terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Como foi a Plenária Cultura Sergipe rumo ao Fórum Social Mundial em Salvador?

 Fotos: Maíra Ramos





Um pequeno passo para a cultura sergipana, um grande passo para o avanço do espirito  Fórum Social Mundial em Sergipe.
Parafraseando a frase do astronauta Neil Armstrong, ao desembarcar na lua, inicio o relato do que retive na memória acerca da plenária da cultura sergipana rumo ao Fórum Social Mundial. (FSM), realizado na tarde do último domingo, 28 de janeiro de 2018
Em termos de quantidade, contamos com a participação de 18 pessoas, quase atingindo a meta mínima de participação esperada de 20 participantes.
Contamos com uma boa distribuição de pessoas com perfis diferentes, o que contribuiu bastante para a riqueza da troca de experiências. Pessoas de idade que variaram entre 13 a 56 anos; Formação do nível básico fundamental até o pós doutorado; Equilíbrio de gênero, metade mulheres e metade homens; Residentes em bairros da periferia, centro expandido de Aracaju e zona sul; Residentes em três municipios, Aracaju, Socorro e Barra dos Coqueiros; Que nunca ouviram falar do Fórum Social Mundial ,os mais jovens e/ ou residentes nas áreas mais periféricas, até pessoas que participaram de todas as edições do Fórum Social Mundial no Brasil e uma no exterior, em Mumbai na India.
A fala inspiradora/instigadora do professor Romero Venâncio, foi sustentada em cima de três conceitos - resistência, transcendência e organicidade - os quais estão presentes nos fundamentos da ação artística, cultural e social de quem estava presente na sala. No decorrer da explanação, ele foi interligando os conceitos com a experiência no chão da realidade.
Em termos de continuidade após a plenária, a sugestão do facilitador da reunião, professor Zezito de Oliveira, foi que o pessoal do teatro organizasse uma plenária ou uma conferência livre de teatro, para reunir os mais experientes e os mais novos, no sentido de reunir os conhecimentos de quem tem uma trajetória mais consolidada com a de quem está começando. 
Uma conferência livre de teatro, com a  perspectiva de colaborar  para tornar conhecidos os caminhos que não resultaram em boas obras ou que se constituíram em fracassos retumbantes. Assim como prosseguir naqueles e naquilo que proporcionaram algumas conquistas e avanços, mesmo que poucos e/ou limitados.
Essa sugestão foi realizada, a partir da fala de alguns presentes, diante de uma discussão sobre a cena teatral sergipana que por alguns momentos polarizou e concentrou a discussão. A Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania se propôs a apoiar a atividade como parceiro.
Além dessa proposta, foi sugerido uma ação conjunta AÇÃO CULTURAL, TAMPA e outros coletivos/organizações afins, para a realização de um seminário sobre auto-sustentabilidade. Uma das prioridades discutida e aprovada na primeira assembleia geral da Ação Cultural, realizada neste mês de janeiro de 2018.
Outras conquistas mais imediatas e importantes da realização da plenária da cultura sergipana rumo ao FSM, foi o contato inicial que algumas pessoas tiveram com o espaço cultural TAMPA, o qual já está quase na reta final para a inauguração oficial.
Assim como o conhecimento que todos puderam ter acerca dos trabalhos e dos conhecimentos uns dos outros. Isso no caso do movimento Hip-Hop , a MC Iza Negratcha , tem um bom tempo de caminhada em termos de produção artística, como escritora e ativista social e cultural e pode conhecer pessoalmente Graziela , uma menina que está começando muito bem na cena cultural da periferia, com talento próprio de escritora, atriz e MC, enriquecido com a participação nas oficinas de teatro e rap da Ação Cultural/Ponto de Cultura.
