sábado, 24 de janeiro de 2015

Play list - "Paulicéia Desvairada" - Homenagem ao aniversário da cidade de São Paulo.

 São Paulo nas pinturas de André Crespo
Por Vaas
André Crespo é um artista paulistano que reflete em suas pinturas o orgulho e o prazer de viver em uma grande metrópole. Assim como retrata a cidade de São Paulo, o pintor reúne conhecimentos e culturas de outros países  em experiências que transformam o conceito de “arte urbana” ,  mostrando situações desordenadas, movimentadas e frenéticas da cidade em conflito com o registro pictórico.

  

SÃO SÃO PAULO - TOM ZÉ



  São Paulo - Premeditando o Breque

 

 

 Criolo - "Não Existe Amor em SP"


Joelho de Porco - São Paulo by the day





Venha Até São Paulo - Itamar Assumpção


Tom Zé - Augusta, Angélica e Consolação



Fernanda Abreu - São Paulo - SP



Sampa - Caetano Veloso



Beto Guedes - São Paulo



Zélia Duncan -  cidade de SP



 BANDA MOXOTÓ - SÃO PAULO, REGGAE NIGHT

 BANDA MOXOTÓ & ANASTÁCIA - MOXOTÓPOLIS

 

 Adoniran Barbosa - O trem das onze




Mais músicas....

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 Prefeitura de São Paulo incentiva a cidadania cultural
Nabil Bonduki, arquiteto, urbanista, ex-vereador e novo secretário municipal de cultura, em entrevista exclusiva ao jornalista Oswaldo Luiz Colibri Vitta, fala sobre o plano diretor, a crise hídrica e seu amor pela cidade que comemora 461 anos de sua fundação. Além disso, ele fala dos desafios à frente da pasta. 

Ouça entrevista..

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Sobre a expressão "Paulicéia Desvairada"


Por Felipe Araújo

Paulicéia Desvairada, obra de Mário de Andrade publicada em 1922, mesmo ano da Semana de Arte Moderna, foi um marco da literatura brasileira e traçou os alicerces da estética do Modernismo no país.  A antologia de contos do escritor paulista foi a primeira obra realmente de vanguarda do movimento Modernista.

Rompendo radicalmente com as obras anteriores de Mário de Andrade, Paulicéia Desvairada faz uma análise do provincianismo e da sociedade paulista do começo do século XX. Anos mais tarde, na conferência “O Movimento Modernista”, o escritor definiu o livro como “áspero de insulto, gargalhante de ironia”.

Entre outros aspectos, Paulicéia Desvairada surgiu em um cenário de mudanças em São Paulo, que ganhava uma paisagem cada vez mais urbana e menos rural. Além disso, naquele período teve início o processo de explosão demográfica na cidade e a chegada dos imigrantes de diversos países.

Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, um dos poemas de Paulicéia lidos ao público foi Ode ao Burguês. A questão era que a própria plateia era o alvo de versos da poesia como: "Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,/ o burguês-burguês!/ A digestão bem-feita de São Paulo!/ O homem-curva! O homem-nádegas!/ O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,/ é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!".

Ao contrário de outros artistas como Menotti del Picchia e Manuel Bandeira, Mário de Andrade foi quem rompeu com maior rispidez a relação entre o Modernismo e as escolas anteriores. Esse desprendimento integral pode ser notado no famoso Prefácio Interessantíssimo, no qual o autor indica, de forma mordaz e espirituosa, as bases da criação de Paulicéia Desvairada. "Imagino o seu susto, leitor, lendo isto. Não tenho tempo para explicar: estude, se quiser (...)", escreveu o autor.
 
Permeando as páginas de Paulicéia Desvairada, são encontrados deboches, perturbações e suspeitas de Mário de Andrade em relação ao lugar em que foi criado: São Paulo. Porém, a grande inovação da obra estava em sua forma. Conciliando estéticas diferentes para criar o panorama da cidade, o escritor apresenta um nova realidade social, mas não incorpora os "ismos", que eram as vanguardas da Europa como o Expressionismo, o Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.

