"Hoje em dia nos jovens que eu vejo
irrequietos, num mundo infeliz,
eu renovo a esperança e o desejo
de topar com Francisco de Assis.
Calça Lee, pé no chão, mundo novo,
mil idéias de renovação.
Ele são consciência do povo,
queira Deus que eles cresçam irmãos."
Pe. Zezinho
Oração de São Francisco de Assis adaptada. 👇👇👇👇👇👇👇
Senhor, faça de mim instrumento da sua paz!
Onde houver pena de morte, que eu leve a conversão e restauração.
Onde houver a tortura,
que eu leve a dignidade da vida humana.
Onde houver a ditadura e o totalitarismo, que eu leve o livre arbítrio e a democracia.
Onde houver a discriminação, que eu leve a acolhida aos sofredores e excluídos.
Onde houver discursos de ódio, que eu leve a misericórdia e a caridade.
Onde houver preconceito contra as mulheres, que eu leve o respeito e o amor.
Onde houver culto às armas, que eu leve a promoção da paz.
Onde houver esterilização de pessoas pobres, que eu leve a defesa das famílias e da vida.
Onde houver xenofobia e repulsa aos refugiados,
que eu leve a acolhida aos estrangeiros.
Ó Mestre, faça com que eu procure mais:
perdoar do que ser vingativo, pacificar do que ser violento, amar do que ser preconceituoso.
Pois é semeando a paz
que se se constrói a paz.
É promovendo direitos
que se tem os direitos.
E é somente na fraternidade que se constrói a democracia.
Amém.
Outras sugestões de canções podem ser enviadas via comentários...
Pe. Zezinho
Oração de São Francisco de Assis adaptada. 👇👇👇👇👇👇👇
Senhor, faça de mim instrumento da sua paz!
Onde houver pena de morte, que eu leve a conversão e restauração.
Onde houver a tortura,
que eu leve a dignidade da vida humana.
Onde houver a ditadura e o totalitarismo, que eu leve o livre arbítrio e a democracia.
Onde houver a discriminação, que eu leve a acolhida aos sofredores e excluídos.
Onde houver discursos de ódio, que eu leve a misericórdia e a caridade.
Onde houver preconceito contra as mulheres, que eu leve o respeito e o amor.
Onde houver culto às armas, que eu leve a promoção da paz.
Onde houver esterilização de pessoas pobres, que eu leve a defesa das famílias e da vida.
Onde houver xenofobia e repulsa aos refugiados,
que eu leve a acolhida aos estrangeiros.
Ó Mestre, faça com que eu procure mais:
perdoar do que ser vingativo, pacificar do que ser violento, amar do que ser preconceituoso.
Pois é semeando a paz
que se se constrói a paz.
É promovendo direitos
que se tem os direitos.
E é somente na fraternidade que se constrói a democracia.
Amém.
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Os Meninos de Deus - Senhor Fazei de Mim Um Instrumento de Tua Paz - 1974
Cantiga por Francisco - Padre Zezinho
Meu amigo deixou seu dinheiro,
sua herança e os direitos que tinha
era jovem demais o menino!
disse o pai, o vizinho e a vizinha.
Meu amigo encontrou a verdade
e em seu rosto banhado de luz.
Pelas ruas de sua cidade
meu amigo imitava Jesus.
Irmão vento, irmão sol, irmã lua,
irmão lobo tu és meu irmão.
Rouxinol, sabiá, criaturas de Deus,
somos obras de suas mãos.
Meu amigo viveu sem ter nada,
por esposa escolheu a pobreza,
era jovem demais o menino!
não podia ter tanta certeza.
Foi assim que ele abriu um caminho
para quem quer viver só de amor.
Não ficou muito tempo sozinho,
gente nova o seguiu com fervor.
Hoje em dia nos jovens que eu vejo
irrequietos, num mundo infeliz,
eu renovo a esperança e o desejo
de topar com Francisco de Assis.
Calça Lee, pé no chão, mundo novo,
mil idéias de renovação.
Ele são consciência do povo,
queira Deus que eles cresçam irmãos.
Cântico das Criaturas (Zé Vicente)
D A7
Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor;
G D A7 D
Todas as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: amém!
D A7
1. Louvado sejas nas criaturas, primeiro o sol lá nas alturas
G D A7 D
Clareia o dia, grande esplendor, radiante imagem de ti, Senhor.
2. Louvado sejas pela irmã lua, no céu criaste, é obra tua.
Pelas estrelas, claras e belas, tu és a fonte do brilho delas.
3. Louvado sejas pelo irmão vento e pelas nuvens, o ar e o tempo,
E pela chuva que cai no chão, nos dás sustento, Deus da Criação.
4. Louvado sejas, meu bom Senhor, pela irmã água e seu valor.
Preciosa e casta, humilde e boa, se corre um canto a ti entoa.
5. Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão fogo e seu calor.
Clareia a noite, robusto e forte, belo e alegre, bendita sorte.
