Mostrando postagens com marcador Igreja. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Igreja. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Ecos do 15º Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) (2) - Artigos de Marcelo Barros e Francisco de Aquino


 Comunidades eclesiais de base e espiritualidade libertadora

Marcelo Barros

Há apenas alguns dias, de 18 a 22 de julho, ocorreu em Rondonópolis, MT, o XV Encontro intereclesial de Comunidades eclesiais de base (CEBs). O tema foi “CEBs; Igreja em saída, na busca da vida plena para todos e todas!”  

As comunidades eclesiais de base surgiram em várias regiões do Brasil, na década de 1960, como consequência do Concílio Vaticano II. Este insistiu no caráter comunitário da fé cristã e no desafio de ligar a fé à vida concreta, como testemunho de libertação e vida para todos e todas. Ao propor um caminho de fé mais centrado no evangelho, provocou que a Igreja pudesse ser espaço de comunhão e promoção de vida para todos e todas. Não somente no plano espiritual, mas em todas as dimensões da vida. Lamentavelmente, o Cristianismo chegou ao nosso continente, ligado aos impérios conquistadores. Até quase nossos dias, a hierarquia e o clero católico pareciam mais ligados à elite do que ao povo pobre.  

Na Igreja Católica, sempre houve pequenas comunidades que se reúnem em capelas no interior e fazem parte das paróquias. As comunidades eclesiais de base são diferentes. Não se reúnem apenas para a catequese e o culto. Assumem a missão de se inserir no mundo social e político, como novo modo de ser Igreja.  Atualmente, o papa Francisco propõe o que chama de “Igreja em saída”, ou seja, um modo de viver a fé aberto aos problemas do mundo e solidário às causas do povo empobrecido. As Cebs fazem isso. 

Em 1975, alguns bispos e pastores que acompanhavam as Cebs no Brasil propuseram que se fizesse um encontro entre Igrejas (dioceses) que tinham Cebs para partilhar experiências e buscar caminhos comuns. Assim nasceu o 1º Encontro intereclesial de Cebs em Vitória, ES. Nesses dias, tivemos o XV intereclesial. Esse contou com a presença de 1.500 pessoas, entre gente de base, agentes de pastoral, religiosas/os, padres e bispos. Entre os/as participantes, havia expressivo grupo de índios e índias, de todas as regiões do país, assim como irmãos e irmãs negros, de comunidades tradicionais e remanescentes de quilombos.  

Esse encontro significou forte sinal de resistência por parte da Igreja inserida na caminhada do povo empobrecido. Foi uma festa, na qual as pessoas celebraram a alegria de que o Cristianismo da Libertação está vivo. No Brasil, há muitos grupos cristãos, decididos a viver a profecia do evangelho e o seguimento de Jesus. Mesmo com o respeito que merecem as devoções medievais e barrocas, atualmente em voga em muitas paróquias católicas; devoções  nascidas em época na qual  o povo não tinha acesso ao culto litúrgico da Igreja, as Cebs preferem os círculos bíblicos e a leitura orante da vida e da Bíblia. A mensagem final dos/das participantes do XV Encontro intereclesial de Cebs às comunidades afirma: 

“... As CEBs, qual mulher grávida, continuam gerando o novo, recriando os caminhos de libertação, sob o impulso do verbo sair, que funciona como fio condutor de toda a nossa existência. De Gênesis ao Apocalipse, a caminhada do povo de Deus se deu sob a inspiração da Divina Ruah, fomentando um permanente sair. Do ventre da mulher ao ventre da Pachamama, saímos sempre em busca da vida plena.

O AGIR nos enviou para cuidar. Cuidar para não perdermos o entusiasmo, para não banalizarmos a missão, para que as CEBs sempre tenham o coração ardendo pela Palavra e os pés firmes na caminhada do povo periférico. Cuidar dos grupos bíblicos de reflexão como sementes de novas comunidades. Cuidar da memória martirial e profética, das estruturas de comunhão e participação, do protagonismo das mulheres e das juventudes, da vida plena dos povos originários, da aliança e parceria com os movimentos populares, da força da sinodalidade que está na comunidade e dos processos de formação permanente. E em tudo, valorizar a força dos pobres nas iniciativas comunitárias e não deixar que nos roubem as comunidades!”.

https://www.youtube.com/watch?v=bURWZVHuNtU&t=1s

O programa Paz e Bem acima foi acrescentado a essa postagem em 04/08/2023

Fortalecendo as CEBs do Brasil: Desafios e cuidados na caminhada

De 18 a 22 de julho aconteceu em Rondonópolis – MT o 15º Encontro das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil. Um verdadeiro Pentecostes.

Francisco de Aquino Júnior - Presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte – CE

Gente de todos os cantos do país e de outros países da América Latina: lideranças de comunidade, agentes de pastoral, religiosos/as, padres, bispos, membros de outras igrejas cristãs e de outras religiões, militantes de organizações e movimentos populares... Foram dias intensos de convivência fraterna, reflexão e oração sobre os desafios de nossa realidade e a missão de ser “Igreja em saída a serviço da vida plena para todos e todas”. Expressão viva de uma Igreja sinodal: povo de Deus, na diversidade de seus carismas e ministérios, em comunhão ecumênica, interreligiosa e social, a serviço do Reino de Deus no mundo.

Depois de refletir sobre os desafios da realidade (ver) à luz do Evangelho de Jesus Cristo e das primeiras comunidades cristãs (julgar/iluminar), chamamos atenção para alguns desafios e cuidados na caminhada de nossas comunidades (agir):

1. Não desanimar na caminhada

O Concílio Vaticano II e sua recepção na América Latina desencadeou um novo jeito de ser Igreja: Povo de Deus a serviço do Reino de Deus no mundo. É nesse contexto que nascem e se multiplicam comunidades eclesiais de base por todos os cantos de nosso país: fermento/sal/luz de salvação/libertação no mundo. Mas o contexto eclesial atual é muito diferente. Não por acaso, Francisco tem falado tanto contra a auto-referencialidade e o clericalismo na Igreja e tem insistido tanto numa conversão missionária (saída para as periferias) e sinodal (caminhar juntos do povo de Deus na missão). E não por acaso, ele tem encontrado tanta resistência na Igreja. Essa situação pode levar à tentação do desânimo na caminhada: perda do entusiasmo, pessimismo, azedume... uma espécie de depressão eclesial... O desafio aqui é cultivar e irradiar a alegria que vem do encontro com o Senhor e seu Evangelho, mesmo em contexto adverso e como “minorias abraâmicas”. Não esqueçamos nossa vocação de fermento, sal e luz...

2. Não desistir da comunidade

Nossa fé nos reúne e nos faz comunidade.  A fé se vive em comunidade. O Concílio Vaticano II recuperou a consciência da Igreja como povo de Deus e a Igreja da América Latina concretizou isso em comunidades eclesiais de base. Mas o fortalecimento do clericalismo nas últimas décadas, aliado à crise do comunitário e à centralidade da subjetividade, acaba tornando a comunidade secundária e até desnecessária na vivência da fé. Em geral, nossas comunidades estão reduzidas a culto, catequese e dízimo, quando não são tratadas como fonte de renda e sustentação da estrutura paroquial. O que menos conta é a vida comunitária e sua missão na sociedade. O desafio aqui é recuperar e cultivar a dimensão comunitária da fé: comunidades geográficas ou ambientais; inspiradas nas primeiras comunidades; lugar e instrumento de fraternidade; abertas a todas as pessoas, sobretudo aos pobres e marginalizados; em comunhão ecumênica, interreligiosa e social; expressão privilegiada de sinodalidade: comunhão, participação e missão.