Da mesma maneira, a Manu que faz poesia e é MC, conheceu David que é MC e instrutor da oficina de Rap e Graziela. Assim como ficamos sabendo de um Slam (batalha de poesia) , realizado no bar do Roque (centro de Aracaju) conforme informado pelo professor Romero Venâncio e reforçado por Manu que participa do mesmo.
Por tudo isso, o professor Zezito de Oliveira ressaltou que o investimento realizado pela Ação Cultural no planejamento e mobilização dessa plenária, integrando o GT de Cultura do coletivo organizador sergipano rumo ao Fórum Social Mundial, estava valendo a pena, porque o fim último não se resume a viagem em março para Salvador, mas o encontro, o aprendizado, a troca de experiências, as possibilidade de formação de novos arranjos ou articulações visando trabalhos ou ações conjuntas e colaborativas.
Como preparação rumo a ida para o FSM em Salvador, foi apresentado um curta didático sobre o conceito e realização do primeiro Fórum Social Mundial em Porto Alegre no ano de 2001. Sobre como foram realizados os Fóruns Sociais Mundiais, como acontece e etc., tivemos as falas bem informativas e contextualizadas do músico e agente cultural Caducha, com base de atuação sociocultural no municipio da Barra dos Coqueiros e do professor Romero Venâncio, os quais participaram de diversos FSMs.
Em termos de ida para Salvador, apenas três dos presentes se manifestaram interessados,  e uma pessoa poderá participar com apresentação de atividades artísticas.
Todos os presentes foram convidados para a plenária geral do coletivo organizador sergipano rumo ao Fórum Social Mundial, a qual acontecerá no dia 30 do corrente às 18 horas no Sintese (Sindicato dos Professores) e da atividade geral do dia 01 de Março na Seides (secretaria da inclusão e desenvolvimento).
Sobre esta atividade foi solicitado aos interessados que participassem, mas não foi informado maiores detalhes sobre a mesma, porque isso estava a cargo  de outra pessoa que não pode comparecer.
Todavia, foi informado que todos os detalhes sobre as atividade do dia 1º de fevereiro serão fornecidos na reunião geral do dia 30 de fevereiro, inclusive para tratar da inclusão de participação na programação cultural deste dia.
A lamentar, a ausência do representante do Grupo de Trabalho dos facilitadores do coletivo organizador do FSM Sergipe . O mesmo informou pelo whatzapp na metade da reunião que passou mal e por isso não pode comparecer.
Em termos de linguagem/expressões artísticas, contamos com uma presença majoritária de pessoas ligadas ao teatro e ao hip-hop. O grupo minoritário era formado por pessoas ligadas ao universo do audiovisual (três pessoas), música (uma pessoa) e dança (uma pessoa).
Ao final da reunião, todos os presentes foram informados sobre a programação do seminário de Filosofia da Cultura, a ser apresentado pelo professor Romero Venâncio no Centro Cultural de Aracaju, o qual apresentará uma sequência de debates sobre temas muito caros a quem pretende fortalecer o espirito de formação politica e cultural do FSM. (flyer abaixo)
Agradecimentos especiais a Cris Alves, ligada a Rede dos Pontos de Cultura de Salvador e Rede de Produtoras Culturais Colaborativas, apoiadas pela organização ITEIA-INTERCIDADANIA, pela solidariedade em fornecer algumas informações sobre o processo de organização das atividades culturais nos dias de realização do FSM em Salvador.
Quem participou da plenária e quiser enviar mais anotações e impressões pode fazer isso. Ficará muito legal poder publicar mais textos para animar/estimular a quem participou e a quem não pode se fazer presente.
Zezito de Oliveira

