informações sobre ações culturais de base comunitária, cultura periférica, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
Dezembro de 2025 chegou com boas novidades, em especial decorrente da retomada do ciclo de exibições do Cineclube Realidade, uma iniciativa cultural que é "filha" da Ação Cultural, sendo esta em parte, "filha" da AMABA que significou originalmente Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América e depois de alguns anos Associação de Moradores do Bairro América e Adjacências.
E em meio a série de boas sessões do Cineclube Realidade, realizadas em novembro e que culminou na excelente sessão de exibição do filme "Evangelho da Revolução" em parceria com o Cinema do Centro na última sexta-feira, 12 de dezembro, nos encontramos na noite do sábado, 6 de dezembro, portanto há uma semana, nos estúdios da produtora Histórias Periféricas para conversar com Gafanhoto, comunicador popular e professor de capoeira sobre o primeiro volume do livro AMABA:Circulo de Cultura.
E onde tem, além da palavra em forma de literatura, também na forma de hip-hop, capoeira, dança, teatro, audiovisual, artes visuais, produtoras de comunicação como Histórias Periféricas e etc,, além de não ter bala perdida, não tem excesso de telas, diminui o consumo de álcool e outros tipos de substância entorpecentes, aumenta o interesse pelo estudo, pelo conhecimento, diminui o preconceito, a discriminação, a alienação, aumenta a consciência democrática de participação cidadã, de respeito às diferenças, pode-se abrir espaços para inserção produtiva da juventude de forma qualificada e em áreas diversas, desde profissões mais tradicionais, como em setores de ponta.
E quanto a palavra de vida em plenitude para todos, nas diversas formas como apresento acima, puder chegar mais cedo as crianças, aos adolescentes e aos jovens, melhor. Fica marcado para a vida toda, como afirmei na entrevista.
E foi assim comigo e com milhões de pessoas adultas país e mundo afora, daí a força desse amor no tempo e que não me sai e dos amigos que fomos encontrando no caminho com esse mesmo amor ou ideal. O ideal de um mundo com vida em plenitude para todos. Aqui a inspiração é a canção Tempo e Destino de Nilson Chaves.
Curta, comente, compartilhe e se inscreva no canal Histórias Periféricas.
O filme foi exibido em Aracaju na noite dessa sexta-feira, 12 de dezembro, no cinema do centro, localizado na Praça General Valadão no prédio do Centro Cultural de Aracaju, renomeado recentemente como Palácio-Museu Luiz Antônio Barreto.
A iniciativa partiu de uma ação em rede que juntou o Cineclube Realidade, a AVBR produções , a organização que está a frente da iniciativa Cinema do Centro que acontece dentro da sala Walmir Silveira, do professor Romero Venâncio (UFS) especializado em pesquisa e divulgação científica sobre Teologia da Libertação e temas afins nas áreas de filosofia, artes, politica e sociologia, principalmente.
E evidentemente com participação do diretor do filme, François Xavier, que cede o mesmo sem cobrar licenciamento de exibição para cineclubes, movimentos e organizações sociais, grupos e iniciativas pastorais de base comunitária, comunidades eclesiais de base e etc..
E se para nós que fazemos a Ação Cultural, organização mãe do Cine Realidade, não há oposição entre o virtual e o presencial, assim como "Entre cristianismo e revolução não há contradição", frase espalhada pelos muros, faixas, cartazes e pinturas depois da tomada do poder pelos sandinistas, pós revolução de 1979 na Nicarágua que derrubou o ridículo e sanguinário tirano Anastácio Somoza, embora por ironia histórica nos dias atuais... Quem conhece a história do processo histórico que se desenrola na Nicarágua entenderá melhor o que quero dizer com "ironia histórica" ... Para quem quiser começar a entender, recomendo AQUI e AQUI
Logo, em razão disso , após a exibição do filme temos a produção do textão publicado no modo virtual e que principia nesse momento, mas a ser concluído e publicado em no máximo dois dias. E seguindo essa lógica teremos em pouco dias a publicação de miniodoc reportagem sobre esse sessão de exibição produzido por https://www.instagram.com/souraonismith/ , o qual iniciou a sua formação em audiovisual pelo Ponto de Cultura Juventude e Cidadania/Ação Cultural, trilhando e ampliando depois a sua capacitação técnica em outros espaços ou ambientes, incluindo o curso de formação em técnico de comunicação via SENAC-SE. Raoni trabalha atualmente na área comercial. Ele também cuidou da cobertura fotográfica do evento e tão logo as fotos sejam disponibilizadas, publicaremos aqui.