3. Não banalizar a missão

A Igreja é por natureza missionária. Ela existe para a missão. Mas é preciso ter muito claro qual é a missão cristã. Não se pode identificar a missão com certas atividades pastorais (visitas, missões populares etc.) nem identificar os missionários com quem realiza essas atividades. A missão cristã é mesma de Jesus: “tornar o Reino de Deus presente no mundo” (EG 176). Isso se concretiza na vivência do amor fraterno, no perdão e na reconciliação, na humildade e no serviço aos caídos à beira do cominho, aos pobres e marginalizados. A missão cristã é viver segundo e Evangelho e fermentar o mundo com a força do Evangelho. É um modo de vida. E isso diz respeito a todos os cristãos e se realiza em todos os âmbitos e espaços da vida: família, trabalho, lazer, política, redes sociais, comunidade eclesial etc. Todas as atividades que a Igreja realiza, inclusiva o que se costuma chamar “animação missionária”, devem estar à serviço da verdadeira missão cristã que viver e tornar presente e eficaz o amor de Deus pela humanidade.

4. Não deixar cair a profecia

Enquanto assembleia convocada e reunida pelo Senhor, a Igreja é portadora de sua Palavra no mundo. É chamada e envidada para anunciar, com gestos e palavras, com a própria vida, a Palavra de Deus – também nas horas difíceis e inoportunas. A profecia é a encarnação da Palavra de Deus em contextos bem concretos, particularmente em situações de oposição do projeto de Deus para a humanidade como as situações de injustiça, dominação e marginalização. Não por acaso, a profecia aparece na Escritura sempre ligada ao direito do pobre, do órfão, da viúva e do estrangeiro. Ela tem várias dimensões: denúncia, anúncio, consolo. É exercida de modo individual ou comunitário. Realiza-se tanto no cotidiano da vida, como em situações mais dramáticas e extremas. O desafio aqui é “não deixar cair a profecia”, sobretudo em tempos de neofascismo político e religioso. Nossa reação à extrema direita, ao ódio, à mentira, às armas, à violência, é o compromisso inegociável com os pobres e marginalizados na luta por seus direitos.

5. Não perder a esperança

Os desafios que a gente enfrenta na sociedade e na Igreja muitas vezes criam em nós um sentimento de impotência e descrença na possibilidade de mudança que gera desânimo e desmobilização. Sem esperança ninguém se mobiliza para a mudança. Mas o ser humano é um ser aberto e em construção. Nunca está pronto. Nada nesse mundo é definitivo. Por isso, a esperança sempre brota. Renasce de onde menos se espera. E o fundamento e a fonte de tudo isso é o Espírito de Deus, pelo qual tudo foi criado, que age na vida das pessoas e na história humana, que renova, sempre de novo e a partir de baixo, a face da terra. Ao dito popular “a esperança é a última que morre”, recorda poética e profeticamente Pedro Casaldáliga: “se morrer, ressuscita”. Somos “povo da Páscoa”, povo da Esperança: “esperança do verbo esperançar”; esperança ativa, comprometida, militante; esperança teimosa e perseverante; esperança alimentada nos pequenos passos, no “inédito possível”; esperança processual e a caminho do Reino definitivo...

Tudo isso é muito importante para fortalecer/revitalizar/revigorar o jeito de ser Igreja das comunidades eclesiais de base e enfrentar os desafios que encontramos no dia-a-dia em nossas comunidades, no conjunto da Igreja e na sociedade: Sempre nos passos de Jesus, na força do Espírito, em companhia dos profetas e mártires da caminhada, a serviço dos pobres e marginalizados em suas lutas por direitos e no cuidado da casa comum, a caminho do Reino definitivo de Deus...

Francisco de Aquino Júnior - Presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte – CE; professor de teologia da Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Fundadores da missa do Vaqueiro acusam prefeitura de Serrita e diocese de 'roubarem' evento

 

Raquel Lyra e Priscila Krause destacaram a importância da celebração da Missa do Vaqueiro, que é um dos principais eventos que ocorrem no Sertão pernambucano - FOTO: Miva Filho/Secom

A tradicional Missa do Vaqueiro, em Serrita, no Sertão Central, contou com a participação da governadora Raquel Lyra e sua vice Priscila Krause. A celebração ocorreu neste domingo (23), encerrando a 53ª edição do evento, que começou no último dia 19 de julho. Centenas de vaqueiros de municípios vizinhos e outros estados do Nordeste se reuniram no Parque Municipal João Câncio, cumprindo a tradição sertaneja. O evento conta com o aporte de mais de R$ 1 milhão do Governo de Pernambuco por meio da Empetur. Mas nem tudo é festa.

É com profunda tristeza que a FUNDAÇÃO PADRE JOÃO CÂNCIO, que leva o nome do fundador de umas das principais celebrações religiosas do Brasil – A MISSA DO VAQUEIRO –, vem a público externar sua indignação com a manipulação que acabou por alijar a sua participação neste evento tão grandioso, especialmente para o povo nordestino e, em particular, para os pernambucanos. 

Hoje, a MISSA DO VAQUEIRO virou um grande negócio que movimenta milhões de reais, principalmente no que podemos chamar da parte “profana”, que por um lado tem um papel positivo ao movimentar a economia do município e região, mas que também contribuiu para uma certa descaracterização do evento e interferindo até na parte religiosa da festa. 

E fomos atingidos em cheio. A partir de um convênio firmado, a Prefeitura Municipal de Serrita e a Diocese de Salgueiro praticamente se tornaram donas da festa. Um dos primeiros reflexos desse acordo foi limar a participação da Fundação, que há mais de 10 anos – junto com a própria igreja – vinha cuidando da celebração, incluindo a participação de artistas locais e dos próprios vaqueiros, razão da existência da missa. 

Como consequência direta, apresentações desses artistas foram cortadas e o próprio formato da missa foi comprometido. Da nossa parte, vamos continuar lutando – inclusive por meios legais – para resgatar não apenas o nosso papel de protagonista do evento, mas também para honrar a memória do Padre João Câncio, do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e do poeta Pedro Bandeira, mentores desta justa homenagem a Raimundo Jacó e a todos os vaqueiros do sertão nordestino. 

Como foi a festa: A festa atrai visitantes e turistas para o município localizado a mais de 530 quilômetros do Recife. Este ano, o evento durou cinco dias, culminando na Missa, celebrada pelo bispo Dom José Vicente, da Diocese de Salgueiro. Indumentárias de couro, como chapéu, gibão, alforge, botas e celas foram apresentadas como oferta no altar pelos vaqueiros, como forma de homenagem. 

A Missa do Vaqueiro é realizada desde 1971 e ocorre em memória de Raimundo Jacó, vaqueiro que era primo de Luiz Gonzaga. Ele foi morto em 1954 e teve seu corpo encontrado em uma estrada, no meio da caatinga. Ao saber da morte, o padre João Câncio, conhecido por usar chapéu, gibão e frequentar vaquejadas, fincou uma cruz no local onde o corpo de Jacó foi encontrado e passou a celebrar uma missa em homenagem ao vaqueiro. 

