sábado, 31 de janeiro de 2015

Play list - Edvaldo Santana "musiqualidade made in zona leste de São Paulo- safra 1980"

 




O caldeirão cultural


"Boca de esquina/boca de beco/vias,/por onde falam periferias/ Giz/traçando Brasis/unha nas harmonias,/arrogância de bárbaro invasor,/muleque digno/cantor"

O texto acima é de autoria do aclamado poeta, cantor e compositor Tom Zé e está reproduzido em reportagem do jornalista Valmir Santos, na Folha de S, Paulo, do último 5 de agosto. Os versos e a reportagem falam de Edvaldo Santana, cantor do subúrbio paulistano, de voz rouca e rascante, chamado por muitos de Tom Waits da periferia.

Edvaldo Santana não é um popstar - ainda, pelo menos -, mas vem galgando espaço a cada dia na mídia. Quem ainda não o ouviu, é só sintonizar emissoras de nível e qualidade, como as rádios USP e Eldorado, entre outras -, onde não impera o jabá (o dinheiro de gravadoras para que músicas de gosto duvidoso, daquelas que incomodam os ouvidos, toquem sem parar). A USP, a Eldorado e Tom Zé não estão sozinhas nessa escolha. Também apostam suas fichas no muleque cantor Edvaldo nomes de peso como Jô Soares (literalmente), Arnaldo Antunes, Haroldo de Campos, o poeta Ademir Assunção e os críticos Luiz Antonio Giron e JB Medeiros, entre outros.

Pois bem, aí vai um pouco da história cultural recente: Edvado Santana (que acaba de lançar o seu terceiro CD, pelo selo Eldorado) não começou ontem.

Desde o finalzinho dos anos 70, ele e dezenas de outros jovens artistas populares - a maioria de origem humilde e filhos de migrantes nordestinos e mineiros -, integraram o Movimento Popular de Arte (MPA) de São Miguel Paulista. Foi um dos movimentos culturais mais ricos e efervescentes na capital paulista.

Todos os finais de semana, shows musicais, peças de teatro, brincadeiras infantis, "varais" de poesia, mostras de pintura e fotografia e filmes ao ar livre eram exibidos na praça padre Aleixo Monteiro Mafra, no centro de São Miguel. Dali, surgiu a idéia das "praças do rock", "praça do forró", "do choro", etc, promovidas na gestão de Mário Covas na prefeitura de São Paulo. Numa pequena sede do MPA, crianças e adolescentes do bairro tinham aulas de música, teatro, artes plásticas e artesanato.

A experiência desse período está contada num livro - A história do Movimento Popular de Arte de São Miguel Paulista -, resultado de uma tese da professora Marília Spósito, da Faculdade de Educação da USP. Lá por São Miguel circularam também Tom Zé, Gianfrancesco Guarnieri, os atores Celso Frateschi, Denise Del Vecchio, Reinaldo Maia e Roberto Rosa e o poeta Glauco Mattoso, entre outros.

Num circo armado nas proximidades da praça se apresentaram, dezenas de vezes, artistas como Walter Franco, Zé Geraldo, Tetê Espínola, Língua de Trapo, Premeditando o Breque e Renato Teixeira.

Naquele período, infelizmente, não havia o apoio e a retaguarda de organizações não-governamentais e estruturadas como as existentes hoje, em condições de financiar e manter o projeto. O MPA se sustentava - unicamente - com os recursos arrecadados em festas, rifas e pequenas contribuições de seus integrantes e, às vezes, de comerciantes do bairro. Por decisão coletiva, o apoio oficial de governos e prefeituras, naquela época, era rejeitado veementemente, sob qualquer hipótese.

Passados mais de vinte anos, os frutos do trabalho do MPA podem ser conferidos. Além da música, muita gente saiu dali para o teatro, o jornalismo, a política, o trabalho social e até para dirigir universidades, caso do educador Francisco Eduardo.

O cantor Sacha Arcanjo, que também lança agora o seu primeiro CD, dirige hoje um centro cultural no bairro. O poeta Akira Yamasaki é responsável pelo trabalho cultural da Companhia do Metropolitana (Metro).