A segunda parte desse textão, também contará com a contribuição de Iasmin Feitosa, a qual tem se revelado como eximia redatora e que começou um processo de formação na ação em produção e gestão cultural como agente jovem cultura viva, o que prossegue como assistente de produção do Cineclube Realidade.
A participação do público variou entre 30 e 40 pessoas, com o detalhe de serem pessoas qualificadas e engajadas de diversas maneiras em processos de transformação social e existencial. A estas o nosso mais sincero agradecimento pelas presenças e cumplicidade.
Algumas pessoas não puderam participar por diversos motivos, o principal deles foi por questões de trabalho, mas teve quem precisou se deslocar para um hospital a fim de visitar uma pessoa internada na UTI, e de forma inusitada quem se sentiu tão impactada pelo filme "Foi Apenas um Acidente", exibido antes do "Evangelho da Revolução" e que preferiu não ficar no cinema para assistir o segundo, o que pretendia inicialmente, trata-se de um filme iraniano com enredo semelhante ao do "Agente Secreto" e superior a este na opinião dela, imagine, se o agente secreto já é bom....
O filme "Foi apenas um acidente" segue em cartaz no Cinema do Centro, vou assisti-lo, o que não poderia deixar de ser , depois de um conversa rápida, mas bastante entusiasmada.
Já o filme "Evangelho da Revolução" poderá ser assistido em outra sessão alternativa em Aracaju como parte da programação mensal do Cineclube Realidade na Igreja São Pedro Pescador, nesse sentido estaremos mantendo contato com o diretor do filme para obter mais uma liberação, na verdade mais duas, porque há demonstração de interesse por parte de pessoas que desenvolvem um potente trabalho de educação popular e ação cultural no municipio de Poço Redondo , o qual está localizado no sertão sergipano e região onde a igreja católica mais avançou em nosso território em matéria de criação de condições e oportunidades para o exercicio da cidadania plena inspirada nos valores evangélicos mais genuínos ou autênticos.
Próximas sessões do filme "Evangelho da Revolução" em outras cidades, do qual temos conhecimento:
13/12 Petrópolis - Cinemaxx Bauhaus - 17H
16/12 Lagoa Nova (MA) , auditorio da reitoria - 18H
18/12 Pelotas (SP) - Paroquia são jose operario - 19H30
18/12 Duque de Caxias - IFRJ -18h15
21/12 Osasco - Paróquia Nossa Senhora dos Remédios - 15h
Sobre o Cinema do Centro, AQUI, inaugurado recentemente e sucedâneo do Cine Vitória, o qual deixou de funcionar a revelia do interesse público de quem sabe e reconhece a importância do cinema para o enriquecimento cultural e existencial. Quem fará reportagens e/ou trabalhos acadêmicos sobre o fechamento do Cine Vitória?
Sobre o Cineclube Realidade
O Cineclube Realidade teve as atividades do ciclo inicial realizadas na Escola Estadual Júlia Teles , como uma das ações do Ponto de Cultura Ação Cultural, a partir de agosto de 2015 até outubro de 2017, abrindo com o filme filme "Uma onda no ar" (comunicação periférica) e encerrando com o filme" Quando sinto que já sei” (estudantes com vez e voz nas escolas) , depois prosseguiu em Aracaju no ano de 2019, 2024 e 2025
O início da atividade se deu a partir da Oficina Rap Identidade Cultural, fruto de proposta realizada por ex-alunos da escola que formaram os grupos de rap Filosofia de Loucos e Resistentes da Favela.
O Cineclube Realidade foi criado para contribuir no desenvolvimento daquilo que é considerado como o quinto elemento do hip-hop, o conhecimento , os outros quatro elementos são: DJ, MC, Breakdance e o Graffiti. O DJ é o mestre de cerimônias, o MC é o vocalista que rima, o Breakdance é a dança, o Graffiti é a arte visual e o Conhecimento representa a consciência social, a história e os valores da cultura hip hop.