O ocorrido também inspirou a música “A Morte do Vaqueiro”, cantada pelo ilustre primo de Jacó.  Estiveram presentes os secretários Hercílio Mamede (Casa Militar), Lucinha Mota (Justiça e Direitos Humanos), os prefeitos Aleudo Benedito (Serrita), Raimundo Pimentel (Araripina); o vice-prefeito de Salgueiro, Adilton Carvalho; os deputados estaduais Socorro Pimentel e Aglailson Victor; o federal Pedro Campos; além do assessor especial Guilherme Coelho e de lideranças de toda região.

https://jc.ne10.uol.com.br/colunas/jamildo/2023/07/15552777-fundadores-da-missa-do-vaqueiro-acusam-prefeitura-de-serrita-e-diocese-de-roubarem-evento.html

--------------------------------------------

Dom José Vicente,  bispo de Salgueiro- PE desrespeitou os vaqueiros e o povo.

Um ABSURDO

Nota de Repúdio. 

Um domingo triste na Missa do Vaqueiro em Serrita, Pernambuco.  O bispo de Salgueiro, Dom José Vicente,  que tomou posse recentemente,   desrespeitou os vaqueiros e todos as pessoas que foram pra Missa. Um absurdo total.

 Ontem não houve missa do Vaqueiro e, sim, uma celebração apressada sem as belas e tradicionais músicas da missa. Cantos que expressam a fé , a vida e o sofrimento do sertanejo, composição magistral de Janduhy Finizola gravada pelo Quinteto Violado. 

Uma celebração fria, sem a emoção dos anos anteriores. O bispo, sem nenhuma sensibilidade pastoral muito menos dignidade e respeito ao povo, alegou que tinha outros compromissos agendados.  Como assim? Como  ignorar o maior evento religioso e turístico da  região? Os músicos e os presentes ficaram perplexos , o coral de aboiadores sequer cantou. Luiz Gonzaga e o padre João Cancio devem ter se revirado no túmulo.  

A missa perdeu seu brilho.  Porque não houve nenhum protesto dos presentes nem dos músicos pelo profundo desrespeito e descaracterização da missa? Um silêncio e omissão cúmplice!  Esse Dom José Vicente quer acabar com a Missa do Vaqueiro. Ele com certeza não entende o Jesus sertanejo,  "tão sertanejo que entende até de precisão ", como diz a letra do canto inicial da missa.

Publicado no grupo Fé e Religião por Emerson Sbardelotti

https://www.youtube.com/watch?v=gbCuyQ1YnYo



https://www.youtube.com/watch?v=2kvWHKsBRWs


https://www.youtube.com/watch?v=GGFwKsSbhyU


https://www.youtube.com/watch?v=o5-Fw6Uidgw


https://www.youtube.com/watch?v=za4olZcRB-M


LITERATURA

Vandeck Santiago: “A missa do Vaqueiro se insere no contexto de luta do nordestino"

Jornalista lança seu quinto livro, que conta a história do criador da Missa do Vaqueiro de Serrita

CUNHA, MICHELLE BORGES CAVALCANTE. TURISMO RELIGIOSO NO SERTÃO DE PERNAMBUCO: O SAGRADO E O PROFANO NA MISSA DO VAQUEIRO DE SERRITA/PE. 2019. 119 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico ou Profissional em 2019) - Universidade Estadual do Ceará, , 2019. Disponível em:  Acesso em: 24 de julho de 2023

domingo, 23 de julho de 2023

Depois do 15º Intereclesial o balanço e formação e/ou fortalecimento de redes de base comunitária..

 E não nos esqueçamos, rede boa nesta perspectiva  é aquela em que mais gente comprometida pode se balançar...

No que se refere ao balanço que já estamos fazendo desde o primeiro dia, também acompanhado  de registro, divulgação e formação, manteremos esta postagem aberta durante alguns dias, por isso ela será atualizada como novos conteúdos...

Quanto a cobertura do 15º Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base, ou Intereclesial, por parte da mídia em geral, observamos o destaque que o mesmo teve no principal veículo de informação/divulgação do pensamento e das atividades do Vaticano.

Isso contrasta com a cobertura que aparece no site da CNBB e na mídia católica brasileira.

A mídia progressista laica também não deu muita bola, embora estes veículos abram espaço vez em quando para pesquisadores, ativistas ou parlamentares que defendem a necessidade da volta do  trabalho de base. Mas como fazer isso, virando as costas para o mais importante evento que reúne pessoas que fazem isso mais ou menos diuturnamente? Embora com menos intensidade do que foi feito nos anos 1970 e 1980.

Já escrevi e publiquei neste blog texto a esse respeito. Falar em necessidade de trabalho de base é fácil, mas fazer.....)

E para a comunicação de CEBs, como igreja em saída:  Grande encontro nacional de educadores e/ou comunicadores  populares e agentes culturais, ligados ou que tiveram ligações com CEBs, CEBI, PJs, CPT, CIMI e outras pastorais e movimentos, incluindo alguns laicos.

E a pergunta continua.... O 15º intereclesial se encerrou neste 22 de julho de 2023 (sábado). Como prosseguir alimentando a mística do evangelho encarnado na realidade e tão presente, a despeito das  inúmeras barreiras e obstáculos,   durante os cinco dias do encontro na cidade de Rondonopólis (MT) de forma intensa e concentrada? 

A proposta acima é um das possibilidade dentre várias... Quem escrever a respeito e quiser enviar para publicação pode utilizar além do email da ong ação cultural disponível aqui no blog, o meu email pessoal.

zezitodeoliveira@gmail.com.br

Abaixo transcrição de reportagem publicada no site Vatican News

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2023-07/carta-bispos-cebs-cnbb-rondonopolis-mato-grosso-2023.html

Bispos presentes em encontro das CEBs enviam carta à CNBB

A carta é assinada pelos 48 bispos presentes no 15º Intereclesial das CEBs que termina neste sábado (22), em Rondonópolis (MT). Confira a íntegra da mensagem:

Aos irmãos Bispos do Brasil.

“Sim! Vou criar um novo céu e uma nova terra!” (Is 65,17).

Nós, 48 bispos participantes do 15º Intereclesial das CEBs, em Rondonópolis (MT), no período de 18 a 22 de julho de 2023, com o coração cheio de contentamento, partilhamos com todos vocês, amados irmãos, que não puderam estar aqui e nos acompanharam com suas orações, o que vimos e vivenciamos juntamente com cristãos leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos e presbíteros, representantes de milhares de comunidades eclesiais de base que há no Brasil, pessoas de, praticamente, todas as Igrejas particulares.

Seguindo a metodologia ver, julgar e agir, o encontro aprofundou o tema: CEBs – Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas, e o lema: “Sim! Vou criar um novo céu e uma nova terra!” (Is 65,17).

Desde 1975, cristãos leigos e leigas membros de comunidades eclesiais de base, acompanhados de religiosos(as), diáconos, padres e bispos, encontram-se para aprofundar a fé, em meio às realidades em que vivem, à luz da Palavra de Deus, que lhes concede a força para serem testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo na família, na Igreja e na sociedade.

