Prezados (as) Não se
esqueçam de escolher a sequência do
filme a ser apresentado no Cine-Realidade do dia 12 de setembro. O mais votado será exibido primeiro e assim
sucessivamente. Leia as matérias que selecionamos sobre cada filme e façam a escolha de vocês.
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além do blog da Ação Cultural.
Sonhos Roubados
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sonhos Roubados | |
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Sonhos Roubados | |
Brasil 2010 • cor • 85 min | |
Direção | Sandra Werneck |
Produção | Cineluz |
Coprodução | Estúdios Mega Labocine |
Produção executiva | Elisa Tolomelli |
Roteiro | Paulo Halm Michelle Franz Adriana Falcão Sandra Werneck José Joffily Maurício O. Dias |
Elenco | Nanda Costa Amanda Diniz Kika Farias Marieta Severo Daniel Dantas Nelson Xavier Ângelo Antônio Lorena da Silva Guilherme Duarte Silvio Guindane Zezeh Barbosa MV Bill |
Gênero | drama |
Música | Fábio Mondego Fael Mondego Marco Tommaso |
Direção de arte | José Joaquim |
Direção de fotografia | Walter Carvalho |
Edição | Waldir Xavier (som) |
Lançamento | 2010 |
Idioma | português |
Site oficial Página no IMDb (em inglês) |
Sobre sua personagem, que finge ser mulher de um presidiário (vivido por MV Bill) e lhe faz visitas íntimas na prisão para complementar sua renda, Nanda Costa declarou:
Quis contar da forma mais verdadeira possível, sem julgar o comportamento dela. |
— Nanda Costa[2]
|
Índice
Prêmios
O filme recebeu o prêmio do júri popular no Festival do Rio de 2009 e também o de melhor atriz para Nanda Costa.[1] [2]
Em outubro de 2010, as atrizes Nanda Costa, Amanda Diniz e Kika
Farias dividiram o prêmio Biarritz de melhor atriz por seus papeis no
filme.[3]
Referências
- France Press (2 de outubro de 2010). Festival de Biarritz premia brasileiros "5 x Favela" e "Sonhos Roubados" (em português) Ilustrada A Folha de S.Paulo. Visitado em 2 de outubro de 2010.
Ver também
Ligações externas
- Filmes do Brasil de 2010
- Filmes em língua portuguesa
- Filmes de Sandra Werneck
- Filmes de drama do Brasil
Entrevista: Luciana Burlamaqui, diretora do premiado documentário “Entre a luz e a sombra” (En español abajo).
O documentário Entre a Luz e a Sombra
participou do festival “Documenta Madrid 11” e SambaConFlamenco teve a
oportunidade de entrevistar a diretora do filme, Luciana Burlamaqui.
Porém, dizer diretora é pouco para Luciana. Além de dirigir o filme,
Burlamaqui é, entre outras coisas, produtora, roteirista, câmara e
editora. Praticamente realizou a obra sozinha. Com uma câmara digital na
mão acompanhou, durante sete anos, as vidas de Sophia Bisilliat,uma
atriz que abandona a carreira para ajudar os presos do Carandiru, com os
projetos Teatro nos Presídios e Talentos Aprisionados.
De Dexter e Afro X, dois amigos de infância da periferia de São Paulo,
que se reencontram depois de vinte anos no Carandiru e formam o
conhecido grupo de rap 509-E. Número da cela onde “por um acaso, destino
ou plano de Deus”, como relata AfroX no filme, aconteceu o reencontro.
E de Octávio de Barros Filho, um juiz que acredita em uma forma digna
de reabilitação dos presos. São sete anos de gravação, uma história de
encanto e desencanto. Um documentário que podia ser uma ficção. Como
definiu Geraldo Sarno: “É muito raro ter quatro personagens com um
desenvolvimento dramático dentro de um documentário, como em uma ficção
clássica”.
