terça-feira, 26 de março de 2019

Sobre a ditadura civil-militar de 1964. Quanto mais gente souber melhor.

Romero Venâncio

UMA NOTA PARA ESTA SEMANA - DE 25 DE MARÇO A 01 DE ABRIL DE 2019
Confesso que o momento é triste. Pessoalmente, luto cotidianamente para organizar uma memória em forma de narrativa para me justificar   
 nesse mundo...Desde 2013, sentimos no ar uma perplexidade que a cada ano se aprofundou até seu ponto alto que foi 2018 e a "bolsonarização de um brasil". Vemos, quase que impotentes, pessoas de todas as idades defendendo tortura e torturadores; pedindo a volta dos militares como governantes; a defesa do golpe de 1964 e toda uma cultura fascistas que ganhando capilaridade em todos os setores da sociedade brasileira... Um ódio espalhado em tudo e como método de fazer e pensar em política. Um sentimento ronda nosso pequeno brasil: a memória sendo jogada na lata do lixo. Para que erve memória quando qualquer um pode fazer sua leitura em redes sociais várias e achar que tem uma verdade meramente emprenhada pelos ouvidos e por leituras sem fonte alguma encontradas nas mesmas redes sociais ou em livros de que beiram o ridículo em limitadas argumentações.
Em outros momentos da história desse Brasil, as esquerdas em geral e boa parte de intelectuais e educadores faziam numa semana como esta de agora seminários, exibições de filmes, palestras, publicação de livros, ensaios, textos em jornais e até atividades de rua no intuito de disputar uma narrativa dentro da sociedade sobre o significado do golpe de 1964 e tudo que ele representou em 21 anos de duração... Nós temos uma literatura vasta e importante no que diz respeito a leitura do golpe; temos um cinema que muito falou da ditadura em suas várias fazes históricas; temos um teatro, uma poesia, um pintura, uma escola fotográfica ou ainda um setor do jornalismo que sabe e viveu o golpe e a ditadura... Onde estamos todos e todas? vejo apenas tímidas iniciativas (importantes, por certo!) e bem restritas... Isto me preocupa demais. Pode ser que tenhamos uma reviravolta nesta semana (pois sabemos que política e história não são retas euclidianas!!!)... Mas nada indica grande mudanças por estes dias até... Me preocupa demais nesse momento esse clima sombrio. Uma esquerda que não sabe organizar sua memória e aprender com a memória dos de baixo, sofrerá num eterno presente e frustrará o futuro...

Regina Dalcastagnè

SUGESTÕES DE LEITURA, ENQUANTO ELES COMEMORAM O ANIVERSÁRIO DO INFAME GOLPE DE 1964:


A expedição Montaigne (1982), de Antonio Callado

A festa (1976), de Ivan Ângelo

Ainda estou aqui (2015), de Marcelo Rubens Paiva.