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Micro-projeto da Plenária da Cultura Sergipe Rumo ao FSM 2018

Plenária da Cultura Sergipe Rumo ao FSM 2018. 
Disponibilizado para colaborar com coletivos e organizações que queiram organizar algo semelhante.

Dia e horário: 28 de Janeiro de 2018

Local: Espaço Cultural TAMPA – Bairro América


Objetivo: Reunir artistas, arte-educadores e agentes culturais sergipanos interessados em participar do Fórum Social Mundial, cuja realização acontecerá em março de 2018 na cidade de Salvador-BA.

Justificativa:

O Fórum Social Mundial (FSM) foi criado em 2001 como integrante de uma ação organizada da sociedade contra os malefícios do capitalismo globalizado.

Foi/é um dos espaços fundamentais que propiciaram condições e oportunidades para a gestação de propostas de transformação da ordem politica, econômica, social e cultural predominante, muitas das quais foram aprimoradas e depois materializadas em politicas públicas, cujos impactos positivos são percebidos na vida de milhões de pessoas Brasil, América Latina e mundo afora.

No entanto, apesar dos resultados benéficos que estas politicas trouxeram para a sociedade de uma maneira em geral, em especial para o conjunto da população mais pobre, estas politicas e os governos e organizações que as implementaram, passaram a sofrer um ataque coordenado e articulado de forças externas com forças internas ligadas ao grande capital, o que está levando a destruição ou apequenamento de todas as politicas públicas que reduziram pobrezas e desigualdades nestes últimos anos, assim como a perseguição e criminalização das lideranças politicas e organizações que decidiram fazer o enfrentamento do sistema capitalista neoliberal.

Por essa razão, esse momento da atual conjuntura nacional e internacional retoma com muita urgência e até dramaticidade o papel do FSM, “ como espaço de articulação, que procura fortalecer e criar novas articulações nacionais e internacionais entre entidades e movimentos da sociedade, que aumentem, tanto na esfera da vida pública como da vida privada, a capacidade de resistência social não violenta ao processo de desumanização que o mundo está vivendo e à violência usada pelo Estado, e reforcem as iniciativas humanizadoras em curso pela ação desses movimentos e entidades (Carta de Princípio).”

No campo da cultura, para os integrantes do movimento do FSM, o mundo ocidental criou um certo padrão cultural hegemônico. Por isso, a BANDEIRA DO FSM É O FIM DOS PADRÕES CULTURAIS GLOBALIZADO.

E a luta é: Reconhecer-se: como diferente e sentir pertencimento (os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma coletividade na qual símbolos expressam valores, limites\fragilidades e aspirações) com seu grupo de semelhantes.

Metodologia e Programação

Abertura com a palavra do coordenador do GT de Cultura do coletivo organizador de Sergipe rumo ao FSM.

Fala inicial de um integrante do GT de Facilitadores do coletivo organizador de Sergipe rumo ao FSM.

Roda de apresentação dos presentes.

Fala do professor Romero Venâncio (UFS)- “Culturas de Resistência frente a nova ofensiva neoliberal e o ressurgimento de idéias e práticas fascistas”. Confirmado

Fala de Virginia Lúcia (IACEMA) – “O desmonte das politicas culturais inclusivas e participativas por parte do governo Temer.” A confirmar.

Abertura para o debate

Apresentação de um ou dois vídeos curtos dos FSM de anos anteriores.

Retomada da fala do integrante do GT de Facilitadores do coletivo organizador de Sergipe rumo ao FSM 2018 e do coordenador do GT de Cultura.

Sobre questões ligadas a inscrição de participante e de atividades no FSM, questões ligadas a transporte, hospedagem e etc..

Abertura para o debate.

Equipe e material necessário

Coordenação – Zezito de Oliveira

Relatoria – Irene Smith e outro integrante do GT de Cultura. (A escolher no local).

Apoio a produção (incluindo preparação do local, instalação dos equipamentos eletrônicos, preparação, organização e distribuição do lanche, guardião do tempo e inscrições para fala, fotografia e etc.).

Zezito de Oliveira, Raimundo Venâncio. Tânia Maria, Maíra Ramos, Raoni Smith e integrantes do GT de Cultura)..

Orçamento:

O espaço cultural está sendo cedido gratuitamente; O lanche estará sendo servido como troca ou doação. Por isso, pedimos que quem for leve uma pequena quantidade de doces, salgadinhos, frutas, sucos e etc.; os equipamento sonoros, de projeção e fotografia, estão sendo cedidos pelo espaço cultural TAMPA e pela Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.

Local:

O local tem capacidade máxima que pode chegar até quarenta e cinco pessoas, desde que alguns (algumas) se disponham a sentar no chão, que é limpo e apropriado. Esperamos um minino de vinte pessoas e um máximo de quarenta.

O acesso ao local é relativamento fácil, situado em um bairro que faz parte do centro expandido de Aracaju, próximo a um dos locais de atração turistica. A Igreja dos Capuchinhos.

Divulgação

Está sendo realizada através do facebook e boca a boca.