Esta caminhada de tantos anos expressa adesão ao que nos pedem os documentos do Concílio Vaticano II, das Conferências de Medellin, Puebla, Santo Domingo, Aparecida e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A Conferência de Aparecida reconheceu um florescimento das comunidades eclesiais de base (CEBs) no Brasil e em outros países da América Latina e do Caribe, tendo como fonte de sua espiritualidade a Palavra de Deus e, como guia que assegura a comunhão eclesial, a orientação de seus pastores.

As comunidades procuram vivenciar o seguimento a Jesus, o enviado do Pai, demonstrando “seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e afastados, tornando-se expressão visível da opção preferencial pelos pobres. O Documento de Aparecida ainda destaca que “as CEBs são fonte e semente de vários serviços e ministérios a favor da vida na sociedade e na Igreja. Mantendo-se em comunhão com seu Bispo e inserindo-se no projeto pastoral diocesano, as CEBs se convertem em um sinal de vitalidade na Igreja particular. Atuando, dessa forma, juntamente com os grupos paroquiais, associações e movimentos eclesiais, podem contribuir para revitalizar as paróquias fazendo comunidade de comunidades” (DAp, 179).

Nesses dias, em espírito de escuta, caminho sinodal e abertura ecumênica, acompanhamos, de perto, importantes partilhas e reflexões feitas por irmãos e irmãs de todas as regiões do Brasil. Valorizamos o testemunho de lideranças que, com fé e alegria, dedicam-se ao trabalho de evangelização, que tem como bases fundamentais a centralidade da pessoa de Jesus Cristo -   o Verbo Encarnado e missionário do Pai,  que se identifica com os pobres, com quem sofre e com todos os que vivem nas periferias -, a centralidade da Palavra e do Corpo do Senhor. As comunidades, alicerçadas nesses pilares da fé, tendo a missão como eixo fundamental que as dinamiza, celebram a vida, a ministerialidade, fazem a ligação entre fé e vida e reforçam a opção preferencial pelos pobres, revelando, por meio de ações concretas e em espírito sinodal, o amor de Deus aos irmãos e irmãs nas realidades sociais, eclesiais e culturais.

Ao lado de tantas experiências que nos encantam, percebemos também que há um certo cansaço em algumas lideranças das comunidades, talvez em razão de enfrentarem muitas dificuldades referentes ao processo evangelizador. Essas dificuldades trazem reflexos das várias eclesiologias e dos vários ambientes de nossa sociedade, quase sempre marcada pela urbanização desmedida, polarização política, pelo aumento da desigualdade, do individualismo, do preconceito e do consumismo, ocasionando assim a destruição da vida no planeta e desconsiderando a ecologia integral, como alerta o Papa Francisco.

Neste intereclesial, outros gritos se fizeram ouvir, indicando os grandes desafios presentes nas realidades urbanas, especialmente, nas periferias geográficas e sociais. Entre eles, o clamor pelo fim de todas as formas de violência contra as mulheres. Outro forte grito brota dos jovens que buscam sentido humano e cristão para sua vida e pedem maior abertura para uma presença mais significativa na vida das comunidades, visando aprimorar e assumir o sentido de pertença eclesial.

Os participantes desejam uma maior atenção à formação dos cristãos leigos e leigas, com o intuito de contribuir para que as comunidades sejam, de fato, missionárias, vivenciadoras da dinâmica sinodal e portadoras da Boa Nova, semente de um novo céu e uma nova terra (Cf. Ap 21,1). Desse modo,  estão colaborando para que a sociedade seja justa, solidária, fraterna e ecologicamente sustentável. Ainda, várias vozes se levantaram para dizer da necessidade de as comunidades serem confirmadas na caminhada evangelizadora por parte de todos nós bispos e não experimentem um sentimento de “orfandade”.

O Espírito Santo nos ilumine a fim de que, em nossas Igrejas particulares, ajudemos as CEBs em seu florescimento a vivenciarem, com muito ardor, a comunhão que é missionária e a missão que é para a comunhão (Cf. CFL, 32). Maria, a Mãe Aparecida, missionária incansável, interceda por todos os que fazem parte dessa caminhada.

Sua contribuição para uma grande missão: ajude-nos a levar a palavra do Papa a todos os lares

𝐌𝐄𝐍𝐒𝐀𝐆𝐄𝐌 À𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐔𝐍𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄𝐒

𝘊𝘌𝘉𝘴: 𝘐𝘨𝘳𝘦𝘫𝘢 𝘦𝘮 𝘴𝘢í𝘥𝘢, 𝘯𝘢 𝘣𝘶𝘴𝘤𝘢 𝘥𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘱𝘭𝘦𝘯𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴! 

“𝘝𝘦𝘫𝘢𝘮! 𝘌𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘳 𝘕𝘰𝘷𝘰 𝘊é𝘶 𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘕𝘰𝘷𝘢 𝘛𝘦𝘳𝘳𝘢” (𝘐𝘴 65,17𝘴𝘴)

Queridas irmãs e irmãos da caminhada, reunidos/as em Rondonópolis, Mato Grosso para a celebração do 15º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, nós, os mil e quinhentos participantes, tivemos a sensação exata de que éramos representantes de um coletivo muito maior, formado pelas milhares CEBs espalhadas por todo o país. Desta forma, você estava presente também, apesar da distância.

A alegria foi a grande marca do encontro, pois, nos olhávamos como verdadeiros e verdadeiras sobreviventes da pandemia e dos seis anos de desgoverno que nos afligiu. Guiamo-nos pelo método ver-julgar-agir, de 18 a 22 de julho, e de modo fiel aos gritos e desafios de todas e todos vocês, fizemos uma maravilhosa ciranda inclusiva.

O rosto das CEBs neste 15º Intereclesial revelou a identidade das comunidades com seus mais variados membros: cristãos leigos e leigas, pessoas LGBTQIAP+, diáconos e padres, religiosos e religiosas, bispos católicos e representantes de outras Igrejas, irmãs de caminhada. A força da juventude e das irmãs e irmãos pretos e indígenas, nos fizeram sentir o calor do testemunho, da resistência e da resiliência. Um rosto latino-americano, com expressões de todas as regiões do Brasil e de outros países.

Vimos que a desigualdade social é fruto de um sistema capitalista neoliberal, político e financeiro, de natureza excludente e concentrador de renda. Em decorrência dele, constatamos uma triste realidade, como: a imensa fila de desempregados e desempregadas, de trabalhadores e trabalhadoras informais, muitos/as em trabalhos análogos à escravidão; a fome, a educação e a saúde sucateadas, a falta de saneamento básico, o desmatamento e incêndios criminosos afetando os diversos biomas, a poluição das águas, do ar e da terra, destruindo a vida do planeta e das pessoas, o uso desregulado de agrotóxicos, o avanço do agronegócio e da mineração, o tráfico de entorpecentes e de pessoas, a questão urbana dominada pela violência, a presença de forças paramilitares, o armamento insano, o racismo estrutural e o alto índice de violência contra as mulheres e de feminicídios, o sistema carcerário injusto clamando pelo desencarceramento, a migração forçada e o sofrimento  dos migrantes e refugiados, a criminalização dos movimentos  sociais;  o acesso seletivo dos meios tecnológicos, os constantes ataques aos direitos já conquistados por meio de leis que passam pelo Congresso Nacional, a exemplo de Projetos de Lei sem discussão ampla com a sociedade,  a Reforma da CLT e da Previdência, e o marco temporal.