Para este final de 2025 e durante 2026 o Cineclube Realidade foi contemplado como um dos componentes principais do Projeto Ação Cultural Juventude e Cidadania, apresentado em seleção pública através do Edital de Chamamento Público nº 11/2024 – Rede Municipal de Pontos de Cultura de Aracaju, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e da Política Nacional Cultura Viva com participação da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju) - Prefeitura de Aracaju.
O projeto em tela prevê, além da sessões de cinema mensal, oficina de audiovisual com celular (março-abril-2026), oficina de teatro popular (abril-maio-2025), mostra cultural (maio-2026), seminário introdutório de educação popular, ação cultural e participação social (junho-2026) e transmissão aberta de formação cultural no youtube (agosto-setembro-outubro 2026).
Sobre a Ação Cultural
A Ação Cultural é uma organização da sociedade civil pioneira no trabalho com dança moderna, audiovisual, teatro, cineclube e hip-hop, junto e misturado, voltado principalmente as crianças, adolescentes e jovens residentes na periferia de Aracaju e Região Metropolitana.
Foi criada no ano de 2004 por artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores envolvidos com atividades de ação cultural nas periferias.
Se organiza buscando empoderar agentes e grupos culturais que atuam na periferia realizando de forma colaborativa reuniões, pesquisas de diagnóstico, oficinas de elaboração de projetos, produção de artigos/release, divulgação on-line, organização de portfólios, promoção de fóruns de debates, oficinas e mostras artísticas.
'Foi apenas um acidente' estica a corda da tensão com leveza para fazer o filme do ano; g1 já viu. Um dos principais concorrentes do brasileiro 'O agente secreto' no Oscar, vencedor da Palma de Ouro em Cannes estreia no país nesta quinta-feira (4). AQUI
Carlos Mejía Godoy: Misa Campesina Nicaragüense 1977 Disco Completo
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Misa Campesina Nicaragüense ("Missa dos Camponeses Nicaraguenses") é uma missa em espanhol com letra e música de Carlos Mejía Godoy , incorporando uma teologia da libertação e música folclórica nicaraguense . Foi composta na comunidade artística de Solentiname e apresentada pela primeira vez em 1975, sendo seu uso litúrgico proibido poucos dias depois. Foi elogiada por Dorothee Sölle por superar completamente o "perigo teológico do docetismo ". [ 1 ]
Mejía Godoy foi motivado a produzir uma nova Missa pela promulgação da Sacrosanctum Concilium , que permitiu música popular e regional na liturgia, pelo Concílio Vaticano II . Inicialmente, ele convidou ideias de outros artistas, mas no final compôs a peça ele mesmo. Embora tenha frequentado o Colégio Salesiano e aspirado ao sacerdócio, as principais influências de Mejía Godoy eram marxistas : as mortes recentes do guerreiro Che Guevara e do poeta José Leonel Rugama , a criação de uma "Iglesia Popular" (igreja popular) de jovens que se agitavam contra a hierarquia tradicional da Igreja Católica Romana . [ 2 ]
Histórico de desempenho
A primeira apresentação estava planejada para a Plaza de los Cabros, em Ciudad Sandino, sob o comando do padre Fernando Cardenal, mas a missa foi interrompida por membros da Guarda Nacional . Poucos dias depois, o arcebispo de Manágua , Miguel Obando y Bravo , proibiu futuras apresentações na igreja. Mesmo assim, a Missa Camponesa Nicaraguense cresceu em popularidade por meio de celebrações clandestinas que gradualmente se espalharam pelo oeste da Nicarágua. As gravações circularam clandestinamente devido à repressão da ditadura de Somoza. Desde o triunfo da Frente Sandinista de Libertação, em julho de 1979, a missa passou a ser celebrada abertamente, embora nunca pela hierarquia católica oficial.