6. Sejas louvado pela irmã terra, mãe que sustenta e nos governa.
Produz os frutos, nos dá o pão, com flores e ervas sorri o chão.
7. Louvado sejas, meu bom Senhor, pelas pessoas que em teu amor
Perdoam e sofrem tribulação, felicidade em ti encontrarão.
8. Louvado sejas pela irmã morte, que vem a todos, ao fraco e ao forte.
Feliz aquele que te amar, a morte eterna não o matará.
9. Bem-aventurado quem guarda a paz, pois o Altíssimo o satisfaz.
Vamos louvar e agradecer, com humildade, ao Senhor bendizer.
http://www.palcocatolico.com.br/cifra/zevicente/onipotente-e-bom-senhor-591/
Letra:Vinicius de Moraes
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
De pé descalço
Tão pobrezinho
Dormindo à noite
Junto ao moinho
Bebendo água
Do ribeirinho.
Lá vai São Francisco
De pé no chão
Levando nada
No seu surrão
Dizendo ao vento
Bom dia, amigo
Dizendo ao fogo Saúde, irmão
Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Para os passarinhos
20/07/2013
Leonardo Boff
Leonardo Boff
São
Francisco de Assis é um dos santos mais amados e populares do povo brasileiro.
O novo Papa assumiu o nome de Francisco para cumprir a mesma missão que ele
teve, há mais de 800 anos, a de restaurar a Igreja que estava em ruinas. O Papa
Francisco tem semelhante missão: a de restaurar uma Igreja arruinada por vários
tipos de escândalos internos a ela que lhe tiraram o que de melhor tinha:
a credibilidade e a confiabilidade dos fiéis. Aqui transcrevo uma imaginária
mensagem de São Francisco de Assis, por ocasião da visita do Papa
Francisco de Roma à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Ela está
contida num livro que acabo de publicar pela editora Mar de Ideias, com o
título: “Francisco de Assis e Francisco de Roma: uma nova primavera para a
Igreja?”
Assim falou São Francisco aos jovens de hoje
Queridos
jovens, meus irmãos e minhas irmãs.
Como vocês, também fui jovem. Era filho de um rico comerciante de tecidos:
Pedro Bernardone. Com ele fui às famosas feiras do sul da França e da
Holanda. Aprendi francês e conheci um pouco o mundo, especialmente a música
dos jograis e as cantigas de amor da Provence.
Minha
festiva juventude
Meu pai, muito rico, me
proporcionou todas as facilidades. Eu liderava um grupo de jovens boêmios que
adoravam passar muitas horas à noite nos becos das ruas, cantando poemas de amor
cortês e ouvindo menestreis que narravam histórias de cavalaria. Fazíamos
festins e muita algazarra. Assim se passaram vários e alegres anos.
Depois de algum tempo, comecei a sentir um grande vazio dentro de mim. Tudo
aquilo era bom, mas não me preenchia. Para superar a crise, tentei ser
cavaleiro e fazer façanhas em batalhas contra os mouros. Mas no meio do caminho
desisti. Entrei num mosteiro para orar e fazer penitência. Mas logo percebi que
esse não era o meu caminho.
O chamado para reconstruir a
Igreja em ruínas
Lentamente, porém, começou a
crescer dentro de mim um estranho amor pelos pobres e profunda compaixão pelos
hansenianos que viviam isolados, fora da cidade. Lembrava-me de Jesus que foi
também pobre e o muito que sofreu na cruz.
Certo dia, quando entrei
numa igrejinha, de nome São Damião, fiquei longamente contemplando o rosto
chagado do Cristo Cruficado. De repente, me pareceu ter ouvido uma voz vindo
dele:”Francisco, vá e repara a minha igreja que está em ruinas”
Aquelas palavras calaram fundo no meu coração. Não conseguia esquecê-las.
Comecei, com minhas próprias mãos, a reconstruir uma pequinina e velha igreja
em ruinas, chamada de Porciúncula. Depois, pensando melhor, me dei conta de que
aquela voz se referia à Igreja feita de homens e de mulheres, de prelados,
abades, padres, não excluindo o própro Papa. Ela estava em ruína moral.
Grassavam muitas imoralidades, fome de poder, acumulação de riquezas,
construções de palácios de cardeais, de papas e suntuosas igrejas. Tudo aquilo
que Jesus seguramente não queria de seus seguidores.
A
descoberta do evangelho e dos pobres
Achei por bem beber da fonte
genuina da reconstrução da Igreja: os evangelhos e o seguimento de Jesus pobre.
Ninguém me inspirou ou mandou; mas foi Deus mesmo que me conduziu ao meio dos
hansenianos. E tive imensa compaixão deles. Aquilo que antes achava
amargo, agora, pelo amor compassivo, se me tornava doce. Comecei a pregar pelos
burgos as palavras de Cristo, em língua popular que todos entendiam. Via
nos olhos da pessoas que era isso que esperavam e queriam ouvir.
