Esse acontecimento recente do bullyng e assassinato em uma escola de Goiânia, além de reforçar o argumento a favor do estatuto do desarmamento, me faz reforçar a tese que defendo a respeito da escola como um lócus que pode amenizar ou atenuar as questões da violência externa, assim como um espaço gerador de violência simbólica e real, as quais combinadas com a violência externa de uma sociedade ou mundo doente, gera um quadro de natureza incerta e até desesperador ou desolador, em muitas situações.
Neste sentido, pensar a escola do século XXI como mais que um simples
lugar de transmissão de conhecimentos no campo cognitivo ou intelectual,
me parece o nosso grande desafio, como educadores, alunos, pais e
dirigentes sociais e/ou politicos.
Repensar e recriar a escola
como um espaço educativo, cultural e terapêutico é fundamental. Junto e
misturado como gosta de dizer os manos da cultura hip-hop.
Considerando a cultura dominante neoliberal, como principal geradora da “doença” que caracteriza o nosso tempo. Doença cujo pano de fundo é o desejo do TER a qualquer custo, em detrimento da busca em tornarmo-nos melhores, e cujos sintomas podem ser percebidos na ideologia e nas práticas consumistas, materialistas, no individualismo exarcebado e na ostentação, os quais estão na base até de muitos discursos e práticas religiosas, seja no campo do cristianismo, seja no campo dos novos caminhos religiosos inspirados nas tradições orientais e/ou xamânicas, além do que vigora predominantemente nos grandes meios de comunicação de massa.
Considerando a cultura dominante neoliberal, como principal geradora da “doença” que caracteriza o nosso tempo. Doença cujo pano de fundo é o desejo do TER a qualquer custo, em detrimento da busca em tornarmo-nos melhores, e cujos sintomas podem ser percebidos na ideologia e nas práticas consumistas, materialistas, no individualismo exarcebado e na ostentação, os quais estão na base até de muitos discursos e práticas religiosas, seja no campo do cristianismo, seja no campo dos novos caminhos religiosos inspirados nas tradições orientais e/ou xamânicas, além do que vigora predominantemente nos grandes meios de comunicação de massa.
Mas para isso, a escola precisa repensar as relações
de poder e o que está oferecendo aos adolescentes e jovens, tanto no
campo estrutural, como no campo do próprio conhecimento.
Como
exemplos podemos citar a falta de biblioteca, e quando há, sem a
presença de pessoas especializadas para incentivar o gosto pela leitura,
os problemas com a merenda, não apenas quando faltam, mas a questão do
cardápio e a distribuição, os problemas com a governança escolar,
cheias de limites e dificuldades de relacionamento, pensando a escola
como “propriedade”.
Neste sentido, basta lembrar o quanto o uso da expressão “minha escola” é sintomático. Escolas sem quadra de esportes, sem auditórios ou salas de artes multiuso, com equipamentos audiovisuais limitados, com laboratórios de informática em espaços exíguos e com metade ou maioria dos computadores sempre necessitando de manutenção, com velocidade de internet limitada. Sem a compreensão da necessidade do uso das áreas verdes que muitas ainda dispõem e etc...
Neste sentido, basta lembrar o quanto o uso da expressão “minha escola” é sintomático. Escolas sem quadra de esportes, sem auditórios ou salas de artes multiuso, com equipamentos audiovisuais limitados, com laboratórios de informática em espaços exíguos e com metade ou maioria dos computadores sempre necessitando de manutenção, com velocidade de internet limitada. Sem a compreensão da necessidade do uso das áreas verdes que muitas ainda dispõem e etc...
E tudo
isso, compreendendo que para uma escola do século XXI ser considerada
assim, será preciso a presença de profissionais de outras áreas, como
psicólogos, assistentes sociais e arte educadores.
Prometo
escrever mais, a partir da experiência, das leituras e dos intercâmbios
que fiz/faço, sobre como a realização de oficinas culturais e saraus na
escola, pode colaborar bastante para tornar realidade a escola dos
nossos sonhos.
Uma escola que não se deixa arrastar na corrente
da destruição e da barbárie para a qual estão querendo nos levar, mas
uma escola que quer somar com àqueles que navegam na contra corrente de
quem quer pessoas mais inteligentes, mais sensíveis, mais democráticas e
mais amorosas.