Amores exilados (1997), de Godofredo de Oliveira Neto
A noite da espera (2017), de Milton Hatoum
Antes do passado: o silêncio que vem do Araguaia (2012), de Liniane Haag Brum
A resistência (2015), de Julián Fuks
As meninas (1973), de Lygia Fagundes Telles
Avalovara (1973), de Osman Lins
A voz submersa (1984), de Salim Miguel
Azul corvo (2010), de Adriana Lisboa
Bar Don Juan (1971), de Antonio Callado
Cabo de guerra (2016), de Ivone Benedetti
Em câmara lenta (1977), de Renato Tapajós
Em liberdade (1981), de Silviano Santiago
Feliz ano velho (1982), de Marcelo Rubens Paiva
Felizes poucos (2016), de Maria José Silveira
História natural da ditadura (2006), de Teixeira Coelho
Incidente em Antares (1971), de Érico Veríssimo
K.: relato de uma busca (2011), de Bernardo Kucisnki
Lobos (1997), de Rubem Mauro Machado
Mulheres que mordem (2015), de Beatriz Leal
Não falei (2004), de Beatriz Bracher
Não verás país nenhum (1981), de Ignacio Loyola de Brandão
Nem tudo é silêncio (2010), de Sônia Regina Bischain
Nos idos de março (2014), org. de Luiz Ruffato
O indizível sentido do amor (2017), de Rosângela Vieira Rocha
O fantasma de Buñuel (2004), de Maria José Silveira
O que é isso companheiro? (1979), de Fernando Gabeira
O torturador em romaria (1986), de Heloneida Studart
Os carbonários (1980), de Alfredo Sirkis
Os pecados da tribo (1976), de José J. Veiga
Os que bebem como os cães (1975), de Assis Brasil
Os tambores silenciosos (1977), de Josué Guimarães
Os visitantes (2016), de Bernardo Kucinski
Outros cantos (2016), de Maria Valéria Rezende
Palavras cruzadas (2015), de Guiomar de Grammont
Paris – Rio – Paris (2017), de Luciana Hidalgo
Poemas do povo da noite (2017), de Pedro Tierra
Primeiro de abril (1994), de Salim Miguel
Quarup (1967), de Antonio Callado
Reflexos do baile (1977), de Antonio Callado
Retrato calado (1988), de Luiz Roberto Salinas Fortes
Silêncio na cidade (2017), de Roberto Seabra
Sombras de reis barbudos (1972), de José J. Veiga
Um romance de geração (1980), de Sérgio Sant’Anna
Volto semana que vem (2015), de Maria Pilla
Zero (1975), de Ignacio Loyola de Brandão

Zezito de Oliveira
Talvez tenhamos esperado muito da escola, para disputar a memória a favor da democracia, dos direitos humanos e da liberdade. Ainda há tempo para sindicatos e demais organizações e movimentos sociais realizar no campo da formação e da comunicação, mais ações constantes no intuito de defender e celebrar as conquistas que a memória das lutas e das resistências nos deixaram.
As escolas de samba Paraiso do Tuiuti, Mangueira e diversas outras já perceberam como isso foi/é necessário, assim como muitos artistas, escritores, intelectuais e professores A disputa pela memória histórica também é luta e resistência e precisa de investimento.


blog do Sakamoto - Bolsonaro quer celebrar 1964 porque não sabe como construir 2019... 


Mais arte para educar melhor sobre democracia, direitos humanos, liberdade... Historiador discute ditadura militar através da MPB.


36 livros sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar brasileira

SELEÇÃO E COMENTÁRIOS DA BIBLIOGRAFIA - ROMERO VENÂNCIO

Para recobrar a memória... ou de como o empresariado apoio o golpe, a ditadura e a tortura depois de 1964...
  











Para recobrar a memória... como a igreja católica no Brasil se posicionou durante o período da ditadura. Um dos melhores livros sobre o assunto!!!





Para recobrar a memória. Os protestantes/Presbiterianos e o golpe de 1964 e depois... Em tempos de relembrar o passado e de fato expor os fatos ocorridos há mais 50 anos e aquilo que a CNV (comissão nacional da verdade) propôs como parte de sua tarefa geral- identificar e investigaras ações repressivas praticadas pelas igrejas que reproduziram, interna e paralelamente, perseguições que o Estado realizava no âmbito da sociedade. O rigor e a originalidade do autor como pesquisador trouxeram à luz o debate acerca de um grupo presbiteriano na região de Campinas- SP e de sua publicação independente ( o Jornal Presbiteriano), que podem ser tomados como resistência ao governo eclesiástico que chegou ao poder em 1966 na Igreja Presbiteriana do Brasil e, por conseguinte, ao regime militar e ditatorial no país pelo golpe de 1964. Na terminologia político-teológica de Robinson Cavalcanti, o grupo presbiteriano oposicionista da região de Campinas, que não foi o único no país, pode ser tomado como o remanescente fiel que se recusou a subir no trem da ditadura militar ou dele desceu muito rapidamente.


Antes de comemorar a Ditadura, por favor, leia este livro.

A versão digital em: http://bnmdigital.mpf.mp.br/#!/ 
em busca de raizes mais fundas de nossa cultura para entender esse triste momento atual....


para recobrar a MEMÓRIA. ou de como o teatro resistiu a ditadura...






