terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Cineclube Realidade em dezembro 2025 com os filmes "Baile do Menino Deus" & "Evangelho da Revolução".

 FILME O BAILE DO MENINO DEUS (2021)

O Baile do Menino Deus,  auto de natal já tradicional e consagrado no Recife, chegou a tela no ano de 2021 e será exibido  amanhã, quarta-(10/12) , às 19 horas,  no espaço de convivência da Igreja São Pedro Pescador, como programação mensal do Cineclube Realidade no local.  

Escrito por Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, com músicas de Antonio Madureira, o Baile do Menino Deus conta o nascimento do menino Jesus de uma forma bem brasileira, usando elementos e manifestações culturais populares, como danças, brincadeiras, cantigas e figuras folclóricas.

A história é contada por dois “Mateus”, personagens dos reisados, que buscam uma porta para entrar na casa onde nasceu o menino Jesus, para reverenciar a criança e pedir autorização da família para promover uma festa. De uma forma lúdica, o musical traz o debate sobre a busca do povo por oportunidades e esperança em meio a uma sociedade repleta de privilégios e desigualdades.

Ouça trilha sonora do baile do menino Deus aqui  (spotfy) e aqui (youtube)

EVANGELHO DA REVOLUÇÃO NO CINEMA DO CENTRO. 

Já em 12 de dezembro (sexta-feira), o Cineclube  Realidade se soma a mobilização em prol  da exibição do filme “Evangelho da Revolução” no Cinema do Centro, Sala Walmir Silveira, localizado  na Praça General Valadão.

O filme aborda o  fervor revolucionário que varreu a América Latina no século XX e que  deve muito à participação de milhões de cristãos que se engajaram em lutas políticas em nome de sua fé. Impulsionados pela teologia da libertação, eles pagaram um alto preço por abalar a relação tradicional entre Igreja e Poder. O filme explora as experiências de homens e mulheres que acreditaram ter testemunhado, na revolução, a chegada do Reino de Deus na Terra — assim na terra como no Céu ou para que  venha a nós o reino de Deus com consciência e luta.

Após a exibição do filme haverá debate mediado pelos professores Romero Venâncio (UFS) e Zezito de Oliveira (curador do Cine Realidade).

 Sobre o Cineclube Realidade 

O Cineclube Realidade teve as atividades do ciclo inicial realizadas na Escola Estadual Júlia Teles , como uma das ações do Ponto de Cultura Ação Cultural, a partir de agosto de 2015 até outubro de 2017, abrindo com o filme filme "Uma onda no ar" (comunicação periférica)    e encerrando com o filme" Quando sinto que já sei” (estudantes com vez e voz nas escolas) , depois prosseguiu em Aracaju no ano de 2019, 2024 e 2025

O início da atividade se deu a partir da Oficina Rap Identidade Cultural, fruto de proposta realizada por ex-alunos da escola que formaram os grupos de rap Filosofia de Loucos e Resistentes da Favela. 

O Cineclube Realidade foi criado para contribuir no desenvolvimento daquilo que é considerado como o quinto elemento do hip-hop, o  conhecimento , os outros quatro elementos são:  DJ, MC, Breakdance, Graffiti e Conhecimento. O DJ é o mestre de cerimônias, o MC é o vocalista que rima, o Breakdance é a dança, o Graffiti é a arte visual e o Conhecimento representa a consciência social, a história e os valores da cultura hip hop. 

Para este  final de 2025 e durante 2026 o Cineclube Realidade foi contemplado como um dos componentes  principais do Projeto Ação Cultural Juventude e Cidadania,   apresentado em seleção pública através do  Edital de Chamamento Público nº 11/2024 – Rede Municipal de Pontos de Cultura de Aracaju, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e da Política Nacional Cultura Viva com participação da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju) - Prefeitura de Aracaju.

O projeto em tela prevê,  além da sessões de cinema mensal, oficina de audiovisual com celular (março-abril-2026), oficina de teatro popular (abril-maio-2025), mostra cultural (maio-2026), seminário introdutório de educação popular, ação cultural e participação social (junho-2026) e transmissão aberta de formação cultural no youtube (agosto-setembro-outubro 2026).

Sobre a Ação Cultural

A Ação Cultural é uma organização da sociedade civil pioneira no trabalho com dança moderna, audiovisual, teatro, cineclube e hip-hop, junto e misturado, voltado principalmente as crianças, adolescentes e jovens residentes na periferia de Aracaju e Região Metropolitana.

Foi criada no ano de 2004 por artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores envolvidos com atividades de ação cultural nas periferias.

Se organiza buscando empoderar agentes e grupos culturais que atuam na periferia realizando de forma colaborativa reuniões, pesquisas de diagnóstico, oficinas de elaboração de projetos, produção de artigos/release, divulgação on-line, organização de portfólios, promoção de fóruns de debates, oficinas e mostras artísticas.

sábado, 29 de novembro de 2025

Filme ¨Evangelho da Revolução" será exibido no Cinema do Centro, Aracaju, em 12/12, com a apoio do Cineclube Realidade na mobilização do público.

 O Evangelho da Revolução, retrato impactante da América Latina     Frei Betto 

       https://acaoculturalse.blogspot.com/2025/11/filme-evangelho-da-revolucao-sera.html                                                          


Filme cearense "Filosofia de Boteco" usa humor para popularizar conceitos filosóficos

 Publicada por Claudia Rocha em 28/10/2025 ― Atualizada em 28 de Outubro de 2025 às 10:35

O filme de humor "Filosofia de Boteco" (BRA, 92 min, 12 anos) vai estrear no próximo dia 19 de novembro de 2025, no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza. Roteirizado pelo filósofo, professor e diretor Emerson Praciano, com colaboração do jornalista e humorista Luis Carlos de Freitas (LC Galetto), conta a história do encontro de uma filósofa e um humorista na cidade fictícia de Paumirim, no coração do sertão cearense, onde o Boteco do Cunhão vira ponto de encontro para debates filosóficos com muito bom humor.