Papa Francisco com suas "Scholas Occurrentes" é um deles.
http://pt.radiovaticana.va/…/papa_inaugura_a_sede_d…/1318037
José Pacheco com a Escola da Ponte é outro.
http://educacaointegral.org.br/…/escola-da-ponte-radicaliz…/
Célio Turino idealizador e primeiro gestor da Rede de Pontos de Cultura também.
http://educacaointegral.org.br/…/escola-da-ponte-radicaliz…/
Programa da TV Sintese apresentado o trabalho de oficinas culturais na escola, produzidas pela Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.
https://www.youtube.com/watch?v=sagS-WNj1E4
Zezito de Oliveira - Educador e Agente/Produtor Cultural
OUÇA A PLAYLIST.
A ARTE DE VIVER DA ARTE. AQUI
Leia o artigo: A Escola dos meus Sonhos, de Frei Betto
Agradecendo e refletindo sobre as mensagens do dia do professor.
Há muito tempo percebi que a formação no campo da pedagogia e das
licenciaturas é quadrada e enquadradora. Mesmo que algumas vezes citem
autores que vão na contramão disso, como Paulo Freire, porém usando-os
como perfumaria, mas sem realizar uma limpeza mais completa do ambiental
mental e ideológico no qual estão imersos. Afinal, o enquadramento
secular deixar no ar, quantidade pesada de uma espécie de mofo ou de bolor politico-pedagógico.
Quem me ajudou a respirar em meio a este ar foi a teologia da
libertação, o universo da arte e da cultura e o mundo das chamadas
terapias alternativas como as danças circulares, que pode ser também uma
pedagogia alternativa.
Penso que um melhor futuro para educadores e para alunos, seja buscar nas fontes dos três exemplos citados acima, entre outros, uma nova forma de diminuir a presença de mentes e corações quadrados e enquadradores no mundo da educação.
A boa noticia e a esperança é, muitos educadores mais jovens estão compreendendo isso.
Abaixo uma das minhas danças circulares preferidas, a mandala irlandesa, dança tradicional. Uma compreensão melhor do valor e do respeito a diversidade cultural , pode ser realizada.... Dançando. Mais ciências com experimentos cientificos, mais História com práticas de pesquisa investigativa e criativa, mais geografia com trilhas e acampamentos e e por aí vai..
Se começar assim desde as primeiras séries, será bem melhor.
Detalhe: Lembrando que querer isso com os mesmos edificos ou projetos de ampliação dos prédios, que não contemplam auditório e/ou sala adequada para a realização de atividades como dança, teatro, música e audiovisual é mais difícil.
Sem laboratórios e com as famigeradas grades com os excessivos conteúdos curriculares é complicado. Com recursos para projetos pedagógicos que contemplam tão somente a compra de material pedagógico ou os cursos de formação continuada das secretarias de educação que sempre trazem mais do mesmo, com repetidos temas e metodologias que aprendemos no percurso da vida escolar e acadêmica, é muito sofrido e doloroso.
Texto publicado primeiramente em 16 de outubro de 2016
Penso que um melhor futuro para educadores e para alunos, seja buscar nas fontes dos três exemplos citados acima, entre outros, uma nova forma de diminuir a presença de mentes e corações quadrados e enquadradores no mundo da educação.
A boa noticia e a esperança é, muitos educadores mais jovens estão compreendendo isso.
Abaixo uma das minhas danças circulares preferidas, a mandala irlandesa, dança tradicional. Uma compreensão melhor do valor e do respeito a diversidade cultural , pode ser realizada.... Dançando. Mais ciências com experimentos cientificos, mais História com práticas de pesquisa investigativa e criativa, mais geografia com trilhas e acampamentos e e por aí vai..
Se começar assim desde as primeiras séries, será bem melhor.
Detalhe: Lembrando que querer isso com os mesmos edificos ou projetos de ampliação dos prédios, que não contemplam auditório e/ou sala adequada para a realização de atividades como dança, teatro, música e audiovisual é mais difícil.
Sem laboratórios e com as famigeradas grades com os excessivos conteúdos curriculares é complicado. Com recursos para projetos pedagógicos que contemplam tão somente a compra de material pedagógico ou os cursos de formação continuada das secretarias de educação que sempre trazem mais do mesmo, com repetidos temas e metodologias que aprendemos no percurso da vida escolar e acadêmica, é muito sofrido e doloroso.
Texto publicado primeiramente em 16 de outubro de 2016
Oficina
de Danças Circulares Celtas dia 21/03/15 Focalização: Natália E.
Barella - Prisma Circular Organização: Suzana Krause e Lucy Comerlato
Espaço Sintoni...
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