quinta-feira, 30 de setembro de 2021

As canções da década e o livro AMABA:O esquecido círculo de cultura da Aracaju dos anos 1980.

As canções guardam memórias, memórias afetivas e também memórias históricas. 

Nesse sentido,  é possível conhecer  pensamentos e  sentimentos predominantes em uma época, assim como pensamentos e  sentimentos dissidentes ou antagônicos,  por meio de um grupo de canções.

No livro AMABA: O esquecido circulo de cultura da Aracaju dos anos de 1980 , faço menção a algumas canções de sucesso na década. Além de uma outra do final dos anos de 1960. Trarei a relação em outra postagem.

Abaixo, trago para cá duas notinhas que publiquei no facebook recentemente. Mas ao contrário do que possa parecer por meio dessas notinhas, não sou saudosista no mau sentido da expressão e por esse motivo, não considero que apenas só tivemos música boa na década de 1980 e anteriores. Mesmo assim, do começo ao final desse artigo-comunicação, acredito que isso ficará claro.  O que nos falta  é tempo para explicitar melhor o argumento, além de alguns limites de saúde.

Na primeira postagem abaixo, uma amiga afirmou o seguinte:

Mas tem uma galera jovem fazendo boa música. Ouça Tim Bernardes, Gilsons, que são filhos de Gil, Marcelo Jeneci, Almério, que é um pernambucano bem interessante, entre outros.”

Quando aprofundamos a questão, vemos que o buraco  é mais embaixo, não é uma questão ligada somente ao campo da criação, mas que diz respeito as interrelações e interdições  existentes por causa do casamento imoral das estruturas politicas com as estruturas de comunicação, mediadas pelo poder econômico. O que é mais agravado no caso do Brasil. 

Para quem gosta de ouvir canções e que viveu na década de 1980 ou para quem gosta, mas não viveu,  fica a dica para seguir os links que estamos disponibilizando nesse post.

E, para compreender o contexto politico, econômico, social e cultural daquele periodo em conjunto com as cançoes, recomendo um dos livros que utilizamos como referência bibliográfica para escrever o  Capitulo VI – Década de 1980 – Trabalhadores perdem na economia, mas ganham na organização politica.

Trata-se do livro de autoria da historiadora Marly Rodrigues. A década  de 80 - Brasil: Quando a multidão voltou as praças, cuja terceira edição foi publicada pela editora Ática no ano de 1999.

O livro AMABA: Circulo de Cultura está em pré-venda, para mais informações é só clicar no link  https://acaoculturalse.blogspot.com/2021/09/em-pre-venda-o-livro-amaba-o-esquecido.html 

05 de Outubro de 2021 no Facebook

A situação de convalescente da Covid, nos coloca a oportunidade de ouvir CDs antigos que há muito tempo estavam guardados, alguns desses como os de Clara Nunes. E o curioso é nos surpreender novamente com o talento extraordinário da artista, assim como o cuidado e esmero do produtor , aqui lembrando o grande Adelzon Alves entre outros, assim também como os músicos. Escolha excelente de repertório e arranjos. Além da Clara Nunes, tenho ouvido muitos discos da Nara Leão, Elis Regina, Milton Nascimento, Belchior, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Ben, Tim Maia, Legiao Urbana e etc..

E aqui, trago uma hipótese para explicar a brutal decadência que nos assombra nestes dias que correm. A decadência cultural precede e alimenta a decadência dos valores éticos e da politica institucional. E isso começa em meados dos anos de 1990, quando a chamada MPB passa a perder espaço nas emissoras de rádio e televisão. E não é coincidência que a partir dos anos 1980, se aprofunda a politica clientelista de distribuição de concessões de rádio e TV, para uma classe de políticos representantes das oligarquias regionais e sem nenhum compromisso com a melhoria da educação e cultura de nossa gente, muito pelo contrário, políticos cuja única preocupação é lucrar a qualquer custo. Seja financeiramente, seja eleitoralmente.

03 de Outubro de 2021 no Facebook

A reconstrução cultural do Brasil não será fácil. E nem sei se nos recuperaremos suficientenente dos estragos. Basta ouvir a trilha sonora de certa festa infantil neste momento, em frente a casa onde moro, para concluir assim. E a dimensão artístico-cultural tem um impacto inevitável na dimensão política, inclusive eleitoral. Uma pena, as pesquisas e estudos sobre isso serem tão pouco considerados.

