domingo, 3 de novembro de 2019

O CINECLUBE REALIDADE COMO JANELA PARA VER A PERIFERIA SINGULAR E DIVERSA



                                                                                   José de Oliveira Santos[1]

RESUMO


O presente artigo relata como foi implementado o  cineclube na Escola  Júlia Teles, localizada no Conjunto Jardim, município de Nossa Senhora do Socorro,  por meio de parceria com o Ponto de Cultura Juventude e Cidadania, o qual teve como objetivo proporcionar diálogo entre os jovens ligados às oficinas dos ponto de cultura  e os de outras realidade semelhantes, moradores de outros territórios,  por meio do suporte fílmico. Apresentar o trabalho realizado pelo Cineclube Realidade é colaborar para inspirar novas iniciativas com propósitos semelhantes ou ampliá-las, bem como apontar possibilidades para a experiência democrática e inclusiva do audiovisual; e aqui, no caso específico do cineclube, permitir aos seus participantes uma saída  dos limites  condicionantes do território e das condições econômicas e socioculturais por meio do audiovisual.  

Palavras-chave: juventudes; cineclube; ação cultural; periferia; hip-hop.



1 INTRODUÇÃO

"Milhares de casas amontoadas
Periferia é periferia.
"Vacilou, ficou pequeno. Pode acreditar
Periferia é periferia.
"Em qualquer lugar. Gente pobre
Periferia é periferia.
"Vários botecos abertos. Várias escolas vazias.
Periferia é periferia.
"E a maioria por aqui se parece comigo
Periferia é periferia.
"Mães chorando. Irmãos se matando. Até quando?
Periferia é periferia.
"Em qualquer lugar. É gente pobre.
Periferia é periferia.
"Aqui, meu irmão, é cada um por si
Periferia é periferia.
"Molecada sem futuro eu já consigo ver
Periferia é periferia.
"Aliados, drogados, então...
Periferia é periferia.”

Periferia é Periferia (Em Qualquer Lugar), Racionais MC's[2]


O Cineclube Realidade teve início em agosto de 2015 na Escola Estadual Júlia Teles, tendo as suas atividades encerradas em outubro de 2017. Estreou com o filme Uma onda no ar (2008) e encerrou com o filme Quando sinto que já sei (2014).
O início da atividade se deu a partir da oficina-rap Identidade Cultural, fruto de proposta realizada por ex-alunos da escola que formaram os grupos de rap Filosofia de Loucos e Resistentes da Favela. Com essa proposta foi apresentada a Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania, que àquela altura integrava a rede estadual e nacional do programa Cultura Viva[3], realizando oficinas culturais (audiovisual e dança moderna), com apoio financeiro do Ministério da Cultura e supervisão da Secretaria de Estado da Cultura.
Sobre o hip-hop, Moura (2015, p. 41) afirma:

O hip hop é um movimento juvenil urbano, artístico-cultural e sociopolítico que reúne quatro elementos artísticos e um quinto elemento político denominado conhecimento e sabedoria, que perpassa os demais.

A proposta trazida para ser discutida com o Ponto de Cultura inicialmente não considerava o cineclube, porém, como este oferece uma importante contribuição para o desenvolvimento do quinto elemento, conhecimento e sabedoria,  foi proposto e aceito pelos criadores da oficina de rap Identidade Cultural.  Sobre a importância de um cineclube, de acordo com a descrição contida no blog da Cecisp – Associação Centro Cineclubista de São Paulo[4]:

Um cineclube se organiza antes de tudo pela vontade do convívio comunitário, pelo desejo de reunir os amigos, de participar de alguma atividade diferente da existente, de exercer a cidadania. Cineclube é antes de tudo uma atitude cidadã!