Todos
os seres da criação são nossos irmãos e irmãs
Nas minhas andanças me fascinava
a beleza das flores, o canto dos passarinhos, o ruido das águas dos riachos.
Tirava do caminho poierento a minhoca para não ser pisada. Entendi que todos
tínhamos nascidos do coração do Pai de bondade. Por isso éramos irmãos e irmãs:
o irmão fogo, a irmã água, o irmão e Senhor Sol e a irmã e a Mãe Terra.
Muitos
antigos companheiros de festas e diversões se juntaram a mim. Uma bela e
querida amiga, Clara de Assis, fugiu de casa e quis compartilhar a nossa vida
simples. Começamos um movimento de pobres. Nada levávamos conosco. Apenas o
ardor do coração e a alegria do espírito. Trabalhávamos nos campos ou
pedíamos esmolas. Queríamos seguir os passos de Cristo humilde, pobre e amigo
dos pobres. Tive a compreensão do Papa Inocêncio III que aprovou, não sem
hesitações, o caminho que eu e meus companheiros queríamos seguir.
Depois de alguns anos, já éramos uma multidão a ponto de eu não saber mais como
abrigar e animar tanta gente. O resto da história vocês conhecem. Não preciso
repeti-la. Com o apoio do Papa daquele tempo, criou-se a Ordem dos Frades
Menores, com diversos ramos, que persiste até os dias de hoje.
Vejam, queridos jovens, irmãos e irmãs meus queridos. Tive uma experiência que
certamente vocês, como jovens, também tiveram ou estão tendo: de roda de
amigos, de festas e de folias. Portanto, temos algo em
comum.
Mas aproveito agora que estamos
juntos para dizer-lhes algumas coisas que considero de suma importância para os
tempos atuais.
A Mãe Terra está doente e com
febre
A primeira é: como nunca antes,
estamos num momento critico da história da Terra e da Humanidade. O clamor da
natureza se faz ouvir de forma cada vez mais forte. Nossa querida Mãe Terra
está doente e com febre, pois, já há muito tempo, a estamos superexplorando.
Tiramos dela mais do que ela anualmente pode repor. O ar está contaminado, as
águas poluidas, os solos envenados e nossos alimentos cada vez mais
quimicalizados. O aquecimento da Terra não para de aumentar. Milhares de
espécies de seres vivos, nossos irmãos e irmãs, estão desparecendo por ano: uma
verdadeira devastação, ocasionada pela forma agressiva com a qual nos
relacionamos com a natureza, com os seres vivos e a com própria a Terra.
Devemos urgentemente fazer uma
aliança global de cuidar da Terra e uns e dos outros, caso não quisermos conhecer
grandes dizimações que afetarão toda a comunidade de vida. Corremos, portanto,
grande risco. Mas se assumirmos uma responsabilidade solidária e um
comportamento de cuidado com tudo o que existe e vive, poderemos escapar desta
tragédia. E vamos escapar.
Colocar o coração no centro
de tudo
Uma segunda coisa preciso
dizer-lhes como um irmão mais experimentado: temos que mudar a nossa mente
e o nosso coração. Mudar a mente para olhar a realidade com
outros olhos. Os olhos das ciências hoje nos comprovam que a Terra é viva e não
apenas algo morto e sem propósito, uma espécie de baú de recursos ilimitados
que podemos usar como queremos. Eles são limitados, como a energia fóssil do
carvão e do petróleo, a fertilidade dos solos e as sementes. Ela é mãe
generosa. Precisa ser cuidada, amada e respeitada como o fazemos com nossas
mães.
Vocês sabem que os astronautas,
lá da Lua ou de suas naves espaciais, nos testemumharam: Terra e Humanidade são
inseparáveis; formam uma única entidade, indivisível e complexa. Por isso
nós, seres humanos, somos aquela porção da Terra que sente, que pensa, que ama
e que venera. Somos Terra e tirados da Terra como nos dizem as primeiras
páginas da Bíblia. Mas recebemos uma missão única, como se lê no segundo
capítulo do Gênesis: somos colocados no Jardim do Eden, quer dizer, na Mãe
Terra, para cuidar e guardar todas as bondades naturais. Somos os guardiães da
herança que Deus e o universo nos confiaram e que queremos repassar para nossos
filhos e netos, conservada e enriquecida.
Além da mente devemos também mudar
o nosso coração. O coração é tudo. É o lugar do sentimento profundo,
do afeto caloroso e do amor sincero. O coração é o nicho de onde crescem todos
os valores e se expressa o mundo das excelências. Junto com a razão intelectual
que vocês tanto exercitam na escola, no trabalho e na condução da vida, existe
a inteligência cordial e sensível. Ela foi, por muito tempo, colocada sob
suspeita com o pretexto de que ela nos tiraria a objetividade do olhar. Puro
engano. Hoje entendemos que precisamos resgatar, urgentemente, a razão cordial
e sensível para enriquecer a razão intelectual. Só com a razão intelectual sem
a razão cordial não vamos sentir o grito dos pobres, da Terra, das florestas e
das águas. Sem a razão cordial não nos movemos para ir ao encontro dos que
gritam e sofrem, a fim de socorrê-los, oferecer-lhes um ombro e salvá-los. Da
razão cordial nasce a ética, aquele conjunto de valores que orientam nossa
vida.
