Caso Refit expõe o blefe da política "antidrogas" de Trump | TVGGN 20h com Luis Nassif | (28/11)
Em Detalhes #549 - A engrenagem oculta da Refit, a maior sonegação fiscal do Brasil - Com Luís Costa Pinto...
informações sobre ações culturais de base comunitária, cultura periférica, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
Caso Refit expõe o blefe da política "antidrogas" de Trump | TVGGN 20h com Luis Nassif | (28/11)
Em Detalhes #549 - A engrenagem oculta da Refit, a maior sonegação fiscal do Brasil - Com Luís Costa Pinto...
🌱 Ontem, 27, o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) derrubou 56 dos 63 vetos do presidente Lula da Silva ao Projeto de Lei 2159/21, chamado de PL da Devastação. Os vetos objetivavam reduzir um pouco os gravíssimos prejuízos ao meio ambiente que já haviam sido impostos no projeto aprovado.
De Sergipe, votaram contra o meio ambiente, pela derrubada aos vetos, quatro deputados federais: Rodrigo Valadares (União), Ícaro de Valmir (PL), Delegada Katarina (PSD) e Gustinho Ribeiro (Republicanos). Juntaram a eles os senadores Laércio Oliveira (PP) e Alessandro Vieira (MDB).
Para manter os vetos do presidente Lula ao PL da Devastação votam: João Daniel (PT), Thiago de Joaldo (PP) e Yandra Moura (União). No Senado, Rogério Carvalho (PT) também votou a favor. O deputado federal Fábio Reis (PSD) novamente não apareceu para votar.
A manutenção do Projeto da Devastação, com a derrubada dos vetos, é o mais violento ataque ao meio ambiente promovido pelo Congresso Nacional nos últimos anos. Agora, ampliam-se com liberação geral a devastação de matas, florestas, manguezais, rios para beneficiar agronegócio, mineração e indústria imobiliária.
📲 REPORTAGEM COMPLETA EM https://manguejornalismo.org/dois-senadores-e-quatro-deputados-federais-de-sergipe-votam-contra-o-meio-ambiente-para-favorecer-agronegocio/
O primeiro aviso acerca do evento abaixo chegou com este primeiro card em 28 de Novembro no Grupo Estadual da Rede Sergipe de Pontos de Cultura, apenas um dia antes do acontecimento. Quem publicou não conseguiu obter mais detalhes e/ou algum link sobre, mesmo fazendo pesquisas, resolvi insistir nestas e encontrei o seguinte:
Prefeitura de São Cristóvão realiza mutirão de serviços com a Ouvidoria Itinerante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Depois foi publicado no mesmo grupo, agora com três cards e um release. Assim ficou melhor.No começo do dia de hoje, domingo, escrevi no grupo da Rede Sergipe de Pontos e Pontões de Cultura. "Links sobre os resultados da atividade de ouvidoria e de utilidade pública realizada sob a coordenação do Ministério da Igualdade Racial ontem em São Cristóvão podem ser enviados para cá, a fim de ser republicado no blog da cultura, um espaço que é registro, divulgação e memória, principalmente de informações ligadas a políticas culturais, gestão, produção e ação cultural."
Quando chegar completo essa postagem, afinal como disse Chacrinha, o velho guerreiro, "quem não se comunica se trumbica."
"Um dos textos mais brilhantes que li neste ano da graça de 2025. Um texto bem construindo unindo rigor histórico e acadêmico com a sensibilidade dos misticos. Um artigo que discute questões das conexões visiveis e às vezes nem tanto da religião com a politica, sob um olhar histórico, sociológico e poético." Zezito de Oliveira
O artigo é de Thiago Gama, doutorando em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ).
Esqueçam as manchetes jurídicas e o ruído das sirenes em Brasília. O que aconteceu neste sábado (22 de Novembro de 2025) não foi apenas uma execução penal; foi o cumprimento de uma profecia muda, lavrada a milhares de quilômetros daqui, por um homem que já não respira.