O artesão e designer de jóias Moacir Martins dirige a oficina de teatro de bonecos Os Maismolengos e também expõe e vende obras de arte criadas por ele para consumidores estrangeiros. Muitos outros, como o poeta Claudio Gomes e os músicos Raberuan, Ceciro Cordeiro, Gildo Passos, Zulu de Arrebatá, Mauro Paes e Artênio Fonseca desenvolvem seus trabalhos individualmente.

A história do MPA mostra que, com muito pouco, é possível conseguir resultados. Na periferia das grandes cidades, milhares de crianças e adolescentes não têm hoje nenhuma opção de lazer ou atividade cultural. Nem perspectivas de futuro. Frequentam, no máximo, a escola pública, que nem ao menos tem garantido um ensino de qualidade.

Por isso, a importância da arte na educação e socialização é fundamental. Entidades e organizações ligadas à área da infância devem apoiar e fortalecer, sempre, iniciativas como essas. Os grupos de rap e break, por exemplo, hoje estão organizados em bairros como Capão Redondo e Cidade Tiradentes, na periferia paulistana.

Os rappers têm hoje suas próprias rádios comunitárias. Organizam seus shows, montam bibliotecas e fazem campanhas de arrecadação de roupas e alimentos. Lançaram até um candidato próprio para a Assembléia Legislativa de São Paulo, nas últimas eleições.

E os resultados dessa mobilização vão aparecer brevemente. Da mesma forma que frutifica hoje o trabalho do Movimento Popular de Arte. Eu sinto orgulho de ter sido um integrante do Movimento Popular de Arte e vivenciado essa rica e valiosa experiência.

Jornalista Gilberto Nascimento

 NASCIMENTO, Gilberto. O caldeirão cultural. SP. Disponível em: http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/g_nascimento/id210800.htm


Site do Edvaldo Santana
http://www.edvaldosantana.com.br/












Seleção Edvaldo Santana  AQUI




quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Play list "E que a gente não se despedace" Minho San Liver

 



NOVE PERGUNTAS PARA THE SAN.
1 – Quando começou sua carreira na música? Como aprendeu a tocar violão?
Tem tempo! São quase vinte anos. A minha carreira solo, oficialmente, teve início no dia 21 de novembro de 1995, no Teatro Engenho e Arte, cujo proprietário, naquela ocasião, era o nosso distinto, Paulo Lobo. Entretanto, antes disso, eu atuava na cena underground aracajuana no formato ‘Banda de Garagem’, com passagens pelas bandas: Suporte Vertical e Barba de Elefante.
Depois de passar por duas tentativas em aprender a tocar o instrumento mais popular do mundo, o violão; e, perto de completar vinte e quatro anos, resolvi que conseguiria formar alguns acordes naturais e sacudir levadas com meu terceiro instrumento das seis cordas. Decidi e finalmente consegui.
2 – Paralelamente, quais caminhos que percorreu além da música?
Caramba! Fiz tanta coisa. Quando comecei a tocar violão eu estudava Economia na UFS e trabalhava como estagiário no setor de Contas à Pagar da extinta TELERGIPE. Antes, já havia trabalhado nos bancos: Caixa Econômica Federal, Bradesco e Safra.
Mas é importante salientar que além de músico, acabei adquirindo as profissões de ‘Radialista’ e ‘Educador’, ambas por oficial formação.
3 – O que acha do mercado musical sergipano?
Hum... Para artistas autorais não há possibilidade de crescimento, tal como em qualquer lugar do mundo.
Mas se o assunto se reporta ao músico/operário, aquele que ‘faz barzinho’, no formato voz e violão, é possível notar um aspecto de modesta sobrevivência. Entretanto, alguns colegas, os ‘TOPS’, levam uma vida digna.
4 – Você, que já tocou muito nos bares da vida, o que acha de mais interessante nesse ritual do barzinho e violão?
O mais interessante é a manutenção do ofício. No meu caso, como artista autoral, sou muito satisfeito, resolvido e tranquilo quando estou tocando nos bares e seus pares. Tenho o claro entendimento da dinâmica que se processa nestes espaços e a devida sabedoria para me manter afetuoso e generoso em oferecer um repertório de covers na linha, Pop/MPB.
5 – Tem discos/cds gravados? Como compôs sua música “Beija, beija”?
DISCOGRAFIA:
CDs:
BEM (98)
CINCO (02)
UM CARA CHAMADO (05)
HISTÓRIA NÃO TEM HORA (09) – Infantil (Com Telma Costa e Adilma Pinto)
E QUE A GENTE NÃO DESPEDACE (14)
DVDs:
CADERNO ACÚSTICO (09)
A música ‘DOS SINAIS DO AMOR’, popularmente conhecida como: Beija, beija, foi composta no início do ano 2000. E o mote foi: O retrato antigo, no meu birô, da amada que me deixara há pouco tempo; além de uma menina/adolescente, vizinha de frente à minha casa, e muito violão tocado. Como na maioria das minhas canções, música e letra vem juntas. Porém o texto inicial nunca é definitivo; sempre é reparado ou mudado.
6 – Você é de Sergipe? Em todo esse tempo de carreira, o que mais lhe chamou a atenção?
Sim! Sou Sergipano/Aracajuano, filho de pais itabaianenses.
2015 é ano de celebração. São vinte anos de carreira.
Nesta trajetória de cantor/compositor/guitarrista posso dizer que todos os meus sonhos realizei. Afinal... Muito quis gravar um disco, muito quis ouvir uma música minha tocando no rádio, muito quis dar autógrafos, muito quis fazer um show grande, muito quis ver a galera cantando alguma canção minha em meus espetáculos e fundamentalmente quis ser feliz o tempo todo em que estivesse cantando ou tocando. Consegui tudo isto e além.
E sinceramente, acho que o conceito do Eterno Retorno do Nietzsche, numa primeira análise, também se aplica a mim.
7 – Na área musical, elenque os pontos positivos e negativos de trabalhar com música.
Positivos:
Conhecer muita gente bacana.
Ser reconhecido, na sua cidade, pelo público e colegas de atuação.
Se transformar, ao longo dos anos, num ARTISTA DE VERDADE.
Negativos:
Quando só lhe convidam para shows beneficentes.
Quando alguém lhe diz, mesmo depois de tantos anos: Vamos lá, é pra mostrar seu trabalho.
Quando você observa que determinados produtores fazem um esforço colossal para lhe pagar o mínimo possível.