Horário de Chegada e Final

Cheguem entre 14 e 14h30

O horário limite é 17h30. Podendo extrapolar com quem quiser e se for permitido pelos anfitriões.

Texto acima produzido por Zezito de Oliveira – educador e agente\produtor cultural de iniciativas de base comunitária.

P.S.: Lembrando que para a produção de textos como essa acima, seja para o desenvolvimento de projetos culturais, como para o desenvolvimento de oficinas, não nos sobra muito tempo. Mas mesmo assim, podemos conversar acerca do orçamento.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Play list - Canção e Cotidiano (2)

Fomos jovens na década de 1980 ou mais jovem. Entramos os anos de 1990 como jovem adulto. Os Engenheiros do Hawai tocavam bastante nas emissoras de rádio, como outras bandas pop-rock, mas não eram vistos com bons olhos por jovens que se consideravam mais "intelectualizados", pois eram tidos como uma banda para adolescentes, com uma maioria de público formado por "playboys",
Porém, muitas de suas músicas já davam um toque importante sobre os perigos de vivermos "daquele jeito". E com o tempo a situação piorou. Já era perceptivel naquela época uma GRANDE QUANTIDADE DE ADOLESCENTES E JOVENS ALIENADOS E IDIOTIZADOS. De lá para cá, a situação tem tomado uma dimensão bastante preocupante.
Ao mesmo tempo que isso, aumentou o "chamado cultural" que percebi bem forte dentro de mim. No inicio dos anos 2000, fiz a opção mais firme para nos tornarmos o que pode ser definido como uma espécie de "agente cultural de transformação".
Para fazer essa opção tive que abandonar outros caminhos, outras opções. E a situação a que chegamos enquanto povo, enquanto nação, nos mostra o quão certo estivemos em fazer essa escolha. Embora em termos pessoais, poderia hoje ter mais status social e situação financeira mais confortável, caso tivesse atendido ao "chamado" de outros caminhos.
Gratidão a todos (as) que colaboraram de forma direta e indireta, incluindo muitos que eu não conheci e que nem conheço pessoalmente, gente também de outros países, notadamente nos anos 1980 e 1990, tempos em que não podíamos contar com o apoio econômico do governo brasileiro, o qual não tinha compromisso com o trabalho de promoção humana e social da nossa gente.
Situação semelhante ao que estamos começando a viver na atualidade. Com perigo de sermos levados a uma situação de convulsão social, tamanha a violência como estão retirando direitos sociais, fazendo o Brasil regredir a uma situação ainda pior do que fez a ditadura militar de 1964 com os nossos direitos, e com e redução da miséria.
Por isso, deixo como resumo e chamado: "Arte antes que tarde". "Arte ou barbárie", sem deixar de lembrar "Em arte tudo é possivel, só não vale qualquer coisa".
Um gesto concreto, pode ser uma ou várias rodas de conversas juntando gerações diferentes, para conversarmos sobre ALIENAÇÂO E IDIOTIZAÇÂO DA JUVENTUDE acompanhado de uma seleção de músicas do passado e do presente.
Zezito de Oliveira - educador e agente/produtor cultural
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Enfraquecer as estruturas de estado e a soberania nacional, para dificultar da parte dos partidos liderados pelo PT, a construção de um estado do bem estar social, semelhante principalmente ao que faz a social democracia forte dos países europeus nórdicos, como a Suécia e Noruega, que se valeram/valem inclusive dos lucros da exploração estatal do petróleo.
Ou um capitalismo ao modo americano, com um estado ausente das politicas e preocupação com o social, com a educação e saúde na mão de empresas privadas, com uma legislação trabalhista que não dá respaldo a defesa dos interesses do trabalhador e com sindicatos bastante limitados em seu papel de atuação. País com a maior população carcerária do mundo e com um numero crescente de população de rua.
Qual o ideal de escolha da maioria dos brasileiros (as) em 2018?
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Desejamos que os artistas, artes-educadores e agentes culturais sergipanos, estejam atentos a tudo que está acontecendo com o presente, já que é nele que decidimos o nosso futuro. Uma dessas iniciativas do presente que colabora para um futuro melhor é o FSM, cuja realização acontecerá em março de 2018 no Rio de Janeiro. Fique ligado na plenária da cultura sergipana no dia 20/01 e compartilhe a página desse evento com seus amigos interessados.
Onde Estava Você
Guilherme Arantes

