domingo, 24 de outubro de 2021

Fomento a cultura para todos os dias da sergipanidade.

  


Neste dia 24 de Outubro, dia da sergipanidade, escolho o CD acima da querida artista sergipana Tânia Maria, bairroamericana que tive a alegria de conhecer lá pelas bandas do B.A. Isso nos tempos gloriosos e gozosos da AMABA,  a partir do final dos anos 1980, atravessando  a década de 1990. 

Sobre a relação do trabalho da Tânia Maria com o  dia da sergipanidade fui me lembrar disso, quase no final das canções do álbum. Ai me lembrei de  quanto talento temos em Sergipe. Quem quiser,  pode conferir ouvindo o trabalho em tela; repertório , interpretação, arranjos, músicos, arte da capa e contra capa. 

Ouça  AQUI

Mas aí me lembrei, e se tivéssemos uma política cultural verdadeiramente preocupada com a sergipanidade, quantos álbuns da Tânia Maria e de outros artistas não teríamos acesso, isso por causa de programa governamental de fomento permanente a cultura aracajuana e sergipana, como acontece com Salvador e Bahia, Recife e Pernambuco, Fortaleza e Ceará, entre outras cidades e estados. 

Sobre o estilo do album considero-o pop soul  tropical, com uma sonoridade agradevelmente contemporânea, jovem e para completar, coloco em seguida,  um DVD gravado ao  vivo, da dupla Antônio Rogério e Chico Queiroga.

E hoje mais cedo, escrevi no facebook: "Sobre 24 de Outubro, dia da sergipanidade. Para bom sergipano saber o quão verdadeira é a fala de nossos políticos governistas sobre sergipanidade, basta saber quanto é investido em cultura e comunicação pública em Sergipe."

Zezito de Oliveira

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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

AMABA aproximando mundos



 Domingo, 17 de  outubro,  foi o dia de encontrar com Maíra Magno e outros amig@s do grupo Cantinho do Afeto. O grupo foi criado quando Bolsonaro foi eleito,  e a sombra pesada do fascismo começou a nos envolver cada vez mais.A proposta da artista, professora e artivista Maíra Magno,  foi apresentada e aceita por um grupo de pessoas mais ou menos conhecidas, e teve/tem como objetivo proporcionar um espaço para pensar/vivenciar caminhos/formas de resistência e afirmação dos valores inegociáveis da civilização contra a barbárie.  No mesmo dia ao chegar em casa escrevi e postei "Hoje saí de casa para me encontrar com um grupo de amigos. É a primeira vez, depois de tantos meses, inclusive alguns deles dentro de uma cama de hospital. É vero! A amizade afetuosa é energia de cura. " 

Fiquei feliz pelo fato de Maira ter dito que ao assistir o "Ao Vivo" de lançamento do livro AMABA: O esquecido círculo de cultura da Aracaju dos anos de 1980, ao ver a foto acima em preto e branco, lembrou do local onde ía nos anos de 1990 para participar de  rodas de capoeira . 
O fato da Maíra Magno participar destas rodas de capoeira no Bairro América, nos mostra a  importância da AMABA para aproximar pessoas de universos sociais, econômicos, territoriais  e culturais diferentes.Foram trocas culturais, sociais e afetivas muito fortes. Eram estudantes universitários e artistas principalmente, mas também lideranças de outros movimentos sociais e ongs, religiosos e etc. Houve até intercâmbio com uma jovem profissional alemã do campo da fisioterapia, e  que permaneceu em contato com mulheres que faziam parte da AMABA durante três meses.No encontro de domingo na rua do turista, em frente ao cine vitória, entre troca de cumprimentos carinhosos e presentes, comidas e bebidas bastante apetitosos e saudáveis, assistimos ao recorte da fala do professor Sérgio Amadeu da UFABC, no programa "O mundo paralelo e a guerra cultural (e virtual) da extrema direita" organizado pela editora e TV Boitempo.Atendendo a minha sugestão,  ouvimos a canção Hallelujah na interpretação do próprio compositor, Leonard Cohen. Uma das amigas presentes me chamou para dançar/bailar. E lá vou eu, com limites decorrentes do estado de convalescença, mas superando com alguns passos e volteios.