Enquanto o país discute delações e mandados, o historiador Thiago Gama (UFRJ) puxa a cortina de veludo do Vaticano para revelar o verdadeiro Tribunal que condenou Jair Bolsonaro muito antes da Polícia Federal bater à sua porta. Este não é um texto sobre política apenas; é a autópsia de um cadáver moral que apodreceu à luz do dia, sob o olhar gélido de um Papa que preferiu morrer a validar a barbárie com um aperto de mão.
Descubra como o Non Expedit — uma arma teológica esquecida no século XIX — foi sacada do arsenal secreto de Roma para asfixiar o “Mito” sem disparar uma única palavra. Se você quer entender por que Francisco trancou a porta de São Pedro para o “Messias” tropical, este texto é uma tentativa de compreender a História a partir não do ponto final – a prisão, mas do começo – a Jornada Mundial da Juventude em 2013. É a história secreta de um duelo entre o Grito e o Silêncio. E o Silêncio, mesmo vindo de um túmulo, acabou de vencer a partir da Comunhão dos Santos.
Eis o artigo.
"Possivelmente o maior pensador vivo, Edgar Morin - aos 104 anos - analisa a guerra na Ucrânia, com equilíbrio e sensatez." Renato Janine Ribeiro
Segue o artigo
As armas nucleares tornaram-se gradualmente um perigo presente e estão dando origem a debates aparentemente tranquilos, alguns dos quais afirmam calmamente que a Terceira Guerra Mundial já começou, como se não fosse uma catástrofe dantesca.
É com espanto que uma parte da humanidade observa o curso catastrófico dos acontecimentos, enquanto outra parte contribui para ele com imprudência.
Estamos cegos para a grande regressão que continua seu curso planetário, acentuada pela globalização do início do século, e que já produziu duas guerras, ambas internacionalizadas e com potencial para se alastrarem.
O período pré-guerra de 1940 foi marcado pelo pacifismo e depois pelo colaboracionismo; este, por sua vez, é marcado pela beligerância.
Costumo salientar que a história da humanidade, que se tornou "uma só" após a globalização, ao mesmo tempo que se tornou cada vez mais diversa e conflituosa, seguiu, simultaneamente com o seu progresso científico e técnico, um rumo político e ético cada vez mais regressivo.
Duas guerras nos assolam. Elas são internacionalizadas, embora ainda regionais. Exacerbam a grande catástrofe ecológica que o planeta enfrenta e contribuem para o seu agravamento em quase todos os lugares.
Ao mesmo tempo, a angústia que causam fora de seus territórios contribui para esse agravamento, o que mina todas as tentativas de solucionar a crise ecológica global.
Corrida armamentista: escalada ou colapso? Ambos ao mesmo tempo.
Vale ressaltar que a globalização econômica ocorrida no início do século favoreceu a desunião das nações e, ao mesmo tempo, das potências imperiais.
A Rússia fracassou em sua tentativa de anexar a Ucrânia após conquistá-la. Até o momento, conseguiu ocupar apenas alguns territórios além das províncias separatistas de língua russa, que estão em guerra com a Ucrânia desde 2014. É inconcebível que uma paz justa possa colocar essas províncias de língua russa sob o controle de um Estado ucraniano que proibiu o idioma, a cultura e a música russa.
Como já indiquei no meu livro De Guerra em Guerra, uma paz justa deve incluir a independência política e militar da Ucrânia, com garantias a serem negociadas (neutralidade protegida? Integração na União Europeia?).
Deveria confirmar a russificação das províncias separatistas e um estatuto para a Crimeia, que em 2014 incluía 1.400.000 russos, 400.000 ucranianos e 300.000 tártaros, os habitantes originais da Crimeia, a maioria dos quais foram deportados por Stalin.
Tal paz é concebível desde que as forças em conflito estejam mais ou menos equilibradas e desde que nenhuma delas seja forçada a capitular.