Para recobrar a MEMÓRIA... ou da literatura que representou e resistiu a ditadura...



sexta-feira, 22 de março de 2019

Play list. Dia Mundial da Água. Papa: acesso a esse bem é um direito humano fundamental


Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco enviou uma mensagem ao diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, por ocasião do Dia Mundial da Água, celebrado nesta sexta-feira (22/03), sobre o tema “Água para todos: ninguém deve ser deixado para trás”.

Promovido pela ONU, o Dia Mundial da Água está em sintonia com o eixo central da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.


“A água é um bem imprescindível para o equilíbrio dos ecossistemas e a sobrevivência humana. É necessário administrá-la e cuidar dela para que não seja contaminada ou perdida. Percebe-se em nossos dias como a aridez do Planeta se estende a novas regiões, e cada vez mais aumentam as pessoas que sofrem com a falta de fontes de água adequada para o consumo”, ressalta o Papa no texto.

Ninguém deve ser deixado para trás

“Por esse motivo, “ninguém deve ser deixado para trás” significa comprometer-nos a fim de acabar com essa injustiça. O acesso a esse bem é um direito humano fundamental que deve ser respeitado, pois estão em jogo a vida das pessoas e sua dignidade”, afirma ainda Francisco.
Segundo o Pontífice, “o trabalho conjunto é essencial para desarraigar esse mal que flagela muitos de nossos irmãos”. Isso será possível se unirmos “esforços na busca do bem comum, onde o outro com rosto concreto seja protagonista e se coloque no centro do debate e das iniciativas. É quando as medidas adotadas terão o sabor do encontro e o valor de resposta a uma injustiça que precisa ser curada”.
“Ninguém deve ser deixado para trás”, sublinha ainda o Papa,  “também significa tomar consciência da necessidade de responder com fatos concretos, não somente com a manutenção ou melhoria das estruturas hídricas, mas investindo no futuro, educando as novas gerações para o uso e cuidado da água. Essa tarefa de conscientização é uma prioridade num mundo em que tudo é descartado e desprezado, e que em muitos casos não estima a importância dos recursos que temos à nossa disposição”.

Valorizar e defender esse bem

De acordo com Francisco, “as novas gerações são chamadas, junto com todos os habitantes do Planeta, a valorizar e defender esse bem”.
“É uma tarefa que começa com a conscientização das pessoas que sofrem as consequências inevitáveis das mudanças climáticas e de todos aqueles que são vítimas de uma ou outra forma de exploração e contaminação da água por vários fatores. Esse desafio da educação gerará uma nova visão desse bem, produzindo gerações que valorizem e amem os recursos que nossa mãe Terra nos dá”, destaca o Papa.

Água não é mera mercadoria

Francisco recorda na mensagem que “todos somos artífices do futuro e a Comunidade internacional com suas decisões e trabalhos já está investindo no amanhã do nosso Planeta. É necessário elaborar planos de financiamento, bem como projetos hídricos de longo alcance. Essa firmeza levará a superar a visão de transformar a água numa mera mercadoria, regulada exclusivamente pelas leis do mercado”.
O Papa conclui o texto, recordando que “os desfavorecidos da Terra nos interpelam a remediar a falta de água em seus países. Eles também nos pressionam, com suas misérias e limites, para que demos o valor que merece a este bem indispensável para o desenvolvimento de todos os povos”.
Francisco espera que os trabalhos e iniciativas realizados no Dia Mundial da Água beneficiem as pessoas que sofrem por causa da escassez desse bem, e lembrando as palavras de São Francisco de Assis, «a água, que é muito útil, humilde, preciosa e casta», “sirva para o nosso sustento e benefício e também das gerações futuras”.


"Ontem em Aracaju (SE), 21/03,  a noite... 7º ano do pontificado Francisco I. Uma igreja que tem como padroeiro São Francisco de Assis e um pároco que promove há três anos, atividades educativas relacionadas ao dia mundial da água, o que coincide com o período recente dos crimes ambientais de Mariana e Brumadinho. Lembrando que este último coloca em perigo as águas do Rio São Francisco, principal fonte de abastecimento de quem reside em Sergipe.
Mas há aqueles, que consideram ser papel do padre apenas rezar missa, batizar, casar.. . Conforme uma pessoa presente a roda de conversa cujo tema foi " Em que situação se encontram os rios sergipanos."   disse ter ouvido de outra pessoa convidada por esta.. La Nave Va...
Zezito de Oliveira











"A ecologia integral exige de nós uma nova cultura da água". Entrevista especial com Roberto Malvezzi

Resíduos de Brumadinho já matam os peixes do rio São Francisco

Dados da Fundação S.O.S. Mata Atlântica mostram que alguns trechos do Velho Chico já estão com água imprópria para uso da população.