 1980

Não foi um ano igual aos que passaram o de 1980. O Festival MPB Shell levou à parada de sucessos Amelinha, Jessé, Joyce e Raimundo Sodré. Também se destacaram Oswaldo Montenegro, Fátima Guedes e a jovem Marina. Mas alguns estrelas continuaram a brilhar, casos de Maria Bethânia, Elis Regina e Rita Lee, esta com dois de seus maiores hits: “Mania de você” e “Doce vampiro”

https://radiobatuta.com.br/programas/a-cancao-no-tempo/1980-2


1981

Além de ter sido um ano de atentados (ao Papa João Paulo II; ao presidente dos EUA, Ronald Reagan; no Riocentro durante um show de músicos brasileiros), 1981 foi uma temporada especial para Roberto Carlos. Ele fez enorme sucesso com Emoções e outras músicas, algumas assinadas com Erasmo Carlos. Também se destacaram Milton Nascimento, Rita Lee, Ney Matogrosso. Gilberto Gil e Roupa Nova.

https://radiobatuta.com.br/programas/a-cancao-no-tempo/1981-2


 
1982

Alceu Valença emplacou três sucessos em 1982: Tropicana, Como dois animais e Cavalo de pau. Foi um destaques da temporada, ao lado de Djavan, Roberto Carlos, Rita Lee, Simone, Elba Ramalho e outros. Gonzaguinha lançou O que é, o que é?. E com Você não soube me amar, da Blitz, nascia o novo rock nacional.


 https://radiobatuta.com.br/programas/a-cancao-no-tempo/1982-2

1983

O pop e o rock foram hegemônicos em 1983. Lulu Santos, Tim Maia, Ritchie e Blitz estiveram entre os destaques, emplacando três sucessos cada nas paradas de sucesso. Na temporada também brilharam Milton Nascimento, Fafá de Belém, Rita Lee e Gonzaguinha, entre outros.

 https://radiobatuta.com.br/programas/a-cancao-no-tempo/1983-2


 

1984

O ano de 1984 foi o da campanha pela volta das eleições diretas para presidente da República e do início da redemocratização. Um dos hinos do período foi Vai passar, lançado por Chico Buarque. Podres poderes, de Caetano Veloso, também compunha a trilha daquele importante período do país. Mas quem dominava a maior parte da programação das rádios era o rock, com Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, Kid Abelha, Lulu Santos, Lobão e outros

 https://radiobatuta.com.br/programas/a-cancao-no-tempo/1984-2

1985

A reabertura política, consolidada com o fim do regime militar naquele ano, trouxe junto a ascensão das novas bandas de rock. A que fez mais sucesso em 1985 foi o RPM. Mas Legião Urbana, Titãs e Ultraje a Rigor também se destacaram. No campo da música romântica, Gal Costa, Tim Maia, Simone e João Bosco estiveram entre os destaques.

https://radiobatuta.com.br/programas/a-cancao-no-tempo/1985-2

 

Top 100 Músicas Mais Tocadas 

https://maistocadas.mus.br/1986/

https://maistocadas.mus.br/1987/

 https://maistocadas.mus.br/1988/

https://maistocadas.mus.br/1989/


 QUAL FOI O GÊNERO DE MUSICA POPULAR NA DÉCADA DE 80 NO BRASIL?

O MPB esteve em alta no inicio da década de 80 e perdeu força no meio e no final para as músicas internacionais que desembarcaram nas rádios do Brasil. As músicas internacionais, incluindo Dance, Rock, R&B, Pop, Disco dominaram as rádios a maior parte do tempo nos anos 80. Das músicas nacionais, se destacam o MPB, Românticas e o Pop-Rock.

QUAL FOI O CANTOR(A) DE MAIOR SUCESSO NOS ANOS 80 NO BRASIL?

No ranking dos artistas de maior sucesso nas paradas anuais das rádios que compreende os anos 80, aparece Gal Costa e Cazuza nos primeiros lugares com as mesmas pontuações devido a soma de suas canções e posições atingidas. Em seguida vem Michael Jackson, Lulu Santos, Rita Lee e outros. Clique para ver os ranking dos artistas dos anos 80


quarta-feira, 29 de setembro de 2021

A espiritualidade engajada de Paulo Freire

Quando Paulo Freire trocou Harvard pelo Conselho Mundial de Igrejas
Por que a memória do Paulo Freire cristão ecumênico tem sido silenciada nos destaques que lhe são feitos? ... Leia mais em  https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/quando-paulo-freire-trocou-harvard-pelo-conselho-mundial-de-igrejas2/?fbclid=IwAR3wb2FvODzsyyFwYE-ggLByIm0DXkwmkbK6p_sKTWfwr9NGywevKJhaxqY.    