Por isso, meus queridos jovens,
vocês que naturalmente são sensíveis para os grandes sonhos e para o vôo de
águia na direção das alturas, cultivem um coração que sente, que se comove e
que leva à ação salvadora. Essa razão cordial e sensível é mais ancestral que a
inteligência intelectual. É ela que nos faz guardar as boas ou más
experiências.
Proteger a Mãe Terra, cuidar da
vida e optar pelos pobres
Uma terceira coisa gostaria de
dizer-lhes confiadamente: importa nunca esquecer os pobres do mundo. São
milhões e milhões de irmãos e irmãs que nos atualizam a paixão de Jesus. Eles
devem ser reforçados em suas lutas e movimentos para se libertarem da pobreza
que Deus não quer porque ela os faz morrer antes do tempo. A fome é assassina e
nós não podemos permitir esse crime coletivo. Em seguida faz-se urgente
proteger a Mãe Terra e cuidar da vida. Ambas estão ameaçadas. Faz-se urgente
inauguarmos uma forma nova de habitar o planeta Terra. Assim como estamos, não
podemos continuar. Até agora habitávamos dominando com o punho fechado e submetendo
tudo. Os novos conhecimentos foram o grande instrumento de intervenção na
natureza. Em quatrocentos anos afetamos as bases naturais que sustentam a nossa
vida. Alimentamos um projeto de ilimitado progresso. E de fato trouxemos
notáveis progressos e comodidades para grande maioria da humanidade. Mas hoje
estamos conscientes de que a Terra, pequena e limitada, não aquenta um projeto
ilimitado. Encostamos nos seus limites. Porque continuamos a forçar estes
limites, a Terra responde com tufões, enchentes, secas, terremotos e tsunamis.
Esse modelo agressivo de habitar o mundo, cumpriu sua missão histórica. A
continuar assim, pode nos causar grandes prejuizos e eventualmente ameaçar a
espécie humana. Temos que mudar se quisermos sobreviver.
No lugar do punho fechado para
submeter, devemos ter a mão aberta para o cuidado essencial, para o
entrelaçamento dos dedos numa aliança de valores e princípios que poderão
sustentar um novo ensaio civilizatório.
Precisamos produzir, sim,
para atender as necessidades humanas. Mas temos que aprender a produzir
respeitando os limites da natureza e da Terra, tirando delas o necessário
e o decente para a vida de todos, com justiça e equidade. Será uma sociedade de
sustentação de toda a vida. O centro será ocupado pela vida da natureza, pela
vida humana e pela vida da Terra. A economia e a política estarão a
serviço mais da vida do que do mercado.
Sejam a mudança que querem para
os outros
Caros jovens: sejam vocês mesmos
a mudança que querem para os outros. Comecem vocês mesmos a viver o novo,
respeitando cada um dos seres da natureza, cada planta, cada animal, cada
paisagem porque eles possuem um valor intrínseco e em si mesmo, independente do
uso racional que fizermos deles. São nossos irmãos e irmãs. Com eles fundaremos
uma convivência de respeito, de reciprocidade e de mutua ajuda para que todos
possam continuar vivos neste planeta, também os mais vulneráveis para os quais
devotaremos mais cuidado e amor.
Queridos irmãos e irmãs jovens:
resistam à cultura da acumulação e do consumo. Pensem nos outros irmãos e irmãs
que são milhões e milhões que vivem e dormem com fome e com sede e
passando por grandes padecimentos. Nunca, em nenhum dia, deixem de pensar e se
preocupar com os pobres e com seu destino dramático, principalmente, das
crianças inocentes.
Tenham um consumo solidário e
vivam uma sobriedade compartida; façam a experiência de que com menos poderão
ser mais e que a felicidade reside não no enriquecimento e numa boa profissão,
mas no compartir e tratar sempre humamente a todos os humanos, nossos
semelhantes e estar em harmonia com a natureza e os ritmos da Mãe Terra.
Alimentar a dimensão da
espiritualidade na vida
Por fim, caros jovens, irmãos e
irmãs meus queridos: nada disso tudo que refletimos terá eficácia se não
misturarmos Deus em todos os nossos empreendimentos. Ele não está em parte
nenhuma, porque está em todas as partes. Mas está principalmente no coração de
vocês. Dentro de cada um de vocês queima uma brasa viva e arde uma chama
sagrada: é a presença misteriosa e amorosa de Deus. Ele emerge de forma
sensível no fenômeno do entusiasmo, tão forte na idade de vocês.
Entusiasmo significa ter um Deus dentro: é o Deus interior, Deus
companheiro e amigo, Deus de amor incondicional.