Portanto, ainda é possível até o momento em que escrevo, mas essa possibilidade desaparecerá com a crescente internacionalização desta guerra e com as escaladas que, na prática, se transformam em colapsos.
A visão unilateral da mídia ignora o fato de que a Ucrânia era um ponto de equilíbrio entre o império americano e o império russo. Antes de Trump, os EUA haviam transformado a Ucrânia em um satélite econômico, tecnológico e militar, o que teria representado uma arma apontada para a fronteira russa se o país tivesse ficado sob controle da OTAN.
Nossos meios de comunicação não apenas destacam o imperialismo russo, mas também imaginam que ele poderia invadir a Europa, embora seja incapaz de anexar a Ucrânia em três anos de guerra. O espectro da ameaça russa mascara o perigo da degradação contínua das democracias europeias, ameaçadas pela possibilidade de serem submetidas a regimes autoritários.
Paradoxalmente, as sanções beneficiaram as forças armadas da Rússia, que, além de aviões, drones e bombas, agora possuem um míssil que supera os mísseis ocidentais em termos de capacidade, pois, nas condições atuais, não pode ser interceptado.
Em vez de pressionar os dois inimigos a negociar e a estabelecer um compromisso com base nos pontos que acabei de mencionar, os europeus contribuem para a escalada do conflito.
Putin é um tirano cruel e cínico, mas o argumento de que não se pode negociar com Putin é risível vindo de governos que negociam amigavelmente com o chefe de uma ditadura totalitária muito mais abrangente do que a de Putin.
De fato, governos ocidentais já adotaram, no passado, uma política de aliança com a tirania czarista e a tirania stalinista.
Por outro lado, Trump está reconfigurando o domínio americano, no qual a Rússia deixa de ser um inimigo e se baseia em uma paz generalizada entre os Estados Unidos.
A mídia exagera a ameaça da Rússia à Europa Ocidental. Mas como a Rússia, incapaz de invadir a Ucrânia, poderia invadir a Europa?
O grande perigo reside no agravamento constante da crise da humanidade, que nos conduz a catástrofes ecológicas, políticas e militares.
Esta crise traz consigo uma tragédia palestina, ainda mais grave que o conflito ucraniano. Israel não apenas conquistou e ocupou as terras do povo palestino, como também está liquidando esse povo martirizado por meio da ocupação total de seu território.
Nada, neste momento, pode deter este processo e não nos resta nada fazer senão testemunhar com impotência e compaixão.
Finalmente, de forma mais ampla, devemos tentar pensar na policrise da humanidade em toda a sua complexidade e horrores, e devemos agir em meio à incerteza, mas com a intenção de salvar a humanidade da autodestruição.
"Com cento e quatro anos no dia 8 de julho, o sociólogo, filósofo e ensaísta francês de origem judaica Edgar Nahoum, que mais tarde adotou o sobrenome Morin (escolhido durante a Resistência), é um dos maiores intelectuais contemporâneos. Fundador do "pensamento complexo", ao qual dedicou um ensaio monumental, criador do conceito de "policrise" e fundador da transdisciplinaridade, sua pesquisa abrange da filosofia à ciência política, da sociologia do cinema à epistemologia das humanidades, e até mesmo à ecologia. Ele nos enviou este artigo original e inédito, que temos o prazer de publicar." Renato Janine Ribeiro
Atualizações
28 de novembro de 2025, 00h08 - Artigo atualizado
Os três princípios do pensamento complexo, de Edgar Morin - Carolline Ruschel
Atenção para a mudança de data com relação a primeira divulgação. Não mais 13/12, agora 12/12, sexta-feira, às 18 horas.
O Evangelho da Revolução, retrato impactante da América Latina
Frei Betto (*)
O filme O Evangelho da Revolução, documentário de François-Xavier Drouet sobre o impacto político das Comunidades Eclesiais de Base e da Teologia da Libertação na conjuntura da América Latina, é uma obra de arte surpreendente. Longe de aderir ao panfleto fácil, a obra aposta em uma narrativa que mistura rigor documental, ousadia estética e uma dimensão profundamente humana para revisitar momentos de lutas revolucionárias em El Salvador, Brasil, Nicarágua e México. O resultado é um filme vigoroso, capaz de dialogar com quem viveu períodos de luta armada da segunda metade do século XX e o sentido bíblico da palavra “revolução” para camadas empobrecidas motivadas pela fé cristã.