8 – Você também dá aulas de violão. Conte um pouco como é esse trabalho.
Sim, sim!
Dou aulas, sim! Tenho o projeto: Violão ABC; que é um curso prático de iniciação ao violão popular, criado e desenvolvido por mim ao longo dos últimos dez anos. A moçada de 8 a 108 anos se amarra.
Além disso, também sou professor polivalente do munícipio de Aracaju. Dou aulas para o terceiro ano do Ensino Fundamental I no Colégio Olavo Bilac.
Sou Coordenador/Professor da Pós Graduação Lato Sensu em Comunicação Educacional da Faculdade São Luís de França, em Aracaju. Curso, também criado e desenvolvido por mim.
9 – De onde vem o nome Minho San Liver?
Primeiro, o MINHO.
Imagine um recém-nascido sendo dengado por sua mãe e com uma irmã de um ano e cinco meses por perto.
A mãe dizia:
- Olha o ‘HOMINHO’ (de homem pequeno) da mamãe...
Aí a irmã ouvia isso e falava ou balbuciava:
- Mio, Minho... Mi, Mi...
E aí como minha mana, Vera Lúcia, não entendia muito bem a palavra ‘HOMINHO’. Ajustou-se o Minho. E assim... Tenho este apelido/nome, desde sempre.
SAN
O San veio de uma brincadeira, no início dos anos noventa, do amigo, Dudu.
Estava eu a esfregar e esfregar, estilo o Daniel San do filme Karatê Kid, os azulejos do banheiro principal da casa que viria a ser a Temperos e Cia (uma casa gastronômica minha e de mais quatro sócios) quando de repente o Dudu adentra este local e me flagra com aqueles movimentos do personagem principal da referida película.
Ele diz:
- Oxente, você agora é primo do Daniel San? Hein, Minho San?
E a partir dessa frase ridícula o Dudu passou a me chamar de Minho San por onde quer que eu fosse.
Pegou o SAN!
Terceiro, o LIVER
O Liver foi criação minha. Quando estava me lançando profissionalmente, naquele ano de 95, usando apenas o Minho San, eu percebi que havia um certa confusão do meu nome com o do nosso querido Mingo Santana. E isto me incomodava. Não obstante, decidi pensar em algo para solucionar este desconcerto e num certo dia, de tanto olhar para o meu sobrenome de batismo: OLIVEIRA, extraí o LIVER.
E Minho-San-Liver, separado por hífens, é este quem lhe escreve.
Valeu, brigadaço!
E que a gente não despedace.













quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Os Pontos de Cultura chegam ao Vaticano. Salve!!