Concentração de ferro, manganês, cromo e cobre está acima dos limites permitidos por lei

‘Rios brasileiros estão por um triz’, revela estudo da SOS Mata Atlântica

 

   

 

 

  




    


terça-feira, 19 de março de 2019

É de uma injustiça tremenda o que fizeram com Arthur e o que fazem com meus filhos

Vidas sequestradas
Assim como Arthur esperava para visitar Lula, netos também aguardam para ver o avô igualmente injustiçado: João Vaccari Neto
por João Mateus Júnior publicado 17/03/2019 18h05, última modificação 17/03/2019 18h53
Reprodução
Arthur Lula e netos de Vaccari
Arthur diante da superintendência regional da Polícia Federal, em Curitiba, esperando para abraçar Lula
Arthur tinha 7 anos. Morreu vítima dessas doenças bobas, que teimam em ceifar a vida de pequenos anjos. Desses anjos que deveriam estar por aí jogando bola, correndo pela rua, ralando o joelho, dançando balé, brigando pra não tomar banho ou chorando por mais um pouco de sorvete. Desses anjos que deveriam estar por aí fazendo qualquer outra coisa, menos morrerem aos 7 anos de idade.
Arthur foi vítima de uma fatalidade, dessas que vitimam tantos outros todos os dias. Mas a sua vida não foi como a de uma criança comum, e na sua morte ele não recebeu o respeito que merecia e que não é negado às outras crianças. Nas redes sociais, pessoas comemoraram a sua morte, zombaram de sua família, menosprezaram a dor de seus entes. E o que motivou essas almas penadas? O que fez pessoas se comportarem como indignas do ar que respiram? Arthur era neto do ex-presidente Lula.
Depois de ter negado ao ex-presidente o direito de sepultar o seu irmão Vavá, a “justiça” achou por bem não repetir a crueldade e permitiu a sua presença na despedida do neto. Permitiu a despedida, mas assegurou um espetáculo dantesco, com dezenas (talvez centenas) de policiais de fuzis em mãos para constranger um senhor de 73 anos e impedir que ele falasse.
Na saída da cerimônia, Lula acenou à multidão que (ao contrário do seu desejo) insistiu em ir prestar solidariedade à família. Foi repreendido por um delegado que disse: “O senhor sabe que não devia ter feito isso”, ao que respondeu com um “O senhor sabe que eu devia”.
Não sei quem é o delegado. Talvez (provavelmente) seja um bom homem apenas cumprindo ordens. Mas trago más notícias para ele. Quando uma ordem é criminosa, é criminoso quem dá a ordem, quem transmite a ordem, e quem a executa. E daqui a 50 anos ninguém saberá quem o senhor era ou foi, delegado (talvez, e só talvez, algum ente querido), mas posso lhe assegurar que daqui a 50 anos o mundo ainda saberá quem foi e o que representa Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele foi o homem que tirou 40 milhões de pessoas da miséria, que colocou o pobre na universidade, que levou água ao nordeste, que reduziu drasticamente o desemprego, que tirou o país do mapa da fome da ONU e que fez o Brasil ser respeitado mundialmente. Lula também é, hoje, um homem preso. Preso injustamente. Condenado em um processo eivado de vícios, com um conjunto probatório tacanho. Um processo que não se sustenta juridicamente e que um dia será posto aonde merece: na lata de lixo da história.
O ex-juiz que condenou Lula é hoje ministro de um adversário político do ex-presidente. Isso diz tanto sobre esse processo...
Por muito tempo achei que Lula era um preso político. Hoje tenho certeza de que ele é mais do que isso. O ex-presidente é um sequestrado. Está sequestrado por esse aparato jurídico-midiático que quer tirar de nós a esperança de um país melhor, mais justo, mais equânime.
São tempos difíceis para aqueles que acreditam que um outro mundo é possível. São tempos difíceis para aqueles que acreditam que um outro país, mais justo, mais solidário, com respeito às diferenças e guardião das liberdades individuais ainda possa existir.
Mas nós não arrefecemos, pois sabemos que Lula precisa da nossa força, e nós precisamos de sua força.
De todas as fotos de Arthur que circularam na rede, uma me doeu mais do que todas. É uma na qual ele está sentado à frente da sede da Polícia Federal em Curitiba esperado pra visitar o avô. Essa foto me doeu pois tenho uma bem parecida, só que ao invés do Arthur são meus filhos que estão na foto. Eles também estão esperando pra visitar o avô. Ele também está preso injustamente. Ele também é um preso político. Ele também é um sequestrado político. Meus filhos são netos de João Vaccari Neto.
É de uma injustiça tremenda o que fazem com o Lula, com o Vaccari, o que fizeram com o Arthur e o que fazem com meus filhos. A história será implacável. Ela nos absolverá. Poderia ser com qualquer um, mas foi com o Arthur. E como no texto de Émile Zola, eu acuso todas aqueles que zombaram da situação: vocês são a escória do mundo. E não valem o ar que respiram!

