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sábado, 4 de agosto de 2012
A vida no planeta
Depois da RIO + 20 parece que certo desânimo tomou conta de algumas organizações que lutam pelo meio ambiente. As decisões foram tímidas e a sociedade organizada se pergunta: até quando conviveremos com tanta incerteza? Os próximos meses e anos com a insistência da "crise econômica" na Europa não oferece a humanidade grandes esperanças. O momento é deveras delicado. Num texto emblemático Leonardo Boff aponta:
"Depois das crises que afligem toda a humanidade, particularmente a do aquecimento global, da insustentabilidade do planeta Terra e ultimamente da econômico-financeira, atingindo o coração dos países opulentos, o crescimento do fundamentalismo e a permanente ameaça do terrorismo, os cenários dramáticos que muitos analistas sérios desenham para o próximo futuro da Terra, da Humanidade, da vida[1] ...", completamos, não são animadores. A primazia do econômico sobre o social tem sido a grande mazela da nossa civilização ocidental.
As futuras gerações terão um papel fundamental na disputa pela sustentabilidade do planeta. O sistema necrófilo que alimentamos após a Revolução Industrial, precisa mudar rapidamente. Quem da nossa geração - década de 1960 - não se lembra dos engajamentos sociais e políticos durante a ditadura militar no Brasil? Quem não recorda a formação de uma base utópica em meio às religiões e a sociedade da época? Bons tempos. Só que, passaram. O crivo de análise é outro. O subjetivismo exacerbado que vivemos hoje nos aproxima incomensuravelmente da indiferença e da negação do outro. É preciso rever esse quadro.
Nossa geração necessita de uma marca indelével para substituir a depredação do meio-ambiente. E, em coisas pequenas e simples podemos mudar. Tomar atitudes que revelem o lado místico e mistérico de homens e mulheres mais espiritualizados. Esse combate já se iniciou e com palavras motivadoras, Boff nos apresenta esse caminho como essencial:
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