“Apoio à Cultura. Renovar e investir numa nova mentalidade histórica voltada para as classes mais populares. Sergipe tem cultura. Nosso povo merece ser produtor e protagonista; não apenas consumidor. É preciso sonhar e dar, nesse campo, espaço para a nossa sofrida JUVENTUDE. Essa também é uma preocupação da Igreja.”
“Iniciativas, no âmbito do artesanato de qualidade, para os sertanejos, com garantia de mercado, farão desses desvalidos sujeitos de sua própria história, fazendo valer o que Euclides da Cunha vislumbrou: “O Sertanejo é, antes de tudo, um forte.”
“Queremos confiar à proteção de Nossa Senhora da Conceição, a Rainha da Paz, todos os que estarão, no seu governo, empenhados na construção de uma educação verdadeiramente cidadã, capaz de contemplar os aspectos da cultura popular, que cultive os valores de cada comunidade, de cada região.”
As palavras acima proferidas pelo Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, na missa de posse do Governador de Sergipe, Marcelo Deda, foram recebidas com uma alegre surpresa por parte de artistas, gestores, agentes culturais, produtores e pesquisadores da área cultural em virtude da preocupação com arte e cultura, comumente ficar de fora ou serem consideradas como algo secundário nos pronunciamentos da maioria das lideranças religiosas, sindicais, políticas e dos movimentos sociais.
O mais corriqueiro é a utilização de artistas e grupos culturais para arregimentar pessoas e diminuir o tédio dos encontros, congressos, passeatas e comícios.
Com esse gesto, o nosso arcebispo se coloca no rol daqueles que defende que assim como as fontes de águas límpidas estão comprometidas pelo atual modelo de desenvolvimento predatório e insano, as fontes de criatividade e de beleza que brotam no meio do povo - através das manifestações artísticas populares - também secarão, frente à força avassaladora da cultura de massa e de consumo, caso não sejam salvas através do aumento do investimento em pesquisa, intercâmbio e divulgação.
Da parte da Ação Cultural continuamos insistindo que, se a arte e a cultura não resolver os graves problemas que assola a população em nosso estado , tampouco sem incluir essa dimensão na agenda do desenvolvimento os novos gestores públicos lograrão pleno êxito no esforço de melhorar a qualidade de vida dos sergipanos.
Nessa perspectiva, agradecemos a dom Lessa pelas suas palavras durante a homilia, e esperamos da parte dos novos gestores públicos, que tomaram posse no dia 1º de janeiro de 2007, que dentro de algum tempo os apelos de todos aqueles envolvidos com a arte e a cultura se transformem em ações permanentes e consistente, como tem acontecido no âmbito federal através da excelente gestão do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
José de Oliveira Santos – “Zezito”
Texto publicado na edição 1240, de 15 a 21 de janeiro de 2007, do Jornal Cinform, caderno municípios, seção opinião pessoal.
informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
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