A comédia cearense apresenta os personagens Amado (Adney Pinheiro), Maiquim (Rafael Rodrigues), Violeta (Jane Teixeira) e Sócrates (Pedro Ivo), que transformam o balcão em um verdadeiro palco de ideias, arrancando risadas e reflexões em igual medida. "A ideia do roteiro é do Emerson, que precisava de um parceiro que pensasse o humor", explica LC que já atuou em filmes do cineasta Halder Gomes como "Cine Holliúdy", "Bem Vinda a Quixeramubim", "Shaolin do Sertão", além da série "Cangaceiros do Futuro" (Netflix) e trabalhos na Globo e Record.

Produzida por meio de parcerias, rifas, patrocínios e outras formas de apoio, a obra será distribuída de forma independente, com circulação a partir de 4 de novembro em mais de 34 cidades de vários estados brasileiros (ver abaixo). Com muita brincadeira e leveza, o longa busca aproximar reflexões filosóficas com a graça de artistas cearenses como Carri Costa, Moisés Loureiro, Bolachinha, Luana do Crato e dezenas de humoristas cearenses.

"Desde o início, minha proposta foi manter a linha de criar, roteirizar e dirigir filmes com pensamento crítico e conceitos filosóficos. Neste primeiro longa-metragem, quis abordar a Filosofia de forma leve e bem-humorada. A ideia era apresentar o pensamento filosófico com um toque tipicamente cearense, utilizando o humor e as piadas como ponte para reflexões inspiradas em grandes pensadores e teorias que marcaram a história da Filosofia", explica o diretor Emerson.

"O filme reúne 28 personagens interpretados por 28 artistas incríveis, nomes de destaque nacional como Solange Teixeira, Carri Costa, Moisés Loureiro, Luciano Lopes (a Luana do Crato), Evaristo Nogueira (Homem Mau), LC Galetto, Adney Pinheiro e vários outros talentos em ascensão e elenco infantil", detalha. Além disso, Emerson contou que atuaram como figurantes seus colegas professores de Filosofia, escritores, youtubers, palhaços, mágicos, atores de teatro, apresentadores de TV e cantores.

Emerson Praciano é doutorando em Educação pela Universidade Federal do Ceará com pesquisa em Cinema, mestre com estudos sobre Cinema e Filosofia, pós-graduado em Cinema e Cineclube pela Vila das Artes em 2021. Realizador audiovisual pelo Centro Cultural bom Jardim, é diretor e roteirista dos filmes "Olho para mim" (premiado na mostra Joaquim Venâncio no Rio de Janeiro) e "Tempos Sombrios". Autor de "Cinema e Marxismo: Reflexão a partir de uma experiência", apresenta o programa Pra Pensar da Rádio FM Benfica.

Em Aracaju

A nova comédia cearense 'FILOSOFIA DE BOTECO' já fez mais de 2 MIL PESSOAS rirem pelo país! Com a sabedoria do nosso povo e o calor da nossa região, o filme que é sucesso chega em ARACAJU para uma única sessão imperdível. 


 🎬ARACAJU - SE:

📅 Data: Quarta-feira - 17 de dezembro 

⏰ Horário: 19h30 

📍 Local: Cinema Alquimia – Centro Cultural de Sergipe. 

📌 Endereço: Rua Dep. Euclides Paes Mendonça 560, Aracaju, SE, 49020-460

🔞 Censura: 12 anos

🎟 Ingressos: R$ 10,00 (preço único) 

🔗 Garanta o seu ingresso em: https://www.sympla.com.br/evento/lanCamento-do-filme-filosofia-de-boteco/3188587

 🎬 trailer: 


Outras informações : https://www.instagram.com/reel/DQUdUULjmaU/?igsh=b3M4Y2ZodDVzYXpw

📢  Exibição e debate com a presença do diretor e roteirista

🎥 Filme de Produção Independente.Circuito Nordeste

EM OUTROS ESTADOS

Natal (RN): 20/11, às 20 horas, no Natal Comedy Club (av. Sen. Salgado Filho, 3510 - Candelária);

Mossoró (RN): 21/11, às 19h30, no Cineteatro Casa Máscara (rua Antônio Vieira de Sá 156, Nova Betânia);

Recife (PE): 14/12, às 19 horas, no Recife Comedy Club (rua Tomazina, 121);

Maceió (AL): 16/12, às 20h, no Cinema Arte Pajuçara do Centro Cultural de Maceió (Av. Dr. Antônio Gouveia 1113);

Salvador (BA): 18/12, horário a definir, no Cine Gláuber Rocha (Praça Castro Alves, Centro)

João Pessoa (PB): 21/12, às 18 horas, no Emporiocomedy João Pessoa (av. Almirante Tamandaré, Tambaú).

Previsão de exibição em Teresina e São Luís em janeiro de 2026.

Circuito Nacional

Goiânia (GO): 4/11, às 19h30, no Teatro Carlos Moreira (rua do Lazer - Setor Central);

Brasília (DF): 5/11, horário a definir, no Cine Cultura Liberty Mall (SCN qd. 2, bl. D);

Rio de Janeiro (RJ): 7/11, às 14 horas no Cineteatro Alcione Araújo (av. Pres. Vargas, 1261 - Centro) e às 18 horas no Armazém do Campo - MST (av. Mem de Sá, 135 - Centro / Lapa);

Belo Horizonte (MG): 10/11, às 18h30, no Auditório do Conselho Regional de Economia (rua Paraíba, 777 - Savassi), e em 11/11, às 20h30, na sala 2 no Cine Belas Artes em Belo Horizonte (rua Gonçalves Dias, 1581 - Lourdes);

São Paulo (SP): 13/11, às 19 horas, na sala 1 no Cineteatro Jardim Sul (av. Giovanni Gronchi, 5819 - Vila Andrade).

Previsão de exibição em Belém e Manaus em janeiro de 2026.

Cláudia Monteiro - jornalista da reitoria.



Cineclube Realidade em parceria com o Instituto Piabinhas encerra com alegria e tristeza a última sessão da 2ª Mostra Mercosul Audiovisual no São Braz (Socorro-SE).

 Na última sexta-feira (05/12), ocorreu a última sessão da 2ª Mostra Mercosul Audiovisual realizada pelo Cineclube Realidade. Em outros pontos de exibição pelo país, as atividades prosseguiram até ontem,  segunda-feira, 8 de dezembro. Aqui em Sergipe, soubemos pelas redes digitais que o Ponto de Cultura Barracão Mãe Maria também integra a rede de exibição da mostra.