O livro AMABA: Circulo de Cultura está em pré-venda, para mais informações é só clicar no link  https://acaoculturalse.blogspot.com/2021/09/em-pre-venda-o-livro-amaba-o-esquecido.html 




A fala do professor Sergio Amadeu é a primeira.
https://www.youtube.com/watch?v=dy86s-P7bjc&t=2860s

Leonard Cohen - Hallelujah (Live In London)



Bem, ouvi dizer que existia um acorde secreto

Que Davi tocou e alegrou o senhor

Mas você não liga para música, não é?

E vai assim, a quarta, a quinta

O menor cai e o grande ascende

O rei frustrado compondo Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Sua fé era grande, mas precisava de provas

Você a viu banhando-se no telhado

Sua beleza ao luar derrubou você

Ela te amarrou em sua cadeira da cozinha

Ela destruiu seu trono, ela cortou seu cabelo

E dos seus lábios ela tirou o Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Querida, eu já estive aqui antes

Eu já vi este quarto e já andei nesse chão (você sabe)

Eu costumava viver sozinho antes de te conhecer

E eu vi sua bandeira na arca de mármore

Amor não é uma marcha de vitória

É um frio e sofrido Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

certa vez você me mostrou

O que realmente se estava a passar

Mas agora você não me mostra mais, não é?

Mas, lembre-se de quando me instalei em você

E o Espírito Sagrado também se instalava

E toda respiração que nós puxávamos era aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Talvez haja um Deus lá em cima

Tudo o que aprendi com o amor

Foi como atirar naquele que desarmou você

E Não é um choro que você ouve durante a noite

Não é alguém que tenha visto a luz

É um frio e sofrido Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia

Você diz que eu tirei o nome em vão

Eu nem mesmo sei o nome

Mas se eu fiz, bem, realmente, o que é isso para você?

Há um clarão de luz

Em cada palavra

Não importa o que você ouviu

O santo ou quebrado Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia

Eu fiz o meu melhor, não foi muito

não podia sentir, então eu tentei tocar

Eu disse a verdade, eu não vim para te enganar

E mesmo que

Tudo deu errado

Eu estarei diante do Senhor da Canção

Com nada mais em minha língua além de Aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Foi bem legal o lançamento virtual do livro AMABA: O esquecido círculo de cultura da Aracaju dos anos de 1980.

  Valeu a presença de quem pôde estar. Quem preferir pode  assistir a gravação  no canal Não é Heresia.  

Clique no link   https://www.youtube.com/watch?v=wjERqUkUMA0 para assistir.



Até dezembro faremos a edição do "Ao Vivo" com recortes em blocos para facilitar a quem não tem muito tempo para assistir ou não tem paciência. Os recortes serão publicados no canal do livro.  https://www.youtube.com/channel/UCVLN2_8Ikkavb5rPfVvbB1g

Para o lançamento do segundo volume faremos presencial, com uma festa legal. A expectativa é que seja em maio.  

Mas pretendemos fazer rodas de conversa, com lançamento itinerante do primeiro volume, em especial nas faculdades, universidades e escolas. Nesse caso é só agendar  e colocar transporte a disposição.   

Podemos ir programando as rodas de conversa para depois de fevereiro, no reinicio das aulas do ano que vem. 

Nestas  rodas de conversa pretendo discutir com os colegas professores, conceitos apresentados no livro, seja de forma explícita, como implícita: Memória histórica, consciência cidadã, educação popular, ação cultural, comunicação independente ou alternativa, protagonismo juvenil, metodologias ativas de aprendizagem e projeto de vida . 

Estes três últimos conceitos, traremos a experiência do tempo em que não eram  "modinhas",  apropriados em tempos recentes  pela cartilha neoliberal que pretende  impô-los  aos sistemas de ensino, sem considerar o debate democrático , conceitual e amplo ou integral.

Por exemplo, reduzir projeto de vida a educação empreendedora  ou reduzir a uma abordagem psicologizadora. 

A proposta é realizar rodas de conversa com professores e demais funcionários interessados,  porque assim podemos aprofundar alguns conceitos acima acima e outra com estudantes, rodas de conversa com abordagens  diferentes, salvo a exceção de estudantes do ensino médio que poderão participar em conjunto com os professores e demais funcionários.  

