segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Play list - Canção e Cotidiano (2)

Fomos jovens na década de 1980 ou mais jovem. Entramos os anos de 1990 como jovem adulto. Os Engenheiros do Hawai tocavam bastante nas emissoras de rádio, como outras bandas pop-rock, mas não eram vistos com bons olhos por jovens que se consideravam mais "intelectualizados", pois eram tidos como uma banda para adolescentes, com uma maioria de público formado por "playboys",
Porém, muitas de suas músicas já davam um toque importante sobre os perigos de vivermos "daquele jeito". E com o tempo a situação piorou. Já era perceptivel naquela época uma GRANDE QUANTIDADE DE ADOLESCENTES E JOVENS ALIENADOS E IDIOTIZADOS. De lá para cá, a situação tem tomado uma dimensão bastante preocupante.
Ao mesmo tempo que isso, aumentou o "chamado cultural" que percebi bem forte dentro de mim. No inicio dos anos 2000, fiz a opção mais firme para nos tornarmos o que pode ser definido como uma espécie de "agente cultural de transformação".
Para fazer essa opção tive que abandonar outros caminhos, outras opções. E a situação a que chegamos enquanto povo, enquanto nação, nos mostra o quão certo estivemos em fazer essa escolha. Embora em termos pessoais, poderia hoje ter mais status social e situação financeira mais confortável, caso tivesse atendido ao "chamado" de outros caminhos.
Gratidão a todos (as) que colaboraram de forma direta e indireta, incluindo muitos que eu não conheci e que nem conheço pessoalmente, gente também de outros países, notadamente nos anos 1980 e 1990, tempos em que não podíamos contar com o apoio econômico do governo brasileiro, o qual não tinha compromisso com o trabalho de promoção humana e social da nossa gente.
Situação semelhante ao que estamos começando a viver na atualidade. Com perigo de sermos levados a uma situação de convulsão social, tamanha a violência como estão retirando direitos sociais, fazendo o Brasil regredir a uma situação ainda pior do que fez a ditadura militar de 1964 com os nossos direitos, e com e redução da miséria.
Por isso, deixo como resumo e chamado: "Arte antes que tarde". "Arte ou barbárie", sem deixar de lembrar "Em arte tudo é possivel, só não vale qualquer coisa".
Um gesto concreto, pode ser uma ou várias rodas de conversas juntando gerações diferentes, para conversarmos sobre ALIENAÇÂO E IDIOTIZAÇÂO DA JUVENTUDE acompanhado de uma seleção de músicas do passado e do presente.
Zezito de Oliveira - educador e agente/produtor cultural
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Enfraquecer as estruturas de estado e a soberania nacional, para dificultar da parte dos partidos liderados pelo PT, a construção de um estado do bem estar social, semelhante principalmente ao que faz a social democracia forte dos países europeus nórdicos, como a Suécia e Noruega, que se valeram/valem inclusive dos lucros da exploração estatal do petróleo.
Ou um capitalismo ao modo americano, com um estado ausente das politicas e preocupação com o social, com a educação e saúde na mão de empresas privadas, com uma legislação trabalhista que não dá respaldo a defesa dos interesses do trabalhador e com sindicatos bastante limitados em seu papel de atuação. País com a maior população carcerária do mundo e com um numero crescente de população de rua.
Qual o ideal de escolha da maioria dos brasileiros (as) em 2018?
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Desejamos que os artistas, artes-educadores e agentes culturais sergipanos, estejam atentos a tudo que está acontecendo com o presente, já que é nele que decidimos o nosso futuro. Uma dessas iniciativas do presente que colabora para um futuro melhor é o FSM, cuja realização acontecerá em março de 2018 no Rio de Janeiro. Fique ligado na plenária da cultura sergipana no dia 20/01 e compartilhe a página desse evento com seus amigos interessados.
Onde Estava Você
Guilherme Arantes

Só o tempo em nós respondeu
Em que se transformou
A amizade que uma vez existiu
Quem foi leal, quem ficou e o que se abandonou
Onde estava você
Quando mais eu precisei
Do amigo pra lutar
Em tempos de guerra e paz
Onde andava você
Quando o mundo me esqueceu
Na areia do deserto e não te achei jamais
Tanto trabalho que deu
Reconstruir o chão
O universo desabou num furacão
Pedra por pedra, valeu
O aprendizado é assim
Onde estava você
Quando mais eu precisei
Do amigo pra lutar
Em tempos de guerra e paz
Onde andava você
Quando o mundo me esqueceu
Na areia do deserto e não te achei jamais
Quando somos jovens
Tantos sonhos são pra durar
Muitos só nos álbuns
De memórias pra guardar
Mais arte e cultura brasileira para fazermos desse lugar um bom país.
O Brasil visto pelo olhar da maioria dos programas jornalísticos de rádio, televisão , revistas e jornais é muito mais violência, miséria e corrupção. Há um Brasil muito maior do que isso e ele pode existir dentro de você ou pode estar sendo ajudado a construir perto de você.
Não é hora de (re) descobrirmos os caminhos para descobrir a melhor parte do Brasil profundo?
Quando a imprensa patronal ou empresarial faz a escolha preferencial por destacar a pior parte do Brasil, ela quer afastar você daquilo que pode fazer um Brasil melhor para todxs. E um Brasil melhor para todxs não é o ideal para uma das elites mais opulentas, antissociais e conservadoras do mundo, conforme afirmou o saudoso Darcy Ribeiro.
Os nossos melhores escritores, artistas e intelectuais nos ajudam a sonhar e construíram por meio da literatura, do cinema, da música, de ensaios, artigos e etc.. o Brasil que queremos, ou nos ajudam a enxergar os caminhos e escolhas que precisamos fazer para colaborar no sentido de fazer o Brasil que merecemos.

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