sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Mesmo em um mundo cada vez mais doente há muitos que velam pela alegria. Noticias boas para quem precisa (5)

A canção Indios, composta por Renato Russo foi lançada em 1986, no álbum Dois, da banda Legião Urbana. 

Em um verso da letra nos deparamos com uma frase muito apropriada para este momento, "Nos deram espelhos e vimos um mundo doente", mesmo que fosse assim  na época da composição, sem dúvida, nos tempos atuais  estamos bem pior, até porque temos um presidente e ministros doentes  que falam e fazem, o que nunca se esperou de ocupantes desses cargos em matéria de idiotia, maldade, violência, preconceitos, desprezo pela vida dos mais pobres e etc.   Patriotas, defensores da familia   e cristãos fakes, falsos. E isso torna o mundo pior.


E sobre isso,  a jornalista Eliane Brum e o site Meteoro publicaram texto e videos magistrais.



Doente de Brasil - Como resistir ao adoecimento num país (des)controlado pelo perverso da autoverdade - ELIANE BRUM





E em nosso cotidiano, um exemplo é o crescimento do numero de suicidios. 

Aqui em Sergipe, um professor da rede pública estadual e doutorando de Letras na UFS  entrou na estatistica de 2019  nessa última quarta feira (14/08).  E, de acordo com dados de  2017, Sergipe ocupou o 2º lugar no Nordeste em números de casos de suicídios,  segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV).



Mas, a propósito do suícidio do professor Wagner. Como é que faz para ESCOLAS e UNIVERSIDADES serem transformadas em espaços de cuidado?


Nesse caso,  considerando a frase de uma outra canção do Legião Urbana, se o  "sistema é mau, mas  minha turma é legal", lançada no álbum Descobrimento do Brasil  em 1993, como é que fazemos  para fortalecer tanto em  nós mesmos, como em nossas turmas? A  nossa auto estima, o nosso senso de pertencimento, a nossa coesão, as nossas identidades e respeito pela diversidade,  o nosso  olhar para ver, além do horizonte imediato ou mais próximo, ou para nos viciar em utopias, na base do que afirmou Frei Betto em entrevista para Drauzio Varella.


“Na nossa época {1960/1970} havia drogas e não havia drogados, porque a gente era viciado em utopia, a gente injetava utopia na veia. E estou convencido de que quanto menos utopia, mais drogas. Quanto mais utopia, menos drogas. O que não dá é esperar que a juventude viva sem sonhos. E se o sonho não é social, não é político, não é solidário, ele tem que ser químico. Não dá para viver sem sonhos.”  

 Leia/assista a entrevista aqui.


Respostas dos que velam pela alegria do mundo, tanto daqui, como do exterior.


A talentosa e prestigiada  atriz sergipana Tânia Maria responde com um espetáculo teatral, recomendado pelo sindicato dos professores da rede pública municipal de Aracaju, o qual trata da Sindrome de Bornout, o que segundo a Wikipedia é "um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional".


E como isso está refletido no trabalho docente do professor? Uma matéria no site da APEOSP colabora para esta resposta? Clique aqui para ler. 

A psicologa e gestora cultural  Tatti Carvalho publica o meme abaixo em seu mural no facebook.



Já o site Jornalistas Livres ajuda a viralizar o meme: 



Na mesma "vibe" ou sintonia dos memes acima, a página "observatório da cultura" nos traz:

Dinamarca prescreve ‘vitamina de cultura’ para pacientes com depressão.  Tratamento lançado em 2016 dura dez semanas e coloca pessoas com depressão, ansiedade ou estresse em contato com guias culturais profissionais.

E os estudantes e professores  também não podiam deixar de responder,  nas ruas. 





As mulheres margaridas respondem:


Marcha das Margaridas deixa recado em meio à retirada de direitos: “Vamos renascer das cinzas”


Um grupo de estudantes da UFS responde:





O professor de filosofia da UFS Romero Venâncio responde: 




O Historiador, gestor cultural e escritor Célio Turino responde: 

Ensinamentos da cidade que aprendeu a gostar de si | MEDELLÍN | Por Todos os Caminhos


Transformações político-comportamentais ajudaram a transformar Medellín, dando dignidade à vida nos bairros mais pobres: bibliotecas comunitárias, escadas rolantes e teleféricos para subir os morros, calçadas dignas, banheiros públicos




E para concluir, por enquanto, o que responde um verdadeiro bom velhinho: Um bom velhinho que paga caro por ter tentado avançar 80 anos em 8, na construção  da economia social de mercado no Brasil, também conhecido como estado do bem estar social, ancorado em nosso frágil "estado democrático de direito".





A propósito do suicidio do professor Wagner. Como é que faz para ESCOLAS serem transformadas em espaços de cuidado?
Zezito de Oliveira – Professor de História na rede pública; especialista e pesquisador em arte educação;  blogueiro, agente/produtor/assessor de projetos em iniciativas culturais de base comunitária ligados a Osc Ação Cultural. Contato: zezitodeoliveira@gmail.com






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