Só o tempo em nós respondeu
Em que se transformou
A amizade que uma vez existiu
Quem foi leal, quem ficou e o que se abandonou
Onde estava você
Quando mais eu precisei
Do amigo pra lutar
Em tempos de guerra e paz
Onde andava você
Quando o mundo me esqueceu
Na areia do deserto e não te achei jamais
Tanto trabalho que deu
Reconstruir o chão
O universo desabou num furacão
Pedra por pedra, valeu
O aprendizado é assim
Onde estava você
Quando mais eu precisei
Do amigo pra lutar
Em tempos de guerra e paz
Onde andava você
Quando o mundo me esqueceu
Na areia do deserto e não te achei jamais
Quando somos jovens
Tantos sonhos são pra durar
Muitos só nos álbuns
De memórias pra guardar
Mais arte e cultura brasileira para fazermos desse lugar um bom país.
O Brasil visto pelo olhar da maioria dos programas jornalísticos de rádio, televisão , revistas e jornais é muito mais violência, miséria e corrupção. Há um Brasil muito maior do que isso e ele pode existir dentro de você ou pode estar sendo ajudado a construir perto de você.
Não é hora de (re) descobrirmos os caminhos para descobrir a melhor parte do Brasil profundo?
Quando a imprensa patronal ou empresarial faz a escolha preferencial por destacar a pior parte do Brasil, ela quer afastar você daquilo que pode fazer um Brasil melhor para todxs. E um Brasil melhor para todxs não é o ideal para uma das elites mais opulentas, antissociais e conservadoras do mundo, conforme afirmou o saudoso Darcy Ribeiro.
Os nossos melhores escritores, artistas e intelectuais nos ajudam a sonhar e construíram por meio da literatura, do cinema, da música, de ensaios, artigos e etc.. o Brasil que queremos, ou nos ajudam a enxergar os caminhos e escolhas que precisamos fazer para colaborar no sentido de fazer o Brasil que merecemos.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Play list - Canção e Cotidiano (1)


Há quem já esteja pensando em outra alternativa, caso Lula seja condenado e impedido de concorrer a presidência, considerando todo o processo armado para chegar ao resultado da condenação.

Todavia,  penso que há problemas quando resumimos a questão a isso tão somente. Dentre estas, a questão da escolha de deputados e senadores. Já que não se tem como Lula ou qualquer outro nome de centro-esquerda querer governar como gostaria, tendo que conversar  com uma maioria de “bandidos” eleitos para o legislativo. 

Lembrando, “bandidos” aqui não é força de expressão.
E a propósito disso, a canção “Luiz Inácio 300 picaretas” coloca bem a dimensão desse problema.

E pior, esse número na última legislação  aumentou ainda mais, basta olhar  a quantidade de votos que aprovaram uma série de votações contra a maioria da população.
https://www.youtube.com/watch?v=ThbpUlM_n9E

Leia também:
Caso Lula: a condenação da Justiça seletiva e a necessidade da Revolução Democrática
O pensamento conservador precisa punir exemplarmente o principal líder da “turma de baixo” para impor o medo.


https://jornalistaslivres.org/2018/01/caso-lula-condenacao-da-justica-seletiva-e-necessidade-da-revolucao-democratica/

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“(...)Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua o nosso coração (...)”
Pra que esse nosso egoísmo,  também não destrua ainda mais os nossos direitos trabalhistas e sociais arduamente conquistados.
Egoismo que no plano sociopolitico pode ser caracterizado como corporativismo em excesso, burocratização, centralização em excesso, elitização, distanciamento das bases, manutenção de dirigentes nos cargos durante décadas e etc. Uma boa autocritica pode ajudar na superação disso, porém a autossuficiência impede.