E como faço para adquirir o livro?

O primeiro volume cobre os acontecimentos do período de 1983 à 1990 que tiveram o Bairro América como palco e cenário (luta contra a poluição da fábrica de cimento, abertura da Rua E, atualmente Rua Francisco Alves, urbanização e entrega de casas para os "invasores" do atual Conj. Res. Maria do Carmo, luta pela melhoria do transporte públic0, luta pela pavimentação das ruas e pelo saneamento básico, palestras educativas e cidadãs, arraial do Alto do Miolo, Semana de Arte, Grupo teatrais Aruanna e Pipiri, Grupo Capoeira Mocambo, Inicio do Projeto Reculturarte e etc..).    

O preço do livro para a venda é 35 reais. Os interessados em fazer a compra antecipada junto com o segundo volume, terão direito a desconto nos dois volumes. Nesse caso deverá ser depositado R$60.00 na chave PIX zezitodeoliveira@gmail.com. Além do acréscimo de R$20.00  para cobertura de despesas com o correio, totalizando R$80.00. Cada volume fica custando então R$30.00.

O segundo volume  trará os acontecimentos que tiveram lugar no período de 1991 à 1996, com ênfase para o projeto Reeducação, Cultura e Arte (Reculturarte), o qual ampliou, aprimorou e consolidou o trabalho social-educativo com linguagens artísticas que já vinha sendo realizado desde o inicio da AMABA, ao mesmo tempo que inspirou algumas associações comunitárias  ou  de promoção humana a investirem em iniciativas semelhantes.

Para outras opções de pagamento utilize o telefone ou e-mail abaixo. 

 Quem quiser comprar apenas o volume 1 nesse momento, acrescenta mais R$10.00 das despesas postais ao valor do livro que é R$35.00, perfazendo o total de R$45.00.

Quem comprar dois exemplares do volume 1 receberá um desconto. Os dois livros sairão por R$60.00, mais R$ 10.00  de despesas postais..

Quando o pagamento for realizado,  envie o comprovante para o telefone/zap 79 98802-0711 ou para o e email, zezitodeoliveira@gmail.com ,  assim também como o endereço postal completo.

O livro AMABA:Circulo de Cultura, também será publicado no formato e-book. O preço para a venda neste caso é R$20.00 . A partir de outubro estará disponivel na Amazon.


sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Neste 15 de Outubro de 2021, alguns momentos importantes como professor, educador e agente cutural, dentro e fora da escola.

Estamos na luta, dentro do possível busquei e busco levar, além do conhecimento; alegria, consciência cidadã e esperança. Embora, na plenitude, isso não tenha sido e nem seja sempre assim,  porque depende de alguns fatores. 

Houve alguns anos, em uma das escolas onde trabalhei, a Escola Júlia Teles, a despeito de uma série de limites estruturais e do trabalho coletivo pedagógico,  em  que  preparava as minhas aulas como um verdadeiro show da tarde. Com músicas, em alguns casos com clipes, filmes, às vezes curtos, às vezes longos,  brincadeiras de auditório, sem apelação ou sem baixar o nível. Mas aí contava com o suporte de equipamentos e da ação cultural que a ong do mesmo nome desenvolvia na escola.

A proposta é trazer um pouco dessa experiência, em outra série de livros, depois da trilogia Livro AMABA/Projeto Recultutarte.

 Foi com muita alegria que depois de dois anos de saída da escola, encontro um colega professor que nos disse,  os alunos que participaram da  ação cultural desenvolvida na escola, no tempo em que estive lá, eram os que mais se destacavam como líderes, pela criatividade, trabalho em equipe, assertividade, consciência crítica e etc..

Zezito de Oliveira


Abaixo apresentação de filmes infantis. Atividade extra classe.



Abaixo, manifestação de alunos em favor de melhorias para a escola. Um esforço sempre abafado pelas estruturas internas de poder. Essa foi uma das poucas vezes em que o protesto da comunidade extrapolou os "desabafos" individuais



Apresentação da oficina de dança em evento do governo do estado em comemoração ao dia das crianças. A professora/oficineira foi Cristiane dos Anjos.