Olhando para o interno da Igreja, por um lado, as CEBs se ressentem pela falta de apoio de parte significativa do clero e, por outro, sentem-se fortalecidas pelo carinho e atenção do Papa Francisco, com suas atitudes e documentos, e por um grupo de bispos, padres, religiosas e religiosos que caminham juntos, na trilha da Igreja Povo de Deus. Constatamos ainda, que há nas CEBs, grande esperança no processo sinodal em curso, fomentando um imenso sonho de comunhão e participação em todos os âmbitos eclesiais, por uma Igreja toda ministerial, superando o clericalismo.

À luz do horizonte de um novo céu e nova terra, que a Palavra de Deus nos traz, discernimos às margens do rio da esperança, por meio dos mitos geradores de vida nova e do rito que faz a utopia ganhar sonoridade aos ouvidos dos sonhadores e sonhadoras da caminhada. Novo céu e nova terra são horizontes dos sonhos, mas também se constituem no princípio articulador das mais diversas utopias que apontam para a grande utopia do Reino, realizado em Jesus e antecipado na vida das CEBs. 

As CEBs, qual mulher grávida, continuam gerando o novo, recriando os caminhos de libertação, sob o impulso do verbo sair, que funciona como um fio condutor de toda a nossa existência. De Gênesis a Apocalipses, a caminhada do povo de Deus se deu sob a inspiração da Divina Ruah, fomentando um permanente sair. Do ventre da mulher ao ventre da pachamama, saímos sempre em busca da vida plena.

O AGIR nos enviou para cuidar. Cuidar para não perdermos o entusiasmo, para não banalizarmos a missão, para que as CEBs sempre tenham o coração ardendo pela Palavra e os pés firmes na caminhada do povo periférico. Cuidar dos grupos bíblicos de reflexão como sementes de novas comunidades. Cuidar da memória martirial e profética, das estruturas de comunhão e participação, do protagonismo das mulheres e das juventudes, da vida plena dos povos originários, da aliança e parceria com os movimentos populares, da força da sinodalidade que está na comunidade e dos processos de formação permanente. E em tudo, valorizar a força dos pobres nas iniciativas comunitárias e não deixar que nos roubem as comunidades!

E assim, com a esperança do verbo esperançar, dispostos e dispostas a seguir nossa caminhada como CEBs - Igreja em saída para as periferias, partimos de Rondonópolis, certos de que, Jesus de Nazaré, a multidão de testemunhas, e os Mártires da Caminhada,  seguirão  animando e conduzindo  as  CEBs para as Galileias periféricas das terras mato-grossenses ao Estado do Espírito Santo, onde seremos acolhidos por nossa Senhora da Penha.

Rondonópolis, 22 de julho de 2023.

15º Intereclesial das CEBs


De 18 a 22 de julho, a Pastoral da Juventude esteve presente no 15° Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) em Rondonópolis /MT, rezando em unidade o pedido do Papa Francisco para sermos cada vez mais Igreja em Saída.Com o tema “CEBs, Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas” e o lema “Vejam! Vou criar novo céu e uma nova terra” (Is 65, 17), representantes de todos os regionais do Brasil participaram de celebrações, plenárias, discussões e momentos de espiritualidade. O encontro reforçou a relevância das CEBs como referência para uma igreja sinodal e em saída, enfrentando os desafios sociais, políticos e ambientais que afetam as comunidades.Na manhã de sábado (22), após dias de escuta e reflexão sobre a participação juvenil nas comunidades, a Pastoral da Juventude deixou sua marca ao enviar uma carta repleta considerações sobre o protagonismo jovem na sociedade e na Igreja, especialmente nas Comunidades Eclesiais de Base. A carta ressaltou a importância de ouvir e acolher as vozes jovens, reconhecendo a riqueza de suas experiências e a força de sua atuação pastoral, e ainda trouxe um apelo para que as CEBs assumam com a PJ o compromisso de de criar e fortalecer grupos de jovens que sejam cada vez mais espaços de felicidade, amizade e de educação para a vida comunitária, a espiritualidade libertadora e o amor.

CONFIRA A CARTA DA PJ PARA O INTERECLESIAL CLICANDO AQUI

E SEGUE O MOVIMENTO......

https://www.youtube.com/watch?v=mRbV6aodjiQ



PM invade igreja católica após padre criticar violência da corporação no ES

LEIA TAMBÉM

5º e último dia do Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base - Fortalecer verdadeiramente as CEBs é sinal de um real comunhão da CNBB com o Papa Francisco...



quarta-feira, 19 de julho de 2023

2º dia do Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) - Papa Francisco envia mensagem e motiva o 15º Intereclesial das CEBs.

 terça-feira, 18 de julho de 2023

Hoje inicia o 15° Intereclesial da CEBs - PALAVRAS DE PEDRO CASALDÁLIGA


Reportagem abaixo acrescida em 24 de julho de 2023

IGREJA EM SAÍDA
Intereclesial de CEBs chama à 
compreensão da dimensão sociopolítica da espiritualidade
Representantes retornam aos territórios levando na bagagem esperanças e desafios, próximo encontro será  no ES
Leia AQUI
Reportagem abaixo acrescida em 24 de julho de 2023 (tarde) 


sábado, 22 de julho de 2023

5º e último dia do Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base - Fortalecer verdadeiramente as CEBs é sinal de um real comunhão da CNBB com o Papa Francisco...

15° INTERECLESIAL DAS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE 

Neste dia 22/07 (sábado), as 15h, direto de Rondonópolis  transmitiremos a Celebração de Encerramento do 15° Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base e a Benção de Envio para os(as) participantes que retornarão para os seus regionais. 

Acontecerá no Centro de Eventos da Paróquia Santa Terezinha (CEST).

Acompanhe pelas redes sociais das CEBs do Brasil e da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga. youtube

Felizes os convidados para este momento de reavivamento das CEBs e para os que virão. Tantos os que estão em Rondonopólis, como os que estão vibrando em sintonia fina com o 15º. "Se é pra ir pra luta eu vou, se é pra tá presente eu tou, pois na vida da gente o que vale é o amor". E agora,  o próximo retorna ao lugar onde nasceu os intereclesiais, o Espirito Santo... 

Isso porque não há melhor maneira de construir uma igreja em saída, presente nas periferias geográficas e existenciais, samaritana e portadora de uma genuína alegria do evangelho...

 O que requer dos bispos no Brasil uma profunda reflexão e mudança no modelo de formação do clero e do laicato..

Afinal, se é pelos frutos que conhecemos as árvores, como se surpreender com o afastamento e/ou esfriamento de milhares de católicos, em decorrência de um séquito formado por padres limitados intelectualmente, insensíveis a realidade de exclusão e exploração dos pobres, omissos quanto as causas estruturais da nossa violência endêmica, vaidosos, preocupado com belas vestes litúrgica e belos trajes civis, quando fora do altar, bajuladores dos poderosos, carreirista dentro do clero, colocando o poder hierárquico acima do poder serviço. Enfim, a que ficou reduzido o ser católico no Brasil,  diz muito que este caminho trilhado pela igreja no Brasil e em outros lugares do mundo precisa ser revisto. E quem diz também é o Papa Francisco....