Nesse sentido, trabalhar a questão do conhecimento por meio do cineclube significou o oferecimento de subsídios e condições para que adolescentes e jovens pudessem acessar outras fontes de informação e de referências no campo dos valores humanos, sociais, políticos e culturais, considerando a qualidade duvidosa e pouco diversa da “ração diária” de informação e cultura fornecida pelo sistema – meios de comunicação, igrejas, escolas e outros meios de socialização e educação nos quais se inserem as juventudes das periferias.
Em termos de números de participação, na sessão de estreia, em agosto de 2015, a quantidade em horário de pico chegou perto da meta pretendida de 20 pessoas, considerando que alguns participantes chegaram mais tarde e outros saíram mais cedo. Em geral, a meta esperada sempre foi essa, porém, poucas vezes chegamos a esse número. A média de participação ficou em 10 pessoas. Já a sessão que obteve maior número de participantes abarcou cinquenta pessoas, durante a exibição do filme  Jardim documentário (2016), evento realizado por uma moradora da comunidade como trabalho de conclusão do curso de Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Outra sessão com grande expressividade de participantes reuniu 30 pessoas para assistir ao filme Quando sinto que já sei (2014). 


2 METODOLOGIA

Em termos de princípios filosóficos-metodológicos, a proposta do Cineclube Realidade está embasada na teoria freiriana. A começar pelo nome realidade, o qual serviu como tema gerador ou norteador para a escolha dos filmes. As obras foram escolhidas com base nessa palavra e nas preocupações recorrentes em nossos diálogos iniciais com os integrantes do grupo de rap.
De acordo com Passos (2008, p. 388), o tema gerador para Paulo Freire
[…] busca no grupo de cultura resgatar o sentido de unidade e síntese entre conhecimento e vida que antes fora amordaçada e estilhaçada pela cultura do capital, procurando no universo de palavras da comunidade temas geradores, isto é, “lugares” repletos de sentidos de experiências nucleares para a existência que imantam sentido cotidiano às vivências.
A curadoria também foi realizada de forma dialógica, acatando sugestões de filmes, assim como submetendo títulos à escolha dos participantes, além de títulos escolhidos pelo curador, sempre baseados no tema gerador – juventudes residentes nas periferias, inseridas em situações de vulnerabilidade econômica, social e cultural –, mas exercitando seu protagonismo crítico e criativo na superação dessa realidade.
Da mesma maneira, o debate final sempre foi organizado como um círculo de cultura, de modo que fosse conduzido com perguntas problematizadoras, de forma mais aberta, sem formulação prévia, relacionadas ao(s) filmes(s) em diálogo com a realidade local, tanto a individual quanto a coletiva.
Para Brandão (2008), a proposta do círculo de cultura apresentada por Paulo Freire é algo que bebe em uma tradição educativa presente em iniciativas práticas grupais de uso comunitário ou pedagógico, diferente do modelo tradicional, definido  como “educação bancária”. No caso do círculo de cultura, as pessoas são dispostas de modo que ninguém ocupe um lugar de destaque.
No circulo de cultura o diálogo deixa de ser uma simples metodologia ou uma técnica de ação grupal e passa a ser a própria diretriz de uma ação didática centrada no suposto de que aprender é aprender a “dizer a sua palavra” Brandão (2008,  p.69)
A seleção dos filmes foi realizada com base na temática de abordagem da realidade das periferias e as sessões foram programadas mensalmente, sem a necessidade de os filmes estarem ligados  ao universo estrito da cultura hip-hop, mas desde que trouxessem o universo  dos territórios onde residem a maioria dos que se identificam com o movimento hip-hop, filmes que contribuíssem com olhares críticos, comprometidos e afetuosos ligados ao cotidiano, às necessidades, às realizações, à potência e aos anseios comuns dos participantes.
Na sessão do Cineclube Realidade que exibiu o filme Maré – Nossa História de Amor (2008), por exemplo, um dos presentes disse que o nome do filme até poderia ser mudado para Conjunto Jardim – Nossa História de Amor; segundo ele, a realidade diária do Conjunto Jardim estava bem presente naquela história.
As escolhas dos filmes buscaram recair sobre aqueles que pudessem colaborar para informar e divertir ao mesmo tempo. O que significou evitar filmes muito intelectualizados, herméticos ou cult. O que dificilmente aconteceria, porque, como já citado, a curadoria contava com a participação dos próprios participantes da oficina de rap e/ou do cineclube.
A esse respeito, Maíra Ramos, jovem secretária do Ponto de Cultura e assistente da oficina de audiovisual, afirmou em artigo publicado no Informativo da Ação Cultural (2016):
Os filmes apresentados tem como contexto, a realidade que os jovens de periferia enfrentam no dia a dia, incluindo a dança, o rap, as rádios comunitárias, e teatro, entre outros elementos que podem mudar a vida desses jovens. O Cine-Realidade não vem apenas para mostrar uma coisa óbvia, ele vem pra gerar um dialogo entre os jovens sobre o valor de um trabalho educativo e cultural dentro dessas periferias.