segunda-feira, 18 de março de 2019

Mais arte para educar melhor sobre democracia, direitos humanos, liberdade... Historiador discute ditadura militar através da MPB.


A Ditadura Militar em 33 Discos é o nome do evento que será realizado nesta quinta e sexta-feira, dias 13 e 14 de setembro, às 19 horas, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.  Nele, o historiador Bruno Sanches Baronetti – doutorando em História Social na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP – fará uma discussão sobre o regime militar brasileiro (1964-1985) através de músicas presentes em 33 discos lançados na época. O número se refere à velocidade de execução dos discos (33 rotações por minuto). O objetivo do evento é entender o processo de formação da música popular brasileira e as mudanças estéticas que ela sofreu ao longo do período de ditadura.

Entre os discos que terão músicas analisadas estão Teatro de Arena – Arena Conta Zumbi (1965), de Wilson Simonal, Pra Não Dizer que Não Falei das Flores – Caminhando (1968), Os Incríveis – Eu Te Amo, Meu Brasil (1970), de Roberto Carlos, Acabou Chorare (1972), dos Novos Baianos, Chico Buarque (1978), de Chico Buarque, Canções de Amor e Liberdade (1983), de Taiguara, e Correndo Risco (1985), de Camisa de Vênus.

Para falar sobre o evento, Bruno Baronetti foi entrevistado no programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz), que foi ao ar no dia 11 de setembro de 2018.



O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc se localiza na Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo. Mais informações sobre o evento A Ditadura Militar em 33 Discos podem ser obtidas pelo telefone (11) 3254-5600.


Acesse reportagem em áudio. AQUI 

segunda-feira, 11 de abril de 2016


Sarau Multicultural no Edélzio, um dia histórico na cidade de Santa Rosa de Lima

 sábado, 2 de abril de 2016


SARAU MULTICULTURAL REVISITA OS ANOS DE CHUMBO ATRAVÉS DA ARTE E DA LITERATURA.

 

 http://memorialdademocracia.com.br/

 Caetano Veloso e outros artistas lembram período de exílio há 50 anos

Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Cacá Diegues, Nara Leão e Augusto Boal se exilaram para escapar da perseguição do regime militar


 


Play list - Amor livre e sensualidade na Bíblia. Cântico dos Cânticos ou Cantares.

