Mostra Difusão "Cinema e Direitos Humanos 2025" credencia 320 pontos de exibição em todos os estados brasileiros. O Cine Realidade, iniciativa apoiada pelo Ação Cultural, está entre os selecionados.

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Publicado em 05/05/2025 15h56 5/05/2025 18h57

O Ministério da Cultura (MinC), em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), finalizou as inscrições para o credenciamento de cineclubes e pontos de exibição da Mostra Difusão da 14ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos. A ação, que será realizada entre 15 de maio e 15 de junho de 2025, contará com sessões gratuitas em todas as regiões do país e chega, este ano, à marca de 320 pontos credenciados, contemplando todos os estados brasileiros.

O resultado é fruto de uma mobilização ampliada entre os dois ministérios, com forte articulação entre o Sistema MinC e o MDHC. A ação envolveu diversas secretarias e entidades vinculadas, como a Secretaria do Audiovisual, a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, a Secretaria de Formação, Livro e Leitura, a Subsecretaria de Espaços e Equipamentos Culturais, e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), pelo lado do MinC; e, pelo MDHC, a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. A iniciativa também conta com representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Defensoria Pública da Paraíba.

A diversidade dos espaços credenciados é um dos destaques desta edição, evidenciando o fortalecimento dos vínculos interministeriais. Estão entre os selecionados cineclubes, bibliotecas públicas e comunitárias, Pontos de Cultura, museus, centros culturais, CEUs da Cultura, instituições educacionais, unidades socioeducativas, unidades prisionais, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), movimentos sociais, associações comunitárias, entre outros espaços que promovem atividades abertas à comunidade. Mais da metade dos pontos credenciados estão participando da Mostra pela primeira vez, demonstrando o alcance ampliado da política pública e o fortalecimento da descentralização do acesso ao audiovisual.

Confira a lista completa dos pontos credenciados aqui.

A Mostra Difusão visa democratizar o acesso ao cinema e ampliar o debate sobre os direitos humanos por meio da exibição de obras brasileiras que abordam temas sociais, históricos e contemporâneos. Os 12 filmes que compõem a programação contam com recursos de acessibilidade, como legendagem descritiva (LSE) e tradução em Libras, reafirmando o compromisso com a inclusão cultural e o direito à participação de todas as pessoas.

A Ação Cultural participou no ano de 2015,  aqui e aqui

Filmes disponíveis

Fluxo - O Filme 14min

No meio de uma crise identitária, Fábio de 22 anos, jovem negro da Cidade Tiradentes, se reconecta com seu passado através de um baile funk com amigos. O filme investiga as experiências dos jovens que vivem no extremo leste da cidade de São Paulo, considerada um dos principais pilares do funk na cidade.

Cineasta de Cidade Tiradentes realiza filme de ficção gravado em um fluxo

https://agenciamural.org.br/cineasta-de-cidade-tiradentes-realiza-filme-de-ficcao-gravado-em-um-fluxo/

juventude - cultura urbana - funk

SOBRE AMIZADE E BICICLETAS

Thiago sempre sonhou em participar da corrida de bicicletas, mas isso parecia um sonho impossível devido à sua condição física. Tudo muda quando ele conhece Cecília, uma corajosa menina com deficiência visual que não conhece limites. Juntos, eles vão aprender a andar de bicicleta e o significado da amizade.

amizade  - pessoas com deficiência - convivência

Lapso   - 20 min.

Após praticarem atos de vandalismo, Bel e Juliano, adolescentes da periferia de Belo Horizonte, cumprem medidas socioeducativas onde se conhecem passando a compartilhar afetos e incerteza diante da dureza dos dias, da repressão e do esquecimento do sistema.

O filme Lapso ganha Menção Honrosa em Berlim

Por Rui Martins - O curta-metragem brasileiro Lapso, da realizadora mineira Carolina Cavalcanti, selecionado para a mostra juvenil Geração, do 74. Festival Internacional de Cinema de Berlim e competindo com outros 12 filmes, recebeu hoje Menção Honrosa do júri, às vésperas do encerramento do Festival.

https://www.correiodobrasil.com.br/a/o-filme-lapso-ganha-mencao-honrosa-em-berlim

Lapso (filme)

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Companhia de produção

Fuskazul Filmes

Datas de lançamento

24 de agosto de 2023 (Festival Internacional de Curtas Metagens de São Paulo)

20 de fevereiro de 2024 ( Berlinale )

Tempo de execução 25 minutos

País Brasil

Linguagem Português

Lapso é um curta - metragem brasileiro de 2023, do gênero drama, escritoe dirigido por Caroline Cavalcanti. Conta a história de Bel e Juliano, dois adolescentes que vivem na periferia deBelo Horizonte, no Brasil. Bel, que está completando 18 anos, é surda e enfrenta os desafios da comunicação pela língua de sinais. 

Foi selecionado na seção Geração 14+ no 74º Festival Internacional de Cinema de Berlim , onde teve sua estreia europeia em 20 de fevereiro e recebeu menção especial no Crystal Bear de Melhor Curta-Metragem do júri. 

Leia mais em:

https://en.wikipedia.org/wiki/Lapse_(film)

amizade - conflito com a lei - convivência

 Marés da Noite 7min

Marés da Noite nos conduz por uma noite de sonhos de Juçara, uma jovem mulher grávida que viveu a tragédia de São Sebastião e lida com as feridas abertas, ao mesmo tempo em que carrega a esperança de uma nova vida dentro de si.

mulheres - desastre ambiental - ativismo 

Marina Não Vai à Praia - 17min

Um grupo de adolescentes do interior de Minas Gerais prepara uma excursão para uma cidade no litoral. Marina, uma garota de 15 anos, com Síndrome de Down, sonha em conhecer a praia. Impedida de viajar com sua irmã, Marina busca outros caminhos para conhecer o mar.

