Para fazer educação integral, nem sempre é de mais tempo de permanência na
escola que precisamos, pois há muito o que fazer em termos de investimento na (s) metodologia (s) da gestão e do ensino-aprendizagem, assim como
na infra-estrutura , dentro do próprio tempo da escola regular.
Portanto, a ênfase deve
recair em termos da qualificação melhor do
tempo e dos espaços existentes, e não ampliar os
problemas que já enfrentamos dentro do tempo e espaço do ensino regular.
Além disso, ainda temos um outro grande problema que é uma Base Comum Nacional Curricular, a qual deveria
ser proposta como um guia de orientação,
uma bussola pedagógica, mas não como uma camisa de força.
Os parâmetros curriculares nacionais produzidos em um contexto
politico mais democrático (década de
1990) , foram produzidos com essa perspectiva, se não conseguimos implementá-los em toda a
sua extensão, podemos questionar a falta de investimento em formação continuada
de professores e a estrutura limitada de muitas escolas, mas que começaram com
um ponto de partida mais democrático, não podemos negar.
Na verdade, o que nos falta mesmo, enquanto professores e
alunos é mais estrutura, inclusive com projetos de arquitetura escolar, mais
amistosos, mais amigáveis e mais humanizado, assim como construção de espaços
de diálogos honestos e transparentes, onde
possamos construir uma escola JUNTOS. Professores,
estudantes, funcionários, famílias e comunidade.
Sob uma perspectiva democrática, transformadora e inclusiva,
é assim que muitas escolas do Brasil e
em outros países tem feito.
Também há quem queira “resolver os problemas da educação”
sob outras perspectivas mais autoritárias,
hierárquicas e excludentes. A reforma do ensino médio do governo Temer, disfarça
isso muito bem, e o movimento Escola sem Partido, escancara de forma vergonhosa.
Por outro lado, quando não busca fazer isso, partindo do
chão da escola, muitos estabelecimento de ensino, ficam a mercê de pacotes de gestão , vindo de
cima para baixo, quase sempre acompanhados de autoritarismo mais ou menos disfarçado.
Particularmente, quando buscamos desenvolver iniciativas
culturais no seio da escola, com a cooperação de alianças e recursos externos, fazemos isso com
a perspectiva de buscar maneiras de colaborar na compreensão de um conceito de
educação integral mais amplo, coerente e prático, buscando nos posicionar
melhor enquanto professores e estudantes para responder as demandas que vem de
cima para baixo, não apenas com palavras, mas com ações realizadas e refletidas.
Como está escrito na apresentação do blog da Ação Cultural, "Somos
uma organização/coletivo sergipano de agentes culturais, fomentando a educação
integral e a economia colaborativa através de atividades que produzem geração
de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade".
Portanto urge, fazer a critica, não apenas com palavras, mas também com
ações. Fazer a critica com práxis. Fazer assim é mais gostoso. E como muito se
fez e se faz, mesmo em condições absurdamente adversas, faz necessário melhor
sistematizarmos nossas iniciativas no chão da escola, articularmos mais espaços para trocas de experiências e estudos sobre iniciativas criativas e inovadoras, bem como fazer divulgação das mesmas,
inclusive por meio da internet.
É isso que a práxis
nos ensina, práxis entendida aqui como prática analisada e repensada.
E para quem está em busca de inspiração e de esperança, parafraseando
Chico Buarque e Augusto Boal na canção “Mulheres de Atenas”, mirem-se no exemplo dos estudantes que fizeram as ocupações. Mirem-se no exemplo das
escolas que aparecem no documentário abaixo.
Se quiserem dar uma olhada nos escritos do blog, ajuda também.
E nunca deixando de lembrar “a tempestade vai passar.” Mas é com elas, que nos damos conta do quão
precisamos melhorar, crescer, evoluir, conhecer, rejuvenescer.
P.S.: Para quem não for professor continuadamente em escola pública e quiser opinar, é altamente recomendável buscar fazer uma imersão em escolas públicas, nem que seja por um dia. É bom não falarmos apenas do que pensamos idealmente, mas principalmente com base nos fatos e naquilo que realmente acontece. Lembrando, mesmo em condições adversas, um olhar mais exigente e apurado, encontrará os exemplos de alternativas e soluções que precisamos.
Utilizando um conceito da homeopatia, em meio a muitas situações de caos e desalento, muitas escolas já tem dentro de si mesma, as possibilidades de superação de muitos problemas e dificuldades. Às vezes o que falta é uma compreensão e o investimento nisso.
P.S.: Para quem não for professor continuadamente em escola pública e quiser opinar, é altamente recomendável buscar fazer uma imersão em escolas públicas, nem que seja por um dia. É bom não falarmos apenas do que pensamos idealmente, mas principalmente com base nos fatos e naquilo que realmente acontece. Lembrando, mesmo em condições adversas, um olhar mais exigente e apurado, encontrará os exemplos de alternativas e soluções que precisamos.
Utilizando um conceito da homeopatia, em meio a muitas situações de caos e desalento, muitas escolas já tem dentro de si mesma, as possibilidades de superação de muitos problemas e dificuldades. Às vezes o que falta é uma compreensão e o investimento nisso.
José de Oliveira Santos “Zezito” –
Educador, agente/produtor cultural de iniciativas culturais de base
comunitária.
P.S.: Muito bom o documentário abaixo. Parabéns a todos (as) envolvidos.
P.S.: Muito bom o documentário abaixo. Parabéns a todos (as) envolvidos.
2 comentários:
Parabens pelo blogg
AH! Muito grato! Volte sempre!
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