segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Padre DJ português torna-se viral com Papa e é destaque no Washington Post

 Vídeo com Papa Leão XIV e padre Guilherme tem mais de 10 milhões de visualizações. Jornal americano conta a história do “padre DJ” que paga dívidas paroquiais com festas de música eletrónica.

Era véspera de um dos concertos mais importantes da sua carreira quando o padre Guilherme Peixoto recebeu a notícia: teria de refazer toda a atuação. O motivo? Um convidado especial de última hora. Nada mais, nada menos que Sua Santidade, o Papa Leão XIV.

A história do padre de Braga que mistura música eletrónica com fé católica chegou esta semana ao Washington Post, um dos jornais mais influentes dos Estados Unidos. E tudo por causa de um vídeo que se tornou viral em novembro, quando atuou na Catedral de Santa Isabel, na Eslováquia, num evento que juntava um festival de juventude e a celebração de aniversário do arcebispo de Košice.

A noite antes do viral

Segundo relata o Washington Post, o padre Guilherme Peixoto estava a jantar quando a equipa de produção da igreja começou a agitar-se com uma novidade bombástica: o Vaticano tinha enviado uma mensagem de vídeo surpresa do Papa para abrir o espetáculo.

“Disse: ‘Sim, está bem, tenho de trabalhar isto para amanhã’”, contou o padre português de 51 anos ao jornal americano, por videochamada.

O que se seguiu foi uma maratona criativa. Durante toda a noite, o padre Guilherme e a sua equipa trabalharam para integrar a mensagem papal no set, adicionando camadas de sintetizadores ao discurso do Papa, misturando e masterizando as faixas. Às três da manhã, voltou a acordar para terminar os últimos ajustes.

O resultado? Um momento cinematográfico: névoa artificial envolveu a catedral gótica dramaticamente iluminada enquanto a mensagem de Leão XIV era projetada num ecrã, acompanhada por sintetizadores envolventes. Quando o “Amen” do Papa ecoou sobre a multidão, as luzes piscaram, a música cresceu. E então, o padre Guilherme largou a ‘batida’.

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Padre Guilherme DJ Set na Jornada Mundial da Juventude | 06-08-2023



A incompreensão do SNC e a armadilha dos interesses segmentados - Por Daniel Samam com comentário de Neri Silvestre (debatedor).

Sistema Nacional de Cultura foi concebido para ser uma engrenagem complexa de gestão e promoção de políticas culturais de forma integrada, descentralizada e participativa.

Artigo publicado na Revista Fórum

4ª Conferência Nacional de Cultura. -Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil


O Sistema Nacional de Cultura (SNC), uma das mais ambiciosas e inovadoras arquiteturas de política pública do mundo, enfrenta derrotas sistemáticas que minam seu potencial transformador. Longe de serem causadas por um único fator, essas fragilidades nascem de uma combinação impiedosa: a profunda incompreensão sobre o que o SNC de fato representa e uma prática de gestão e de participação social que, em vez de focar na construção do bem comum, se cristalizou na defesa de interesses segmentados, operando de forma análoga às guildas medievais.

Essa dinâmica ficou evidente nos resultados da 4ª Conferência Nacional de Cultura. As propostas priorizadas, muitas delas classificadas pelo olhar atento do professor Albino Rubim como "propostas-ônibus", revelam um sintoma preocupante. Ao tentar abarcar uma multiplicidade de demandas em um único enunciado, essas propostas perdem foco, diluem prioridades e se tornam verdadeiros catálogos de intenções genéricas, com pouca ou nenhuma eficácia para a formulação de políticas públicas de cultura realmente estruturantes. A consequência direta é a dispersão de esforços e recursos, um obstáculo monumental para um sistema que depende de coesão e planejamento estratégico para funcionar.

Essa falta de visão estratégica é um reflexo direto da forma como a participação social tem sido exercida nos conselhos de política cultural, dos municipais, passando pelos estaduais e distrital, ao Conselho Nacional. A crítica do professor Humberto Cunha Filho, de que esses espaços se assemelham a "guildas medievais", é um diagnóstico preciso e incômodo. As guildas eram corporações de ofício que, na Idade Média, se fechavam para proteger os interesses de seus membros, muitas vezes em detrimento da inovação e do desenvolvimento da sociedade como um todo. Da mesma forma, muitos conselhos de política cultural, incluindo o CNPC, se tornaram arenas onde representantes de segmentos específicos atuam de maneira intransigente na defesa de suas pautas particulares, por mais legítimas que sejam.