Para nós, da Ação Cultural — entidade-mãe, ou guarda-chuva, por ter gestado e abrigar o Cine Realidade — foi de grande importância participar desta edição, assim como da primeira Mostra Difusão Cinema e Direitos Humanos. Ambas foram organizadas pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV/MINC), em parceria com outros ministérios e, no caso da Mostra Mercosul, com organismos equivalentes dos países que compõem o bloco,  Argentina, Brasil, Paraguai  Uruguai,  Bolívia e Colômbia como pais convivendo para essa mostra. 

É justamente esse aspecto do trabalho em rede que desejamos destacar aqui, especialmente quando conectado ao contexto local.

Como divulgado em nossas redes, a sessão de ontem foi realizada na base comunitária do Instituto Piabinhas, localizada no povoado São Braz, município de Nossa Senhora do Socorro — parte integrante da região metropolitana de Aracaju. Trata-se de um território cada vez mais conectado à capital devido às grandes obras de infraestrutura, como a construção de pontes. Isso é particularmente evidente no caso do São Braz, que vem gradualmente perdendo suas características de povoado e assumindo a configuração de um bairro urbano — processo que traz ganhos e perdas.

Na foto,  Denisson José da equipe do Cineclube Realidade mediando o debate e comentando sobre a questão ambiental no filme e na realidade do São Braz.

Para quem conheceu a região antes da construção da segunda ponte sobre o Rio do Sal, fica claro o impacto dessa obra em uma comunidade que vivia “nos fundos” dos novos conjuntos habitacionais do antigo Complexo Taicoca — nome hoje substituído pela denominação Complexo Marcos Freire. De “porta dos fundos”, São Braz transformou-se em porta de entrada, ou segunda porta de entrada, de Aracaju para Socorro. E isso significa abertura para uma nova frente de expansão imobiliária e de empreendimentos econômicos concentradores de renda, marcados por baixos salários, condições de trabalho exaustivas e pouca perspectiva de desenvolvimento pessoal e social. Soma-se a isso a ameaça constante à preservação dos recursos naturais e da cultura comunitária local.

No caso de São Braz, entretanto, essa cultura tem resistido. Isso se deve, em grande parte, à visão de futuro de um casal de jovens moradores que, há cerca de vinte anos, criou o projeto sociocultural “Pescando Memórias”. Graças a iniciativas como essa, a memória, a paisagem e as tradições da comunidade ainda encontram espaços, cada vez mais reduzidos para perdurar.

Esses temas estiveram presentes no debate que se seguiu à exibição do segundo filme da tarde, Terra sem Males, que suscitou reflexões sobre passado, identidade, pertencimento e futuro.

Abaixo, texto produzido por Iasmin Feitosa, assistente de produção do Cineclube Realidade

Relatório de Exibição – Cineclube Realidade
2° Mostra Mercosul Audiovisual
Local: Instituto Piabinhas
Horário: 15h45
Data: 05/12/2025
Público presente: 28 pessoas (incluindo a produção)


[Primeiro Filme – Dois Rios: Cacau e Liberdade]

Pergunta: “Teve algo mostrado no filme que marcou vocês?”

• A injustiça das pessoas que trabalhavam ali, terem as posses tomadas por senhores de alto escalão. 

• As pessoas produziam seu próprio alimento, recebiam pouco, eram submissos aos senhores. Até vir a praga Vassoura de Bruxa, e funcionar como solução para os trabalhadores, que denominaram a praga de "Santa Vassoura".

• O sistema Cabruca, que tem como ato cultivar e colher sem derrubar a mata. 

• O pessoal mexendo e fazendo a secagem do cacau. Me lembrei de quando eu trabalhava fazendo farinha, utilizando o mesmo forninho. 

• A introdução do cultivo de outros alimentos, fazendo o Sistema Cabruca. 

[Segundo Filme – La tierra sin mal]

Pergunta: “O que vocês acham sobre a visão que o filme passou? ”

Respostas/opiniões de alguns alunos:

• As belas árvores sendo derrubadas apenas pela ambição de terceiros. 

• A cultura e a natureza sendo demolidas e soterradas por grandes empresas mobiliários. 

Sobre o meio-ambiente:

• Os empresários fazem o que querem, eles são os políticos hoje em dia. Se a comunidade não tiver força suficiente para barrar a construção de um conjunto residencial de prédio que destrói parte significativa do verde e da paisagem natural do povoado, terá que tomar medidas mitigadoras, principalmente na parte ambiental.

* Poderia ser uma espécie de mini parque ambiental ou praça, mantendo a natureza viva no que pode dar lugar a um condominio de prédios, pressionado também a manutenção do mangue e da qualidade das águas do rio do sal, que pode se transformar em um esgoto a céu aberto, mais ainda do que já é. 
[Iasmin S. Feitosa - Assistente de Produção]

"Acompanhando o filme durante a sessão realizada no Instituto Piabinhas, minha visão sobre o curta "La tierra sin mal" foi vê-lo como um retrato potente e melancólico do conflito entre um mundo que busca o sagrado na natureza e um outro que a vê apenas como um recurso a ser explorado. Deixou a sensação de uma perda irreparável, não só de território, mas de um sonho coletivo. Foi e é uma pequena obra necessária para refletir sobre o custo humano do "desenvolvimento". Iasmin Feitosa

Absurdo, uma canção bela e sensível sobre a destruição do meio ambiente em função dos  interesses capitalistas.


O vídeo abaixo foi produzido por mulheres que estiveram presentes. O destaque é o momento do lanche, pipocas e refrigerantes... 


SOBRE A 2ª MOSTRA MERCOSUL AUDIOVISUAL

Iniciativa do Ministério da Cultura e da Recam reúne 12 curtas de cinco países, reforçando a integração cultural e o olhar das novas gerações sobre o território latino-americano.

De 8 de novembro a 7 de dezembro, o público poderá conferir a 2ª Mostra Mercosul Audiovisual, que neste ano tem como tema Territórios e Paisagens em Transformação. As exibições ocorrem em 367 pontos culturais distribuídos em 250 municípios de todos os estados brasileiros e são gratuitas.