A nossa cultura
materialista e consumista cobriu de cinzas esta brasa e ameaça apagar a
chama sagrada. Afastem essa cinza através da abertura do coração a esse Deus;
reservem cada dia um momento para pensar nele, conversar com ele, queixar-se e
chorar diante dele e dirigir-lhe uma súplica. Às vezes não digam nada.
Coloquem-se apenas silenciosos diante dele. Ele poderá lhes falar e lhes
suscitar bons sentimentos e luminosas intuições. Nunca abandonem Deus, porque
Ele nunca os abandona e abandonará. Vivam como quem se sente na palma de sua
mão. E então estarão protegidos porque Ele é Pai e Mãe de infinita ternura.
A última palavra pertence ao Deus
da vida
Desde que o Filho de Deus por
Jesus assumiu a nossa humanidade, ele assumiu tambem uma parte da Terra e dos
elementos do universo. Portanto, estes já foram divinizados e eternizados.
Nunca mais serão ameaçados. Mas nós podemos. Consolam-nos s palavras da
revelação dos dizem que Ele, Deus, é “o soberano amante da vida”(Sab 11,24).
Ele sempre ama tudo o que um dia criou. Não esquece de nenhuma criatura
que nasceu de seu coração. Por isso, confiemos todos, que Ele vai proteger a
nossa querida Mãe Terra e garantir o futuro da vida que é o future de vocês
todos.
Não disperdicem o tempo porque
ele é urgente. Desta vez não podemos chegar atrasados nem cometer erros, pois
corremos o risco de não termos volta nem formas de correção dos erros
cometidos. Mas não percam o entusiasmo nem esmoreça a alegria
do coração. A vida sempre triunfa porque Deus é vivo e nos enviou Jesus
que disse ter vindo para trazer vida e vida em abundância.
Era o que queria, do fundo
de meu coração, lhes falar.
Por fim, faço-lhes um pedido
muito especial: rezem, apoiem, colaborem com o Papa que leva o meu nome,
Francisco. Ele vai restaurar a Igreja de hoje como eu tentei restaurar a Igreja
do meu tempo. Sem a ajuda de vocês, se sentirá fraco e terá grandes
dificuldades. Mas com o entusiasmo e o apoio de vocês, com as orações nos
seus grupos e movimentos, ele vai cumprir a missão que Jesus lhe
conficou: conferir um rosto confiável à nossa Igreja e confirmar a todos na fé
e na esperança. Com vocês ele será forte e irá conseguir.
Agora, antes de nos
despedirmos, lhes darei a bênção que um dia dei ao meu íntimo amigo Frei Leão,
a ovelhinha de Deus:
Que Deus vos abençoe e vos
guarde!
Que Ele mostre sua face e
se compadeça de vós!
Que volva o seu rosto para vós e
vos dê a paz!
Que Deus vos abençoe!
Paz e Bem
Francisco. o Poverello e
Fratello de Assis
Ouça a leitura carta enciclica "Laudato Si" em áudio. AQUI
Ouça a leitura carta enciclica "Laudato Si" em áudio. AQUI
Introdução
São Francisco encontra o Papa na série animada da REPAM
Celebramos
hoje, 4 de outubro, a memória de S. Francisco de Assis, na série
produzida pela REPAM o Santo visita a Mãe-terra e conversa com as
criaturas que nela habitam no século XXI. Seu homônimo, Papa Francisco,
lhe adverte que grandes ameaças estão colocando a vida em grave risco na
Terra.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Defender a vida, a Casa Comum e gerar justiça intergeracional são os grandes desafios que a Ecologia Integral nos apresenta. Este conceito, presente na Laudato Si’ como um olhar holístico para a vida e para o cotidiano, podem ser luz em vista de um novo paradigma de consumo e descarte que nos leva a transformar situações de maior injustiça e exclusão.
Pensando em ampliar esta discussão e contribuir na formação das pessoas, a REPAM lançou “O VIAJANTE DE ASSIS – Série Animada”. A proposta é resgatar histórias na América Latina de resistência, de esperança, de força e defesa da vida, da justiça e da ecologia integral, de forma lúdica e formativa.
A série animada foi trabalhada pelo grupo YAKU Audiovisual, com direção de Fernando Valência e participação de uma equipe multidisciplinar e multicultural. Apoiaram também as redes internacionais como a CAFOD e CRS.
Formada por oito capítulos, unem-se animações e documentários nos quais São Francisco visita a Mãe-terra e muitos lugares da América Latina e conversa com as criaturas que nela habitam em pleno século XXI.
Seu homônimo, o Papa Francisco lhe adverte que grandes ameaças estão colocando a vida em grave risco na Terra.
O Santo observa a maneira como nos relazionamos com a Casa Comum, com nossos irmãos e irmãs e como vivemos o paradigma do consumo que produz a cultura do desperdício. Ao mesmo tempo, nos apresenta respostas cheias de esperanças para que as comunidades se organizem e trabalhem juntas para o futuro e o presente.