Gravações
As gravações foram lançadas pela nova gravadora ENIGRAC (Empresa Nicaragüense de Grabaciones Culturales) em 1980. A gravadora Mantica-Waid lançou uma versão em CD em dezembro de 2001. A Misa Popular Nicaragüense anterior baseava-se fortemente no estilo musical son nica , originário da região de Masaya e popularizado nas planícies baixas do oeste da Nicarágua nas décadas de 1960 e 1970. A Misa Campesina Nicaragüense ampliou essa paleta musical para incorporar estilos musicais de todo o país e, nesse sentido, representa um microcosmo das muitas regiões culturais da Nicarágua. [ 3 ] Quando lançado, o LP foi a primeira gravação na história do país de música nova utilizando estilos musicais de várias regiões do país. [ 4 ]
Trecho traduzido
Acredito em você, camarada.
Homem de Cristo, trabalhador de Cristo,
vencedor sobre a morte.
Com seu grande sacrifício
Você fez novas pessoas
pela libertação.
Tu ressuscitou
em cada braço estendido
defender o povo
contra a exploração dos governantes;
Você está vivo e presente na cabana,
Na fábrica, na escola.
Acredito na sua luta incessante,
Creio na tua ressurreição. [ 1 ]
Notas
Dorothee Sölle (1990),Pensando sobre Deus: Uma Introdução à Teologia(Londres: SCM Press,ISBN 0-334-02476-5), 114–5.
Zayda García Zeledón, "La Misa campesina de Carlos," El Nuevo Diario (Nicarágua: dezembro de 2001).
TM Scruggs: Las Misas Nicaragüenses: Popular, Campesina, y del pueblo. ISTMO 2008 "TM Scruggs: Las Misas Nicaragüenses: Popular, Campesina, y del pueblo" . Arquivado do original em 19/07/2011 . Recuperado em 27/09/2010 .
TM Scruggs (1999). "'Vamos aproveitar como nicaraguenses': O uso da música na construção de uma consciência nacional nicaraguense". Etnomusicologia . 43 (2): 297– 321. doi : 10.2307/852736 . JSTOR 852736 .
En esta edición escucharemos y compartiremos la versión pop de la "Misa campesina nicaragüense", original de Carlos Mejía Godoy; constituye un hito en la incorporación de la teología de la liberación y la música folclórica nicaragüense en una obra musical compuesta para ser cantada durante la Misa. En 1979 la Orquesta Sinfónica de Londres y varios cantores españoles entre quienes estaban Ana Belén, Sergio y Estíbaliz, Miguel Bosé, Elsa Baeza y el trío Laredo, grabó la "Misa Campesina Nicaragüense" en un estudio de Madrid. Del álbum producido se vendieron más de 50.000 copias en menos de dos meses y alcanzó un disco de oro.
Cutumay Camones foi um icônico grupo musical de El Salvador, formado durante a guerra civil salvadorenha nos anos 80, conhecido por sua música de protesto que resgatava as raízes culturais e apoiava o movimento de libertação nacional, usando ritmos como cumbia e ranchera, e instrumentos tradicionais como marimba e acordeão, deixando um legado de resistência e memória cultural até hoje através de projetos como o Cutumay Guinama.
Origem e Nome:
Formado em 1982, o nome vem de uma cidade em Santa Ana, local de uma batalha do FMLN em 1981, homenageando os caídos na luta.
Atuava como embaixador cultural do FMLN (Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional).
Música e Estilo:
Misturava ritmos tradicionais salvadorenhos, como cumbia e ranchera, com instrumentos como marimba, acordeão e guitarrón.
Suas letras eram um forte chamado à luta, à identidade cultural e à resistência contra a opressão.
Membros Principais (Formação Clássica):
Eduardo, Gabino, Ricardo, Paco, Teresa e Israel, com Lolo se juntando em 1984, formando a base de cinco membros permanentes.
Legado:
O grupo se dissolveu em 1988, mas seu legado continua vivo. Teresa, uma das integrantes, ajudou a formar o Cutumay Guinama para manter viva a memória e a música.
Suas canções, como "Por Eso Luchamos" e "Vamos Ganando la Paz", são hinos da luta popular latino-americana.