O problema não reside na representação setorial em si, que é um pilar da democracia participativa, mas na incapacidade de transcender essa representação. Quando a principal energia dos conselheiros é gasta em "renitentes reivindicações de poderes e recursos para segmentos culturais", como aponta Cunha Filho, perde-se a oportunidade de realizar uma "análise conjuntural ou mesmo estrutural" dos desafios do campo cultural. A legitimidade de um conselho, afinal, não deveria emanar apenas de sua composição paritária, mas de sua capacidade de gerar ideias, diagnósticos e propostas que fortaleçam a cultura como um direito de todos e todas.

Essa atuação segmentada é, em grande parte, fruto de uma incompreensão fundamental sobre a natureza do Sistema Nacional de Cultura. O SNC não é um mero balcão de distribuição de recursos ou um aglomerado de políticas setoriais. Ele foi concebido para ser um pacto federativo, uma engrenagem complexa de gestão e promoção de políticas culturais de forma integrada, descentralizada e participativa. Seu objetivo é articular os entes federados (União, estados e municípios) e a sociedade civil em torno de objetivos comuns, definidos no Plano Nacional de Cultura (PNC). Quando os atores envolvidos, sejam gestores públicos ou conselheiros, não compreendem essa dimensão sistêmica, a tendência é que cada um puxe para o seu lado, enfraquecendo o conjunto.

As derrotas, portanto, são sistemáticas porque o próprio sistema é corroído por dentro. A falta de propostas claras e estratégicas impede a formulação de políticas eficazes. A atuação corporativista nos conselhos legitima a fragmentação em vez de promover a coesão. E a incompreensão do que é o SNC impede que ele seja defendido e aprimorado em sua totalidade. O resultado é um ciclo histórico e vicioso que perpetua a fragilidade das políticas culturais no Brasil.

Superar esse quadro exige um esforço coletivo de pactuação. É preciso investir massivamente na formação de gestores e conselheiros, para que compreendam a complexidade do SNC e o seu papel estratégico, para além da representação de seus pares. Os conselhos precisam ser ressignificados como "usinas de ideias", espaços de produção de conhecimento, de formulação, fiscalização e pactuação de políticas culturais. Por fim, é crucial que a sociedade civil cultural, em sua diversidade, entenda que o fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura é a maior garantia de que os direitos culturais de todos e todas, e não apenas os interesses de alguns, sejam efetivamente assegurados.

*Daniel “Samam” Barbosa Balabram é músico, educador e está no Ministério da Cultura (MinC) como coordenador-geral do Conselho Nacional de Política Cultural - CNPC e coordenou a 4ª Conferência Nacional de Cultura - 4ª CNC.

Conversando com Neri Silvestre sobre o artigo acima- Papo reto sobre politicas públicas de cultura, gestão, produção e ação cultural. (3)

























SNC para cidadania.

No domingo, comecei lendo algo em que realmente acredito, algo que consigo imaginar e sentir como futuro das políticas culturais, a partir das reflexões de Daniel Samam. A verdade é que, há algum tempo, participo de conselhos; foi por isso que fui estudar e sigo me atualizando sempre, não apenas por interesse pessoal, mas por cidadania.

A ideia pode até parecer ingênua, mas não é. Quando eu era mais novo, via o monte de reuniões, as vigílias, os momentos de prontidão e a luta em que minha mãe estava envolvida. Não seria possível não desejar um futuro melhor.

Esse percurso também me atravessa de outro jeito: sinto muito se não correspondo às expectativas dos outros. Nunca correspondi. Sempre houve barreiras, e, ainda assim, sigo.

Comecei em 1995, no conselho de escola. Depois passei por outros conselhos e continuei observando a mesma realidade: a inexistência de formação, poderes absoluto como de um rei, uma rainha, e o abandono da cidadania, tratada como algo menor ou até indesejável. E participei do Conselhos de turismo, assistência social, educação, de política cultural e, por último, o da creche aqui da vila.

Os colegiados foram criados com o intuito de ampliar as formas de participação. Como diz Daniel, é preciso mudar o formato, encontrar caminhos para uma gestão compartilhada, com pactuação real, produzir conhecimento e modelos que contribuam com a governança das políticas culturais. Como nos lembra Milton Santos, a cidadania que ele pensou precisa de atualizações e a nossa participação também.