Ao longo de sua jornada, Francisco aprende da mão das criaturas que o
desejo de poder de alguns homens e mulheres converteu a criação de Deus
em instrumento, colocado a serviço de interesses econômicos e políticos
particulares, afastando a humanidade da construção do bem comum.
Apesar do panorama sombrio, Francisco e as criaturas também contemplam a beleza e a grandeza da Criação divina. Nela e nas resistências empreendidas pelos povos mais desfavorecidos, encontram as luzes da esperança e as possibilidades de transformar o curso da vida na terra.
Defender a vida, a Casa Comum e gerar justiça intergeracional são os grandes desafios que a Ecologia Integral nos apresenta. Este conceito, presente na Laudato Si’ como um olhar holístico para a vida e para o cotidiano, podem ser luz em vista de um novo paradigma de consumo e descarte que nos leva a transformar situações de maior injustiça e exclusão.
Pensando em ampliar esta discussão e contribuir na formação das pessoas, a REPAM lançou “O VIAJANTE DE ASSIS – Série Animada”. A proposta é resgatar histórias na América Latina de resistência, de esperança, de força e defesa da vida, da justiça e da ecologia integral, de forma lúdica e formativa.
A série animada foi trabalhada pelo grupo YAKU Audiovisual, com direção de Fernando Valência e participação de uma equipe multidisciplinar e multicultural. Apoiaram também as redes internacionais como a CAFOD e CRS.
Formada por oito capítulos, unem-se animações e documentários nos quais São Francisco visita a Mãe-terra e muitos lugares da América Latina e conversa com as criaturas que nela habitam em pleno século XXI.
Seu homônimo, o Papa Francisco lhe adverte que grandes ameaças estão colocando a vida em grave risco na Terra.
O Santo observa a maneira como nos relazionamos com a Casa Comum, com nossos irmãos e irmãs e como vivemos o paradigma do consumo que produz a cultura do desperdício. Ao mesmo tempo, nos apresenta respostas cheias de esperanças para que as comunidades se organizem e trabalhem juntas para o futuro e o presente.
Apesar do panorama sombrio, Francisco e as criaturas também contemplam a beleza e a grandeza da Criação divina. Nela e nas resistências empreendidas pelos povos mais desfavorecidos, encontram as luzes da esperança e as possibilidades de transformar o curso da vida na terra.
Doce é sentir - Meninas Cantoras de Petrópolis
Canta Francisco
CD: Francisco e Clara o musical
Autor: Luiz A. Passos
Filme: Francisco - Arauto de Deus
Filme: Francisco - Arauto de Deus Diretor: Roberto
Rossellini Duração: 89 min. Lançamento: 1949 Pela primeira vez no
Brasil, “Francisco, Arauto de Deus” traz a visão genial de Roberto
Rossellini sobre a vida de São Francisco de Assis. Eleito pelo Vaticano
como um dos melhores filmes religiosos de todos os tempos, é apresentado
em versão restaurada e remasterizada. Num registro intimista que prima
pela simplicidade, Rossellini mostra a beleza dos ensinamentos de São
Francisco e seus irmãos, da época em que voltam de Roma, após terem
recebido do Papa o reconhecimento da Ordem Franciscana, até o momento em
que se espalham pelo mundo para pregar a palavra de Deus. O filme
possui cenas de pura simplicidade e ingenuidade, como também momentos de
profunda mística. Uma seqüência especial é o encontro, silencioso mas
de profundo diálogo, de Francisco com um leproso. Padre Beto
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É um poema musical sobre a vida do grande personagem místico do séc. XII. O "Poverello" (O Pobrezinho), também conhecido como o "Bardo de Deus", pois era intensamente ligado à música e tornou-se o símbolo da afeição humana à natureza. Música e natureza são as colunas deste disco, que traz além das trilhas instrumentais que vão do sinfônico à world-music e new age, belas canções voltadas para o tema. O encarte do CD traz cenas de Assis e dos Montes Alverne e Subásio e também quadros do pintor medieval "Giotto" que nos conta a história de Francisco através da arte. RELAÇÃO DE MÚSICAS: 01 - As Pegadas do Mestre 02 - Francesco 03 - A Igrejinha de São Damião 04 - Os Companheiros 05 - Andorinhas 06 - Tema da Vida 07 - Com o Papa e o Sultão 08 - Pai Nosso 09 - Ave Maria 10 - O Bardo de Deus 11 - Fada Madrinha 12 - Recordando Assis 13 - Monte Alverne 14 - A Oração de Francisco
Moro numa linda bola azul
Que flutua pelo espaço
Tem floresta e bicho pra chuchu
Cachoeira, rio, riacho.