Mais uma sessão exitosa do Cineclube Realidade na Igreja São Pedro Pescador, dessa vez com o filme “O Baile do Menino Deus", escrito por Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima com trilha sonora de Antônio Madureira, A terceira sessão em 2025 no local é a primeira realizada com a nossa curadoria ou escolha do filme. As duas primeiras sessões apresentaram filmes selecionados para a 2ª Mostra Mercosul Audiovisual pela equipe responsável da mesma.
A relevância dessa obra magistral reside na valorização da identidade nacional, ao contrapor o imaginário natalino europeu (Papai Noel, renas e neve) com um "Natal feito por nós e para nós", enraizado na cultura popular nordestina.
E exibir “O Baile do Menino Deus” em um dia de dezembro não poderia ser escolha melhor, já que o filme é inspirado na história do nascimento do Menino Deus e na busca de Maria e José para um lugar seguro onde seu filho pudesse nascer a fim de não correr perigo de ser morto, como tantas outras crianças condenadas por Herodes (73 a.C.-4 d.C.) através de um decreto produzido visando evitar o crescimento do Rei dos Judeus, o qual conforme informações dos Reis Magos teria nascido dois anos antes da assinatura do decreto imperial infanticida para a cidade de Belém nesse período.
De outro modo, mas sem perder semelhança com o enredo original contado no Evangelho (Mateus 2:16–18), onde a busca pelo local do nascimento de Jesus através da estrela-guia é realizado por três reis magos, no espetáculo quem faz a busca são dois Mateus, que seguem atrás da estrela guia que indica o local do nascimento do menino Deus. Mateus são personagens centrais do Reisado, do Bumba meu Boi, do Pastoril Profano, do Cavalo Marinho e do teatro de mamulengo.
E se os magos da história bíblica oferecem ouro, incenso e mirra, os dois Mateus do filme oferecem uma série de criações da nossa cultura popular, como versos, advinhas, sortilégios e outros tipos de brincadeiras criativas inventadas pelo povo tempo afora , além de muitos tipos populares presentes em nossos folguedos ou brincadeiras como a burrinha, o jaraguá, o boi, as vestimentas e adereços dos caboclinhos e de diversas brincadeiras populares, tudo isso reunido em um baile que no filme é apresentado como uma espécie de cortejo popular, baile com muita música e muita dança.
As músicas originais criadas para o espetáculo são da autoria de Antonio Madureira (maestro do Quinteto Armorial) e inspiradas diretamente nos ritmos e tradições melódicas da região nordestina, utilizando instrumentos e sonoridades típicas.
Por ultimo, o filme do “Baile do Menino Deus” revela instantes de grande cuidado, ternura e afeto, isso no caso das cenas com Maria, Jose e seu filho amado. São poucas cenas, mas com forte impacto emocional e que lembram o que afirma a canção francesa “La Trendesse” ( A ternura)
"Pode-se viver sem riqueza
Quase sem dinheiro
Senhores e Princesas
Já não têm muito
Mas viver sem ternura
Nós não conseguiríamos
Não, não, não, não
Nós não conseguiríamos
Pode-se viver sem a glória
O que não prova nada
Ser desconhecido na história
E continuar bem
Mas viver sem ternura
Isso nem sequer é questão
Não, não, não, não
Isso nem sequer é questão
Ò que doce fraqueza
Que lindo sentimento
Essa necessidade de ternura
Que nos vem nascendo
Realmente, realmente, realmente
No fulgor da juventude
Florescem os prazeres
E o amor faz proezas
Para nos deslumbrar
Sim, mas sem ternura
O amor não seria nada
Não, não, não, não
O amor não seria nada
Uma criança lhe beija
Porque a faz feliz
Todas as nossas tristezas desaparecem
Vêm lágrimas aos olhos
Meu Deus, meu Deus, meu Deus
Em sua grande sabedoria
Imenso fervor
Faz então chover incessantemente
No fundo dos nossos corações
Torrentes de ternura
Para que reine o amor
Que reine o amor
Até o fim dos tempos."
Vale a pena conferir a gravação original em francês gravada em estado de confinamento no período da pandemia, assim como a versão brasileira. AQUI
EXIBIÇÃO DO FILME “BAILE DO MENINO DEUS”
Anotações por Iasmim Feitosa a partir do debate realizado pós exibição.