Mensagem do Padre Luis Mosconi ao 15º Intereclesial
Queridas e queridos missionários das SMP
Participando do 15º Intereclesial CEBs: PAZ e BEM.
Sim, sou eu, Luís Mosconi, escrevendo direto da minha diocese de origem (Itália). Que alegria saber vocês participando do Intereclesial. Vocês sabem muito bem, as SMP (Organização das Santas Missões Populares) nasceram no jardim das CEBs, como diz o canto do Pureza. 
De fato, foi com um grupinho de lideranças das CEBs, durante um curso de formação das CEBs no IPAR (Instituto de Pastoral Regional) em Belém, que começamos tocar no assunto de um novo jeito de SMP.  Foi em novembro de 1989. Que linda caminhada de lá para cá. Inesquecível! Obrigado Senhor. 
Desejo de todo coração uma ótima participação aí, partilhando, sonhando, acreditando, caminhando sempre, sofrendo, pulando de alegria... Antes de viajar à Itália, começo de junho passado, com alguns da equipe ligada à secretaria nacional das SMP, escrevemos com a vida um sonho bonito: como compromisso do Sínodo chegando em sua fase final, preparar, formar, organizar, enviar UM MILHÃO DE MISSIONARIOS LEIGOS/AS, mexendo em todas as dioceses da América Latina. 
Não seria uma iniciativa das SMP, mas da direção do CELAM (Conselho Episcopal da América Latina e Caribe) nós das SMP daríamos toda a nossa simples colaboração, sobretudo no processo formativo, envolvendo toda a Igreja da América Latina. 
Seria uma maneira bem concreta de traduzir o Sínodo em um projeto concreto, bonito, viável, urgente. Que tal? 
Aqui estou eu, longe nos quilômetros, perto com coração missionário ardendo. 
Obrigado por todo o bem que recebi nessa bela caminhada das SMP. Lembranças a todos os missionários/as presentes aí.  
Grande abraço
Pe. Luís Mosconi

𝟏𝟓° 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐄𝐂𝐋𝐄𝐒𝐈𝐀𝐋 𝐃𝐀𝐒 𝐂𝐎𝐌𝐔𝐍𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄𝐒 𝐄𝐂𝐋𝐄𝐒𝐈𝐀𝐈𝐒 𝐃𝐄 𝐁𝐀𝐒𝐄
Pastorais da Juventude (PJ, PJMP e PJR) presentes no 15º Intereclesial das CEBs, em Rondonópolis-MT.
As juventudes como presente e futuro das bases da Igreja do Brasil se fazem presentes em todos os lugares e se importam com o chão em que caminham.
Nada se faz sem as juventudes e nada se decide sem sua participação.
Tudo com as juventudes, nada sem elas!!!  



Publicado em julho-agosto de 2023 - ano 64 - número 352 - pp.: 4-13

15º Intereclesial das comunidades eclesiais de base
Por Marilza José Lopes Schuina*
 
As comunidades eclesiais de base – CEBs – são a expressão mais concreta de uma Igreja sinodal e em saída para as periferias, como nos pede, insistentemente, o papa Francisco. No contexto do Sínodo sobre a sinodalidade da Igreja, conhecer de perto a riqueza e a criatividade da caminhada das CEBs pode fecundar nosso processo de conversão sinodal. Neste artigo, antes de apresentar o 15º Encontro Intereclesial das CEBs, grande objetivo deste texto, desenvolvo breve reflexão sobre as origens, as características e a preciosidade da caminhada das CEBs, bem como sobre a fecundidade singular dos encontros intereclesiais.


Perguntas desconfortáveis ao novo guardião da fé católica. Entrevista com Dom Víctor Manuel 
   

Agradeço a atenção de dom Víctor Manuel Fernández (e seu recente bispo auxiliar dom González que ajudou a marcar a entrevista) para responder a perguntas incômodas que certamente excedem a possibilidade de ter soluções “mágicas”, nem mesmo para um ou vários papados. Mas vejo que o novo cardeal pratica aquela máxima do Papa Francisco: “o tempo é mais importante que o espaço” e como são importantes os processos, porque essas mudanças evangélicas são profundas, mesmo que demorem anos.

A entrevista é de Guilherme Jesus Kowalski, publicada por Religión Digital, 14-07-2023.




sexta-feira, 21 de julho de 2023

4º Dia do Encontro Nacional de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), 15º Intereclesial em Rondonopólis - MT

Na publicação de ontem sobre o terceiro dia do Encontro Nacional de Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), tratamos sobre a reverberação ou repercussão deste na grande e na "pequena" imprensa, onde estamos incluídos. Lembrando o quanto mais precisa ser feito, penso no formato podcast, como o que está sendo produzido pela equipe de comunicação do 15° e que na minha opinião não deve ser descontinuado. Considero um formato interessante, inclusive intercalado por canções e falas curtas, trazendo um clima de estação de rádio. Pode ser também como programa  de uma rádio web das Cebs, mas aberta a outras pastorais e movimentos, inclusive laicos, talvez não seja tão caro. Pode incluir na programação a reprodução de programas produzidos por outras rádios católicas, mas alinhados com uma proposta de evangelização e educação libertadora, nem sei se  ainda temos isso na mídia católica existente, ou o contrário, programas produzidos pela rádio web que também podem ser veiculados por rádios comunitárias, radios católicas e etc..Uma proposta  que pode ser adotada pela igreja da Amazônia, como uma ação da Repam, mas aberta para outras regiões. Talvez uma rádio web com programas de todas as regiões, também incluindo um espaço de difusão da nossa diversidade cultural e para boas conversas sobre a nossa realidade sociopolitica, biblica e pastoral. Na verdade, para pensar acerca de como viabilizar propostas como estas, já passou do tempo de um grande encontro nacional de educadores e/ou comunicadores  populares e agentes culturais, ligados ou que tiveram ligações com CEBs, CEBI, PJs, CPT, CIMI e outras pastorais e movimentos, incluindo alguns laicos.

Não ha tempo a perder... Porque o neofascismo cristão não dará trégua e as ameaças a paz e a democracia em nosso país continuarão a ser alimentadas pelos meios de comunicação confessionais, uns por omissão e outros por causa da linha editorial.. 

Zezito de Oliveira

https://www.youtube.com/watch?v=oHa8en1QlhY


quinta-feira, 20 de julho de 2023

3º dia do Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Cobertura colaborativa do blog da Ação Cultural



Zé Vicente em foto de Rogério Andrade

Dom Vital: a importância do XVº Intereclesial das CEBs

O encontro está se realizando em Rondonóplis, Mato Grosso com o tema: CEBs, Igreja em saída na busca da vida plena para todos e o seu lema: “Vejam eu vou criar novo céu e uma nova terra” (Is 65,17ss).

Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

Muitas lideranças das Dioceses e Prelazias da Igreja no Brasil e de outros lugares do Continente participam deste encontro muito importante na vida da Igreja do Senhor Jesus Cristo. É importante estar em comunhão com todas as pessoas participantes e com toda a equipe organizadora das CEBs, da Diocese de Rondonópolis, MT, para que tudo se realize conforme a vontade de Deus Uno e Trino. O Texto-Base segue a metodologia do ver, julgar e agir.