3 RELAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO TEMÁTICA DOS FILMES EXIBIDOS


Abaixo, uma lista dos filmes exibidos no Cine Realidade, além de uma classificação por temas principais abordados. Vale lembrar que, na maioria das vezes, os filmes podem ser agrupados em duas ou mais classificações. E, às vezes, uma segunda temática pode ser escolhida como principal. Todavia, a classificação do filme dentro de uma temática não invalida incluí-lo em outras.

Imagem 1 - Sessão inaugural do Cine Realidade, exibição da obra Uma onda no ar (2008).

 
Foto: Maíra Ramos

No total, foram 18 sessões e 25 filmes, sendo 9 curtas-metragens e dois episódios da série global Cidade dos Homens (2002).




Tabela 1 - Classificação dos filmes por temas
Tema
Quantidade
Comunicação de base comunitária
1 filme
Iniciativas culturais de base comunitária
7 filmes
Conjunto Jardim
5 curtas-metragens
Temática musical principal (rap e rock)
2 filmes
Escolas inovadoras, rebeldes, críticas
4 filmes
Situações de vulnerabilidade e conflitos sociais envolvendo adolescentes e jovens (prisão, prostituição, meninos de rua, sequestro de ônibus/assassinato etc.)
6 filmes
Temática histórica de fundo, mas com interpretação livre e dialogando com o presente
1 filme


Filmes exibidos no ano de 2015

Uma onda no ar, 2008 (Helvécio Ratton)
Na Quebrada, 2014 (Fernando Grostein Andrade)
Flores do Jardim, 2014, curta-metragem (produção coletiva)  
Entre a luz e a sombra, 2009 (Luciana Burlamaqui)  
Maré – nossa história de amor, 2008 (Lúcia Murat)  
Sessão especial somente com curtas -  O Muro é o Meio, 2014 (Eudaldo Júnior); A eterna maldição do cacique Serigy, 2009 (Alessandro Santana, Bruno Monteiro e Mauro Luciano); Ponto de Cultura - RECAP, 2012 (produção coletiva); Incultura, 2015 (Juan Carlos Gutiérrez e Didier Molina).     
Sabotage – Nós 2013 (Guilherme Xavier Ribeiro)

Filmes exibidos no ano de 2016

Sonhos Roubados, 2011 (Sandra Werneck)
Capitães de Areia, 2011 (Cecília Amado)  
Cidade dos Homens, 2002 – série apresentada pela Rede Globo de Televisão no período compreendido entre 2002 e 2005, episódios A Coroa do Imperador (Cesar Charlone) e O Cunhado do Cara (Kátia Lund e Paulo Lins).
Somos tão jovens, 2013 (Antônio Carlos da Fontoura)
Cidade Cinza, 2013 (Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo)
Escritores da Liberdade, 2007 (Richard LaGravenese) 
Alma da Gente, 2013 (Helena Solberg e David Meye)  
Vocacional – uma aventura humana, 2011 (Toni Venturi) 
Ônibus 174, 2002 (José Padilha) 
Jardim documentário, 2016 (Fernanda Almeida)