Depois de uma semana marcada por tanta brutalidade, um sábado para mergulhar no mais lírico, sensual e poético dos livros da Bíblia, o Cântico dos Cânticos.
É um livro praticamente ignorado por conservadores e fundamentalistas, porque celebra o amor livre e a sensualidade. Ao longo da história, houve muitas interpretações sobre o livro. Ainda na Antiguidade, no judaísmo, interpretou-se o Cântico dos Cânticos como livro do amor de Deus por Israel.  Há tratados sem fim sobre ele no cristianismo e a corrente mais influente lê nos versos uma história de amor entre Jesus e a Igreja ou entre Jesus e a humanidade, cada homem e mulher. Os textos de Tomás de Aquino, Bernardo de Claraval e João da Cruz sobre o livro são um dos pontos altos da elaboração cristã.
No Paz e Bem deste sábado, contentamo-no em declamar alguns dos versos e deixarmo-nos conduzir por eles. O Cântico dos Cânticos é composto por um prólogo, 10 poemas, um epílogo e um apêndice.
Diz-nos um trecho do poema, um diálogo entre o amado e a amada nos versículos 15 e 16: “- Como és bela, minha amada, como és bela!… Teus olhos são pombas… / -Como és belo meu amado, e que doçura! Nosso leito é todo relva”.
A “capa” deste Paz e Bem 122 é a foto “cesto de maçãs”, Mauro Lopes, 2019
Fonte: 

https://pazebem.org/canal-paz-e-bem/100744/paz-e-bem-122-amor-livre-e-sensualidade-na-biblia/

















sábado, 16 de março de 2019

Sobre a tragédia de Suzano. O olhar de quem está dentro ou bem próximo a realidade das escolas públicas..

A COBERTURA DA RÁDIO BRASIL ATUAL
Tragédia

Massacre em Suzano abre discussão sobre como o país tem tratado as escolas e alunos

Advogado afirma que redução nos investimentos, culto às armas, ascensão da extrema-direita só impedem projeto pedagógico e de seguranças nas escolas
por Redação RBA publicado 14/03/2019 10h22, última modificação 14/03/2019 13h37
Rovena Rosa/Agência Brasil
Massacre escola Suzano
"Eu entendo que mais violência só vai gerar sempre mais violência", avalia o advogado e especialista Ariel de Castro Alves
São Paulo – O atentado em uma escola de Suzano, na região metropolitana de São Paulo, que deixou 10 pessoas mortas e nove feridas, nesta terça-feira (13), levanta a importância de uma reflexão sobre como a sociedade brasileira tem tratado crianças e adolescentes e a própria educação pública. A avaliação é do como avalia o advogado especialista em Direito da Infância e da Juventude Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), em entrevista à Rádio Brasil Atual.
Ao contrário das declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) em relação a "arma fazer tão mal quanto um carro" e do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que usou a tragédia para criticar a maioridade penal e o desarmamento, ou ainda, da ascensão de doutrinas da extrema-direita que pregam o culto às armas, violência e intolerância, o advogado chama a atenção para a falta de estrutura das instituições de ensino. 
De acordo com Alves, o momento posterior ao massacre precisa vir acompanhado de um projeto que dê conta da seguranças nas escolas, mas também do processo pedagógico tanto para o entendimento do bullying como  da evasão escolar e da necessidade de mais investimentos na educação, por exemplo, para contratação de professores mediadores de conflitos. "Eu entendo que mais violência só vai gerar sempre mais violência. É necessário um trabalho mais preventivo das escolas, com relação à própria estrutura, do que essas questões que eles (Eduardo e Flávio) colocam", afirma à jornalista Marilu Cabañas.

Ouça a entrevista na íntegra



É preciso transformar assuntos que afligem jovens em tema de aula

USP recebe professores da rede para abordar questões que afligem os estudantes, como ética, bullying e drogas. OUÇA AQUI

