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Levidário Pacheco e Cicero Moura que representaram a equipe do curta Flores do Jardim.
Abaixo: Foto de tela do curta Flores do Jardim, em exibição na Mostra Egbé.
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Quero começar esse texto agradecendo a todos os que se somaram a essa
construção que é realizar a EGBÉ - Mostra de Cinema Negro de Sergipe,
todos os amigos envolvidos na equipe, as parcerias e aos apoiadores.
Gostaria de agradecer não tão somente pelo apoio, mas por acreditar na importância da discussão que cada um desses filmes traz.
Cada produção dessa, que iremos exibir durante os próximos dias,
carrega consigo uma busca por ancestralidade, pela história do povo
negro, que não está contada nos livros, muito menos nas novelas e nos
jornais em que assistimos. São filmes que tratam de lutas, lutas de
mulheres negras, jovens negros e o direito pela expressão de sua
Religião Africana. E para comunicar isso, nesses filmes, foi preciso
antes de qualquer câmera na mão, responsabilidade e respeito por nossa
ancestralidade, pela história de luta dos que vieram antes, para hoje
termos o pouco do direito que conquistamos.
Por isso, não
podemos aceitar mais atitudes racistas mascaradas em forma de humor.
Nosso cabelo não é "exótico", não é "bonitinho", não é "exposição",
nosso cabelo é raiz, faz parte de minha história, do meu corpo, de quem
eu sou. A minha cor não é "caramelo", ou "jambo", ou "bombom", a minha
cor é negra. E dela sentimos orgulho, pela história que carregamos.
Nós, cineastas negros, produtores, sabemos disso, mas é importante que
qualquer comunicador também saiba, pois é com ele que está o poder de
comunicar. É preciso ter responsabilidade ao falar de coisa séria no
cinema, na TV e em qualquer meio de comunicação, é preciso ter respeito
pelas pessoas e por sua estrada.
Hoje à noite, consigo, através
do apoio de muito trabalho de pessoas queridas e de parceiros, realizar
um desejo, que também é da minha amiga e querida irmã preta, Everlane
Moraes, que está longe mas que manda força e boas energias para essa
mostra de cinema. Por saber do nosso esforço e de nossa luta diária no
trabalho e na rua por respeito por nossa cor, é que pedimos maior
reflexão no ato de comunicar nossos trabalhos, mais responsabilidade e
respeito por nossa história.
Luciana Oliveira - Produtora Egbé - Mostra de Cinema Negro de Sergipe
06 de Abril de 2016.Levidário Pacheco e Cicero Moura que representaram a equipe do curta Flores do Jardim.
Abaixo: Foto de tela do curta Flores do Jardim, em exibição na Mostra Egbé.
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Na noite
de quinta feira dia 07/04 , tivemos o prazer de ver o nosso filme "Flores do Jardim" sendo exibido
no Centro Cultural de Aracaju. Um filme
feito por alunos da escola Julia Teles, junto com os professores Vladimir
Guimarães, Zezito de Oliveira e Gabriela
Caldas.
Após a exibição do filme, foram realizadas muitas perguntas. Perguntaram como foi gerado o conteúdo do documentário, quem teve a idéia, como nos sentimos após termos realizado o filme, como foi a reação da população, se já foi exibido em praça pública na comunidade para que todos pudessem assistir e etc...
Após a exibição do filme, foram realizadas muitas perguntas. Perguntaram como foi gerado o conteúdo do documentário, quem teve a idéia, como nos sentimos após termos realizado o filme, como foi a reação da população, se já foi exibido em praça pública na comunidade para que todos pudessem assistir e etc...
As minhas
respostas foram as seguintes: O conteúdo
foi gerado devido a necessidade de
mostrar a realidade, relatei que estávamos perto do fim do projeto e ainda não
sabíamos sobre o que seria o filme. Foi aí que a Gabriela viu a necessidade de falar sobre as dificuldades da comunidade e
então ela fez uma entrevista com cada um
dos que estavam participando, assim foi gerado o conteúdo mostrado no filme,
Sobre como nos sentimos após a realização, não poderia falar pelos outros, mas
como eu me senti, falei que foi uma
experiência incrível e nova, e que me fez ver muitas coisas com outros olhos. Também
não descrevi como foi a reação da população, pois acredito que a maioria dela não sabe ainda sobre o filme, pois não tivemos a
oportunidade de apresentá-lo em um local público, mas falei que o professor Zezito
já está com esse projeto em mente, pois ele já me falou algo sobre isso.
Levidário
Pacheco
Maíra Ramos, secretária da Ação Cultural, representando o coletivo/organização na exibição do curta Flores do Jardim e Daniel Augusto do coletivo Levante Popular da Juventude.
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2 comentários:
Parabéns a todos os envolvidos!
Grato querida!
Zezito de Oliveira
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