Sabemos bem que o modelo de governança ainda é medieval e sem sentido no mundo contemporâneo. A população precisa de ferramentas pensadas por ela mesma, não só nas políticas culturais, mas para o conjunto da sociedade.

E então voltamos ao ponto central e entendemos, pela prática, que no Sistema Nacional de Cultura, tem como instrumento e gestão "democrática" e o fundamental está no controle social.

Lembrando novamente Daniel: a lógica setorizada, dividida estritamente pelas artes e setorias, gera disputas, ainda que legítimas, entre grupos e interesses. E o edital é a grande ferramenta das disputas.
Precisamos compreender que o sistema pode estruturar a cultura e as políticas culturais com foco no bem comum.

Neri Silva Silvestre: Produtor cultural, articulador e gestor cultural, idealizador do Sarau na Quebrada, poeta e agitador cultural. Sempre foi um sujeito inquieto. Quando jovem lança com o grêmio escolar, o Jornal Macunaíma, daí não parou mais. Esteve à frente como coordenador do 1° Ponto de Cultura de Santo André (SP) de 2010/2013. Produziu inúmeros eventos que vão da música à literatura.

Padre Júlio Lancelotti anunciou ontem, 14 de dezembro de 2025, saída das redes sociais

 Na manhã deste domingo, durante a celebração da Santa Missa do Advento, o padre Júlio Lancelotti anunciou que aquela seria a última transmissão ao vivo e que também deixará de utilizar as redes sociais, como Facebook e Instagram.

O sacerdote não informou os motivos da decisão. Entre fiéis e seguidores, surgiram comentários e especulações de que a saída possa estar relacionada a orientações internas da Arquidiocese de São Paulo, mas não há confirmação oficial até o momento.
Conhecido por seu trabalho pastoral e social junto à população em situação de rua, Padre Júlio sempre utilizou as redes como espaço de evangelização, denúncia das injustiças e defesa da dignidade humana. Sua atuação firme e profética também o tornou alvo frequente de ataques e campanhas de ódio.
A notícia gerou comoção e solidariedade entre apoiadores, que seguem atentos aos próximos passos do sacerdote.

Joao Wallison Jesus Rezende no facebook 


O QUASE SILÊNCIO  OBSEQUIOSO IMPOSTO AO PADRE JÚLIO.   A relevância que o Padre Júlio Lancellotti estava tendo, mostrou a irrelevância da Igreja de São Paulo sob o comando do atual cardeal-arcebispo,  e não é só a igreja particular de São Paulo que está nessa situação, diga-se de passagem.   Nesse sentido foi uma pena o Papa Francisco não ter nomeado o Padre Júlio como bispo, ou outro cargo que pudesse lhe proteger de investidas autoritárias como esta que suspende a transmissão da missa dominical pela TV e Redes Digitais,  o que poderia fazer com que pudesse continuar o seu trabalho de evangelização para além de uma paróquia , também nas redes, como já vem ocorrendo há um bom tempo. 
O que fazer no curto, médio e longo prazo? . 
A representação do laicato e outras pastorais, movimentos,  comunidades eclesiais e etc.,  tem com essa situação uma boa oportunidade de mostrar  o quanto são relevantes. 
A ver....
Uma primeira resposta a questão que coloco acima em um grupo no whatsapp com dirigentes da representação do laicato e etc.. 
"Ele não pode divulgar pelos canais oficiais dele, mas e nós podemos? Ir participar e transmitir a missa ao vivo?"

Zezito de Oliveira


LIVE . MÍDIAS DIGITAIS & RELIGIÃO
CATOLICISMO ROMANO E REDES DIGITAIS: O PAPEL DO Pe. JULIO LANCELLOTTI
Romero Venâncio (UFS)
15/12. Segunda. As 19h
No Instagram romerojunior4503






A participação de Zezito de Oliveira no canal Histórias Periféricas falando sobre o livro AMABA e a importância de engajar crianças e jovens com a cultura na comunidade e nas escolas.

 Dezembro de 2025 chegou com boas novidades, em especial decorrente da retomada do ciclo de exibições do  Cineclube Realidade, uma iniciativa cultural que é "filha" da Ação Cultural, sendo esta em parte,  "filha" da AMABA que significou originalmente Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América e depois de alguns anos Associação dos Moradores do Bairro América e Adjacências.

