segunda-feira, 19 de julho de 2010

IDEA 2010 abre programação acadêmica discutindo transformação com representantes da segurança pública, da educação e da cultura popular

IDEA 2010 abre programação acadêmica discutindo transformação com representantes da segurança pública, da educação e da cultura popular


Transformação foi a palavra de ordem da primeira Roda Vida do VII Congresso Mundial da IDEA 2010 – “Viva a Diversidade Viva! Abraçando as Artes de Transformação”, na manhã desse domingo (18), no Centro de Convenções da Universidade Federal do Pará (UFPA). Não por acaso o tema da primeira Roda Viva foi “Quais são nossos principais desafios da transformação?” e a resposta uníssona foi a responsabilidade individual e consciente para mudar a forma de educar as crianças atualmente.

A primeira Roda Viva foi transformadora por si só: pela primeira vez no congresso um policial foi chamado a falar de sua experiência de mudança dentro da corporação. O convidado em questão foi o Coronel PM-PA Costa Jr. Em sua fala, definida por ele como “curta, justa e provocativa”, ele disse que a polícia deve trilhar um caminho não só de “caçar” bandidos, mas de ajudar mais os cidadãos; de não só dar números da violência, mas pensar humanamente em como diminuí-la. “Nada muda sem educação; educação é mudança de comportamento”, afirma Costa Jr.

Participaram ainda deste momento Luana Viluti, socióloga e moderadora; Dona Onete, educadora popular; Deíze Botelho, diretora do Festival Internacional de Teatro/Festa Mundial das Artes; e Ney Wendell, coordenador acadêmico-pedagógico do IDEA2010. Para cada um a moderadora perguntou a respeito de músicas que remetiam a infância, de como era a época na escola, da experiência de se fazer cultura em rede hoje no Brasil.

Dona Onete relembrou sua experiência em Cachoeira do Arari em que prendia a atenção das crianças das séries iniciais durante as aulas contando e cantando lendas. Como fazia no município da Ilha do Marajó, ela contou as lendas da cobra-grande, do boto, da Iara; e cantou várias vezes durante a roda, prendendo a atenção, desta vez, dos participantes que acompanharam com palmas e até arriscando cantar um pouco, vencendo a barreira do diferentes idiomas falados pelos representantes de 70 países que participam do evento.

A primeira Roda Viva reuniu profissionais que aplicam as linguagens artísticas nas principais dimensões da vida, em crise nos nossos dias: alimentação, saúde, segurança e economia. É ponto inicial das conversas do Congressso, que retratam os caminhos possíveis para se compreender e colocar em prática o desenvolvimento das artes, em suas múltiplas e integradas linguagens pedagógicas de teatro, dança, música e artes visuais, buscando uma transformação social que tenha como base a diversidade cultural. É o entendimento da transformação dentro de uma compreensão intercultural e que se efetive de forma colaborativa e coesa, possibilitando que as artes, como um direito humano essencial, desenvolvam uma sociedade mais solidária, criativa e integrada, afirmando as identidades culturais pessoais e comunitárias.

Rodas Vivas - São “mesas trialógicas” em plenária, montadas para discutir questões globais e que interliga os principais temas do congresso. Cada uma será uma teia de triálogos entre profissionais de diversos continentes geográficos e socioculturais, numa conversa pública entre diversos saberes e práticas, realidades e culturas, entre educadores populares, comunitários e universitários com experiências múltiplas com as linguagens artísticas. A pedagogia da mesa propõe diálogos internos e públicos em conversa, em vez de três apresentações monológicas e corridas, moderadas pro-ativamente por um praticante, cuja experiência abraça e celebra a diversidade dos componentes presentes. As perguntas abordadas por estas rodas vivas, que iluminarão e problematizarão o grande tema do congresso - as artes da transformação - e que perpassam por vários campos sociais e educacionais na sociedade, são as seguintes:
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Killzy Lucena
Assessoria de Comunicação
Núcleo de Comunicação IDEA 2010
(91)8192-9484


Leia sobre a participação de Sergipe, abaixo:
http://consorciocultural.blogspot.com/2010/07/experiencia-do-projeo-ecarte-sera.html

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