A matéria “SSP quer parceria para combater a violência” , veiculada na edição 124, do Jornal Cinform, caderno municipios, seção interior, me faz lembrar um pensamento que sempre me ocorre quando ando pelas ruas do Conj, Jardim, em Nossa Senhora do Socorro. “O que os governantes e a sociedade podem esperar de uma juventude que não aprende o necessário para ter auto-estima e conhecimentos suficientes para se inserirem no mercado de trabalho nas profissões que remuneram mais, que não tem acesso a tecnologia digital, a não ser por meio de aparelhos de celular, cujas opções para ocupar o tempo livre se resumem a alguns campinhos e quadras, jogos de videogame, locadoras de DVD, cujo acervo principal é composto de filmes de violência ou pornográficos, da televisão “uma fábrica de idiotas” como disse a banda titãs, de emissores de rádio dominadas pelo “arrocha” e bares .
Portanto, as parcerias devem contemplar além das prefeituras, que no caso do município de Nossa Senhora de Socorro, revela-se bastante ausente, também as secretarias de educação, inclusão social, cultura, esportes, trabalho etc..
O problema, como constatou um estagiário de ciências sociais que trabalhou na implantação da Rede Cidade Criança, iniciativa meritória da prefeitura de Aracaju, no inicio da gestão do Prefeito Marcelo Deda, é que a cultura dominante da maioria dos gestores é pensar a sua área como isolada das demais, agravado em alguns casos pela necessidade de terem maior visibilidade visando interesses eleitorais imediatos.
Como essa postura é reforçada pela formação acadêmica tradicional que é fragmentada, parcial e reducionista, não é o caso do Governador Marcelo Deda promover um programa de formação continuada para gestores e técnicos da administração pública trazendo intelectuais como Leonardo Boff, Frei Betto, Marcelo Barros, Reginaldo Veloso, entre outros, para discutirem o novo paradigma sistêmico na perspectiva de unir a dimensão sócio-politica , afetiva, cognitiva, espiritual e artistica que é o que pode dar conta dos enormes problemas e desafios que todos estamos enfrentando no tempo presente?
José de Oliveira Santos “Zezito” – ativista cultural
Publicado no jornal Cinform, seção Opinião do Leitor, edição 1242 de 29/01 a 04 de fevereiro de 2007
informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
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