Ver: A realidade que interpela

O tema à vida plena é uma referência à escatologia, às realidades últimas, junto de Deus, porque Ele é a vida plena. No entanto em Jesus está a visão da vida plena, como Mestre, como enviando do Pai porque nela está a vida eterna, como Pedro disse que Ele tinha palavras de vida eterna (Jo 6,68), mas também pelos milagres que Ele realizava junto aos pobres, aos doentes. A missão da Igreja é o seguimento a Jesus Cristo, ajudando pelo restabelecimento da dignidade humana em todas as pessoas[1].

Vida digna

O Texto-Base fala da vida digna na qual a Igreja, como CEBs compromete-se com todas as pessoas. Na sociedade atual a vida digna refere-se num mundo livre das formas de violência, exploração, exclusão e discriminação[2]. A vida digna é também a integração das dimensões da existência consigo mesmo, com os outros, com o meio ambiente e com Deus.

A renda e a desigualdade social

A vida digna possui uma referência fundamental com a distribuição de renda e a desigualdade social. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, em relação à distribuição de renda. A distribuição de rendimentos na população coloca uma grande maioria do povo brasileiro que recebe pouco da renda nacional, enquanto uma pequena parcela da população recebe uma renda maior. Um por cento da população mais rica recebe vinte oito vírgula três por cento enquanto quarenta por cento do povo brasileiro recebe dez, vírgula quatro por cento[3].

A vida digna tem referência também em relação ao mundo do trabalho, pois ainda que a taxa de desemprego diminua com o esforço do governo e da sociedade civil, fazendo a pessoa ter uma moradia nova pelo esforço do trabalho, uma grande parcela do povo não tem moradia digna[4].

A violência no País

O Texto-Base coloca o Brasil como um pais muito violento, com mais de cinqüenta mil mortes por ano, na grande maioria, mortas, com uso de seus autores por armas de fogo[5]. São percebidos homicídios, feminicídios, disputas por controle territorial do comercio de drogas, ações de extermínio, balas perdidas, casos de violência das polícias, contra a diversidade de pessoas do gênero, povos indígenas e assassinatos no campo[6]. Estes e outros dados chamam a atenção de toda a população brasileira para a realização de obras em favor da vida digna, como o Senhor quer de todos os seus seguidores e seguidoras.

Políticas Públicas

As políticas públicas ajudam as pessoas a terem uma vida digna diante das desigualdades políticas, sociais, econômicas das pessoas. Há o reconhecimento nos governos pelas políticas públicas, para melhorar a qualidade de vida de modo que todos façam o esforço para superar as desigualdades sociais. O Texto-Base não deixa também de mencionar a crise política, corrupções dos governos, os desmontes das políticas públicas, as falsas noticias[7], pois estes fatores não ajudam a ter uma vida digna conforme o plano do Senhor em relação às pessoas.

As políticas públicas referem também a superação da crise ambiental na qual o pais enfrenta sérios problemas, como o consumo de energia, a construção de grandes usinas hidrelétricas que se de um lado trouxeram desenvolvimentos, por outro lado tem presentes os impactos com a natureza e a vida dos povos indígenas. Os desmatamentos na Amazônia, os garimpos ilegais preocupam a sociedade, a Igreja e o mundo[8].

A crise sanitária está ligada também pelo novo Coronavírus que encontrou um pais despreparado para uma emergência sanitária desta envergadura[9]. A pandemia mostrou a desigualdade entre estudantes pobres e aqueles com melhores condições de vida, pois se alguns tiveram acesso rápido pela internet, milhares de estudantes tiveram um atendimento precário pela internet em vista dos estudos[10]. É preciso lutar por uma vida digna, na superação do racismo e do machismo na sociedade para assim todos viverem na paz e no amor.

Uma nova visão das coisas

É possível uma nova visão das coisas através da solidariedade com os pobres, como teve na pandemia, manifestados pelas instituições como a CNBB: Conferência Nacional dos Bispos no Brasil, os seus posicionamentos públicos, a economia de Francisco e Clara pelo Papa Francisco, o Pacto educativo global, o cuidado com a casa comum e os projetos de ajuda aos mais necessitados pelas comunidades, paróquias e dioceses[11]

Julgar: Horizontes da Esperança, um novo céu e uma nova terra

O tema e o lema têm proveniência do profeta Isaias em referência aos novos céus e à nova terra que une sonhos, utopias e uma realidade que não mata a esperança com o Senhor Deus para a realidade humana unindo dois rios da utopia, que é o tempo para amanhã com o rio do rito, que é dado no hoje[12]. O Senhor diz: “Vejam! eu vou criar um novo céu e uma nova terra” (Is 65, 13). O profeta colocou também uma realidade marcada pela ausência de anseios que se deseja viver, portanto uma realidade dura, sofrida, mas que haverá uma utopia que a alimenta em vista de uma transformação da graça de Deus diante da realidade de sofrimentos[13]. A esperança é dada também pela glória de Deus que a ilumina, e sua lâmpada, sendo, Jesus, o Cordeiro (Ap 21,23). Um novo céu e uma nova terra serão criados onde não mais existirão opressão, exploração, injustiça, perseguição, mas sim a paz e o amor[14].

Uma nova tenda

Será Deus a colocar sua tenda, sua morada na humanidade. Nesta nova cidade circularão em igualdade e reciprocidade, desaparecendo as desigualdades, e onde haverá a nova comunidade universal, a nova sociedade, a nova humanidade atuando com o projeto histórico de Deus no novo céu e na nova terra[15].

Jesus de Nazaré, fermento na massa

Jesus de Nazaré é a palavra de Deus que se fez carne (Jo 1,14). Ele é o fermento na massa que torna presente na história a utopia do profeta pós-exílico e antecipa a profecia de João. Ele é o cumpridor das Escrituras (Lc 4,21), proclama bem-aventurados os pobres, sendo o Cordeiro imolado para a salvação humana. Ele morre na cruz, mas ressurge enviando os seus discípulos ao mundo, garantindo também a presença do Espírito Santo (Mt 28,19: At 1,8). O Ressuscitado envia os seus discípulos dando continuidade à sua missão[16].

Tempo Novo

Jesus inaugurou o tempo novo, ao dizer na sinagoga que aquela passagem da Escritura se cumpriu (Lc 4,21), pois com Ele começou a vida nova, e esta se realiza no cotidiano da história até sua plenitude no Reino[17]. A partir de Pentecostes, o movimento de Jesus, com os seus discípulos, discípulas espalhou-se rapidamente por outros lugares, nações, sendo no início visto como um movimento de contestação no interior do judaísmo, mas as comunidades foram se formando centradas nas casas onde essas eram animadas, pela presença do Ressuscitado, o Espírito Santo, tendo em frente os missionários, missionárias[18], os quais participavam do Templo e celebravam nas casas, mas aos poucos foram criando uma liturgia própria, centralizada na nova visão da Páscoa[19]. Os seguidores de Jesus foram vivendo a sua fé na presença do Cristo Ressuscitado, com a iluminação do Espírito Santo e a mão do Pai, foram constituindo a Igreja do Senhor e pela primeira vez em Antioquia, os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos (At 11,26), onde eles souberam ler os sinais dos tempos e dar uma resposta adequada às interpelações na Igreja e no mundo[20]. Com a presença de Paulo, evangelizar é criar e manter comunidades, porque ele se tornou o apóstolo dos gentios, dos pagãos que evangelizava nas suas viagens missionárias e formava comunidades[21]. A criação das Igrejas domésticas possibilitou maior influência e participação das mulheres na vida das comunidades, aparecendo como elos vivos na rede formada pelas casas e igrejas domésticas[22].