Filmes exibidos no ano de 2017
A mostra temática "O audiovisual como janela para olhar a escola que queremos” foi criada para auxiliar na ampliação do olhar de alunos, professores e gestores acerca da necessidade de mudar a maneira de pensar e organizar a escola. Os dois filmes longa-metragem escolhidos para o evento, Quanto sinto que já sei (2014) e Nunca me sonharam (2017) são distribuídos pela plataforma Video Camp[5].

Quando sinto que já sei, 2014 (
Anderson Lima, Antônio Lovato e Raul Perez)  
Boca Loca, O sanfoneiro do Jardim, 2017 (produção coletiva)  
Nunca me sonharam, 2017 (Cacau Rhoden)   
Ocupação Portela! E se todas as escolas fossem ponto de cultura?,  2017, em primeira exibição pública (produção coletiva) – 
Videoclipe Voa Passarinho, Mc. César Levine’s, 2017 –




O filme de maior plateia: Jardim documentário



O filme Jardim Documentário (2016), dentre as obras exibidas, obteve maior audiência, a razão principal é o fato de ter sido produzido por Fernanda Almeida, moradora da comunidade e por ter como tema como é viver no Conjunto Jardim. Para obter o produto final, Fernanda Almeida entrevistou alguns moradores, com ênfase para os mais antigos e com vínculos fortes com a comunidade, para contar como é viver em um dos bairros da Região Metropolitana de Aracaju mais estigmatizados pela violência  e pelo preconceito, mesmo que, como todos os bairros nessa situação, sejam locais de muita criação e recriação de sujeitos e práticas de solidariedade e de identidade(s) cultural(is).
Escreveu Fernanda Almeida, na página do filme no facebook, no post de divulgação da estreia do filme no próprio bairro, em 15 de Outubro de 2016,  após a primeira exibição na UFS:
Eu sempre almejei o melhor para comunidade, tenho as melhores recordações, mas também tenho indagações que me ocorreram ao longo dos anos. O preconceito de ser morador foi uma das primeiras impressões que senti, a violência no Conjunto é intermitente, alguns já vivenciaram e outros não,  e por conta disso foi atribuído ao filme a fala direta dos moradores, para os que não moram aqui e que ficarão sabendo através do discurso deles,  o que de  fato acontece.

Já no texto após a exibição, Fernanda Almeida assim se expressa:

Boa tarde Conjunto Jardim, estamos imensamente felizes com exibição do filme Jardim ontem. A recepção do filme foi calorosa e emocionante. O cineclube Realidade estava repleto de olhares atentos a cada cena do filme; em alguns momentos risos quando alguém era reconhecido na tela, em outros emoções instantâneas ao verem os depoimentos dos moradores.
Ao final do filme tivemos uma roda de conversa e ao ouvir todos os comentários só aumentou a certeza que o projeto do filme só engrandece a história do conjunto.
Foi gratificante ter essa tão esperada exibição na comunidade e por todo o apoio que tivemos.