A convite do Papa Francisco (sério!) irei realizar a conferência de abertura em um seminário sobre Arte e Inclusão Social, no Vaticano (2 a 5/fevereiro). O Papa ficou sabendo sobre os Pontos de Cultura por amigos da Argentina e, como ele deseja implantar um programa semelhante no mundo todo (Scholas Ocorrentes), resolveu conhecer melhor a teoria e os conceitos do Cultura Viva. Recebo este convite com humildade e também como uma grande honra. Sexta feira embarco para Roma e peço aos amig@s, independente de religião, que formem uma corrente positiva em pensamentos e orações. E viva a CULTURA VIVA a unir os povos! - (Célio Turino)
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Que o Papa Francisco é muito inteligente e sensivel todos nós sabemos, o legal é saber que a inteligência e a sensibilidade dele, chega ao ponto de alcançar a potência do Programa Cultura Viva (Pontos de Cultura). Dessa maneira, o Papa representa a melhor surpresa do século XXI. Seguindo as pegadas de Mahatma Gandhi, Joao XXIII, Nelson Mandela, Oscar Romero, Marthin Luther King, Che Guevara e tantos (as) outro (as) famosos e anônimos. (Zezito de Oliveira)

Para quem gosta de Criolo #‎ConvoqueSeuBuda‬


Acompanhe a turnê européia, que está acontecendo, através da hastag #‎ConvoqueSeuBuda‬
Ouça e/ou baixe as músicas do lançamento mais recente e dos trabalhos anteriores...






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Criolo (cantor)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Criolo
Criolo em 2010
Informação geral
Nome completo Kleber Cavalcante Gomes
Também conhecido(a) como Criolo Doido
Nascimento 5 de setembro de 1975 (39 anos)
Local de nascimento São Paulo, São Paulo
País  Brasil
Gênero(s) Rap, hip hop, MPB, samba, reggae, afrobeat
Ocupação(ões) Cantor, compositor
Período em atividade 1989 - presente
Gravadora(s) Oloko Records
Afiliação(ões) O Rappa, Posse Mente Zulu, Regina Casé, SNJ, MC Marechal, Rappin' Hood, Pentágono, Ney Matogrosso, Alessandro Buzo, Emicida, Síntese, Tulipa Ruiz, Juçara Marçal
Influência(s) Chico Buarque, Racionais Mc's, Trilha Sonora do Gueto, Sabotage, RZO, Facção Central, Sistema Negro
Página oficial http://www.criolo.net
Criolo (nome artístico de Kleber Cavalcante Gomes; São Paulo, 5 de setembro de 1975) é um rapper brasileiro e cantor de MPB . Em atuação desde 1989, ele é mais conhecido por ser o criador da Rinha dos MC's.