A iniciativa, promovida pela Secretaria do Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (Recam), celebra a diversidade cultural e o olhar sensível das novas gerações sobre o território e suas histórias.

A Mostra será exibida em cineclubes, pontos de cultura, bibliotecas públicas e comunitárias, escolas e instituições educacionais, centros educativos urbanos (CEUs) da Cultura, centros culturais, movimentos sociais, associações, museus e unidades socioeducativas, além de salas verdes e pontos do circuito Tela Verde, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

As exibições são organizadas de forma descentralizada pelos pontos exibidores, que têm liberdade para propor atividades complementares junto às sessões. Em muitos locais, o público também poderá participar de conversas, debates ou oficinas.

Duas sessões, múltiplos olhares

A Mostra reúne 12 curtas-metragens de cinco países — Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia (país associado da Recam) — distribuídos em duas sessões: uma voltada ao público infantil e outra ao público em geral.

Na Sessão Infantil, produções como A menina e o Mar; Casa na Árvore e Os Macarus convidam o público a redescobrir o mundo pela curiosidade e pela poesia do cotidiano, enquanto No Están Solos II, De Onde Você É? e El Intronauta propõem reflexões sobre a convivência e a relação entre humanidade e meio ambiente.

Já a Sessão para o público em geral apresenta histórias que atravessam memórias, resistências e identidades regionais. Filmes como Dois Riachões: Cacau e Liberdade, La Tierra Sin Mal e Movimentos Migratórios destacam a força das comunidades que reinventam o território a partir da luta, da ancestralidade e da esperança.

Entre o real e o mítico, Keradó, Mita’i Churi e Luthier reafirmam o poder do audiovisual como espaço de encontro e expressão entre povos latino-americanos.

Sobre o Cineclube Realidade 

O Cineclube Realidade teve as atividades do ciclo inicial realizadas na Escola Estadual Júlia Teles , como uma das ações do Ponto de Cultura Ação Cultural, a partir de agosto de 2015 até outubro de 2017, abrindo com o filme filme "Uma onda no ar" (comunicação periférica)    e encerrando com o filme" Quando sinto que já sei” (estudantes com vez e voz nas escolas) , depois prosseguiu em Aracaju no ano de 2019, 2024 e 2025

O início da atividade se deu a partir da Oficina Rap Identidade Cultural, fruto de proposta realizada por ex-alunos da escola que formaram os grupos de rap Filosofia de Loucos e Resistentes da Favela. 

O Cineclube Realidade foi criado para contribuir no desenvolvimento daquilo que é considerado como o quinto elemento do hip-hop, o  conhecimento , os outros quatro elementos são:  DJ, MC, Breakdance, Graffiti e Conhecimento. O DJ é o mestre de cerimônias, o MC é o vocalista que rima, o Breakdance é a dança, o Graffiti é a arte visual e o Conhecimento representa a consciência social, a história e os valores da cultura hip hop. 

Para este  final de 2025 e durante 2026 o Cineclube Realidade foi contemplado como um dos componentes  principais do Projeto Ação Cultural Juventude e Cidadania,   apresentado em seleção pública através do  Edital de Chamamento Público nº 11/2024 – Rede Municipal de Pontos de Cultura de Aracaju, no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) e da Política Nacional Cultura Viva com participação da Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju) - Prefeitura de Aracaju.

O projeto em tela prevê,  além da sessões de cinema mensal, oficina de audiovisual com celular (março-abril-2026), oficina de teatro popular (abril-maio-2025), mostra cultural (maio-2026), seminário introdutório de educação popular, ação cultural e participação social (junho-2026) e transmissão aberta de formação cultural no youtube (agosto-setembro-outubro 2026).

Sobre a Ação Cultural

A Ação Cultural é uma organização da sociedade civil pioneira no trabalho com dança moderna, audiovisual, teatro, cineclube e hip-hop, junto e misturado, voltado principalmente as crianças, adolescentes e jovens residentes na periferia de Aracaju e Região Metropolitana.

Foi criada no ano de 2004 por artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores envolvidos com atividades de ação cultural nas periferias.

Se organiza buscando empoderar agentes e grupos culturais que atuam na periferia realizando de forma colaborativa reuniões, pesquisas de diagnóstico, oficinas de elaboração de projetos, produção de artigos/release, divulgação on-line, organização de portfólios, promoção de fóruns de debates, oficinas e mostras artísticas.

As sessões do Cineclube Realidade como parte da 2ª Mostra Mercosul Audiovisual. 

1ª sessão - 08 de Novembro (sábado) Igreja São Pedro Pescador - Avenida João Rodrigues, 425, bairro Industrial  – Aracaju – às 16h30.  

2ª sessão 19 de Novembro (Quarta-Feira) – Igreja São Pedro Pescador - Avenida João Rodrigues, 425, bairro Industrial  – Aracaju – às 19h.  

3ª sessão 02 de dezembro (Terça-Feira) - Instituto Federal de Ensino (Socorro) - Av. Perimetral B, s/n, Conj. Marcos Freire I, Nossa Senhora do Socorro - Sergipe.- 8 às 12 h. 

4ª sessão - 05 de dezembro  (Sexta-Feira) - Sede do Instituto Piabinhas no município de Nossa Senhora do Socorro, localizado no povoado São Braz, rua Vereador Deoclides Vasconcelos, n°44. - às 15h.


Porque as escolas militares representam o triunfo do Brasil autoritário, violento, preconceituoso...... Fascista. Agora é a vez de Aracaju.

 


Sem debate, vereadores aceleram projeto que cria escolas cívico-militares em Aracaju para ‘salvar’ emenda Pix de Rodrigo Valadares

Sem ouvir a comunidade pedagógica, vereadores de Aracaju aceleraram a tramitação de um projeto de lei apresentado pela bolsonarista Moana Valadares (PL) que, uma vez aprovado, criará o programa de escolas cívico-militares na capital sergipana.

A manobra se deu através de um requerimento de urgência que sequer constou da pauta da sessão, mas foi aprovado por maioria na terça-feira. O mérito da proposta pode ser votado no plenário da Câmara Municipal nesta quinta-feira (4).