Filme exibido no Cine Realidade. Atividade extra classe.


Recebimento do Kit Pedagógico do Projeto Inventar com a Diferença. Ao lado dos colegas Vladimir e Rodrigo Damião, diretor da escola na época. Ano de 2016.

Presença no Festival do Rio, através da exibição do filme Flores do Jardim.


Presença no Festival do Rio, através da exibição do filme Flores do Jardim.

aula com exibição de filme

participação dos alunos Levidário e Jamile em programa de rádio, para falar sobre atividades do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania/Ação Cultural.
Aluno Levidário no Festival Visões Periféricas através do filme Flores do Jardim

Reunião com representantes de coletivos juvenis, inclusive do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania/Ação Cultural, para discutir a realização da I Conferência de Juventude do municipio de Nossa Senhora do Socorro.


Participação na I Conferência Municipal da Juventude em Nossa Senhora do Socorro. Ladeado por David e Willian.
Cena do filme Flores do Jardim
Oficina de Rap - atividade extra classe - David oficineiro
oficina de dança - atividade extra classe.  Em pé Eduardo Freitas, professor/oficineiro e sentado o diretor a época, Rodrigo Damião. 2015





Retiro-acampamento em povoado do municipio de São Cristóvão. Atividade extra-classe do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.

Atividade em sala de aula sobre o significado da dança para os alunos e alunas que gostavam de participar dessas atividades.

 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Lá em Mauá: das sandálias, mochilas e canções aos bistrôs e alamedas gourmet


 Foto: Reprodução
Newton Rodrigues
Bom dia a todas e todos, 
Segue artigo que publiquei hoje no Folha Santista. 
Trata-se de uma abordagem sobre Visconde de Mauá, território que poderia ter um outro destino se houvesse uma gestão fundamentada nos princípios e valores da economia solidária.

Eu sou o fim, quero começar tudo de novo, voltar ao ovo e ser um pássaro

(Marco Poeta)

No início da década de 80, a canção de Renato Terra, intitulada “Lá em Mauá”, que falava de montanhas, pés na terra, cachoeiras e vida no coração, inundou as rádios. A letra chamou a atenção de todos que buscavam paz e natureza.

O compositor se referia, principalmente, a Visconde de Mauá, território localizado na Serra da Mantiqueira, nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que ocupa áreas nos municípios de Resende, Itatiaia e Bocaina de Minas. Situa-se a 1.200m de altitude.

RENATO TERRA - LÁ EM MAUÁ (1981)

Há três vilas: Maromba, Maringá e Visconde de Mauá, que dá nome a todo o território. Trata-se de uma unidade de conservação, área de proteção ambiental, com muitas cachoeiras e trilhas. O Rio Preto corta todo o território, é um dos marcos divisores entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. O principal acesso, até 2012, era uma estrada não pavimentada de cerca de 34km que iniciava no município de Resende/RJ.

Na década de 70, esse território foi descoberto por jovens que amavam andar de sandálias, mochilas nas costas, caminhar, acampar e cantar canções de paz e de contestação da sociedade que propunha relações fundamentadas somente nas trocas intermediadas pelo dinheiro.

Eram chamados de hippies brasileiros, que com os seus cabelos grandes viviam, em sua maioria, da produção e comercialização de artesanato, da música, da produção de arte de forma geral. Na vila de Maromba, se reuniam à noite, acendiam uma fogueira e cantavam em celebração à paz, à vida.


Zezito de Oliveira
Maravilha! Texto em que me sinto totalmente representado. Não conheci MAUÁ quando morava no RJ, por estes tempos descritos por você, mas ja ouvia falar do local, ainda mais quando a música começou a tocar nas rádios.Valeu!!!

E Lumiar, como está?



Participação de Newton Rodrigues no "Ao Vivo" sobre Economia Solidária na página da Ação Cultural.


E como uma canção puxa outra.... Deixem outras sugestões na seção  comentários.

Elis Regina - Casa No Campo (Remastered 2021 / Vertical Video)







  
Luiz Gonzaga - frutos da terra