A direção aposta numa montagem engenhosa, que costura materiais de arquivo, depoimentos e registros históricos simbólicos. O ritmo é firme, mas nunca atropelado: o espectador é conduzido a refletir enquanto as imagens se desdobram com o mesmo ritmo das lutas populares por libertação. O filme sugere, sem didatismo, que a história é, por vezes, cíclica — e que os anseios por transformação retornam sempre que a sociedade se vê diante da desigualdade e da violência estrutural.
A fotografia é outro destaque. Há um cuidado quase litúrgico com a luz: rostos tristes de pessoas oprimidas iluminados por uma árdua esperança; montanhas silenciosas sinalizando horizontes utópicos; depoimentos que evocam coragem e resistência. Essa estética confere ao filme uma aura poética, como se cada quadro fosse uma tentativa de captar não apenas fatos, mas o espírito de uma época. A beleza visual nunca é gratuita, sustenta a mensagem central de que a revolução também é feita de imaginação, sensibilidade e amor.
O filme se destaca especialmente na forma como articula política e espiritualidade. Ao tratar a luta revolucionária como uma espécie de evangelho, boa-nova, anúncio de um mundo possível, a narrativa cria um campo fértil para a reflexão sobre ética, solidariedade e compromisso coletivo. A revolução não aparece como um mero gesto de violência, mas como opção paciente e comunitária em sociedades e contextos que suprimiram todas as vias pacíficas e democráticas. Esse enquadramento amplia o horizonte do espectador, que é convidado a enxergar a luta por transformação social como prática de cuidado, esperança e fé.
O Evangelho da Revolução conecta passado e presente, traçando paralelos entre antigos ciclos de opressão e os desafios atuais, como a expansão do fundamentalismo evangélico e a inviabilidade da via revolucionária. Não se prende ao lamento: evidencia conquistas, aprendizados e, sobretudo, a persistência de pessoas que continuam acreditando na dignidade humana como base de qualquer mudança. Esse movimento dá ao público uma sensação de continuidade histórica, como se cada gesto de resistência fosse parte de uma longa corrente.
O Evangelho da Revolução é, portanto, uma obra luminosa. Seu mérito maior talvez seja lembrar que, mesmo em tempos de desencanto, há vidas, ideais e experiências que insistem em apontar outro caminho. O filme celebra a coragem dos que ousaram sonhar e demonstra que a revolução, antes de ser uma proposta política, é um modo de caminhar à luz da fé e de realizar o projeto de Deus na história.
(*) é escritor, autor da tetralogia sobre os evangelhos - Jesus Militante (Marcos); Jesus Rebelde (Mateus); Jesus Revolucionário (Lucas) e Jesus Amoroso (João) - da editora Vozes, entre outros livros. Livraria virtual: freibetto.org
Em 12 de dezembro, sexta-feira, às 18 horas, o cinema do centro, localizado no Centro Cultural de Aracaju (Palácio - Museu Luiz Antônio Barreto), Pça. General Valadão, estará exibindo o filme "O Evangelho da Revolução", o primeiro documentário de longa-metragem sobre a teologia da libertação e a participação dos cristãos nas lutas revolucionárias na América Latina, após a exibição, um bate-papo com o doutor em filosofia e professor Romero Venâncio (UFS).
O projeto em tela prevê, além da sessões de cinema mensal, oficina de audiovisual com celular (março-abril-2026), oficina de teatro popular (abril-maio-2025), mostra cultural (maio-2026), seminário introdutório de educação popular, ação cultural e participação social (junho-2026) e transmissão aberta de formação cultural no youtube (agosto-setembro-outubro 2026).