Índice

Carreira

Criolo Doido começou a cantar rap em 1989, sendo que até início da década de 2000 era praticamente desconhecido. Trabalhou como educador entre 1994 e 2000.1 Em 2006, lançou seu primeiro álbum de estúdio, intitulado Ainda Há Tempo2 e fundou a Rinha dos MC's existente até hoje.3 Ela abriga batalhas de freestyle, shows semanais, exposições de graffitti e fotografias. No ano seguinte, fez participação no Som Brasil Especial em homenagem a Vinícius de Moraes; e foi indicado ao Prêmio Hutúz em duas categorias: "Grupo ou Artista Solo" (que perdeu para GOG) e "Revelação" (vencido por U-Time).4 Em 2008, recebeu o prêmio "Música do Ano" e "Personalidade do Ano" na quarta edição do evento "O rap é compromisso".
No ano seguinte, acabou sendo indicado novamente ao Prêmio Hutúz na categoria "Revelações da Década", mas não saiu vencedor.5 Participou dos filmes Profissão MC, de Alessandro Buzo e Tony Nogueira; e Da Luz às Trevas, de Ney Matogrosso. Para comemorar seus vinte anos de carreira, gravou um DVD ao vivo na Rinha dos MC's, que foi colocado à venda em 2010, chamado Criolo Doido Live in SP.2 No fim do ano, Criolo lançou um CD single, com as faixas "Grajauex" e "Subirusdoistiozin", gravadas em estúdio, com produção de Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman. e com instrumentos como guitarra, baixo, piano e trompete, dando indícios de uma pequena modificação de seu estilo.6 7 Ambas as faixas foram anunciadas como presentes no seu próximo álbum, através do show de lançamento realizado na Matilha Cultural.8 Poucos dias depois, o videoclipe de "Subirusdoistiozin" foi divulgado na internet, com mais de 6 minutos de duração.9
Em 2011 lançou seu segundo disco, Nó na Orelha, gratuitamente através da internet e mudou seu nome artístico para apenas "Criolo".10 11 No disco, o cantor diversificou os ritmos de rap com vários outros, como a MPB, funk, soul e blues.12 13 Este disco teve excelente recepção pela crítica (inclusive estrangeira),14 15 levando Criolo a participar do Altas Horas na Rede Globo16 e estar no topo dos trending topics do twitter.17 Com o disco, Criolo foi um dos campeões de indicações ao Video Music Brasil 2011 da MTV, sendo indicado nas categorias "Videoclipe do Ano", com "Subirusdoistiozin", "Artista do Ano", "Álbum do Ano", com "Nó na Orelha" (venceu), "Música do Ano" com "Não existe amor em SP" (venceu), e como "Banda ou Artista Revelação" (venceu).18 Ele também foi o primeiro confirmado a se apresentar ao vivo durante a premiação, onde cantou a canção "Não existe amor em SP" ao lado de Caetano Veloso.19 20
No dia 29 de Outubro de 2014, o rapper lançou a primeira single do seu próximo álbum: "Convoque seu buda".21

Discografia

Álbuns de estúdio

DVDs

LP Single

Referências




  • CRIOLO rap /samba / rock / bossa em Música do MySpace – Transmissão gratuita de MP3s, Fotos & Vídeos myspace.com. Visitado em 29 de Maio de 2010.

  • +Perfil . Criolo Doido . Filósofo do Submundo-+SOMA . SUA DOSE DIÁRIA DE CULTURA INDEPENDENTE www.maissoma.com. Visitado em 29 de maio de 2010.

  • SESC SANTOS 16/ABRIL em Música do MySpace – Transmissão gratuita de MP3s, Fotos & Vídeos myspace.com. Visitado em 29 de maio de 2010.

  • EGO - NOTÍCIAS - Confira os indicados ao prêmio Hutúz 2007 ego.globo.com. Visitado em 29 de Maio de 2010.

  • .:. HUTÚZ 10 ANOS .:. www.hutuz.com.br. Visitado em 29 de Maio de 2010.

  • Criolo Doido: Subirusdoistiozin / Grajauex Só Pedrada Musical. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Escute Grajauex, novo single de Criolo Doido Mais Soma. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Criolo Doido lança single na Matilha Cultural Folha de S. Paulo. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Criolo Doido: Subirusdoistiozin Clipe Love Rap. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Criolo lança seu novo álbum, Nó na Orelha Rapevolusom. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Nó na Orelha, novo álbum do Criolo, é disponibilizado grátis na web MTV Brasil. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Depois de 20 anos no rap, Criolo lança primeiro álbum de canções Folha de S. Paulo.

  • Criolo libera novo disco Nó Na Orelha para download Portal R7. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Resenha: Nó na orelha - Criolo Per Raps. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Review: Criolo - Nó na Orelha 2011 Sound Sand Colors. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Criolo se apresenta no Altas Horas pela primeira vez Altas Horas, Globo. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Criolo - Trending Topics do Twitter brasileiro TTbr.info. Visitado em 8 de setembro de 2011.

  • Conheça agora os indicados ao VMB 2011 MTV Brasil. Visitado em 6 de setembro de 2011.

  • Criolo e Caetano Veloso fazem dueto no VMB 2011 MTV Brasil. Visitado em 6 de setembro de 2011.

  • Com Criolo e Emicida, hip hop domina premiação do VMB 2011 MTV Brasil. Visitado em 25 de outubro de 2011.