4 CONCLUSÕES PRELIMINARES


Assim como fazíamos na roda de conversa após a exibição dos filmes no Cine Realidade, a palavra será aberta para Willians Oliveira poder ser expressar. Jovem rapper, residente no Conjunto Jardim no período em que existiu o Cine Realidade (2015-2017), foi um dos mais assíduos e entusiastas da proposta. Atualmente, reside na cidade de Santos (SP).
Minha melhor recordação é lembrar o brilho no olhar de cada um que fez parte do Cine Realidade, e da alegria por ter participado de um projeto simples mas de grande valor, de muita dedicação e comprometimento. Dos filmes que trago melhor recordação destaco, entre outros, Maré, Entre a Luz e a Sombra e Jardim.  A temática dos filmes que assisti no Cine Realidade abrangem assuntos bastantes parecidos, todos voltados ao que é considerando como classe C, filmes que mostram a realidade das favelas no Brasil, em que o convívio é difícil, mas que dá para vencer em meio a tudo isso. Dos filmes, o que mais chamou minha atenção foi o "Maré", o qual conta a história de uma menina que é filha de um dos chefes do tráfico de drogas, e a briga do pai pelo poder de controle do tráfico na favela da Maré.  Separados pelo apartheid entre as facções rivais, mas amenizado por um grupo de dança na comunidade, o qual serve como uma espécie de refúgio para os jovens se encontrarem. E isso é muito legal, com cada um explorando a sua própria vida de modo tão inspirador.  O que eu mais gostava no Cine Realidade eram as perguntas no final de cada filme apresentado, isso passa uma confiança e uma referência muito legal, perguntas e respostas, saber o que realmente seu amigo do lado pensou do filme, isso é sem igual. O maior aprendizado que trago comigo é saber respeitar a opinião de cada um, todos temos pontos de vistas diferentes e devemos nos por no lugar de cada um. Isso eu vou carregar sempre comigo. Do que eu gostaria que melhorasse, gostaria primeiramente que fosse um ambiente mais amplo e com uma visualização bem maior em termos de localização, para que assim pudesse chamar mais a atenção e trazer mais pessoas para conhecerem o nosso projeto.
Então é isso. Que todos que lerem meu depoimento tome a iniciativa de participar, porque com certeza não irão se arrepender.

Temos aqui palavras cheias de compromisso, entusiasmo e de esperança, confirmando todo o percurso argumentativo realizado neste artigo. Palavras e atitudes necessárias nestes tempos de ataques aos avanços conquistados recentemente em nosso país, ataques ao campo da educação, da cultura e aos direitos políticos, sociais e culturais em geral. Destaca-se na fala de Willians Oliveira o conceito de alteridade, expresso no momento da fala, imprescindível para superarmos as dificuldades de convivência e respeito pela diferença, pela diversidade, muito em alta no Brasil nesse momento de disseminação dos preconceitos e da cultura do ódio:
O maior aprendizado que trago comigo é saber respeitar a opinião de cada um, todos temos pontos de vistas diferentes e devemos nos colocar no lugar de cada um.

Assim é um cineclube, escolas de aprendizagem para o diálogo cidadão, para a formação de outros olhares, diferente do “mais do mesmo” das televisões e cinemas de shopping, para a formação de uma cultura cinematográfica intercultural e para o enriquecimento humano, social, político e cultural, oportunidade para a ampliação do público frequentador dos cinemas de rua, dos cinemas de arte, oportunidade do despertar de talentos profissionais para o campo das carreiras ligadas à produção audiovisual, dentre outras possibilidades.
Seguindo a linha do que propõe Renato Russo na canção Vamos fazer um filme (1993)[6], vale a pena também pensar na hipótese de criarmos cineclubes. Assim como apoiar os já existentes com a nossa presença frequente, assim como os cinemas de rua, o cinema de arte. Afinal, trazendo mais versos da canção citada do Renato Russo (Legião Urbana) para fortalecer ainda mais as razões: “[...] O sistema é mau, mas minha turma é legal/
Viver é foda, morrer é difícil [...]”.
Os nossos agradecimentos a todos que responderam de forma positiva aos dois convites acima. Ao convite para fazer os filmes curtas-metragens produzidos pela Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania; Ponto de Cultura RECAP; Boca Louca – O sanfoneiro do Jardim; Ocupação Portela! E se todas as escolas fossem Ponto de Cultura?; Voa Passarinho e Flores do Jardim, o filme-carta gerado na oficina do projeto Inventar com a Diferença na Escola Júlia Teles, assim como pela colaboração na produção e/ou como expectadores dos filmes exibidos no Cineclube Realidade. 