Deep Web

Submundo da internet estimula crimes como o da escola em Suzano

Poder público deve estar tecnologicamente à altura das novas ameaças virtuais. Protegidos pelo anonimato, integrantes de fóruns disseminam todo tipo de discurso de ódio
por Redação RBA publicado 14/03/2019 11h50, última modificação 14/03/2019 13h58
CC
deep web
Massacre em Suzano foi comemorado em fóruns que reúnem internautas que se dizem frustrados e revoltados com o 'sistema'
São Paulo – Em fóruns virtuais da chamada deep web, os executores do massacre da escola de Suzano foram saudados como "heróis", como mostra reportagem da Ponte Jornalismo. Estes fóruns formam um submundo virtual inacessível a navegadores comuns e reúnem pessoas que, anonimamente, passam a propagar discursos de ódio, racismo, misoginia (ódio contra as mulheres) e homofobia, incitando crimes como o ocorrido na última quarta (13).
Para a integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social – Flávia Lefévre, que também participa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), é preciso que o poder público – polícias e Ministério Público – se desenvolva tecnologicamente para combater esse tipo de crime no mundo virtual. Episódios como o da escola de Suzano são celebrados por esses grupos como forma de "despertar" a sociedade contra um "sistema opressor" e seus "ideais socioculturais", que impedem os seus integrantes de fazer e ser "o que quiserem".
"Não faltam leis no Brasil. O que falta, especialmente neste momento, é um compromisso dos organismos públicos de atuar na garantia desses direitos. Se a gente tem conhecimento de que existe um grupo dentro da deep web comemorando, estimulando e incitando ódio – o que é crime –, assim como essas pessoas acessam, a polícia também deve acessar e atuar para coibir", afirma Flávia, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas na Rádio Brasil Atual nesta quinta-feira (14).
Ela diz que, especialmente no Brasil, vive-se um clima de extrema polarização que faz com que grupos políticos desvalorizem conquistas civilizatórias realizadas nas últimas décadas, desde a Constituição de 1988.
"É muito grave quando representantes dos poderes públicos adotam posturas estimulando o armamento, a violência e o desrespeito a esses direitos fundamentais. Compromete o desenvolvimento e aplicação de políticas públicas, bem como a aplicação de recursos para garantir que a polícia apure a violação a esses direitos. Estamos vivendo um momento muito perigoso institucionalmente, e isso pode ser reverter no caos, como ocorreu ontem na escola em Suzano." 
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Ouça a íntegra da entrevista



Tragédia em Suzano

Saúde mental dos alunos deve ser observada no ambiente escolar

Debate na Rádio Brasil Atual suscitou a importância do tema. “Como formamos um cidadão, que é o papel da escola, sem cuidar da mente?”, questiona Maria Julia, diretora da UJS


por Redação RBA publicado 15/03/2019 13h57, última modificação 15/03/2019 14h41
Rádio Brasil Atual/Divulgação
Debate discute as razões do atentado em Suzano
Maria Júlia Oliveira, Maria Eduarda Antonowitz (centro) e Rogê Carnaval discutiram as possíveis razões do atentado em Suzano
São Paulo – O programa Jornal Brasil Atual desta sexta-feira (15) promoveu um debate para tentar compreender as razões que levaram dois jovens a entrarem numa escola com o intuito de matar alunos e funcionários, como aconteceu esta semana na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo.
Participaram da conversa Rogê Carnaval, historiador e educador do projeto “Respeitar é Preciso”, Maria Julia Oliveira Rodrigues do Nascimento, diretora da União da Juventude Socialista (UJS), e Maria Eduarda Antonowitz, estudante secundarista e também integrante da UJS, com mediação da jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Para Rogê Carnaval, a uso da força e a violência está no centro da formação histórica do Brasil, desde a escravidão, com requintes de crueldade e a prática de castigos públicos para servirem de “exemplo”.
“Isso se perpetua na nossa formação enquanto nação. Nos anos 70 e 80, a violência vai se transformando em algo ainda mais endêmico, um momento em que a ditadura militar e a violência vai se institucionalizando nos porões, mas também com a polícia nas ruas, com grupos de extermínio que se formam nas grandes cidades”, analisa.
Para ele, esse processo chega aos dias atuais, com o crescimento do tráfico de drogas alinhado com o tráfico de armas, e uma população cada vez mais armada e com medo. “É um discurso absolutamente falacioso, mentiroso, hipócrita, dizer que, ao armar a população, estamos promovendo aquilo que o Estado não consegue prover, que é a sensação de segurança. E de fato, é um discurso legítimo, todo mundo quer se sentir seguro, o problema é que não é armando a população que a gente vai conseguir isso.”
Maria Julia pondera a importância de se avaliar a saúde mental dos jovens que cometeram o atentado em Suzano. “São jovens que entram numa escola para matar outros jovens. Por que? Problemas de saúde mental têm sido cada vez mais recorrentes. É urgente se preocupar com a saúde mental principalmente dos jovens, que já é uma fase muito complicada.”
Ao concordar com a colega, Maria Eduarda diz desconhecer a existência de algum trabalho nas escolas de escuta dos estudantes. E concordo que é preciso dar amparo. “É uma idade muito vulnerável”, afirma, destacando a importância de haver assistente social e psicólogo nas escolas para poder dar esse auxílio.
“Como formamos um cidadão, que é o papel da escola, sem cuidar da mente?”, questiona Maria
Julia.