Igreja doméstica

Na atualidade Igreja doméstica é a vivência da fé cristã de forma normal, corresponsavel, no dinamismo da vida dos convertidos e convertidas ao Reino de Deus[23]. É o cultivo diário da vida nova, no amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. A Igreja doméstica necessita de conversão, superando a violência, sobretudo em relação à mulher, às pessoas idosas, para que seja evangelizada e tenha a formação pelas Comunidades eclesiais de base, alimentada também pela oração e os círculos bíblicos[24].

Sinodalidade e casa comum

As CEBs são convidadas a fazer junto com todo o povo de Deus um caminho de sinodalidade, caminhar juntos, A sinodalidade expressa comunhão e participação em uma Igreja em saída para as periferias ao encontro com Deus[25], como muito bem expressa o Papa Francisco para toda a Igreja. O Papa Francisco solicita também de todo povo e dos fieis cristãos, católicos e católicas o cuidado com a casa comum, casa de todas as pessoas como o Criador criou para todo o mundo. As CEBs tenham práticas de cuidado com a Casa Comum, ponto central do sínodo da Amazônia, pautada por uma vida sustentável na defesa dos biomas, no respeito dos povos do campo, das cidades e das florestas[26].

O bem viver, a alegria do evangelho, a força missionária, a fraternidade e amizade social nas CEBs

A proposta do bem viver é uma prática dos povos indígenas, que visa viver em comunidade, em harmonia com as pessoas, compartilhando e trabalhando em vista do Reino de Deus[27]. As CEBs, vivendo sob a luz de Cristo e iluminadas pela Palavra de Deus, celebram a sua presença na comunidade e na liturgia[28] o bem viver com todas as pessoas, sobretudo com os mais necessitados. A Encíclica do Papa Francisco Evangelii Gaudium, a alegria do evangelho dá uma confiança que as CEBs são obra de Deus e no seguimento de Jesus faz uma entrega generosa mantendo serenidade na presença do Ressuscitado[29]. Pela força da Palavra de Deus, as CEBs são verdadeiras comunidades de discípulos e discípulas missionários[30] levando a Palavra de Jesus para todas as pessoas, sobretudo os pobres e os necessitados. O Papa Francisco propõe para todas as pessoas a fraternidade e a amizade social como forma de vida a partir do Evangelho do Senhor. O mundo globalizado torna as pessoas mais próximas, mas isso não significa que as faz irmãos e irmãs. Enquanto uma parte da humanidade vive na opulência, outra grande parte tem os seus direitos desprezados, violados (FT 22). O projeto das CEBs é o da fraternidade superando o isolamento e reforçando a proximidade, a cultura do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs[31]

O agir das Comunidades Eclesiais de Base

Em comunhão com o Senhor, com o Papa Francisco, as CEBs buscam uma contribuição para a construção sinodal da Igreja católica. O objetivo é reacender o novo jeito de ser Igreja em comunhão com o sínodo da Amazônia. O mundo novo, proposta pela Palavra de Deus é um estímulo a lutar contra a morte prematura e fazer a vida ser vivida em plenitude. É uma Aliança feita com Deus e com a humanidade. Tudo isso é apresentado como a criação de um novo céu e uma nova terra (Is 65,17; Ap 21,1)[32].

O agir das CEBs nasce pela compreensão do messianismo de Jesus e é no compromisso pelo seguimento com o seu projeto de paz e de amor[33]. A Igreja é chamada a ir em busca das pessoas, construindo uma Igreja com rosto Amazônico, ameríndio, na centralidade da vida, no cuidado com a Casa Comum, na luta pelas políticas públicas, sendo uma Igreja missionária, servidora, ministerial. Toda a Igreja é chamada a fazer o caminho na sinodalidade, pela diversidade de vocações e ministérios, na edificação do Corpo de Cristo (LG 32)[34]. Os cristãos leigos e leigas nas CEBs desempenham um papel ativo na construção da Igreja de Cristo e no exercício de sua missão[35]. Todos são responsáveis pela vida e pela missão de anunciar o evangelho de Cristo às pessoas, sobretudo aos necessitados. É preciso colocar-se sempre no caminho de Jesus e da Igreja para viver a fé, a esperança e a caridade neste mundo e um dia na eternidade. Tudo ocorra bem no Décimo Quinto Intereclesial das CEBs.

[1] Cfr. 15º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base. CEBs: Igreja em saída, na busca da vida plena para todos e todas!Cuiabá, MT, Ed. dos Autores, 2022, pg. 25.

[2] Cfr. Ibidem, pg. 25.

[3] Cfr. Ibidem, pg. 29.

[4] Cfr. Ibidem, pg. 37.

[5][5] Cfr. Ibidem, pg. 37.

[6] Cfr. Ibidem, pgs. 39-40.

[7] Cfr. Ibidem, pgs. 45-50.

[8] Cfr. Ibidem, pgs. 51-55.

[9] Cfr. Ibidem, pg. 56.

[10] Cfr. Ibidem, pgs. 57-58.

[11] Cfr. Ibidem, pgs. 67-68.

[12] Cfr. Ibidem, pg. 78-79.

[13] Cfr. Ibidem, pgs. 82-83

[14] Cfr. Ibidem, pgs. 85-86.

[15] Cfr. Ibidem, pg. 87.

[16] Cfr. Ibidem, pg. 88.

[17] Cfr. Ibidem, pg. 89.

[18] Cfr. Ibidem, 90.

[19] Cfr. Ibidem, pg. 91.

[20] Cfr. Ibidem, pg.s 92-93.

[21] Cfr. Ibidem, pg. 93.

[22] Cfr. Ibidem, pgs 94-95.

[23] Cfr. Ibidem, pg 98.

[24] Cfr. Ibidem, pg. 100.

[25] Cfr. Ibidem, pg. 202.

[26] Cfr. Ibidem, pg. 103.

[27] Cfr. Ibidem, pg. 106.

[28] Cfr. Ibidem. pgs. 106-107.

[29] Cfr. Ibidem, pg. 108.

[30] Cfr. Ibidem, pg. 110.

[31] Cfr. Ibidem, pgs. 113-115.

[32] Cfr. Ibidem, pg. 123.

[33] Cfr. Ibidem, pg. 124.

[34] Cfr. Ibidem, pgs. 125-130.

[35] Cfr. Ibidem, pg. 131. 

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2023-07/dom-vital-importancia-xv-intereclesial-cebs.html

Momento de louvor com Zé Vicente aqui no 15° Intereclesial das Cebs em Rondonópolis-MT

Imagens por Isaias Carlos Nascimento




Comunidades Eclesiais de Base defendem espiritualidade comprometida com a transformação social
Um dos pontos de debate do encontro são os impactos da realidade do país e da Igreja sobre as comunidades
Redação*
Brasil de Fato | Rondonópolis (MT) | 21 de Julho de 2023 às 17:37


TV PAI ETERNO
15º Encontro Intereclesial das CEBs acontece em Rondonópolis (MT)

Acompanhe mais noticias através de https://cebsdobrasil.com.br/