O filme é importante pela capacidade de mostrar e fazer refletir
sobre uma realidade que está ao nosso lado. Uma realidade que é a sombra
da luz em que vivemos. Luciana investiga à violência e a natureza
humana. Um Brasil injusto que precisa acordar e rever o que faz com sua
gente
SambaConFlamenco, aproveitando a presença do documentário no festival
“Documenta Madrid 11”, entrevistou Luciana Burlamaqui. A diretora,
produtora, editora e muito mais nos conta o porquê do filme, as
dificuldades, as satisfações, o aprendizado e tudo que pode conter uma
produção de mais de dez anos. Leia abaixo
SambaConFlamenco: Como você chegou até esta história, aos protagonistas? Como começa tudo?
Luciana Burlamaqui: Tinha deixado o jornalismo. Saí do meu último emprego, que foi na TV Cultura
e fui trabalhar em uma ONG, que se chamava “Projeto aprendiz”. Eles
trabalhavam a comunicação com a educação. Fui ensinar a fazer vídeos
para jovens e estes vídeos iam para a televisão, no canal futura e TV
USP, com quem tínhamos parcerias. Em paralelo trabalhava com uma
produtora da Inglaterra, que fazia documentários sociais sobre o Brasil e
era onde eu ganhava a minha vida. Comecei a fazer produções para fora
do Brasil. Era interessante, mas ainda mais jornalístico e eu tinha uma
câmera, equipamentos de edição e queria gravar uma história ligada à
violência urbana, que foi uma temática que sempre trabalhei. Ainda
estudante, trabalhei com o Caco Barcelos no Rota 66.
Minha primeira matéria como jornalista foi com crianças de rua. Eu já
tinha um viés nesta área. Então apareceu o Dexter, Afro X e Sophia no
Projeto Aprendiz. Eles iam ter uns encontros com meninos da FEBEM e eu
me ofereci para gravar. Achei que por si só a troca de experiência entre
os adultos presos e os meninos ia ser boa e realmente deu um bom
material. Vi que ali tinha algo e fiz uma proposta: gravar eles um mês,
um pouquinho da vida deles. Algo superficial, por que entraram no crime,
mostrar onde moram e tentar encontrar dois meninos na FEBEM para fazer
um cruzamento. Comecei a gravá-los e já no primeiro ou segundo dia
aconteceram cenas impactantes da relação de Dexter com Sophia e da
maneira como eles viam a si mesmos (Uma das primeiras cenas do filme).
Foi muito forte e não consegui me descolar da história a partir dali. Depois fiquei sete meses acompanhando-os quase diariamente, à disposição deles. Foi assim que surgiu a ideia do filme.
ScF. Durante todo o filme se vê a Sophia, Afro X e Dexter de
uma forma muito natural e isto passa ao público uma sensação especial de
proximidade. Como fez para que não perdessem a naturalidade?
LB. Tem a ver com algumas coisas. Gravar com só uma câmera facilita,
não é tudo, mas é uma grande ajuda. Eu tive uma conversa com eles antes,
onde mostrei que tinha gravado um grupo de rap em Nova York e eles se
identificaram com o que fiz. Isto deu confiança, sentiram que eu
entendia um pouco do universo deles. Logo é a sensibilidade, de como ir
lidando com uma gravação. Aí acredito que é uma coisa minha, particular.
Cada um tem a sua e tinha que ver qual era a minha maneira de fazer
isto. Sempre muito sincera, que este é meu jeito de ser.
ScF. Foram sete anos de convivência. Teve algum momento que foi difícil a relação com eles?
LB. Ah, não. Acho que não. Lá na frente, quando tiveram as rebeliões,
eles acharam que eu podia estar querendo ganhar alguma coisa. Passa
pela cabeça, né? Que agora ela vai ganhar dinheiro. Muito lá na frente
existiram estes conflitos e acho que são naturais. Mas depois foram
vendo que não tinha nada a ver. Foram alguns momentos difíceis, como em
qualquer relação.
ScF. Quando saía do cinema, no ano passado, uma pessoa
comentou do meu lado: “Quem dera eu ser um pingo do ser humano que é a
Sophia”. Gostaria que você falasse um pouquinho dela, se ela deixou algo
em você?