📲 Texto completo em https://manguejornalismo.org/sem-debate-vereadores-aceleram-projeto-que-cria-escolas-civico-militares-em-aracaju-para-salvar-emenda-pix-de-rodrigo-valadares/

Professor Daniel Ferraz no "Ao Vivo" sobre Anísio Teixeira, Paulo Freire e Ginásio Vocacional.



O que as entidades representativa da categoria de professoras, incluindo a Confederação Nacional  dos Trabalhadores em Educação (CNTE), universidades, imprensa e etc., podem fazer ainda mais para alertar a sociedade brasileira sobre os perigos da educação que pensa a escola como máquina de fortalecimento do estado ditatorial? Sem contar o modelo da escola neoliberal, com a manipulação ou maquiagem dos resultados dos testes de aferição da aprendizagem para o IDEB, assim como pelo sistema de controle e manipulação da prática docente por meio de plataformas de internet. 

Acima, exemplos do canal do Avro, da agência Mangue Jornalismo e da Ação Cultural.

Leia/assista/ouça também:

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

A escola como fábrica de alienação e de endoidecer gente sã. #escolapública

O contrário do que propôs e realizou Anísio Teixeira.   "A escola pública é a máquina que consolidará a democracia no Brasil."  
 Eles não querem formar cidadãos com conhecimento, pensamento crítico e autonomia de escolha, porque perdem o poder de manipular o jogo de dentro. Quando a elite desmonta um projeto de ensino voltado à emancipação social e o substitui por uma formação restrita à produção de mão de obra barata, não se trata de acaso ou descuido: é projeto político de sociedade. Querem quem trabalhe muito, receba pouco, e não questione a lógica de governança que legitima sua dominação. Quanto menos conhecimento o povo tem, mais poder tem a elite. Quanto menos o povo conseguir identificar as falhas na governança, mais liberdade eles têm para moldar um mundo que os favorece. E quanto menos o povo souber o que fazer, como fazer, e através de que formas agir, mais tempo essa elite terá no poder. 🟠 O vídeo dialoga com as disciplinas de @jesse_souza1960 (Problemas Brasileiros em Perspectiva Sociológica) e @renatojanine (Teorias Políticas para Interpretar o Brasil), especialmente ao abordar a formação da República brasileira e as crises pelas quais as instituições democráticas do país têm passado nos últimos anos. ✅ Você concorda? Qual tem que ser a maior mudança na educação brasileira atual?  


Dezenas de vídeos têm viralizado nas redes sociais com alunos dando nota zero para os professores em uma avaliação criada pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nas postagens, os estudantes dizem que estão se vingando dos docentes. Em maio deste ano, o secretário de Educação, Renato Feder, publicou resolução que instituiu uma avaliação do desempenho dos professores, coordenadores e diretores das escolas. Nesse processo, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio passaram a ser um dos avaliadores. Por Isabela Palhares (Folhapress) —📄 Leia mais em   https://iclnoticias.com.br/quem-zero-alunos-avaliacao-sp-professores/



segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Como e porque organizar um grêmio livre nas escolas públicas? Acompanha um filme muito bom para interessados no assunto.

 


📣 CAMPANHA LANÇA O “GUIA GRÊMIOS, PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL E AGENDA 2030 NA ESCOLA”; ACESSE O DOCUMENTO

Atualizando e expandindo seu conhecido e disseminado guia sobre e para grêmios estudantis, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação disponibiliza nesta segunda (08/12) o "Guia Grêmios, Participação Estudantil e Agenda 2030 na Escola".

📌 O material tem o objetivo de subsidiar as comunidades escolares para o cumprimento da legislação e promover a criação e fortalecimento de grêmios escolares e coletivos estudantis no país, com foco na articulação com a agenda de desenvolvimento sustentável e enfrentamento a desigualdades.

O guia mostra, por meio de um passo a passo, como fazer parte de um grêmio estudantil. Fornece orientações práticas, como verificar se a escola já possui um grêmio e o que fazer quando não há. O guia inclui dicas importantes e informações detalhadas para organizar e formalizar um grêmio na escola. 

O documento enfatiza que quando articulados de forma comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, os grêmios estudantis podem contribuir efetivamente para a territorialização da Agenda 2030 no ambiente escolar e reivindicar direitos. 

👊🏿 Há ênfase em assegurar o fortalecimento de uma educação antirracista, de modo que as decisões escolares reflitam as necessidades e demandas reais da juventude, que em muitas dimensões, de dentro e fora da escolas, passam pela questão da equidade racial.

📗 A realização do guia é da Campanha, com apoio da W.K. Kellogg Foundation via Projeto SETA - Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista e da União Europeia (UE). Parte dos conteúdos foi elaborado a partir de formações com estudantes no contexto do Projeto Euetu - Grêmios e Coletivos Estudantis, da Campanha, que tem apoio da UE e do Projeto SETA -- coalizão da qual a Campanha é integrante.

➡ ACESSE O ESTUDO E SAIBA MAIS: 

https://campanha.org.br/noticias/2025/12/08/campanha-lanca-o-guia-gremios-participacao-estudantil-e-agenda-2030-na-escola-acesse-o-documento/ 



Outra cartilha AQUI

ELEIÇÕES | Panorama #CulturaSP

100min - 2021 - Documentário - Alice Fanny Riff Produções

Direção: Alice Riff

Montagem: Yuri Amaral

Roteiro: Alice Riff, Vanesa Fort

Panorama #CulturaSP apresenta o documentário longa-metragem “Eleições”. É época de eleições para o grêmio estudantil, e secundaristas se organizam para a corrida eleitoral. Quatro grupos de estudantes, com opiniões e visões de mundo diferentes, criam propostas, debatem estratégias de campanha e lutam por melhorias na escola. Os conflitos e as tensões entre as chapas revelam suas diferenças políticas, e a contundência da realidade cotidiana convive com a resistência do sonho, da amizade e do direito de criar caminhos para o mundo em que se acredita.