Do outro lado,  atenção exagerada ao próprio umbigo, falta de interesse em ler e crescer para entender melhor o mundo, preocupação exagerada com o consumo e com a aparência,  fuga em forma de paixões religiosos e futebolisticas, pouca ou nenhuma preocupação com a participação em ações coletivas e etc..
  PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA PODE COMBINAR COM DISCIPLINA? OU QUANDO DISCIPLINA É LIBERDADE.
Quando um diretor de escola, incorpora o espirito do pensamento e das práticas do professor Darcy Ribeiro. O fato da escola ter esse nome colabora, mas não há impedimento para que isso seja incorporado por outros escolas, mesmo com nomes de patronos que não ajudam muito.
Leia e assista também:
A Escola dos meus Sonhos, artigo de Frei Betto Sem Censura
Quando sinto que já sei
Há Tempos


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Análise da cena da produção cultural em 2017 e das perspectivas para o ano de 2018.

Relatos de uma “edicta”: A “escola dos editais” e contexto contemporâneo da produção cultural brasileira

Para falar do contexto atual de atuação do produtor cultural de artes cênicas, usarei como principal referência a minha própria experiência enquanto produtora baseada no Rio de Janeiro, atuante na área há mais de 15 anos.
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Sempre que estou em uma roda de conversa e me perguntam qual é a minha profissão, respondo que sou relações públicas e trabalho com produção cultural. A próxima pergunta então é: qual área da cultura? Eu respondo teatro, dança e música. Instantaneamente, a pessoa sente um comichão nos lábios e então emenda: dá dinheiro?

Até poucos anos atrás a resposta era certeira: “Sou da escola dos projetos patrocinados via lei de incentivo e editais para cultura. Aprendi a embrulhar o peixe no papel de presente que o patrocinador quer receber.”

Isso significa que, ao longo da minha carreira, aprendi a trabalhar eficientemente com os editais e com a captação via este mecanismo. Outro dia, ouvi o neologismo “edicto”, que altera a palavra inglesa addicted (que significa viciado), batizando o viciado em editais: me identifiquei.

A lógica era a seguinte: enquanto produtora, eu articulava os parceiros artísticos, criando com eles os projetos que nos interessavam trabalhar. Como trabalhar com arte é pura emoção, confesso que o palpitar do coração sempre esteve ali na hora de abrir o link com o resultado do edital. Portanto, não se tratava de uma relação fria entre criador (eu e meus parceiros) e criatura (os projetos), mas sim algo que criávamos apostando que seria possível contribuir para o conforto na alma dos espectadores e com o debate sobre os rumos, as vicissitudes e as idiossincrasias da arte contemporânea. Com este trabalho muito prazeroso – é preciso reforçar – conseguíamos pagar as contas do mês.
Aos poucos, as negociações de valores com os patrocinadores começaram a ficar mais duras e os recursos cada vez mais escassos. Eu, zelando pela perenidade da relação com os patrocinadores e já entendendo o anúncio de tempos diferentes, reunia os artistas, prestadores de serviço e fornecedores, neste e em outros projetos anteriores, e negociava valores, renegociava materiais e quantidades sempre na tentativa de fazer caber nos orçamentos menores o mesmo peixe que eu havia embrulhado especialmente para um determinado patrocinador.
Posso dizer, sem medo, que esta fonte de recurso foi secando aos poucos.

Aos poucos também fui sacando que a lógica por trás do binômio “patrocínio via lei de incentivo x projetos culturais realizados” estava falindo… De fato, havia muitos sinais da bancarrota: Meus colegas começavam a produzir sem dinheiro; CPI da Rouanet; Compliance; Produtores e atores mais antigos lamentando o tempo que teatro se pagava com bilheteria e praguejando a lei federal de incentivo à cultura por terem mal acostumado os produtores e artistas que não precisavam mais correr atrás de público (essa última constatação é assunto de outro artigo).

