da sociedade civil na formulação, implementação e fiscalização de políticas públicas. Essa cultura busca garantir que as decisões governamentais reflitam as necessidades e aspirações da população, promovendo uma gestão mais democrática e transparente"
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