Acho que é um barato
Andar no mato
Vendo o verde
Ouvindo o rock'n'roll e o sapo ensaiando
De manhã cedinho
Os passarinhos dão 'bom-dia' pro sol
CantandoTerra, leste, oeste, norte, sul
Natureza caprichosa
Tem macaco de bumbum azul
Tem o boto cor-de-rosa
Árvores, baleias, elefantes, curumins
E o mundo inteiro está com a gente vibrando
A nossa torcida pela vida a gente vai conseguir cantando
Cuida do jardim pra mim
Deixe a terra florescer
Pensa no filhote do filhote
Que ainda vai nascer
Moro numa linda bola azul
Que flutua pelo espaço
Tem floresta e bicho pra chuchu
Cachoeira, rio, riacho.
Acho que é um barato
Andar no mato
Vendo o verde
Ouvindo o rock'n'roll e o sapo ensaiando
De manhã cedinho
Os passarinhos dão 'bom-dia' pro sol
Cantando
Cuida do jardim pra mim
Deixe a terra florescer
Pensa no filhote do filhote
Que ainda vai nascer
Te ofereço paz
Canção da autoria de Valter Pini
Te Ofereço Paz!
Te ofereço paz
Te ofereço amor
Te ofereço amizade
Ouço tuas necessidades
Vejo tua beleza
Sinto os teus sentimentos
Minha sabedoria flui
De uma fonte superior
E reconheço esta fonte em ti
Trabalhemos juntos, trabalhemos juntos..
Oração a São Francisco, em forma de desabafo (D. Pedro
Casaldáliga)
Compadre
Francisco,
como vais de glória?
E a comadre Clara
e a irmandade toda?
Nós, aqui na Terra,
vamos mal vivendo,
que a cobiça é grande
e o amor pequeno.
O amor divino
é mui pouco amado
e é flor de uma noite
o amor humano.
Metade do mundo
definha de fome
e a outra metade
de medo da morte.
A sábia loucura
do santo Evangelho
tem poucos alunos
que a levem a sério.
Senhora Pobreza,
perfeita alegria,
andam mais nos livros
que nas nossas vidas.
Há muitos caminhos
que levam a Roma;
Belém e o Calvário
saíram da rota.
Nossa Madre Igreja
melhorou de modo
mas tem muita cúria
e carisma pouco.
Frades e conventos
criaram vergonha,
mas é mais no jeito
que por vida nova.
Muitos tecnocratas
e poucos poetas.
Muitos doutrinários
e menos poetas.
Dom Pedro Casaldáliga (1928- ), poeta e bispo espanhol da
Prelazia de São Felix do Araguaia, In: Orações da Caminhada. Campinas:
Verus,(2005:64-65).
Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=268547
© Luso-Poemas
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É um poema musical sobre a vida do grande personagem místico do séc. XII. O "Poverello" (O Pobrezinho), também conhecido como o "Bardo de Deus", pois era intensamente ligado à música e tornou-se o símbolo da afeição humana à natureza. Música e natureza são as colunas deste disco, que traz além das trilhas instrumentais que vão do sinfônico à world-music e new age, belas canções voltadas para o tema. O encarte do CD traz cenas de Assis e dos Montes Alverne e Subásio e também quadros do pintor medieval "Giotto" que nos conta a história de Francisco através da arte. RELAÇÃO DE MÚSICAS: 01 - As Pegadas do Mestre 02 - Francesco 03 - A Igrejinha de São Damião 04 - Os Companheiros 05 - Andorinhas 06 - Tema da Vida 07 - Com o Papa e o Sultão 08 - Pai Nosso 09 - Ave Maria 10 - O Bardo de Deus 11 - Fada Madrinha 12 - Recordando Assis 13 - Monte Alverne 14 - A Oração de Francisco
Filhote do Filhote
Canção: Rubinho do Vale
Que flutua pelo espaço
Tem floresta e bicho pra chuchu
Cachoeira, rio, riacho.
Acho que é um barato
Andar no mato
Vendo o verde
Ouvindo o rock'n'roll e o sapo ensaiando
De manhã cedinho
Os passarinhos dão 'bom-dia' pro sol
CantandoTerra, leste, oeste, norte, sul
Natureza caprichosa
Tem macaco de bumbum azul
Tem o boto cor-de-rosa
Árvores, baleias, elefantes, curumins
E o mundo inteiro está com a gente vibrando
A nossa torcida pela vida a gente vai conseguir cantando
Cuida do jardim pra mim
Deixe a terra florescer
Pensa no filhote do filhote
Que ainda vai nascer
Moro numa linda bola azul
Que flutua pelo espaço
Tem floresta e bicho pra chuchu
Cachoeira, rio, riacho.
Acho que é um barato
Andar no mato
Vendo o verde
Ouvindo o rock'n'roll e o sapo ensaiando
De manhã cedinho
Os passarinhos dão 'bom-dia' pro sol
Cantando
Cuida do jardim pra mim
Deixe a terra florescer
Pensa no filhote do filhote
Que ainda vai nascer
Te ofereço paz
Canção da autoria de Valter Pini
Te Ofereço Paz!