LB. Ela deixou e ainda deixa. Sophia é uma mulher que não tem preconceitos. Não se pode
falar isto de qualquer pessoa. Na verdade, é difícil
falar isto de alguém. Não é que ela seja perfeita, não. Tem defeitos
como todo mundo, tem as dificuldades dela. Mas ela é uma pessoa onde o
outro realmente existe 24 horas, nas pequenas, médias e grandes coisas.
Agora, ela paga uma preço alto por isto. Mas é uma pessoa excepcional.
Quando comecei a filmar pensava “nossa, eu não sou assim”. Admirava
muito e queria ser como ela. Sophia vive aquilo que acredita. Muitas
vezes a gente tem as nossas teses, mas não estão em nossas ações.
Conseguir fazer aquilo que acredita na vida pessoal é o mais difícil.
Tudo que você quer mudar no mundo tem que mudar primeiro dentro de si
mesmo.
ScF. Reparei que alguns espectadores, ao sair do cinema,
refletiam sobre a própria vida ou sobre seu entorno. Você acredita que a
arte pode transformar as pessoas e a sociedade?
LB. Da. Eu acho que sim. Na mesa redonda (De abertura do festival
DocumentaMadrid 11) me perguntaram por que faço documentário. Não falei
muito, mas disse que era porque queria mudar o mundo.
Sei que por um lado é muito insignificante aquilo que a gente faz. Tenho
a consciência disto. O mundo tá igual. Por outro lado
acredito que as mudanças não precisam ser no mundo inteiro. Se você
conseguir mudar uma pessoa ou provocar algum tipo de reflexão já é um
avanço. Muitas pessoas me mudaram, muita coisa que li me mudou, filmes
me mudaram. É um processo de mudança, não é amanhã que vai terminar a
injustiça social. Mas acho que se tem que mudar aos poucos e acredito
nisto, senão nem faria.
ScF. Acredita que conseguiu um pouco com o documentário Entre a luz e a sombra?
LB. Tenho a sensação que provoquei o desejo de mudança nas pessoas.
Isto eu sinto que vem existindo realmente. O filme vai chegar a 75 mil
escolas públicas e a 30 milhões de alunos no Brasil. Ele provocou
questionamentos e por isto toca as pessoas.
ScF. E em você, mudou algo?
LB. Mudou milhões de coisas. Tinha até umas coisas estranhas, não
conseguia terminar o filme se não mudasse algumas coisas em mim. Tive
que trabalhar o desapego, os preconceitos, a questão da violência que a
gente tem, que tenho dentro de mim, que via que tinha. Como é que vou
fazer um filme sobre violência se eu também ajo deste jeito, é
incoerente. Onde tá minha compaixão pelas coisas que acho que são mínimas que
as pessoas devem ter? Acredito que mais por aí, não a questão de olhar
pro outro, isto tenho, essa preocupação com o outro. Eram coisas que, se não mudasse, o filme não andava, acredita? Tão engraçado isto.
ScF. Foi por isto que parou por um ano?
LB. Não, nunca teve nada a ver. Parei porque não tinha dinheiro, só
isso. Mas percebia que quando era mais flexível em algumas coisas,
quando aceitava outras, tudo fluía melhor.
ScF. Nos últimos dez anos tivemos, no Brasil, muitos
documentários e filmes de docuficção que tratavam da violência. Houve,
em algum momento, medo que os brasileiro estivessem cansados deste
gênero e pensassem que era só mais um filme sobre a violência?
LB. Sim, houve. Na verdade não tive dinheiro para o lançamento. As
pessoa praticamente não ficaram sabendo do filme e como não tive
condição de trabalhar o markting em uma visão mais global do
documentário, ele ficou muito no enfoque da prisão. Muita gente nem quis
ir ver por causa disto. Quando as pessoas assistem tem uma visão
diferente, entendem que não é assim. Minha grande dificuldade é chegar
neste público. Não tinha como fazer isto. Sem dinheiro é difícil. Em
minhas entrevistas falava muito da questão social porque para mim era difícil falar deste filme de outro jeito. Não conseguia falar muito sobre a história.