Assista AQUI


A Importância dos Grêmios Estudantis para a Formação Democrática nas Escolas Públicas

Os grêmios estudantis desempenham um papel fundamental na formação democrática dos alunos da escola pública por várias razões:

1. Exercício Prático da Cidadania

Os grêmios proporcionam um espaço concreto para os estudantes exercitarem direitos e deveres democráticos, aprendendo na prática conceitos como:

Representatividade

Processos eleitorais

Accountability (prestação de contas)

Participação cidadã

2. Desenvolvimento de Competências Democráticas

Através da participação, os alunos desenvolvem:

Capacidade de debate respeitoso

Negociação e construção de consensos

Elaboração coletiva de propostas

Defesa de interesses com argumentação fundamentada

3. Espaço de Representatividade e Inclusão

O grêmio serve como canal oficial de representação estudantil, garantindo que diversas vozes sejam ouvidas na gestão escolar, especialmente importantes em contextos públicos onde a diversidade socioeconômica e cultural é ampla.

4. Educação para a Participação Social

A experiência no grêmio prepara os estudantes para futuras participações em conselhos comunitários, associações e instâncias democráticas da sociedade, formando cidadãos mais ativos e conscientes.

5. Interface com a Gestão Escolar

Os grêmios permitem que os estudantes participem ativamente do ambiente escolar, promovendo:

Corresponsabilização pela qualidade da educação

Diálogo entre alunos, professores e direção

Propostas de melhorias concretas para a escola

6. Empoderamento e Protagonismo Juvenil

Especialmente em escolas públicas, o grêmio fortalece o senso de agência dos estudantes, mostrando que podem ser agentes de transformação em seus contextos sociais.

7. Aprendizado sobre Organização Coletiva

Os alunos aprendem sobre estruturas organizacionais, divisão de tarefas, planejamento coletivo e execução de projetos - habilidades transferíveis para a vida comunitária e profissional.

Desafios e Potencial

A efetividade dos grêmios depende do apoio institucional, da formação contínua dos participantes e da criação de canais reais de diálogo com a gestão escolar. Quando funcionam plenamente, constituem um microcosmo da sociedade democrática, preparando os estudantes não apenas para votar, mas para participar ativamente da construção do bem comum.

Esta experiência prática complementa o ensino teórico sobre democracia, criando uma formação cidadã mais completa e significativa.

Apresente exemplos de atuação de grêmios livres bem sucedidos com base na linha argumentativa apresentada acima

Exemplos de Atuação Bem-Sucedida de Grêmios Estudantis

1. Grêmio do Centro Educacional Unificado (CEU) Heliópolis - São Paulo/SP

Atuação Democrática:

Implementaram o "Parlamento Jovem", com reuniões regulares onde representantes de cada turma levavam demandas específicas

Criaram comissões temáticas (cultura, esportes, infraestrutura, alimentação) com rodízio de participantes para ampliar engajamento

Resultado: Redução de 40% nos conflitos escolares após um ano, segundo pesquisa interna

2. Grêmio da Escola Estadual Professor André Rodrigues de Alckmin - Pindamonhangaba/SP

Exercício Prático de Cidadania:

Organizaram eleições com campanha formal, debates entre chapas e urnas eletrônicas adaptadas

Implementaram prestação de contas mensal em assembleias gerais

Resultado: Aumento de 300% na participação nas votações do grêmio em 2 anos

3. Grêmio do Colégio Estadual Rui Barbosa - Curitiba/PR

Interface com Gestão Escolar:

Criaram a "Semana da Escuta Ativa" onde membros do grêmio coletavam demandas em todas as turmas

Elaboraram projeto colaborativo para reforma da quadra esportiva, apresentado ao conselho escolar

Conseguiram parceria com a prefeitura e recursos do governo estadual

Resultado: Reforma concluída em 8 meses com participação decisiva dos alunos no projeto

4. Grêmio da Escola Municipal Tancredo Neves - Belo Horizonte/MG

Desenvolvimento de Competências Democráticas:

Implementaram "Círculos de Diálogo" para mediação de conflitos entre alunos

Criaram o "Jornal do Grêmio" com espaço garantido para opiniões divergentes

Organizaram simulações de sessões da câmara municipal sobre temas relevantes para juventude

Resultado: Projeto reconhecido pela Secretaria Municipal de Educação como modelo de mediação escolar

5. Grêmio da Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro - Manaus/AM

Empoderamento e Protagonismo Juvenil:

Desenvolveram projeto "Aluno Tutor" para combater evasão escolar

Estabeleceram sistema de apoio entre pares para estudantes com dificuldades

Organizaram feira de profissões com ex-alunos da escola pública bem-sucedidos

Resultado: Redução de 25% na evasão escolar no primeiro ano do projeto

6. Grêmio do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 447 - São João de Meriti/RJ

Educação para Participação Social:

Criaram parceria com conselho tutelar local para oficinas sobre direitos da criança e adolescente

Organizaram mutirão de regularização de documentação civil para estudantes

Estabeleceram ponte com a associação de moradores do bairro para projetos comuns

Resultado: 120 estudantes regularizaram documentos em um ano, facilitando acesso a programas sociais

7. Grêmio da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Alan Pinho Tabosa - Eusébio/CE

Aprendizado sobre Organização Coletiva:

Implementaram sistema de gestão transparente com planilhas públicas de orçamento

Criaram banco de horas para participação em projetos, valorizando diferentes formas de contribuição

Desenvolveram projeto de horta comunitária que integrou várias disciplinas do currículo

Resultado: Horta tornou-se fornecedora parcial da merenda escolar, com gestão estudantil

8. Grêmio da Escola Técnica Estadual (ETEC) de São Paulo - Unidade Centro

Espaço de Representatividade e Inclusão:

Criaram comitê de acessibilidade que mapeou barreiras arquitetônicas

Implementaram "Semana da Diversidade" com debates sobre gênero, raça e inclusão

Estabeleceram sistema de denúncia anônima para casos de discriminação

Resultado: Adaptação de 3 espaços da escola para acessibilidade em 6 meses

Padrões Comuns de Sucesso:

Estrutura Democrática Interna: Assembleias regulares, transparência financeira, rodízio de lideranças

Conexão com a Base: Mecanismos permanentes de escuta das turmas

Interface Institucional: Participação efetiva no conselho escolar e diálogo constante com direção

Formação Contínua: Capacitação em oratória, mediação de conflitos, elaboração de projetos

Ações Concretas: Foco em resultados mensuráveis que melhoram a vida escolar

Impacto Ampliado:

Muitos desses grêmios formaram redes municipais ou estaduais, multiplicando suas experiências. O Grêmio da ETEC São Paulo, por exemplo, ajudou a criar a "Rede de Grêmios das ETECs", que compartilha metodologias entre 200 unidades.