    1. Ruan de Almeida (29/10/2014). Criolo convoca seu Buda em sua nova canção! RockinPress. Visitado em 29/10/2014.

    Ligações externas


    segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

    Excelente Escolha!!! Ivana Bentes na Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura

    Amigos é com grande prazer que recebi e aceitei o convite do Ministro Juca Ferreira para assumir a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Trata-se de um desafio e uma honra encabeçar a Secretaria que elabora e executa o Programa Cultura Viva uma das maiores inovações em políticas culturais do Brasil e que criou os Pontos de Cultura.

    Não poderia haver circunstância mais feliz para aceitar esse convite do que a volta do Ministro Juca Ferreira, que toma posse hoje aqui em Brasilia. Acompanhei as políticas do MinC como elaboradora no campo de Comunicação, como participante da rede dos Pontos, com a implantação do Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ, desde 2009, como Diretora da Escola de Comunicação (de 2006 a 2013) quando implementamos o Laboratório Cultura Viva e o Laboratório de Polícas Públicas da Cultura entre tantas ações, seminários, encontros, mobilizações.

    Muito me orgulha ter aberto uma instituição pública, a Escola de Comunicação da UFRJ, para o ativismo cultural e os novos movimentos: as redes de midialivre, os coletivos e redes das periferias, a cultura digital.
    O que mais me entusiasma é poder contribuir, mesmo em um cenário político hostil, para uma virada de imaginário, a partir da cultura.

    A cultura não é "luxo" nem "exceção", é o modelo de mutação do trabalho precário em potência e vida. Nesse sentido, a cultura hoje é um processo transversal que impacta nas formas de produção de valor em todos os demais campos.

    Não tem como pensar cultura separado de Comunicação e Midia também. A cultura, no seu viés antropológico, precisa de narrativas para circular, de linguagens.

    O MinC de Juca Ferreira traz esse novo entendimento: que podemos, partindo da cultura, repensar questões decisivas como a valorização, apoio, sustentabilidade e ampliação da política dos Pontos de Cultura, dos Pontos de Cultura Indígenas, ações de formação dos movimentos urbanos, novas redes de produção audiovisual, de mídia, dos povos tradicionais, cultura digital, as linguagens urbanas e das artes.
    Nem folclore engessado (o típico, o turístico e exótico), nem indústria cultural, simplesmente.

    O MinC pode e precisa se reconectar com a Educação, Comunicação, com a Cultura de Redes, com os novos processos das redes e ruas, em que as cidades são os novos laboratórios de políticas públicas.
    .
    Não será fácil, a luta dos movimentos da cultura está no cerne de uma dura disputa, de um embate vital, de interesses que conspiram contra a vida e contra a imaginação, mas é daqui mesmo, do Plano Piloto e do Eixão Imaginário, que vamos encarar esse embate. Da Diversidade e "Da adversidade vivemos!" (Hélio Oiticica).

    Estamos no front, acredito que é possível lutar de qualquer lugar, de dentro e fora da Universidade, de dentro e fora dos Estados, de dentro e fora dos movimentos.

    Conto com todos vocês nessa nova etapa de uma construção coletiva!
    12 de janeiro de 2015
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     Os Pontos de Cultura são os "médicos cubanos" do sistema cultural. Tem uma capilaridade impressionante, chegam onde o Estado não chega, inventam ambientes cognitivos novos, estéticas e linguagens. São rurais, urbanos, digitais, de matriz africana, ambientais, de inovação tecnológia e de linguagens. . Os Pontos mobilizam o desejo e estão fazendo uma transformação real, uma rede que vem não só dos Estados e grandes cidades, mas principalmente dos municipios e das cidadezinhas de todo o Brasil.
    25 de janeiro de 2015
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    Acompanhe pelo Facebook - https://www.facebook.com/cidadaniaediversidade