Talvez deveria ter feito. Porém centrei na questão da violência, da
prisão. Realmente achei que isto era importante. Minha estratégia sempre
foi a social, achava que deveria falar disto mesmo. Neste ponto posso
ter afastado um pouco o público.
ScF. Aqui na Europa parece que tem uma ótima aceitação e no Brasil?
LB. Quando passa as pessoas gostam. Passou na TV Brasil e teve uma
repercussão grande. Recebi email, facebook e twitter do Brasil inteiro.
No Canal Brasil também foi muito bom. Não era algo enorme, mas senti uma
resposta do público. Queremos mesmo é passar na televisão aberta.
Acredito que as pessoas iam gostar. Elas iam entender melhor o Brasil e
conseguir se ver neste contexto. O filme tem essa função de causar
entendimento. Este é meu sonho.
ScF. Você estaria disposta a editar um pouco mais o filme, para encaixar ao formato de televisão?
LB. Não. Porque aí perde a história com todos os detalhes.
ScF. Em uma entrevista perguntaram se achava que o Brasil é,
atualmente, uma referência do cinema documental. Você então ressaltou o
sucesso dos documentários brasileiros em festivais internacionais. E no
Brasil, essa nova geração de diretores, é valorizada?
LB. Tem uma aceitação de documentário no Brasil, sim. Os documentários ligados à música,
por exemplo. Acho que meu filme poderia ter tido mais aceitação se
tivesse chegado ao público. Se soubessem, tivesse tido um boca a boca.
Isto faz falta. Porém, acho que o público reage bem. Nossa dificuldade
não é com o público. O problema é que não temos uma política de
distribuição e divulgação.
ScF. Qual é o problema com as distribuidoras?
LB. Aí tá difícil. As pessoas têm muito medo de sair
do formato tradicional de contar uma história. Falta sensibilidade no
mercado, não sempre, mas falta. De apostar em diferentes filmes. Não
querem nem arriscar, não tentam. Posso falar no meu caso, por mim, não
posso falar por todo mundo. Considero meu documentário popular, que
funciona bem em televisão. Quem vai ao cinema reage bem. Mas, como
sensibilizar um distribuidor que este filme pode ter um grande público,
ninguém acredita nisto. Não consigo nem fazer que eles assistam, eu não
consegui.
ScF. Mesmo depois de participar em tantos festivais internacionais e ganhar prêmios como os de Biarritz, na França?
LB. Sim, mesmo depois. Também desisti. Precisava de dinheiro para investir na distribuição, como todos os documentários que
vão ao ar. Não tinha tempo de me escrever em um edital e esperar um
ano. Tive que investir do meu dinheiro, de empréstimos e consegui um
apoio do Banco Panamericano, porém não foi suficiente. Não consegui
outros apoios e aí frustra um pouco, muito, aliás. Agora a gente tá conseguindo
umas televisões, produzir um DVD. Vamos trabalhar com o Ministério de
Educação num projeto com 70 mil escolas públicas e trinta milhões de
alunos. Acho que assim o filme pode cumprir uma função, nas escolas é
perfeito. Os meninos são o futuro do Brasil e ter condição de trabalhar
com eles é muito importante. Só que a gente vai precisar de patrocínios.
Não quero parar por aí, deve ter um acompanhamento com cartilhas,
workshop. Queremos fazer uma semana de Cultura de Paz não Violência.
ScF. Foi difícil gravar no Carandiru?
LB. Não. Na verdade gravei poucas vezes. Parece muito, mas não foi.
Foram mais ou menos oito vezes. Não podia estar sempre um dia inteiro,
no começo era uma hora ou quarenta minutos. Às vezes
não podia um dia, tinha acontecido alguma coisa. Não foi fácil ficar
livre lá para gravar. Mas depois consegui ficar um dia inteiro, dois,
três. Era duro, porém não me sentia mal, lá tinha vida. Quando tem
aquela cena do Carandiru vazio, das fotos, mais para o final do filme,
tem gente de lá que fala “ai, é um sentimento estranho porque me
dá saudade daquilo que tinha visto”. Apesar das coisas horríveis que
havia, como o pavilhão 5 com os presos que ficavam o dia inteiro no
“seguro”, sem banho de sol e que acabavam doentes mentais, tinha vida. O
Carandiru era como se fosse uma cidade, tinha uma movimentação
impressionante. Uma energia diferente de uma prisão. Conheci algumas
prisões em outros projetos e ali era distinto. As outras eram piores.