E em meio a série de boas sessões do Cineclube Realidade, realizadas em novembro e que culminou na excelente sessão de exibição do filme "Evangelho da Revolução" em parceria com o Cinema do Centro na última sexta-feira, 12 de dezembro,  nos encontramos  na noite do sábado, 6 de dezembro, portanto há  uma semana, nos estúdios da produtora Histórias Periféricas para conversar com Gafanhoto, comunicador popular e professor de capoeira sobre o  primeiro volume do livro AMABA:Circulo de Cultura.

E foi uma conversa em que me senti bem a vontade e com confiança no futuro, apesar de tudo que é feito para nos deixar com um sentimento de incertezas e de impotência na transformação deste mundo em "festa, trabalho e pão" como afirma um dos versos da  canção Viramundo, da autoria de Gilberto Gil e Capinan.

E daquilo que falei nesse dia trago e reforço o que disse na abertura com um verso da canção "Sou da quebrada" da autoria de Edvaldo Santana, "Sou da quebrada mas eu sou das antigas, onde tem palavra, não tem bala perdida".

E onde tem,  além da palavra em forma de literatura, também na forma de hip-hop,  capoeira, dança, teatro, audiovisual, artes visuais, produtoras de comunicação como Histórias Periféricas e etc,,  além de não ter bala perdida, não tem excesso de telas, diminui o consumo de álcool e outros tipos de substância entorpecentes, aumenta o interesse pelo estudo, pelo conhecimento, diminui o preconceito, a discriminação, a alienação, aumenta a consciência democrática de participação cidadã, de respeito às diferenças, pode-se abrir espaços para inserção produtiva da juventude de forma qualificada e em áreas diversas, desde profissões mais tradicionais, como em setores de ponta. 

E quanto a palavra de vida em plenitude para todos, nas diversas formas como apresento acima, puder chegar mais cedo as crianças, aos adolescentes e aos jovens, melhor. Fica marcado para a vida toda, como afirmei na entrevista.

E foi assim comigo e com milhões de pessoas adultas país e mundo afora, daí a força desse  amor no tempo e que não me sai  e dos amigos que fomos encontrando no caminho com esse mesmo amor ou ideal. O ideal de um mundo com vida em plenitude para todos. Aqui a inspiração é a canção Tempo e Destino de Nilson Chaves.

P.S.: 1 - Em tempos recentes de internet descobrimos que AMABA em espanhol não é sigla, é verbo, AMAVA. 2- Ontem em todo o Brasil, incluindo Aracaju, nas manifestações contra o PL da Anistia, disfarçado e contra o PL da Devastação, PL da Reforma Administrativa e etc. A presença  da arte e da juventude mostrou força e importância.

Curta, comente, compartilhe e se inscreva no canal Histórias Periféricas. 



o segundo vol. do livro AMABA





desafios e contradições 



Considerações Finais


podcast HP79 Ep 83 Zezito de Oliveira. programa completo. ‬

A live começa no minuto 15:28



sábado, 13 de dezembro de 2025

Formidável filme "Evangelho da Revolução" aplaudido em Aracaju ao final da sessão..

O filme foi exibido em Aracaju na noite dessa sexta-feira, 12 de dezembro, no cinema do centro, localizado na Praça General Valadão no prédio do Centro Cultural de Aracaju, renomeado recentemente como  Palácio-Museu Luiz Antônio Barreto.

A iniciativa partiu de uma ação em rede que juntou o Cineclube Realidade, a AVBR produções , a organização que está a frente da iniciativa Cinema do Centro que acontece dentro da sala Walmir Silveira, do professor Romero Venâncio (UFS) especializado em pesquisa e divulgação científica sobre Teologia da Libertação e temas afins nas áreas de filosofia, artes, politica  e  sociologia, principalmente.

E evidentemente com participação do diretor do filme,  François Xavier,  que cede o mesmo  sem cobrar licenciamento de exibição para cineclubes, movimentos e organizações sociais, grupos e iniciativas pastorais de base comunitária, comunidades eclesiais de base e etc..