    Ou o Brasil muda sua cultura juridica ou a cultura juridica mata o Brasil. Porque os gestores também precisam de uma revolução! Foram mais de 60 reuniões em duas semanas no Ministério da Cultura, em que conhecemos, ouvimos, mapeamos propostas, urgências, garlalos, demandas na Secretaria de Cidadania e Diversidade do Ministério. Aqui, numa reunião com representantes dos temidos orgãos de controle do Estado: CGU, TCU, Conjur e outros gestores e sociedade civil defendendo fortemente uma mudança na Cultura Juridica que tire as redes, Pontos de Cultura, coletivos, comunidades do lugar da suspeição e da insegurança jurídica! Foram horas de debates e argumentação com considerações embates de toda ordem para avançarmos no que será um novo instrumento de descriminalização dos Pontos de Cultura, as mudanças que serão regulamentadas com a Lei Cultura Viva, uma demanda histórica dos Pontos de Cultura. A regulamentação da Lei, agora com 19 versões, é um super avanço na mentalidade do "todos são suspeitos" que ainda domina a máquina do Estado.Avante!
    P.S. As mudanças chegam no momento em que sai também o Marco Civil para a Sociedade Civil (MROSC) na mesma linha de descriminalizar e regular a relação do Estado com as organizações da sociedade.
    25 de janeiro de 2015