CANAL FUTURA
Como a espiritualidade influenciou o trabalho de Paulo Freire? 
 
Frei Betto explica para o professor João Luiz Pedrosa de que forma a prática espiritual guiava o pensamento de Paulo Freire.
Assista no Canais Globo: https://bit.ly/2W4CqJs
 
 A libertação dos pobres em Paulo Freire e Dom Paulo Evaristo Arns - 100ª LIVE
 
 
 O Canal Não é Heresia recebe o Professor Romero Venâncio (UFS) para uma conversa sobre "A Libertação do Pobres" a partir de duas figuras centenárias, a saber, o Paulo Freire e o Dom Paulo Evaristo Arns, na centésima live do canal. 
 
 
 


Mesa Dialógica | Teologia da Libertação e Paulo Freire - 11/05/2021


 


quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Uma notinha ainda menor como proposta de reflexão-ação a partir da notinha do professor Romero Venâncio sobre o bolsonarismo sem Bolsonaro.

 

Mesmo tendo sido criado na época da ditadura militar, o Projeto Rondon sempre me pareceu um projeto de extensão que deveria merecer mais investimento e aprimoramento por parte de governos progressistas. Na época de FHC, o programa retoma com o nome de Universidade Solidária, mas não gozou do prestigio, inclusive do investimento da época inicial. Em um futuro próximo, o projeto Rondon repaginado, poderá ser uma das contribuições que as universidades brasileiras precisarão considerar, afim de se reposicionar no sentido de ajudar a reconstrução de um país que ficará como terra arrasada na era pós Bolsonaro. Quem possuir dicas de pesquisas/estudos sobre o Projeto Rondon, pode deixar nos comentários.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

ÍNDICE DOS CAPÍTULOS DO LIVRO AMABA: O esquecido circulo de cultura da Aracaju dos anos de 1980 e algumas fotos que constarão.

  Capitulo I – Introdução  - Lembrando e refletindo sobre um tempo bom.

 Capitulo II – Como se formou o território onde a AMABA fez história. América, um bairro que nasce  com vocação universal. 

Capitulo III – AMABA – De 1983 à 1990 – Visão descritivo-cronológica.

Capitulo IV – O inicio da AMABA e as principais lutas.

Capitulo V – Retalho de Memória com informações complementares referentes às  lutas comunitárias e ações educativas realizadas pela AMABA na década de 1980.

Capitulo VI – Década de 1980 – Trabalhadores perdem na economia, mas ganham na organização politica.

Capitulo VII – “Cultura que te quero sempre”. As bases conceituais do trabalho com Ação Cultural desenvolvido pela AMABA.

Capitulo VIII – O teatro na AMABA: Primeiro ato.

Capitulo IX – Paulo Freire achado na rua, nas CEBs e nos movimentos populares.

Capitulo X – AMABA e a comunicação popular – De 1983 a 1990- ‘Quem não se comunica se trumbica”. Chacrinha

Capitulo XI – Retalho de Memória com informações complementares referentes à ação cultural desenvolvida pela AMABA na década de 1980.

Capitulo  XII – Um bom natal no B.A. cheio de arte e cultura nos anos de 1987 e 1988.

Capitulo XIII – Inicio do projeto Reculturarte

Capitulo XIV – Desce o pano.   – É impressionante a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer. Caetano Veloso

Capitulo XV Texto bônus – A Dimensão Afetiva do Militante. Um esquecimento que nos faz muita falta.

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O Lançamento do livro  AMABA: O esquecido círculo de cultura da Aracaju dos anos 1980, acontecerá no dia 15 de OUTUBRO de 2021 (dia do professor), às 19 horas, no canal "Não é Heresia" no Youtube. 

Clique, assista os conteúdos do canal e se inscreva no mesmo.

https://www.youtube.com/canalnaoeheresia

O primeiro volume cobre os acontecimentos do período de 1983 à 1990 que tiveram o Bairro América como palco e cenário (luta contra a poluição da fábrica de cimento, abertura da Rua E, atualmente Rua Francisco Alves, urbanização e entrega de casas para os "invasores" do atual Conj. Res. Maria do Carmo, luta pela melhoria do transporte públic0, luta pela pavimentação das ruas e pelo saneamento básico, palestras educativas e cidadãs, arraial do Alto do Miolo, Semana de Arte, Grupo teatrais Aruanna e Pipiri, Grupo Capoeira Mocambo, Inicio do Projeto Reculturarte e etc..).    