Influenciado pelo Futurismo de Ardengo Soffici, pintor italiano e intelectual do Fascismo, Mário de Andrade esboçou um espaço urbano renovado dentro de um tempo provisório. Do Expressionismo, representou os problemas sociais de forma burlesca e alterada. Porém, estas influências europeias estariam transformadas e digeridas, de acordo com o Manifesto Antropofágico, escrito por Oswald de Andrade.





ANDRADE, Mário de. De Paulicéia Desvairada a Café (Poesias Completas). São Paulo: Círculo do Livro, 1986.


http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/dossie-modernismo-semana-sem-juizo
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/pauliceia-desvairada-402047.shtml
http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/literatura/primeiro-tempo-modernista/as-vanguardas-europeias-e-os-ismos-contemporaneos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_Antrop%C3%B3fago
http://revistarascunhos.sites.ufms.br/files/2012/07/4ed_artigo_6.pdf

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São Paulo não é a avenida Paulista. São Paulo é a resistência na periferia

Os símbolos de São Paulo não deveriam ser os ásperos espigões da avenida Paulista, o verde do Ibirapuera, os aromas do Mercado Municipal, os sabores dos bons restaurantes e os sons da Sala São Paulo.
São Paulo é um rapaz que nasce, negro e pobre, no extremo da periferia e, apesar de todas as probabilidades contrárias, chega à fase adulta. É um vendedor ambulante que sai de casa às 4h30 todos os dias e só volta tarde da noite, mas ainda arranja tempo para ser pai e mãe. É a jovem que, mesmo assediada no supermercado onde trabalha, não tem medo de organizar os colegas por melhores condições. É a travesti que segue de cabeça erguida na rua, sendo alvo do preconceito de “homens e mulheres de bem'', sabendo que não consegue emprego simplesmente por ser quem é.
São Paulo é resistência. Não aquela cantada em prosas e versos, da resistência dos ricos e poderosos, que com seus grandes nomes deixaram grandes feitos que podem ser lidos em grandes livros ou vistos na TV. Mas a resistência solitária e silenciosa de milhões de anônimos que não possuem cidadania plena, mas tocam a vida mesmo assim.
(A íntegra do texto está no blog. Vai lá dar uma olhada.)

 http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2015/01/25/sao-paulo-nao-e-a-avenida-paulista-sao-paulo-e-a-resistencia-na-periferia/



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A iniciativa play list temáticas.


A play list é um projeto embrião da rádio web da Ação Cultural, enquanto isto não acontece, a gente vai fazendo o que pode, usando as frestas ou as brechas proporcionadas pelas novas tecnologias,  igual a uma flor que irrompe no asfalto. Neste caso, o asfalto do controle dos meios de comunicação pelo poder econômico.
O legal mesmo será a democratização das ondas eletromagnéticas para que organizações como a Ação Cultural associada a outras semelhantes,  possam  dispor de espaço nas frequências do rádio e da televisão para se comunicar com muito mais pessoas.
 http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/
Mas essa conquista só virá com muita luta, persistência e ações como esta.
E assim, a gente faz um país.
O conceito dessa proposta pode ser utilizado por comunicadores que atuam em quaisquer  espaço, inclusive em alguns grandes meios, em especial os públicos .
Diga-se de passagem, a Rádio Cultura Brasil, da Fundação Padre Anchieta (SP), foi uma das fontes de inspiração para este trabalho. http://culturabrasil.cmais.com.br/
Outras músicas podem ser sugeridas nos comentários, tanto por aqui, como no facebook.
 https://www.facebook.com/radioacaocultural
Quem quiser pode enviar um tema e uma relação de músicas para compor outras playlists.
Confira as outras play lists no arquivo do blog, localizado no lado direito, em cima.

 (Zezito de Oliveira)






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