    A revolução digital cultural de Juca Ferreira e seus malucos-belezas


    Conheci Juca Ferreira no inicio da gestão Gilberto Gil no Ministério da Cultura.
    Ele havia lido artigos meus, dos anos 90, defendendo a criação de uma economia da música brasileira. Dizia, então, não apenas do potencial econômico da música brasileira, mas diplomático e de marketing da marca Brasil.
    A seu pedido, fiz uma palestra em uma encontro de Conselhos de Música estaduais. Lembro-me ter falado do avanço das então incipientes redes sociais e da importância de se definir uma estratégia de inserção da música brasileira nesse novo ambiente.
    A marca Brasil tinha três ingredientes fortes para conquistar a juventude mundial: meio ambiente, sensualidade e jeito descolado e alegre do brasileiro. E o meio digital era o adequado para propagar esses valores, porque trabalhando com imagens (e cores) e música. Sugeria a criação de departamentos que preparassem divulgadores para entrar nas redes sociais vendendo o modo de ser brasileiro.
    Só faltava o modelo de negócios, campo no qual os norte-americanos são imbatíveis.
    Dei algumas sugestões que não avançaram por razões de burocracia.
    Mais importante, no grupo trazido por Gil conheci um grupo de pensadores digitais definitivamente antenados com o novo, a começar do maluco-beleza Cláudio Prado. E, principalmente, com a visão da arte como um fator cultural e de integração dos diversos Brasis. Tudo sob a batuta de Juca.
    Lembrei-me do período Francisco Weffort na Cultura de FHC. Quando comecei meus escritos sobre a economia da música, Weffort convidou-me a integrar um futuro Conselho da MPB. Declinei do convite mas me dispus a acompanhar as reuniões, para poder sugerir temas e divulgar decisões.
    A primeira reunião teria sido um regalo, se os músicos se limitassem a tocar: um grupo de músicos fantásticos... com seus instrumentos. Mas as ideias! A primeira proposta foi a de que as verbas da Cultura deveriam passar pelo conselho para impedir que fossem desperdiçadas com “bandinhas do interior”. A reunião vazou e o Conselho morreu.
    Ficou claro, desde aquele momento, a dificuldade de tratar com um meio como a música e as artes em geral, com muito talento mas muito ego impedindo qualquer ação mais racional. E nas reuniões com os conselhos de música, já na era Gil, essa dificuldade era nítida.
    No meio do encontro, um grande pianista do Rio insurgiu-se contra os produtores, dizendo que na cadeia produtiva da música o elo mais importante era o músico. Disse-lhe que não. No Brasil, o músico era matéria prima abundante e de alta qualidade. O elo mais importante era a pessoa que pudesse pensar novos modelos de negócio.
    Mas o exército mambembe de Gil conseguiu proezas inacreditáveis.
    A cultura tem um lado tradicional (a cultura regional), um lado empresarial (a indústria do audiovisual) e um lado transgressor (os jovens definitivamente fora do eixo). A estratégia de Juca contemplava as três frentes.
    Em relação à cultura regional, os Pontos de Cultura foram uma política de ruptura. Selecionavam grupos de cultura variados, de tribos indígenas a jovens de periferia, entregavam equipamentos de audiovisual e cursos para que pudessem produzir seus vídeos.
    Fiz um Brasilianas com um encontro desses grupos em Fortaleza, a Teia, como diziam. Grupos indígenas, quilombolas, sambistas, maracatus desfilando pelas ruas da cidade, em um espetáculo inesquecível de brasilidade. O projeto esbarrou na burocracia da prestação de contas.
    Em relação à indústria do audiovisual, em vez da mera distribuição de verbas, o MinC definiu políticas estruturantes, como a Lei do Cabo, que induziu os canais a cabo a investir em coprodução com empresas nacionais. Houve um renascimento da indústria, com a consolidação de inúmeras empresas produzindo filmes ou prestando serviços terceirizados para empresas estrangeiras.
    Em relação aos fora do eixo, as verbas da Cultura permitiram a criação de circuitos nacionais de shows organizados por novos grupos definitivamente “udigrudis”. Na juventude, o próprio Juca, assim como Cláudio Prado, morou em comunidades que pretendiam criar sua própria economia.
    Sua nomeação para Ministro permitirá a retomada dessas estratégias. E também um bônus extra para o governo Dilma. Se a intenção da presidente, depois de eleita, é se aproximar também dos novos movimentos digitais, encontrou o interlocutor perfeito.
    A presença de Capilé – o controvertido e brilhante guru das Casas Fora do Eixo – no coquetel de posse de Dilma já foi um sinal.
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    O MinC e a mídia. A Cultura estará no centro dos embates politicos e da mídia porque atravessa disputas decisivas em torno da democracia direta e da ruidocracia. 
    "(...) A pergunta que fica é: por que o ministério que possui o menor orçamento de toda a Esplanada merece uma atenção tão minuciosa da mídia sobre cada um dos nomes que estão sendo indicados para compor a equipe?" 
    "(...) Desde que a presidenta Dilma Rousseff começou a anunciar o seu novo ministério, notícias e mais notícias sobre os indicados surgiram na imprensa. Contudo, as matérias ou entrevistas nunca passaram muito além dos perfis dos novos ministros. Do ministério da Fazenda ao ministério da Educação, as novas equipes indicadas pelos ministros passaram completamente em branco. Com a exceção do ministério da Cultura...
    "Primeiro foi o jornalista Fernando Molica no jornal O Dia. Molica utilizou metade de sua coluna diária para tecer sua crítica contra a professora Ivana Bentes, nova Secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do ministério. O curioso foi o método utilizado pelo jornalista: uma busca completa por todo o histórico de Ivana no Facebook para apontar os momentos em que a professora fez críticas ao governo. Até mesmo a participação em um debate ao lado da black bloc Sininho foi apontada em tom de denúncia. Poucos sabem, mas o filho de Fernando Molica, Julio Molica, foi o repórter da Globonews agredido pelos black blocs em 2013. Mas aí já é outra história..."
    " No dia seguinte foi a vez do jornal O Globo fazer matéria de meia página sobre a história de Ivana Bentes e os motivos pelos quais foi indicada para a Cultura. Nenhum fato desabonador sobre Ivana apareceu na matéria, apenas suas posições políticas. Meia página para contar a história de uma indicada para uma secretaria interna da Cultura. Um privilégio que nenhum outro ministério teve. Como diria Ancelmo Gois: "Parece estranho. E é".
    "A estranheza, todavia, acabou-se. Hoje foi o editorial do Estadão que mirou no ministério. Intitulado "Cultura sem chefe" o jornal foi bem didático em explicar para os desavisados quais são os motivos que estão levando a imprensa a avançar sobre o novo ministro Juca Ferreira e sua equipe. O jornal ataca o fato de Juca ter anunciado a criação do "Gabinete Digital", espaço de participação na internet para consulta pública sobre as ações do ministério.
    "Nas palavras do editorial do centenário jornal paulista, "a proposta parte de uma visão ideológica da coisa pública, em que os cidadãos organizados e os movimentos sociais seriam os verdadeiros titulares da administração". Diz ainda que, "na prática, ao propor a participação social como estratégia de gestão de um ministério, está deixando o Ministério com outras pessoas".
    " Pronto. De forma clara e legítima o Estadão explicou para todos nós qual o principal motivo do ministério da Cultura merecer tanto apedrejamento por parte da imprensa, tal qual uma Geni. O motivo é o desprezo que certa imprensa comercial possui por qualquer ação que vise a participação e deliberação popular. Mas desse programa político Juca Ferreira e sua equipe - Ivana Bentes e João Brant - parecem não abrir mão. Ainda bem."
    Theófilo Rodrigues é cientista político.
    http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/politica/brasilia/por-que-o-ministerio-da-cultura-e-a-nova-geni-76-37048

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