ScF. O Geraldo Sarno disse que teu filme
tinha umas características que ele jamais viu e que era maravilhoso. O
Beto Magalhães também falou muito bem do filme. Como é para você receber
estes elogios de outros diretores de peso?
LB. Nossa, dá vontade de chorar. Fico super-feliz, sempre se tem uma
insegurança. Respeito muito os cineastas de peso, para mim é muito
importante saber o que eles pensam. Não só eles, quero saber de todo
mundo, mas preciso também deste retorno. Eles têm uma história, uma vivência, são sinceros e tem uma sensibilidade. Viram de tudo, eu não tenho uma cultura cinéfila. Estou virando cineasta, era jornalista. Não conheço um décimo dos filmes que eles conhecem, estou vendo tudo agora.
ScF. No teu projeto novo você quer mostrar uma visão da polícia.
LB. Na verdade foi uma oportunidade, não tava procurando nada. Fui
convidada para dirigir um documentário sobre a investigação do roubo ao
Banco Central de Fortaleza. Achei que ia durar uns três meses e fiquei
dois anos filmando, é uma sina que tenho (risos). Conto essa história
com o mesmo estilo que Entre a Luz e a Sombra. Só que os personagens são dois policiais.
Vai ser um seriado para televisão, de treze capítulos, e se chama
“Diário de uma investigação, os bastidores do maior roubo a banco da
história”.
ScF. Para o SambaConFlamenco é importante saber como te sentes na Espanha, tá gostando?
LB. Estou adorando a Espanha. Desta vez ainda mais que a primeira.
Não que não tenha gostado antes. O meu momento pessoal estava diferente,
com muitas preocupações. Agora estou completamente apaixonada pela
Espanha. Inclusive tenho um projeto de ficção no qual uma parte quero
fazer aqui em Ávila. Já estou com vontade de voltar em julho para
conhecer o sul, acho que pode me dar ideias. Enfim, estou encantada com a Espanha.
5x Favela - Agora por Nós Mesmos
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Cartaz oficial do filme. | |
Brasil 2010 • cor • 103 min | |
Direção | Manaíra Carneiro Wagner Novais Rodrigo Felha Cacau Amaral Luciano Vidigal Cadu Barcellos |
Produção | Renata Almeida Magalhães Carlos Diegues |
Produção executiva | Tereza Gonzalez |
Roteiro | Rafael Dragaud |
Elenco | Sílvio Guindane Roberta Rodrigues Gregório Duvivier Hugo Carvana Dandara Guerra Flávio Bauraqui Thiago Martins |
Gênero | Documentário |
Música | Guto Graça Mello |
Direção de arte | Pedro Paulo Rafael Cabeça |
Direção de fotografia | Alexandre Ramos |
Edição | Quito Ribeiro |
Idioma | Português |
Site oficial Página no IMDb (em inglês) |
Índice
Enredo
1° Episódio: "Fonte de Renda"
O "Fonte de Renda", conta a história de Maicon (Sílvio Guindane) que
consegue passar no vestibular, mas logo encontra-se em situação difícil
na hora de arcar com os livros, alimentação e transporte. Ele fica
tentado então à começar a vender drogas para os estudantes da faculdade,
para que assim possa pagar suas despesas.Mas logo passa por uma
tragédia, no dia que iria levar a droga para um dos seus amigos, não deu
para passar pela rua, estava cheio de policiais e acabou por deixar em
casa a "encomenda". Ao chegar na faculdade ele explica para o amigo o
motivo de não ter levado a droga. De repente recebe uma ligação do
padrinho, dizendo que seu irmão estava no hospital, em estado grave por
ter ingerido a substância e estava com uma veia entupida. Quando chega
ao hospital, acaba por levar uma surra de seu padrinho.
