quarta-feira, 18 de abril de 2018

Roda de conversa sobre produtora cultural colaborativa junta economia solidária, tecnologia digital e cultura de base comunitária.

A iniciativa é da Ação Cultural, traz a Aracaju Pedro Jatobá e acontece no dia 28 de abril (sábado), das 8h30 às 12h30, no Centro Cultural de Aracaju. E conta com o apoio da Funcaju, Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, Comunidade Bom Pastor, ITeia e Rede de Produtoras Culturais Colaborativas.


A Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania,  é um coletivo/organização criado em Sergipe no ano  2004, a partir da ação em  rede de um grupo de agentes culturais comunitários e participou  recentemente, com dois representantes e um parceiro ligado a comissão de cultura do MST Sergipe, da roda de conversa “Produtora Cultural Colaborativa: boas práticas em rede e tecnologias livres para o desenvolvimento local.”, atividade realizada no Fórum Social Mundial 2018, em Salvador (BA), no mês de março último.

 



"A produtora cultural colaborativa, tecnologia social que reúne boas práticas para organização e gestão de um espaço de inclusão social em um empreendimento solidário de produção cultural de forma legalizada.

Um espaço de inclusão social pode ser uma associação de moradores, um telecentro comunitário, um ponto de cultura, uma lan house, um espaço público subutilizado, ou qualquer espaço físico que possua energia elétrica, acesso a internet (desejável) e um ou mais computadores a disposição dos envolvidos.

A tecnologia social da Produtora Cultural Colaborativa foi certificada em 2015 pela Fundação Banco do Brasil e integra o Banco de Tecnologias Sociais da Instituição."

 https://colaborativas.net/tecnologia/


A importância da temática abordada na roda de conversa acima, está expressa em um trecho da carta dos pontos de cultura presentes no FSM2018.
“Relembramos que um dos pilares que compõem o Cultura Viva desde o seu surgimento, é a adoção de tecnologias livres da cultura digital nas ações cotidianas dos pontos de cultura. A escolha por softwares de código fonte aberto, não apenas evita o gasto de dinheiro público com tecnologias que se tornam obsoletas em poucos anos, como possibilita adaptar as mesmas a identidade de grupos minoritários como indígenas e quilombolas, traduzindo e configurando os aplicativos para funcionar em realidades específicas. 

Os softwares livres possibilitam que computadores mais antigos tenham uso pleno e evitam que políticas públicas indiretamente fomentem a pirataria. Vale também ressaltar a importância de portais e plataformas livres na internet, que não se apropriam de dados através de contratos e termos de uso que muitas vezes são ignorados pelos usuários. 

É fundamental ao pensar em uma política de empoderamento e autonomia das organizações culturais levar estas questões em consideração e dar a devida importância a capacitação dos agentes culturais para se apropriarem destas ferramentas.


Neste momento de falta de recursos e editais de fomento ações é fundamental o estímulo para os pontos de cultura se identificarem como atores sociais da economia solidária, identificando potencialidades e excelência em produtos, serviços e saberes e fomentando a oferta e troca em rede, na lógica do comércio justo, estimulando o preço aberto, o escambo entre organizações e o fortalecimento de ações conjuntas de modo a diversificar a entrada de recursos e complementar a deficiência no fomento por parte das secretarias e Ministério.”  http://acaoculturalse.blogspot.com.br/2018/03/carta-dos-pontos-de-cultura-do-brasil.html

O maestro da roda de conversa  Pedro Jatobá, é mestre em gestão e desenvolvimento social pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e bacharel em ciência da computação pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).  Atualmente é diretor de ações culturais do Instituto Intercidadania, Coordenador de Formação e Articulação da Rede Colaborativa iTEIA, integrante da Cooperativa EITA (Educação Informação e Tecnologia para Autogestão).

Atuou profissionalmente em Porto Alegre / RS como programador e pesquisador entre 2004 - 2007 em empresas como Telefônica / VIVO, Transportadora Mércurio e Hewlett-Packard (HP) no desenvolvimento de sistemas internos e para clientes utlizando tecnologias como UNIX, C, JAVA, ORACLE e J2EE.


Em 2009 foi bolsista CNPQ na Ação Cultura Digital do Ministério da Cultura onde ajudou a criar o GT Sustentabilidade focado no uso de software livres para economia solidária. Recebeu o prêmio Tuxáua Cultura Viva em reconhecimento ao projeto Estrada Viva que fomentou nas cinco regiões do país, entre 2007 e 2010, a tecnologia social das Produtoras Culturais Colaborativas na rede nacional de pontos de cultura.



Para saber mais sobre produtoras culturais colaborativas, clique abaixo. http://www.iteia.org.br/textos/produtora-cultural-colaborativa-artigo-expoidea-2010


Mais informações sobre o evento: Zezito de Oliveira - 79 9 8802-0711 e zezitodeoliveira@gmail.com 

Quem tiver notebook pode levar, pois faremos uma demonstração do ambiente da plataforma corais, o ambiente virtual da rede de produtoras culturais colaborativas.


Há braços sergipanos para acolher uma proposta como essa? Nas terras que tem como um dos simbolos da luta e da resistência, a figura do cacique Serigy. 








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