Te ofereço paz
Te ofereço amor
Te ofereço amizade
Ouço tuas necessidades
Vejo tua beleza
Sinto os teus sentimentos
Minha sabedoria flui
De uma fonte superior
E reconheço esta fonte em ti
Trabalhemos juntos, trabalhemos juntos..
Acrescido em 04 de Outubro de 2021
Leonardo Gonçalves, cantor evangélico da Igreja Adventista do Sétimo Dia, canta a Oração de São Francisco. Simplesmente belo ouvir!
"Leonardo Gonçalves, nome artístico de Hugo Leonardo Soares Gonçalves, é um cantor, compositor, produtor musical e arranjador brasileiro de música cristã contemporânea. Faz parte de uma família de músicos ligados à Igreja Adventista do Sétimo Dia, da qual é membro." Fonte: Wikipédia
Oração a São Francisco, em forma de desabafo (D. Pedro Casaldáliga)
Tags:
AjAraujo
o poeta humanista.
Compadre Francisco,
como vais de glória?
E a comadre Clara
e a irmandade toda?
Nós, aqui na Terra,
vamos mal vivendo,
que a cobiça é grande
e o amor pequeno.
O amor divino
é mui pouco amado
e é flor de uma noite
o amor humano.
Metade do mundo
definha de fome
e a outra metade
de medo da morte.
A sábia loucura
do santo Evangelho
tem poucos alunos
que a levem a sério.
Senhora Pobreza,
perfeita alegria,
andam mais nos livros
que nas nossas vidas.
Há muitos caminhos
que levam a Roma;
Belém e o Calvário
saíram da rota.
Nossa Madre Igreja
melhorou de modo
mas tem muita cúria
e carisma pouco.
Frades e conventos
criaram vergonha,
mas é mais no jeito
que por vida nova.
Muitos tecnocratas
e poucos poetas.
Muitos doutrinários
e menos poetas.
Dom Pedro Casaldáliga (1928- ), poeta e bispo
espanhol da Prelazia de São Felix do Araguaia, In: Orações da Caminhada.
Campinas: Verus,(2005:64-65).
Imagem: Pintura de Sérgio Simonetti: São Francisco.
Imagem: Pintura de Sérgio Simonetti: São Francisco.
Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=268547 © Luso-Poemas
Oração a São Francisco, em forma de desabafo (D. Pedro Casaldáliga)
Tags:
AjAraujo
o poeta humanista.
Compadre Francisco,
como vais de glória?
E a comadre Clara
e a irmandade toda?
Nós, aqui na Terra,
vamos mal vivendo,
que a cobiça é grande
e o amor pequeno.
O amor divino
é mui pouco amado
e é flor de uma noite
o amor humano.
Metade do mundo
definha de fome
e a outra metade
de medo da morte.
A sábia loucura
do santo Evangelho
tem poucos alunos
que a levem a sério.
Senhora Pobreza,
perfeita alegria,
andam mais nos livros
que nas nossas vidas.
Há muitos caminhos
que levam a Roma;
Belém e o Calvário
saíram da rota.
Nossa Madre Igreja
melhorou de modo
mas tem muita cúria
e carisma pouco.
Frades e conventos
criaram vergonha,
mas é mais no jeito
que por vida nova.
Muitos tecnocratas
e poucos poetas.
Muitos doutrinários
e menos poetas.
Dom Pedro Casaldáliga (1928- ), poeta e bispo
espanhol da Prelazia de São Felix do Araguaia, In: Orações da Caminhada.
Campinas: Verus,(2005:64-65).
Imagem: Pintura de Sérgio Simonetti: São Francisco.
Imagem: Pintura de Sérgio Simonetti: São Francisco.
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Oração a São Francisco, em forma de desabafo (D. Pedro Casaldáliga)
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AjAraujo
o poeta humanista.
Compadre Francisco,
como vais de glória?
E a comadre Clara
e a irmandade toda?
Nós, aqui na Terra,
vamos mal vivendo,
que a cobiça é grande
e o amor pequeno.
O amor divino
é mui pouco amado
e é flor de uma noite
o amor humano.
Metade do mundo
definha de fome
e a outra metade
de medo da morte.
A sábia loucura
do santo Evangelho
tem poucos alunos
que a levem a sério.
Senhora Pobreza,
perfeita alegria,
andam mais nos livros
que nas nossas vidas.
Há muitos caminhos
que levam a Roma;
Belém e o Calvário
saíram da rota.
Nossa Madre Igreja
melhorou de modo
mas tem muita cúria
e carisma pouco.
Frades e conventos
criaram vergonha,
mas é mais no jeito
que por vida nova.
Muitos tecnocratas
e poucos poetas.
Muitos doutrinários
e menos poetas.
Dom Pedro Casaldáliga (1928- ), poeta e bispo
espanhol da Prelazia de São Felix do Araguaia, In: Orações da Caminhada.
Campinas: Verus,(2005:64-65).
Imagem: Pintura de Sérgio Simonetti: São Francisco.
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