Local: Igreja São Pedro Pescador
Data: 10/12/2025
Horário: 19:20 (inicio)
Público: 11 pessoas (com a produção)
Pergunta:
— O que vocês viram de interessante no filme? Algo que tenham visto, que lembra algo que já se perdeu, que não temos atualmente?
• Pra mim, ficou a alegria da dança. Isso foi perdido com o tempo, e vai se acabando. Essa alegria não temos mais, a risada, o sorriso, as brincadeiras. O mundo está muito acinzentado.
• Quando eu morava em São Cristóvão (SE), havia animação, alegria, era muito bom. No Natal apresentavam o nascimento de Jesus, incluindo essas brincadeiras alegres e espontâneas que são apresentadas no filme.
• Achei interessante essa realização representando o nascimento de Jesus na cultura do frevo, algo tradicional de Recife. Tudo isso em meio à pandemia. Também a inocência das crianças, sendo levadas pela música, e a alegria de estarem participando.
• O casal está buscando uma casa, não apenas um lugar para ficar. A inclusão dos vários povos reverenciando o nascimento do menino. A juventude quem fez a saudação inicial, na hora da apresentação da dança de rua. E outro detalhe, a importância da música, a música é quem nos leva a seguir o enredo, refletir e pensar.
• O menino simplesmente nasceu, ninguém estava lá para ajudar. Ele apenas veio ao mundo.
• Fazem a representação com a cultura raiz de Recife, de Pernambuco. Muitas manifestações culturais que foram se encontrando e se misturando perfeitamente. Também a forma como o povo sentiu e percebeu a religiosidade. Estamos cansados de tanta discriminação, de tanto preconceito. Esse filme nos mostra como conviver com a diversidade cultural e a preciosidade disso.
As fotos são de Iasmin Feitosa
Abaixo, texto produzido através da IA deepseek
Quais as vantagens em assistir um filme em cineclube ao contrário dos cinemas e principalmente a diferença de assistir em cineclubes em comparação com assistir em streaming?
As diferenças entre cineclubes, cinemas comerciais e streaming são profundas e dizem respeito não apenas à experiência de assistir, mas ao propósito e ao contexto da exibição.
Vamos dividir as vantagens e diferenças:
Cineclube vs. Cinema Comercial
Um cineclube é uma associação cultural, não-comercial, voltada para a exibição, discussão e formação de público. A diferença central é a curadoria e a comunidade.
Vantagens do Cineclube:
Curadoria com propósito: A programação não visa o lucro, mas temas, autores, períodos históricos, cinematografias negligenciadas (como africana, asiática, latino-americana) ou filmes de arte/experimentais que nunca chegam aos multiplex.
Contexto e Mediação: Antes ou depois do filme, há uma apresentação (por um especialista, pesquisador ou o próprio programador) que situa a obra: seu diretor, contexto histórico, importância estética. Isso transforma a sessão em uma experiência de aprendizado.
Debate e Troca: A essência do cineclube é o debate. Ouvir diferentes interpretações, compartilhar impressões e dúvidas enriquece imensamente a compreensão do filme. Você sai com mais perguntas do que entrou.
Experiência Coletiva Qualificada: A plateia está ali por interesse genuíno, não apenas por entretenimento casual. O silêncio e a concentração costumam ser diferentes, e a reação do grupo é parte do evento.
Preservação do Formatos: Muitos cineclubes projetam em película (16mm, 35mm), oferecendo a experiência "original" da textura, grão e cor do cinema analógico, algo cada vez mais raro.
Acessibilidade e Preço: Geralmente, as sessões são mais baratas (ou por contribuição voluntária) e muitas vezes ocorrem em universidades, centros culturais ou espaços independentes, fora dos shoppings centers.
No Cinema Comercial (Multiplex), você tem:
Conforto técnico padronizado (som digital, imagem digital brilhante, poltronas largas).
Programação homogênea, dominada pelos grandes estúdios de Hollywood.
Experiência focada no consumo individual (pipoca, refrigerante, silêncio social).
Exibição no lançamento, como evento de massa.
Cineclube vs. Streaming
Aqui a diferença é ainda mais radical, indo do coletivo e dedicado para o individual e algorítmico.
