quinta-feira, 14 de agosto de 2025

A permanente ação dos EUA em favor do atraso do Brasil

  Nobel de Economia elogia Pix e sugere que Brasil criou o futuro do dinheiro.

Historicamente os governos dos EUA sempre buscaram  atrasar o desenvolvimento e a democracia no Brasil, em alguns momentos de forma dissimulada, em outros de forma mais aberta, como agora. Não fosse isso o Brasil seria  hoje  uma potência econômica, cultural, cientifica, esportiva.... O mais triste é que isso é realizado em aliança com uma boa  parte das elites politicas e econômicas brasileiras.. Sendo a corrupção um dos falsos pretextos para a intervenção estadunidense e bandeira desses traidores que usam os nossos símbolos nacionais como disfarce e para enganar os tolos, os incautos, os distraídos.  A ameaça comunista foi outro pretexto recorrente. E por falar em brasileiros aliados dos interesses dos EUA contra o Brasil, vale a pena trazer o exemplo de duas entidades criadas por brasileiros em associação com o governo norte americano, a fim de intervir na politica interna do Brasil, o IBAD e o IPES, as quais foram inclusive objeto de uma CPI antes do golpe militar de 1964. O qual teve no IBAD e no IPES, dois  grandes baluartes da luta ideológica contra as forças progressistas e de esquerda no momento pré golpe  

Nos meus tempos de fins da adolescência e inicio da juventude li 1964 - A Conquista do Estado,  de René Dreifuss ,  um dos maiores, porque grande em número de páginas,  e um dos melhores livros sobre a conspiração interna que resultou no golpe de 01 de abril. 

Fernando Moraes
Depois de muitos e muitos anos, estou relendo, com água na boca, como se fosse a primeira leitura, o clássico “1964: A Conquista do Estado – Ação política, poder e golpe de classe” (Vozes, 1980), do cientista político uruguaio René Armand Dreifuss.

Num tijolaço de mais de oitocentas páginas, Dreifuss traçou o mais completo retrato da aliança entre multinacionais, empresas, instituições e personalidades na preparação do terreno para o golpe militar de 1964. Nas dezenas de tabelas publicadas ao final do livro, aparecem TODOS os envolvidos, com nome, sobrenome, cargo e nível de atuação.

O esquema, gigantesco, se dividia, em resumo, a três instituições criadas exclusivamente para esse fim: o IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e a ADELA (Atlantic Community Development Group for Latin America). Amarrando as três pontas estavam o coronel Golbery do Couto e Silva e seus cambonos.

Os empresários se reuniam em células e muitas das empresas envolvidas – brasileiras e estrangeiras - continuam firmes e atuantes no país até hoje. A editora Vozes, dona dos direitos do livro, tem obrigação de reeditá-lo, tamanhas são as semelhanças com o que vivemos hoje no Brasil.  
Uma surpresa, como consta no livro, Padre Melo,  sergipano,  na lista dos financiados pelos EUA através do IBAD para fazer frente a "ameaça comunista" ou "perigo vermelho" , por meio do trabalho de  organização dos trabalhadores do campo e da cidade...  Por coincidência, conheci-o  pessoalmente  aqui em Sergipe, depois do retorno do Rio de Janeiroa, mas isso depois de alguns anos morando aqui,  foi por meio de umas poucas reuniões e uma missa. Mas também fiquei sabendo da existência do mesmo aqui pelo nordeste, liderando um projeto de colonização agrária no interior de Pernambuco onde um tio meu que morava aqui em Sergipe passou a fazer parte, depois que se mudou para lá.  Padre Melo também foi  candidato a governador de Pernambuco  pelo PTB em 1982   Residiu no Pará também, onde saiu por denúncias   de molestamento aos alunos  em uma escola agrotécnica onde trabalhava como professor, situada em uma das cidades da grande Belém.

Zezito de Oliveira

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