E se para nós que fazemos a Ação Cultural, organização mãe do Cine Realidade, não há oposição entre o virtual e o presencial, assim como  "Entre cristianismo e revolução não há contradição", frase  espalhada pelos muros, faixas, cartazes e pinturas depois da tomada do poder pelos sandinistas,  pós revolução de 1979 na Nicarágua que derrubou o ridículo e sanguinário tirano Anastácio Somoza, embora por ironia histórica nos dias atuais... Quem conhece a história do processo histórico que se desenrola na Nicarágua entenderá melhor o que quero dizer com "ironia histórica" ... Para quem quiser começar a entender, recomendo AQUI AQUI

Logo, em razão disso , após a exibição do filme temos a produção do textão publicado no modo virtual e que principia nesse momento, mas a ser concluído e publicado  em no máximo dois dias. E seguindo essa lógica teremos em pouco dias a publicação de miniodoc  reportagem sobre esse sessão de exibição produzido por https://www.instagram.com/souraonismith/ , o qual iniciou a sua formação em audiovisual pelo Ponto de Cultura Juventude e Cidadania/Ação Cultural, trilhando e ampliando depois a sua capacitação técnica em outros espaços ou ambientes, incluindo o curso de formação em técnico de comunicação via SENAC-SE. Raoni trabalha atualmente na área comercial. Ele  também cuidou da cobertura fotográfica do evento e tão logo as fotos sejam disponibilizadas,  publicaremos  aqui. 

A segunda parte desse textão,  também contará com a contribuição de Iasmin Feitosa, a qual tem se revelado como eximia  redatora e   que começou um processo de formação na ação  em produção e gestão cultural como agente jovem cultura viva, o  que prossegue como assistente de produção do Cineclube Realidade. 

A participação do público variou entre 30 e 40 pessoas, com o detalhe de serem pessoas qualificadas e engajadas de diversas maneiras em processos de transformação social e existencial. A estas o nosso mais  sincero agradecimento pelas presenças e cumplicidade.

Algumas pessoas não puderam participar por diversos motivos, o principal deles foi por questões de trabalho, mas teve quem precisou se deslocar para um hospital a fim de visitar uma pessoa internada na UTI, e de forma inusitada quem se sentiu tão impactada pelo filme "Foi Apenas um Acidente",  exibido antes do "Evangelho da Revolução" e  que preferiu não ficar no cinema para assistir o segundo,  o que pretendia inicialmente, trata-se de um filme iraniano com enredo semelhante ao do "Agente Secreto" e superior a este na opinião dela, imagine,  se o agente secreto já é bom....



O filme "Foi apenas um acidente"  segue em cartaz no Cinema do Centro, vou assisti-lo, o que não poderia deixar de  ser , depois de um conversa  rápida,  mas bastante entusiasmada.

Já o filme "Evangelho da Revolução" poderá ser assistido em outra sessão alternativa em Aracaju como parte da programação mensal do Cineclube Realidade na Igreja São Pedro Pescador, nesse sentido estaremos mantendo contato com o diretor do filme para obter mais uma liberação, na verdade mais duas, porque há demonstração de interesse por parte de pessoas que desenvolvem um potente trabalho de educação popular e ação cultural no municipio de Poço Redondo , o qual está localizado no sertão sergipano e região onde a igreja católica mais avançou em nosso território em matéria de criação de condições e oportunidades para o exercicio da cidadania plena inspirada nos valores evangélicos mais genuínos ou autênticos.

Próximas sessões do filme "Evangelho da Revolução" em outras cidades, do qual temos conhecimento:  

13/12 Petrópolis - Cinemaxx Bauhaus - 17H

16/12 Lagoa Nova (MA) , auditorio da reitoria - 18H 

18/12 Pelotas (SP) -  Paroquia são jose operario - 19H30

18/12 Duque de Caxias - IFRJ -18h15

21/12 Osasco - Paróquia Nossa Senhora dos Remédios - 15h   

Sobre o Cinema do Centro, AQUI,  inaugurado recentemente e sucedâneo do Cine Vitória,  o qual deixou de funcionar a revelia do interesse público de quem sabe e reconhece a importância do cinema para o enriquecimento cultural e existencial. Quem fará reportagens e/ou trabalhos acadêmicos sobre o fechamento do Cine Vitória?

 Sobre o Cineclube Realidade 

O Cineclube Realidade teve as atividades do ciclo inicial realizadas na Escola Estadual Júlia Teles , como uma das ações do Ponto de Cultura Ação Cultural, a partir de agosto de 2015 até outubro de 2017, abrindo com o filme filme "Uma onda no ar" (comunicação periférica)    e encerrando com o filme" Quando sinto que já sei” (estudantes com vez e voz nas escolas) , depois prosseguiu em Aracaju no ano de 2019, 2024 e 2025

O início da atividade se deu a partir da Oficina Rap Identidade Cultural, fruto de proposta realizada por ex-alunos da escola que formaram os grupos de rap Filosofia de Loucos e Resistentes da Favela. 