A história não para aí: Editais federais e municipais foram cancelados sem maiores explicações; Artistas consagrados da musica – que ainda viviam de bilheteria – passaram então a concorrer aos editais de patrocínio. Obviamente, ganharam. Afinal, quem dá mais visibilidade: um grande cantor da MPB ou meu projeto de sambas, maxixes e modinhas? Essa está fácil de responder… Não vou entrar aqui em detalhes, mas com tudo isso ruindo, também vi – e ainda vejo – alguns teatros fecharem e muitos colegas técnicos e administradores serem demitidos.
Enfim, o meu modelo de negócio que ia muito bem, obrigada… faliu!
Eu sei que a saída é se reinventar (ou mudar pra um sítio na serra… alguns colegas fizeram isso também). Pensar fora da caixa tem sido um grande desafio para mim. Minha meta todas as manhãs é pensar em estratégias de sustentabilidade de uma produção cultural brasileira dentro desta nova perspectiva.
Publicado originalmente em Cultura e Mercado. AQUI

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Feliz Ano Novo em 2018! Para a maioria, somente com luta.

A classe média e as elites brazucas finalmente estão conseguindo o seu país de volta. Um pais com a maioria dos pobres sem amor próprio e com baixa auto estima, e por isso facilmente sujeitos a receberem salários de fome, a trabalharem em condições degradantes ou aviltantes e a ficarem dependentes da caridade de quem os detestam.
O que se conclui neste último caso, que as criticas ao bolsa família era tão somente por não ficar demarcada a relação do pobre com o rico, o que tirou o poder da influência de voto de muita gente “boa” e “de bem” país afora.
Afinal bolsa família é um direito, já os pequenos favores dos detentores de mandatos ou interessados em se eleger, são gestos de “amor ao próximo” como afirma o slogan deputado federal Adelson Barreto, um famoso apresentador de televisão sergipano, que faz carreira politica em cima da exploração da miséria e sofrimento do povo mais pobre e simples.
E que está aumentando, graças ao voto deste e de outros sórdidos e nefastos deputados, a favor das medidas de regresso e atraso do atual governo. Mesmo assim, gostam de serem chamados de “nobres” e de “excelências”.
O sonho de país da classe média e das elites tropicais, herdeiros de traficantes de escravos e fazendeiros escravocratas, foi replantado com noticiário tendencioso, parcial, preconceituosos, boatos mentirosos ou fakenews, sabotagem econômica com a utilização da operação lava jato para este fim, financiamento de parlamentares para desestabilizar o governo da presidenta Dilma Roussef . Sem contar a última pedra a ser afastada, a candidatura de LULA em 2018.
Por isso, é o sonho de um país insustentável, um país que tende a aumentar a fome, o desespero, a violência e a prostituição.
Por isso, lutar é preciso. Inclusive por meio da disseminação e da produção de mais canções, literatura e poesias, para alimentar a consciência e aquecer os corações dos brasileiros de verdade, àqueles que nem precisam ficar usando a bandeira e entoando o hino para se afirmarem como tal, ou quando temos jogos seleção brasileira, em especial nos periodos de copa do mundo.
Os primeiros são brasileiros que tem o Brasil e a sua gente como algo maior, mais profundo, mais verdadeiro, mais dentro do coração.
E para fortalecer o que está escrito acima: vamos de Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Dom Hélder Câmara, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano/Gil, Ariano Suassuna, Chico Ciência ou Science, Gláuber Rocha, Carlos Drummond de Andrade, Luiz Gonzaga, Noel Rosa, Cartola, Paulinho da Viola, Valdemar Henrique, Edson Gomes (autor canção que acompanha esse post) , Racionais MCs, Lucas Santtana, Criolo e tantos mais. A lista é sem fim....
E vamos ouvir mais emissoras como a Rádio Brasil Atual, USP FM, Cultura Brasil. E quem lembrar outras, pode sugerir nos comentários. E não esqueçam da TVT (TV dos Trabalhadores), também via youtube e facebook, do programa Metropoles e Cultura Livre da TV Cultura.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

ação cultural como prática de liberdade e democracia

.
A organização/coletivo Ação Cultural por meio de oficinas culturais,  mostras artísticas,  saraus e cineclubes investe nisso tudo, porque acredita que são formas de exercitarmos um projeto maior de sociedade e de nação.

Isso foi expresso  em forma de poesia /canção por Zé Vicente, poeta, artista e lavrador que também acredita e faz isso. 

"É que a gente junto vai

Reacender estrelas vai

Replantar nosso sonho em cada coração
Enquanto não chegar o dia
Enquanto persiste a agonia
A gente ensaia o baião."