Vantagens do Cineclube sobre o Streaming:
Imersão sem Distração (Atenção Forçada): No cineclube, você desliga o celular e se entrega ao filme por duas horas. No streaming, a pausa para o WhatsApp, a tentação de mudar de filme ou a multitarefa são constantes, quebrando a imersão.
Descoberta Ativa vs. Passiva: No streaming, você é guiado por um algoritmo que prioriza o que é popular ou "similar ao que você já viu". O cineclube propõe um caminho fora da sua bolha, desafiando seus gostos e expandindo seu repertório de forma consciente.
A Obra no Centro: No streaming, o filme é um "conteúdo" a ser consumido. No cineclube, ele é um "texto" a ser estudado e discutido. A valorização da obra é diferente.
Socialização Real e Debate Imediato: O streaming é solitário ou, no máximo, em família. O cineclube é um encontro social com estranhos que compartilham um interesse. O debate pós-filme é único e insubstituível – é a construção coletiva de significado.
Acesso ao Inacessível: Muitos filmes exibidos em cineclubes não estão disponíveis em nenhuma plataforma de streaming. Seja por questões de direitos, nicho de público ou simples desinteresse comercial. O cineclube muitas vezes é a única janela para ver essas obras em condições dignas de projeção.
Ritual e Memória: Ir a um cineclube é um evento marcado no calendário. Você se desloca, encontra pessoas, participa de um ritual. Isso cria uma memória afetiva muito mais forte do que "aquele filme que a gente viu na Netflix numa terça-feira à noite".
No Streaming, você tem:
Conveniência e instantaneidade infinita.
Catálogo vasto (mas superficial em certas áreas).
Controle total (pausar, voltar, acelerar).
Experiência totalmente personalizada e privada.
Conclusão Sintética
Cinema Comercial: É sobre entretenimento de massa e experiência técnica confortável.
Streaming: É sobre conveniência e consumo personalizado de conteúdo no seu tempo.
Cineclube: É sobre formação cultural, descoberta coletiva e pensamento crítico. É um ato de resistência cultural, que coloca o filme como arte e objeto de reflexão, não apenas como produto.
Em resumo, ir a um cineclube é como frequentar um clube do livro ou uma aula aberta sobre cinema. É uma prática que nutre não só o amor pelos filmes, mas também a capacidade de vê-los com outros olhos e de se conectar com outras pessoas através deles. É, acima de tudo, uma experiência ativa em um mundo cada vez mais passivo de consumo cultural.
Quem não pode ir ao espaço de convivência da Igreja São Pedro Pescador na noite de ontem, pode assistir em formato de streaming, mas considerando o que está escrito acima, não deixe de assistir no cineclube realidade ou em outros cineclubes, pelas razões apresentadas acima, tanto este filme, como outros.
Para ouvir a trilha sonora do filme acima, clique aqui (youtube) ou aqui(spotfy)
Já aqui, ouça a trilha sonora do espetáculo cênico com gravacão de 1987
Sobre o Cineclube Realidade
O Cineclube Realidade teve as atividades do ciclo inicial realizadas na Escola Estadual Júlia Teles , como uma das ações do Ponto de Cultura Ação Cultural, a partir de agosto de 2015 até outubro de 2017, abrindo com o filme filme "Uma onda no ar" (comunicação periférica) e encerrando com o filme" Quando sinto que já sei” (estudantes com vez e voz nas escolas) , depois prosseguiu em Aracaju no ano de 2019, 2024 e 2025
O início da atividade se deu a partir da Oficina Rap Identidade Cultural, fruto de proposta realizada por ex-alunos da escola que formaram os grupos de rap Filosofia de Loucos e Resistentes da Favela.
O Cineclube Realidade foi criado para contribuir no desenvolvimento daquilo que é considerado como o quinto elemento do hip-hop, o conhecimento , os outros quatro elementos são: DJ, MC, Breakdance, Graffiti e Conhecimento. O DJ é o mestre de cerimônias, o MC é o vocalista que rima, o Breakdance é a dança, o Graffiti é a arte visual e o Conhecimento representa a consciência social, a história e os valores da cultura hip hop.