O Cineclube Realidade foi criado para contribuir no desenvolvimento daquilo que é considerado como o quinto elemento do hip-hop, o  conhecimento , os outros quatro elementos são:  DJ, MC, Breakdance e o Graffiti. O DJ é o mestre de cerimônias, o MC é o vocalista que rima, o Breakdance é a dança, o Graffiti é a arte visual e o Conhecimento representa a consciência social, a história e os valores da cultura hip hop. 

Para este  final de 2025 e durante 2026 o Cineclube Realidade foi contemplado como um dos componentes  principais do Projeto Ação Cultural Juventude e Cidadania,   apresentado em seleção pública através do  Edital de Chamamento Público nº 11/2024 – Rede Municipal de Pontos de Cultura de Aracaju, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e da Política Nacional Cultura Viva com participação da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju) - Prefeitura de Aracaju.

O projeto em tela prevê,  além da sessões de cinema mensal, oficina de audiovisual com celular (março-abril-2026), oficina de teatro popular (abril-maio-2025), mostra cultural (maio-2026), seminário introdutório de educação popular, ação cultural e participação social (junho-2026) e transmissão aberta de formação cultural no youtube (agosto-setembro-outubro 2026).

Sobre a Ação Cultural

A Ação Cultural é uma organização da sociedade civil pioneira no trabalho com dança moderna, audiovisual, teatro, cineclube e hip-hop, junto e misturado, voltado principalmente as crianças, adolescentes e jovens residentes na periferia de Aracaju e Região Metropolitana.

Foi criada no ano de 2004 por artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores envolvidos com atividades de ação cultural nas periferias.

Se organiza buscando empoderar agentes e grupos culturais que atuam na periferia realizando de forma colaborativa reuniões, pesquisas de diagnóstico, oficinas de elaboração de projetos, produção de artigos/release, divulgação on-line, organização de portfólios, promoção de fóruns de debates, oficinas e mostras artísticas.

Zezito de Oliveira

Leia também: 

sábado, 29 de novembro de 2025

Filme ¨Evangelho da Revolução" será exibido no Cinema do Centro, Aracaju, em 12/12, com a apoio do Cineclube Realidade na mobilização do público.     


 O Evangelho da Revolução, retrato impactante da América Latina.                                                            Frei Betto  (*)     


segunda-feira, 24 de novembro de 2025    


En esta edición escucharemos y compartiremos la versión pop de la "Misa campesina nicaragüense", original de Carlos Mejía Godoy; constituye un hito en la incorporación de la teología de la liberación y la música folclórica nicaragüense en una obra musical compuesta para ser cantada durante la Misa. En 1979 la Orquesta Sinfónica de Londres y varios cantores españoles entre quienes estaban Ana Belén, Sergio y Estíbaliz, Miguel Bosé, Elsa Baeza y el trío Laredo, grabó la "Misa Campesina Nicaragüense" en un estudio de Madrid. Del álbum producido se vendieron más de 50.000 copias en menos de dos meses y alcanzó un disco de oro.


Cutumay Camones foi um icônico grupo musical de El Salvador, formado durante a guerra civil salvadorenha nos anos 80, conhecido por sua música de protesto que resgatava as raízes culturais e apoiava o movimento de libertação nacional, usando ritmos como cumbia e ranchera, e instrumentos tradicionais como marimba e acordeão, deixando um legado de resistência e memória cultural até hoje através de projetos como o Cutumay Guinama. 


Origem e Nome:
Formado em 1982, o nome vem de uma cidade em Santa Ana, local de uma batalha do FMLN em 1981, homenageando os caídos na luta.
Atuava como embaixador cultural do FMLN (Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional). 
Música e Estilo:
Misturava ritmos tradicionais salvadorenhos, como cumbia e ranchera, com instrumentos como marimba, acordeão e guitarrón.
Suas letras eram um forte chamado à luta, à identidade cultural e à resistência contra a opressão. 
Membros Principais (Formação Clássica):
Eduardo, Gabino, Ricardo, Paco, Teresa e Israel, com Lolo se juntando em 1984, formando a base de cinco membros permanentes. 
Legado:
O grupo se dissolveu em 1988, mas seu legado continua vivo. Teresa, uma das integrantes, ajudou a formar o Cutumay Guinama para manter viva a memória e a música.
Suas canções, como "Por Eso Luchamos" e "Vamos Ganando la Paz", são hinos da luta popular latino-americana. 

OUÇA AQUI (youtube) ou AQUI (spotfy)