Porém, há os reis maus coroados , como diz os verso da canção da despedida, que não querem o amor em seu reinado. Mas ao contrário do que diz esta canção, ao invés de abandonarmos o compromisso e mudarmos de rota, desejamos a você que é agente cultural,   um ano de 2018  com mais vontade  de produzir ainda mais arte e cultura , mesmo com todas as tentativas de atrapalhar  e dos obstáculos que foram e que serão  colocados  por àqueles que sabem o potencial da arte e da cultura, na  formação de seres humanos mais livres e de um ambiente mais democrático.

Mas para isso, não podemos esquecer da necessidade de estarmos mais juntos, pensando em ações compartilhadas e colaborativas, somando recursos e experiências. Do contrário, será bastante difícil superarmos as pedras colocadas no caminho. Quem quiser conversar é só se achegar...



Uma boa oportunidade que temos em 2018 é a realização do Fórum Social Mundial em Salvador, no mês de março.

E para estimular os nossos encontros de planejamento individual ou em conjunto , estamos disponibilizado alguns materiais produzidos pela TVT( TV dos Trabalhadores), Rádio Brasil Atual e outras fontes e que colaboram na direção de tudo  que foi escrito, acima e abaixo.

O Que Vale É o Amor - Zé Vicente
Se é pra ir a luta, eu vou!
Se é pra tá presente, eu tô!

Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)

É que a gente junto vai
Reacender estrelas vai
Replantar nosso sonho em cada coração
Enquanto não chegar o dia
Enquanto persiste a agonia
A gente ensaia o baião
Lauê, lauê, lauê, lauê

É que a gente junto vai
Reabrindo caminhos vai
Alargando a avenida pra festa geral
Enquanto não chega a vitória
A gente refaz a história
Pro que há de ser afinal
Lauê, lauê, lauê, lauê

Se é pra ir a luta, eu vou!
Se é pra tá presente, eu tô!
Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)

É que a gente junto vai
Vai pra rua de novo, vai
Levantar a bandeira do sonho maior
Enquanto eles mandam, não importa
A gente vai abrindo a porta
Quem vai rir depois, ri melhor
Lauê, lauê, lauê, lauê

Esse amor tão bonito vai
Vai gerar nova vida, vai
Cicatrizar feridas, fecundar a paz
Enquanto governa a maldade
A gente canta a liberdade
O amor não se rende jamais
Lauê, lauê, lauê, lauê

Se é pra ir a luta, eu vou!
Se é pra tá presente, eu tô!
Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)




Ouça/Assista também:


Play list - A arte de viver da arte.












Com o objetivo de incentivar o empreendedorismo no setor cultural, o Escritório Bahia Criativa apresenta um conjunto de 10 videoaulas que podem ser acessadas on-line e de forma gratuita, ampliando o acesso do público a conteúdos relevantes sobre o tema.

Abordando assuntos relevantes tanto para quem já empreende quanto para aqueles que pretendem iniciar sua atuação no setor, as aulas levam ao público alguns dos principais conteúdos ministrados nas atividades presenciais promovidas pelo Escritório. Conduzidas por um grupo de especialistas, as aulas fornecem um vasto conjunto de informações e são ainda complementadas por módulos em formato PDF, que trazem textos e exercícios, que ajudam na fixação dos conteúdos.
Todo o material (videoaulas e módulos) pode ser acessado gratuitamente por meio do website: www.bahiacriativa.ba.gov.br O Bahia Criativa é um escritório público de atendimento e suporte a profissionais e empreendedores que atuam nos setores criativos do Estado da Bahia. Economia Criativa – instrutora Daniele Canedo
Conteúdo: a cultura como recurso: o contexto contemporâneo; a evolução do conceito; conceitos e categorias da economia criativa; criatividade com desenvolvimento e inovação.


ENTREVISTA | ANA MAE BARBOSA

Educação sem arte, educação para a obediência

A pioneira da arte-Educação fala sobre MBL, Escola Sem Partido, reforma do ensino médio e alerta sobre a importância do ensino das artes




Noticias de um tempo bom que precisa retornar