REFERÊNCIAS


A REALIDADE das periferias em tela de cinema. Informativo Ação Cultural, n.10, Aracaju, 2016, p. 01.
ALMEIDA, Fernanda. Jardim documentário. 2016.  Disponível em: >. Acesso em: 20 maio 2019.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Círculo de Cultura. In: ZITKOSKI, Jaime José; REDIN, Euclides; STRECK, Danilo R. (Orgs.).  Dicionário Paulo Freire. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
MOURA, Renata Paulo dos Santos.  Novos olhares, novas costuras... O Movimento hip-hop e suas práticas educativas na escola. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015.
O DESCOBRIMENTO DO BRASIL (ÁLBUM). In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: . Acesso em: 20 maio 2019.
O QUE é um cineclube? Cultura Digital. Disponível em: <http://www.culturadigital.br/cineclubes/cineclube/rtigos/o-que-e-um-cineclube/>.  Acesso em: 20 maio 2019.
PASSOS, Luiz Augusto. Tema Gerador. In: ZITKOSKI, Jaime José; REDIN, Euclides; STRECK, Danilo R. (Orgs.).  Dicionário Paulo Freire. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
POLÍTICA NACIONAL DE CULTURA VIVA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pol%C3%ADtica_Nacional_de_Cultura_Viva&oldid=55140039>. Acesso em: 21 abr. 2019.
SOBREVIVENDO NO INFERNO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2019. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sobrevivendo_no_Inferno&oldid=54446371>. Acesso em: 15 maio 2019.





[1] Professor de História na rede pública estadual, agente/produtor cultural de iniciativas culturais de base comunitária, integrante do Núcleo Interdisciplinar de Cinema (Nice) – UFS.
[2] Rap que integra a lista de composições do segundo álbum dos Racionais MC’s, Sobrevivendo no Inferno, lançado em 1997. Vendeu 500 mil cópias e é considerado um dos melhores trabalhos do grupo. Está situado dentre os de maior repercussão na trajetória dos Racionais.
[3] O Cultura Viva é um programa do governo federal brasileiro, criado em 2004. Em 2014, passou a ser uma Política de Estado com a sanção da Lei 13.018, que instituiu a Política Nacional de Cultura Viva, que simplifica e busca desburocratizar os processos de reconhecimento, prestação de contas e o repasse de recursos para as organizações da sociedade civil.
[4]Definição também utilizada em diversos sítios de internet  que tratam  de ação cineclubista.  
[5] A plataforma de distribuição de filmes online Video Camp permite o acesso gratuito a filmes com temáticas sociais e culturais.
[6] A canção Vamos fazer um filme integra o álbum Descobrimento do Brasil, o sexto álbum de estúdio da banda brasileira de rock Legião Urbana, lançado em 1993 pela gravadora EMI.

O artigo  acima,  foi apresentado no II Seminário Interdisciplinar de Cinema e em seguida debatido pelos participantes do GT Cinema e Educaçao.


PUBLICADO TAMBÉM AQUI:
https://sicufs.files.wordpress.com/2020/03/ii-sic-anais-completos-ebook-2019-1.pdf












3 comentários:

Sandra Beiju disse...

Uma proposta de educação/formação de Base, importante e necessária. A juventude precisa de nós e nós precisamos dela. Hoje mais do que nunca, nesse processo de violência extrema imposto pelo capitalismo que destrói: práticas culturais locais, sonhos, projetos e vidas humanas, e vidas de outros seres. Parabéns pelo trabalho forte e impactante.Conte comigo para recomeçar.

AÇÃO CULTURAL disse...

Muito bom Sandra!! Estamos aguardando uma resposta do Josenilson (Neném)o qual está buscando articular um grupo no bairro Santa Maria para iniciarmos um ciclo de exibição no local..
Zezito de Oliveira

Anônimo disse...

Espetacular. Fiz parte de modo indireto desse projeto. Orgulho, alegria...