“Marina não vai à praia”: um retrato singelo sobre a Síndrome de Down

12 de agosto de 2016 Erica Ribeiro

 

O curta-metragem “Marina não vai à praia” (2015), do diretor Cássio Pereira dos Santos, tem como enredo a história de uma jovem de 15 anos, mineira, com Síndrome de Down, que sonha em ir até a praia, mas seu único contato com o mar é através das fotos tiradas pela mãe.

Ao saber que a irmã mais velha, a Joana, vai para o litoral, juntamente com outros estudantes, numa viagem de formatura, Marina (Aline Cristina Videira) vê sua chance de, finalmente, conseguir realizar seu sonho, mas mãe e a irmã a impedem de ir. No subtexto do filme, o que realmente dificulta seu intento é fato dela ter uma deficiência.

Não convencida pelas respostas recebidas de ambas e reforçada pelo fator econômico, Marina vai ao quintal, corta as suas roseiras, sua grande paixão, evidente no filme, e vende as flores na vizinhança para levantar algum dinheiro para, assim, poder ir com a irmã. Embora seus esforços tenham sido em vão, a jovem, no entanto, não desiste do seu sonho e segue viagem escondida no ônibus que leva os estudantes, descoberta pelo namorado da irmã, que acaba sendo seu cúmplice.

https://entrelinhablog.com.br/marina-nao-vai-a-praia-um-retrato-singelo-sobre-a-sindrome-de-down/

pessoas com deficiência - convivência

Mborayhu Ñemoheñoi: A Luta das Mulheres Avá Guarani - 20 min

Em uma retomada de território ancestral no oeste do Paraná, Paulina Martines e as mulheres Avá Guarani lutam para defender seu território e garantir seus direitos. Unidas por uma determinação inabalável, elas semeiam o amor com o propósito de reflorestar não apenas a terra, mas também mentes e corações.

mulheres indigenas- ecologia integral

Sem Asas (2019) - 20 min.

Direção Renata Martins 

Zu é um garoto negro de doze anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta pra casa, descobre que pode voar.

Módulo III - Direção. Análise da forma fílmica do curta-metragem "Sem Asas" de Renata Martins

https://www.youtube.com/watch?v=Jpjvif1bvxI

Dentro de uma ideia de melodrama social, o cinema brasileiro dos últimos tempos tem apresentado atenção especial à precarização da existência de crianças/jovens negros nas grandes cidades. Essa recorrência pode ser explicada por diversos fatores, mas talvez os principais deles sejam: 1) o clamor por histórias que ofereçam um recorte plural da nossa coletividade; 2) a ascensão de jovens realizadores(as) negros, fruto desse movimento de conscientização e, em vários casos, de políticas afirmativas que visam reequilibrar as forças do cinema brasileiro; 3) a infeliz repetição de crueldades reais envolvendo crianças negras brutalizadas/assassinadas. Sem Asas parte da filmagem de estudantes afirmando o que desejam para o futuro. Zuri (Kaik Pereira) se engana ao tentar expressar a vontade de ser um super-herói e fala: “quero ser colete à prova de balas”. Se trata de um ato falho provocado pelo entorno que provavelmente desde muito cedo aproxima o menino dos conceitos da violência crua e realista que exacerba a combatida pelos paladinos dos quadrinhos. A elipse (supressão de tempo entre pontos da trama) nos conduz à mesa em que ele estuda matemática com o pai.

Leia mais: 

https://www.papodecinema.com.br/filmes/sem-asas/

https://www.papodecinema.com.br/filmes/sem-asas/

Outros filmes 

14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos (2024/2025)

 

1.      Abá (1992) 4 min

Direção: Cristina Amaral e Raquel Gerber

Um ato de devoção às energias cósmicas, conhecidas pelos africanos através da religião e da cosmogonia.

Mais informações: https://mostracinemaedireitoshumanos.mdh.gov.br/filmes/aba/ 

 

2.      Belos carnavais (2020) 16 min

Direção: Thiago B. Mendonça

Dadinho, um velho sambista, é levado por sua neta ao enterro de seu irmão, sambista de uma Escola de Samba rival. Neste percurso uma história de rivalidade, samba e traição emerge do passado. 

Mais informações: https://mostracinemaedireitoshumanos.mdh.gov.br/filmes/belos-carnavais/

4.      Máquinas de Lazer (2023) 10 min

Direção: Italo C. Zaccaron

O documentário faz um breve estudo sobre o tempo livre e sua relação com o trabalho em uma sociedade capitalista.

 Mais informações: https://mostracinemaedireitoshumanos.mdh.gov.br/filmes/maquinas-de-lazer/ 

5.      Água rasa (2023) 20 min

Direção: Dani Drumond

Através da sabedoria de ‘Sr. Pedro’, Água Rasa descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos, navegando o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho-MG.

Mais informações: https://mostracinemaedireitoshumanos.mdh.gov.br/filmes/agua-rasa/ 

 

6.      Mansos (2024) 20 min

Direção: Juliana Segóvia

Benedita é uma jovem que cresceu com uma marca em seu passado: o assassinato de sua mãe, Tereza. Benedita, agora liderança, fará valer a luta de sua mãe em uma busca incessante por vingança.

 Mais informações: https://mostracinemaedireitoshumanos.mdh.gov.br/filmes/mansos/