Esses exemplos demonstram como grêmios livres bem-sucedidos vão além da organização de festas, tornando-se escolas práticas de democracia, onde os estudantes aprendem fazendo, resolvendo problemas reais de sua comunidade escolar enquanto desenvolvem competências cidadãs duradouras.



domingo, 7 de dezembro de 2025

Com apoio da Fundação Nacional de Artes e colaboração da Prefeitura de Aracaju que concluiu a reforma da praça Frei Miguel em alto estilo o Bairro América recebe o Grupo Imbuaça com seu Auto de Natal

 

Grupo Imbuaça apresenta:

Tá Caindo Fulô: Auto do Deus Menino.

📝07/12 - Domingo

🕢 20h

📍Praça dos Capuchinhos, Frei Miguel, Bairro América

SINOPSE

A peça teatral alia interpretação, dança e música para desvelar os acontecimentos que prenunciaram a vinda do Messias: a esperança do povo judeu por dias prósperos. Seguindo a tradição dos autos, gênero dramático que mescla elementos religiosos e populares, o espetáculo remonta o texto bíblico, quase fielmente reproduzido na dramaturgia, em uma encenação dentro do universo brincante da cultura sergipana.

Conduzida por uma cigana emprestada do Reisado, folguedo típico neste período do ano no Nordeste do país, a estrutura narrativa de “Tá caindo fulô: auto do Deus menino” pontua, de forma lúdica e poética, momentos marcantes da história cristã, desde as profecias do Antigo Testamento à natividade descrita pelo Novo Testamento.

Este projeto foi fomentado pelo Programa FUNARTE de Apoio à Ações Continuadas 2024 - Grupos e Coletivos Artísticos.

A Praça é Nossa: Entre o Sagrado e o Lazer Popular

 8 de outubro de 2025  

Emanuel Rocha*

No coração urbano de Aracaju, a antiga Praça Tancredo Neves não é apenas um espaço de lazer; é memória viva, resistência silenciosa e testemunho de transformação. Sua história, marcada por camadas de barro, fé e convivência, reflete a própria cidade, unindo o sagrado, o cívico e o popular em um mesmo espaço.

Antes de se tornar praça, era uma colina de barro vermelho, vestida de matagais, na antiga elevação conhecida como “Alto da Boneca”. A comunidade, com seu esforço diário, retirava o barro para erguer casas de taipa, moldando o terreno e transformando-o em penhasco abrupto e de difícil acesso. Nesse ponto, elevado não apenas na geografia, mas na simbologia, consolidou-se o caráter religioso do espaço. No início da década de 1960, após negociações entre os frades capuchinhos e a Prefeitura, ergueram-se a Igreja e o Convento de São Judas, imprimindo à colina uma aura de fé que atravessa o tempo, silenciosa testemunha da devoção e da história.

Anos se passaram, e o espaço permaneceu adormecido, quase esquecido. Somente em 1985, durante a gestão do prefeito José Carlos Teixeira, o terreno acidentado recebeu urbanização e se transformou finalmente em praça. O nome escolhido, Tancredo Neves, ressoava esperança: homenagem ao primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, símbolo vivo da redemocratização brasileira.

Como tantas obras públicas da época, a praça logo mergulhou no esquecimento. A falta de cuidados apagou aos poucos o brilho conquistado. Somente em 1994, na administração do prefeito José Almeida Lima, uma ampla reforma trouxe fôlego ao espaço: o anfiteatro ganhou grades de ferro reaproveitadas da Praça Olímpio Campos. Ainda assim, o descuido retornou, e a praça, antes viva, permaneceu silenciosa, sob o peso do abandono que ameaçava sua história e a lembrança da comunidade.

Na gestão do ex-prefeito Edvaldo Nogueira, deu-se início, em 25 de abril de 2024, a uma grande reforma, prevista para ser concluída em 19 de fevereiro de 2025, com custo de R$ 1.944.054,29 (um milhão, novecentos e quarenta e quatro mil, cinquenta e quatro reais e vinte e nove centavos). A obra, fruto de indicação do então vereador Fabiano Oliveira, prometia devolver à comunidade um espaço digno, moderno e seguro. Anos antes, o ex-vereador Dr. Emerson havia apresentado a indicação para a mudança do nome da praça, que deixava de ser Tancredo Neves para se tornar Praça Frei Miguelangelo Serafine (Frei Miguel), em homenagem ao franciscano que dedicou sua vida à fé, à solidariedade e à comunidade.

Depois de cinco meses de atraso, a praça foi finalmente inaugurada, reunindo gestores, vereadores e comunidade para celebrar a conclusão da obra. O espaço ganhou nova vida, tornando-se ponto de encontro vibrante, memória viva e símbolo da história e identidade de Aracaju. Cada detalhe refletia cuidado, tornando a Praça Frei Miguel um local de lazer, convívio e cultura, pronto para abraçar gerações.

Mas o que muitos moradores testemunharam na inauguração foi um desfile de autoridades, algumas mais blogueirinhas que legisladores, disputando câmeras e sorrisos efêmeros. Raros conhecem o chão que pisam; tropeçam até no nome da praça e do santuário, revelando total falta de intimidade com a história e com o povo do bairro. Muitos desses legisladores e gestores, sem GPS, talvez jamais chegassem ao bairro América, na zona oeste de Aracaju, onde a vida pulsa longe dos holofotes, e onde a verdadeira história da comunidade se escreve a cada dia.