2° Episódio: "Arroz e Feijão"
O segundo episódio, "Arroz e Feijão", conta a história de um pai que
não tem condição em comprar uma comida variada e faz de sua refeição
diária arroz e feijão junto com seu filho Wesley (Juan Paiva). No
aniversário do pai, ele se junta com o amigo Orelha (Pablo Vinícius)
para comprar um frango, realiza diversos trabalhos para tentar arrumar o
dinheiro e comprar o frango. Mas sempre que completa um trabalho tem
problemas com o 'Pagamento', então, os dois tem a ideia de roubar o
frango e ninguém ficaria sabendo. Um pouco mais tarde, depois de jantar o
frango, ele se deita no sofá e fica escutando a conversa de seus pais,
na qual o pai revela porque não comia frango, falando que seu pai roubou
um frango e no outro dia foi espancado pelos donos do frango, ouvindo
isso, o garoto saiu novamente, arrumou dinheiro, comprou outro frango e o
colocou no lugar do que ele roubou .
3° Episódio: "Concerto para Violino"
O terceiro episódio, "Concerto para Violino", conta a história de
três pessoas que no passado, quando crianças, fizeram um pacto de
amizade. Vinte anos se passaram, e Jota (Thiago Martins) foi ao rumo do
tráfico das drogas, Ademir (Samuel de Assis) se tornou policial e Márcia
(Cintia Rosa) uma violinista.
4°Episódio: "Deixa Voar"
Conta a história de Flávio (Vítor Carvalho), de 17 anos, que deixa a
pipa de seu amigo cair na favela rival e ele precisa ir buscá-la.
Chegando lá ele teve um desentendimento com os outros meninos que estava
com a pipa, mas seu primo chegou e resolveu tudo, e também aproveitou a
viagem para ir até a casa de sua amiga que o entrega em segurança em
sua favela .
5° Episódio: "Acende a Luz"
"Acende a Luz", conta a história de uma véspera de Natal no morro, e a
luz tinha acabado e os técnicos da companhia de luz não conseguiam
arrumar, então um deles é sequestrado por um dos moradores da favela e o
faz de refém até que a luz do morro volte.
Elenco
- Sílvio Guindane como Maycon
- Roberta Rodrigues como Renata
- Gregório Duvivier como Edu
- Hugo Carvana como Dos Santos
- Dandara Guerra como Sofia
- Flávio Bauraqui como Raimundo
- Thiago Martins como Jota
- Cintia Rosa como Márcia
- Márcio Vito como Lopes
- Marcello Melo como Alex
Produção
Em janeiro de 2009, 603 jovens moradores de favelas se juntaram e inscreveram para participar das oficinas técnicas
promovidas pelos produtores. Deles, 229 participaram de oficinas, para
que eles pudessem participar das oficinas foi gasto cerca de R$ 45 mil
em vales transporte e outros R$ 50 mil em vales refeições.[5]
Dos alunos que cursaram as oficinas, 84 foram escolhidos para integrar a
equipe técnica do filme. A seleção ocorreu tendo por base o
aproveitamento e currículo.[6]
Os episódios foram realizados com o apoio da CUFA, na Cidade de Deus; do Nós do Morro, no Vidigal;
do Observatório de Favelas, no Complexo da Maré; do AfroReggae, em
Parada de Lucas; e o Cidadela/Cinemaneiro, em várias comunidades ao
longo da Linha Amarela; Luciano Vidigal dirigiu o episódio "Concerto
para Violino", os temas de cada episódio foram escolhidos pelos próprios
alunos de cada oficina de roteiro, sendo desenvolvidos coletivamente
por toda equipe.[1]
Referências
- Carlos Diegues. Terminaram as filmagens do "5x Favela, Agora por Nós Mesmos". Página visitada em 18 de outubro de 2012.
Ligações externas
- Página oficial (em português)
- 5X FAVELA - AGORA POR NÓS MESMOS (em português) no CineClick
- 5x Favela - Agora por Nós Mesmos (em inglês) no Internet Movie Database
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