Para este final de 2025 e durante 2026 o Cineclube Realidade foi contemplado como um dos componentes principais do Projeto Ação Cultural Juventude e Cidadania, apresentado em seleção pública através do Edital de Chamamento Público nº 11/2024 – Rede Municipal de Pontos de Cultura de Aracaju, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e da Política Nacional Cultura Viva com participação da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju) - Prefeitura de Aracaju.
O projeto em tela prevê, além da sessões de cinema mensal, oficina de audiovisual com celular (março-abril-2026), oficina de teatro popular (abril-maio-2025), mostra cultural (maio-2026), seminário introdutório de educação popular, ação cultural e participação social (junho-2026) e transmissão aberta de formação cultural no youtube (agosto-setembro-outubro 2026).
Sobre a Ação Cultural
A Ação Cultural é uma organização da sociedade civil pioneira no trabalho com dança moderna, audiovisual, teatro, cineclube e hip-hop, junto e misturado, voltado principalmente as crianças, adolescentes e jovens residentes na periferia de Aracaju e Região Metropolitana.
Foi criada no ano de 2004 por artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores envolvidos com atividades de ação cultural nas periferias.
Se organiza buscando empoderar agentes e grupos culturais que atuam na periferia realizando de forma colaborativa reuniões, pesquisas de diagnóstico, oficinas de elaboração de projetos, produção de artigos/release, divulgação on-line, organização de portfólios, promoção de fóruns de debates, oficinas e mostras artísticas.
Assista ao discurso histórico do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) na sessão que analisa sua cassação. Foi um dos maiores momentos da história da tribuna da Câmara em Brasília. Confira.
🚨 REDUÇÃO DE PENA PARA GOLPISTAS E CRIMINOSOS A DECISÃO MAIS VERGONHOSA DO ANO —DESCONTROLE TOTAL🚨
🌱 Na noite de ontem, 9, o Senado aprovou a emenda constitucional do Marco Temporal, que ataca o direito dos povos indígenas e favorece aos fazendeiros, à mineração e ao agronegócio.
Por 52 votos contra 14, o Senado Inimigo do Povo aprovou o projeto que praticamente acaba com demarcações de terras indígenas e coloca em risco as áreas já conquistadas. Nesse momento, existem cerca de 11 mil requerimentos de mineradoras para tomar as terras indígenas.
De Sergipe, votaram contra os povos indígenas os senadores Alessandro Vieira (MDB) e Laércio Oliveira (PP). Em favor dos indígenas votou o senador Rogério Carvalho (PT).
Em maio de 2023, a Mangue Jornalismo já havia mostrado que seis dos oito deputados federais por Sergipe votaram contra os indígenas.
O PL da Dosimetria aprovado na Câmara ontem funciona como um alargamento da porta da cadeia, não apenas para quem tentou derrubar a democracia, mas para outros condenados. Sim, no intuito de pagar o preço do resgate cobrado pelo senador Flávio Bolsonaro, que sequestrou a candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas até que o centrão ajudasse a tirar Jair da cadeia, deputados fizeram um acordão e votaram pela redução de pena que beneficiasse o patriarca. Mas não apenas ele, mas gente punida por coação de testemunhas, resistência violenta a agentes públicos, incêndio doloso, ataques à organização do trabalho.
Flávio virou o bode na sala: um nome que inviabiliza alianças, assusta a Faria Lima e atrapalha o plano de 2026 do centrão. Para tirá-lo do caminho, é preciso negociar. E como a Câmara não está nem aí para a opinião pública, fecha acordos teratológicos. Deputados que gritam enlouquecidos em nome do endurecimento de penas a criminosos, tentando mostrar a seu eleitorado que quebra e arrebenta em nome da segurança pública, gostosamente amenizam a vida de criminosos quando isso lhe convém. Leia o texto na minha coluna no UOL.
Abaixo, os deputados sergipanos que participam da bancada de devastação do meio ambiente e da democracia..
CONGRESSO: A NOITADA DOS PATIFES
Como ultradireita e Centrão uniram-se em Brasília, para ensaiar a grande aliança conservadora em 2026. Por que o arranjo vitimou os povos indígenas e favoreceu os golpistas. De que forma ele abre a disputa eleitoral – e quais os meios de reagir
Por Glauco Faria
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