O preço do livro para a venda é 35 reais. Os interessados em fazer a compra antecipada junto com o segundo volume, terão direito a desconto nos dois volumes. Nesse caso deverá ser depositado R$60.00 na chave PIX zezitodeoliveira@gmail.com. Além do acréscimo de R$20.00  para cobertura de despesas com o correio, totalizando R$80.00. Cada volume fica custando então R$30.00.

O segundo volume  trará os acontecimentos que tiveram lugar no período de 1991 à 1996, com ênfase para o projeto Reeducação, Cultura e Arte (Reculturarte), o qual ampliou, aprimorou e consolidou o trabalho social-educativo com linguagens artísticas que já vinha sendo realizado desde o inicio da AMABA, ao mesmo tempo que inspirou algumas associações comunitárias  ou  de promoção humana a investirem em iniciativas semelhantes.

Para quem quiser fazer  o depósito em conta utilize: Opção 1 - Agência 0001 - Conta corrente 75253805-9 - Banco 0260 - Nu Pagamentos S.A (Nubank).  Nome: José de Oliveira Santos.

Opção 2 - Banco do Brasil - Agência 1603-9 - Conta corrente 135811-1 - Banco do Brasil  - Nome: Irene do S. Smith Correa.

O pagamento antecipado do segundo volume é para colaborar com um fundo financeiro destinado a cobrir as despesas com a produção do mesmo, tendo em vista a incerteza de um segundo edital como o da Lei Aldir Blanc ou semelhante. Agradeço imensamente a quem puder fazer assim.

Quem quiser comprar apenas o volume 1 nesse momento, acrescenta mais R$10.00 das despesas postais ao valor do livro que é R$35.00, perfazendo o total de R$45.00.

Quem comprar dois exemplares do volume 1 receberá um desconto. Os dois livros sairão por R$60.00, mais R$ 10.00  de despesas postais..

Quando o pagamento for realizado,  envie o comprovante para o telefone/zap 79 98802-0711 ou para o e email, zezitodeoliveira@gmail.com ,  assim também como o endereço postal completo.

Após o lançamento virtual do livro em outubro, o mesmo estará disponível em livrarias de Aracaju e em outros pontos de venda que serão comunicados via redes sociais.

Quem realizar o pedido e 0  pagamento agora,  meados de setembro e até outubro, receberá o livro no final de outubro e inicio de novembro. 

O livro AMABA:Circulo de Cultura, também será publicado no formato e-book. O preço para a venda neste caso é R$20.00 . A partir de outubro estará disponivel na Amazon.

No Facebook Youtube procure pelo nome   Livro AMABA/Projeto Reculturarte, curta a página e se inscreva no canal.

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No Blogger  http://acaoculturalse.blogspot.com/

 

 

 

 

Mapa do Bairro América     

Vista aérea do Bairro América e Adjacências. Anos 1960

CAP III - Rua Maria Pureza antes das obras de pavimentação e saneamento básico. Ao fundo  a Igreja dos Capuchinhos. Anos 1980

CAP VI - Lançamento do livro “Cala a Boca Calabar” em 1985,  no salão paroquial da Igreja dos Capuchinhos. Em destaque Francisco Alves presidente da AMABA a época.

 

 CAP IV – Cartaz da campanha contra a reabertura da fábrica de cimento.  1987

CAP III - Foto da diretoria e conselho fiscal eleito em 1989, junto com alguns apoiadores da chapa vencedora.

Cap.XI – Projeto Cinema nos Bairros – Sede da AMABA. 1988

CAP III Arraial do Alto do Miolo. Anos 1980

CAP XI- Roda de Capoeira do Grupo Mocambo na sede da AMABA no ano de 1989. Em destaque o Mestre e líder do grupo Alvinho Sucuri.

CAP. VIII – Cartaz de divulgação da peca teatral “O Macaquinho D’Angola” 1989

CAP XIII – I Encontro de Menores do Bairro América na Escola Santa Rita de Cássia. 1990

Em pé José da Guia Marques, assessor do Centro Sergipano de Educação Popular (CESEP). Em destaque no lado direito, Zezito de Oliveira, presidente da AMABA.     

CAP VII - Grupo de Dança FAMA  na  festa do dia das crianças de 1990. Sede da AMABA

CAP XII - Apresentação da Band’Auê, cujos líderes depois formaram a dupla Sena e Sergival,  na Semana de Arte de 1987. O local é a concha acústica da Praça dos Capuchinhos.  

 


Vista aérea atual da região central do Bairro América