Quando a praça desperta plenamente, sua essência se revela em cada gesto e em cada som. Que a FUNCAJU conduza grupos teatrais, músicos e artistas populares, transformando a Praça Frei Miguel em um coração pulsante de lazer, arte e memória. Que a concha acústica ressoe com risos, canções e histórias, e que cada canto do espaço celebre encontros, sonhos e afetos, devolvendo à zona oeste a vitalidade de um tempo em que o bairro inteiro fazia da rua palco de vida e poesia.

Que a FUNCAJU dê vida e movimento à nossa praça, pois um espaço público não é apenas lugar de passagem ou comida: é ponto de convivência comunitária, de encontro, de troca e de expressão. A praça deve pulsar com arte, cultura, diversão e interação, oferecendo ao morador não só sustento, mas alegria, aprendizado e vivência coletiva. Afinal, uma praça sem vida é só concreto e chão, mas com cultura e movimento ela se transforma em território de sonhos, afeto e pertencimento.

E que cada morador compreenda seu papel. Preservar a praça, cuidar dos bancos, da iluminação e da concha acústica é gesto de cidadania e amor pelo bairro. Não basta esperar pelo poder público: é preciso zelar, proteger e manter viva a beleza conquistada com esforço. Afinal, a praça é nossa, e pertence a todos que acreditam que o espaço público é reflexo da comunidade que o habita.

*Emanuel Rocha é historiador, coautor dos livros Bacias Hidrográficas de Sergipe, Unidades de Conservação de Sergipe e Bairro América: A saga de uma comunidade. Também atua como repórter fotográfico e poeta popular.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O natal cultural da AMABA - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América.



Apresentação da Band’Auê na Semana de Arte de 1987 - concha acústica da Praça Tancredo Neves. 

As semanas de cultura  de 1987 e 1988, foram dois momentos únicos e  fortes  do natal na Associação de Moradores e Amigos do Bairro América (AMABA). 

Criada em 1983 na cidade de Aracaju, a Associação de Moradores e Amigos do Bairro América (Amaba)  é uma organização da sociedade civil inativa desde o ano de 2012. 

A  existência da Amaba pode ser dividida em  três fases. A primeira  que durou de 1983 até 1989, foi marcada  principalmente pela  luta vitoriosa da  transferência da fábrica de cimento (1985),  inauguração da sede permanente (1987), e  campanha por drenagem e pavimentação das ruas do bairro. 

O encerramento dessa fase acontece após uma disputadíssima eleição no ano de 1989, cuja vitória coube a uma chapa formada por uma maioria de jovens. A principal marca dessa fase  foi a  conquista em 1991 de financiamento internacional para o Projeto Reculturarte (reeducação, cultura e arte),  reforçando o papel da Amaba  como um autêntico “circulo de cultura”, embora essa expressão não fosse utilizada na época.

Essa fase é encerrada no ano de 1996, após algumas saídas e rachas, iniciado em 1993, e que culmina em 1996,  no afastamento dos últimos diretores eleitos  na chapa de 1989  e alguns sócios.    A partir daí tem inicio a terceira e última fase que durou até 2012,  marcada pela criação da rádio comunitária  Carcará, do  pré vestibular comunitário e das tentativas para a criação de alguns empreendimentos no campo da inclusão produtiva. 

A primeira fase foi marcada pela fundação e mobilização da comunidade para participar da AMABA, e pela  localização da sede provisória na  rua Nova Paraíba, próximo a um ponto extremo do bairro, quase fronteira com o bairro Siqueira Campos e conjunto Costa e Silva,  bem próximo a área de localização da fábrica de cimento. Sendo esta a principal luta de caráter mais geral, visto que envolveu vários sujeitos e agentes sociais do bairro, sob a liderança dos frades capuchinhos, assim como pessoas e organizações de outras localidades.

As Semanas de Cultura  foi uma proposta inspirada no Encontro Cultural de Laranjeiras e no Festival de Arte de São Cristóvão e marcam o encerramento da primeira fase. 

Os argumentos apresentados  no ano de 1987 ao recém nomeado presidente da Fundação Estadual de Cultura (Fundesc), jornalista Amaral Cavalcante,  baseou-se  principalmente no fato do bairro américa ter uma tradição rica e singular  em matéria de iniciativas culturais, em comparação com outros bairros de Aracaju,  e esse trabalho naquele momento contava com uma grande incentivo da AMABA, o qual por sua vez também passou a contar a partir de 1986, com o apoio da prefeitura de Aracaju no incentivo às iniciativas culturais de base comunitária,  isso na primeira gestão de   Jackson Barreto como prefeito de Aracaju. 

Além disso foi citado os espaços adequados para atividades culturais que o bairro dispunha, embora  pouco utilizados, fazendo-se necessário a promoção de ações ou de politicas de ocupação
.
Dentre estes espaços, o mais destacado foi a  concha acústica da Praça Tancredo Neves, popularmente conhecida como  Praça dos Capuchinos,  inaugurada em 1986 pelo prefeito José Carlos Teixeira, além da área interna do mercado municipal, o salão paroquial da Igreja São Judas Tadeu, a  nova sede da AMABA (isso a partir de 1988), além  do Abassá São Jorge.  
Leia mais em: 
https://acaoculturalse.blogspot.com/2019/12/o-natal-cultural-da-amaba.html

domingo, 17 de dezembro de 2023

Papa: o Natal também é vítima do modelo comercial e consumista. O que isso tem a ver com o Natal Iluminado em Aracaju?     

O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado na ante câmara da Sala Paulo VI, cerca de 135 artistas que darão vida ao Concerto de Natal       do Vaticano neste ano.


domingo, 27 de novembro de 2022

O natal iluminado de Aracaju pode ser melhor com um auto popular

Em Aracaju o Natal Iluminado 2022: projeto segue até 6 de janeiro; confira a programação. O evento toma como base o Natal Luz de Gramado, o qual pode ser conferido com a programação de 2023.  AQUI. 

Este formato não contempla o Auto Popular de Natal, o que compromete uma ligação mais potente com a tradição cultural que herdamos dos colonizadores  portugueses acrescido das contribuições dos nossos povos originários e africanos. AQUI tem um bom texto que explica o significado e a importância do Auto de Natal.

sábado, 23 de dezembro de 2023

Cynara Menezes: "Antes tínhamos presépios, agora só ficou essa presepada. Na Bahia tem até iglu"