sexta-feira, 15 de março de 2019

O que o Papa Francisco propõe para prevenir tragédias como a que acontece na Escola em Suzano?



Se é verdade que ninguém está salvo e que todos somos o alvo, porque vivemos em um mundo doente. Também é verdade que precisamos desafiar a noção  de que o inferno é aqui, e para isso,  vamos precisar de todo mundo. 

Mas antes, durante e depois, precisamos fazer com que muito mais gente pense nas crianças  de Hiroshima, de Columbine,  de Realengo, de Suzano. Pensar, lembrar,buscar formas de evitar, mesmo que todo cuidado ainda seja pouco. Realizar como faz o amado Papa Francisco, que após  o atentado a associação mutual israelita-argentina em 1994, ainda como Cardeal Bergoglio, não se limitou somente a lamentar e a rezar pelas vitimas e por todos nós, mas criou um projeto chamado  Escolas de Encontros ou Escolas de Convivência, juntando    crianças,jovens e adultos, a partir da questão inicial: Você ( s) tem sede de que? Você (s) tem fome de que? E depois, o que farão juntos para buscar saciar, nem que seja com pouco, essa fome e essa sede? Até porque muitos tem sede e fome do infinito, porque se sentem como cidadãos do infinito, mas querem  levar a paz no seu caminho.

E a proposta do Papa Francisco, quer chegar até todos os lugares, a todos os homens e mulheres de boa vontade, pois vamos precisar de todo mundo, pra banir do mundo a opressão, e a proposta da  Escola de encontros, ou Escolas de convivência foi apresentada ao governador de Sergipe Belivaldo Chagas e a vice governadora Eliana Aquino, os quais  designaram assessores que receberam uma comissão liderada por Célio Turino, colaborador  brasileiro do Papa Francisco no arranjo internacional do programa Escola de Encontros.


Isso foi em dezembro de 2019 e desde então aguardamos resposta. Em dezembro, também houve conversações com representantes do governo do Ceará e a  Bahia.  É o nordeste recebendo essa oportunidade de mostrar um bom caminho, uma boa direção,  para servir como luz, como farol, como referência,  para um país que tem muitos representantes do povo,  defendendo o indefensável, como o senador por SP que propôs armar professores e funcionários, na linha de combater o incêndio jogando mais gasolina. Será que isso passará despercebido aos governadores visitados? 

Queremos saber, precisamos de uma resposta, não apenas a esse chamado do Papa, como ao que propôs Gilberto Gil, um parceiro do Papa Francisco e de todos àqueles que não se furtam a fazer o bom combate, o qual como  ministro da cultura, contando com o apoio do presidente Lula,  foi o grande responsável,  juntamente com o historiador Célio Turino, pelo sucesso do Programa Cultura Viva - Pontos de Cultura, política pública, cujo experiência exitosa se soma ao bem sucedido programa Escola de Encontros, em favor  da proposta dos Pontos de Encontro.

As perguntas de Gilberto Gil, feitas através de  uma canção emblemática,dos tempos iniciais da presença intensiva da tecnologia em nossas vidas. Tecnologia que também participa  das situações de tragédias como as de Suzano, sendo também aliada fundamental nas ações de prevenção e enfrentamento a estas.
"Queremos saber,
Queremos viver
Confiantes no futuro
Por isso se faz necessário prever
Qual o itinerário da ilusão
A ilusão do poder
Pois se foi permitido ao homem
Tantas coisas conhecer
É melhor que todos saibam
O que pode acontecer".


Resistamos Re existamos, mesmo sem alcançar todas as respostas que almejamos, porque o necessário para prosseguir mesmo, é não ter medo de amar e de não  ser livre. 

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