FOTO- MARCO VIEIRA
Com o processo de retomada das atividades por conta da redução no número de casos registrados do novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), está colocando em prática uma reestruturação do Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira, na busca por fomentar, apoiar tecnicamente e dar vazão às produções audiovisuais locais. Junta-se a isso, a possibilidade de investir, via Lei Aldir Blanc, R$ 500 mil nesta área.
A iniciativa surge diante do contexto em que coloca em destaque a responsabilidade do órgão enquanto fomentador das cadeias produtivas culturais ligadas às expressões audiovisuais aumentar, por conta das dificuldades impostas pela necessidade de cumprir uma extensa quarentena, o que afetou sobremaneira os profissionais da cultura. “Neste ano, mesmo com a pandemia, nós retomamos a política de audiovisual com o lançamento do edital ‘Janela Para as Artes’ e nomeamos para o NPD o multiartista Anderson Passos, mais conhecido como Hot Black, um grande conhecedor do audiovisual e das linguagens emergentes, sobretudo da chamada cultura das periferias, um profissional que produziu e apresentou programas na TV Brasil.
Agora, com a Lei Aldir Blanc, estamos destinando um grande volume de recursos para o setor, não só cumprindo o objetivo do fomento à cadeia, mas procurando fortalecer nossas gramáticas nesse campo, identificar novos atores e qualificar nossa produção através de ações planejadas. A Funcaju está destinando R$ 500 mil da lei, o maior investimento da história de Sergipe, para o setor do audiovisual”, destacou o presidente da Funcaju, Luciano Correia. A ideia, conforme explica o coordenador do NPD, Anderson Passos, “Hot Black”, é fazer NPD Orlando Vieira passa por reestruturação e distribuirá R$ 500 mil da Aldir Blanc do órgão um espaço com uma importante “força centrípeta”, ou seja, que puxe para si, através do apoio profissional, logístico e técnico, a diversidade de projetos que se encontram espalhados pela capital. “ O audiovisual é um setor que está organizado há um bom tempo, que tem suas produções corriqueiras. Então, ao longo dos seus 14 anos o NPD é o principal lugar de deságue porque ele foi importante em uma série de produções, inclusive renomadas, premiadas nacional e internacionalmente. Talvez, dentro do Centro Cultural, naquele espaço imponente, as pessoas tenham a dificuldade de entender que aquilo os pertence.
Assim, precisamos transformar o local em uma força centrípeta, onde a periferia seja puxada ao centro da produção, trazendo novas narrativas e olhares de quem ficava às margens, para que eles possam produzir o que nós chamamos de ‘novo imaginário’, o que é importante demais”, ressaltou o coordenador do NPD. No processo de reorganização foi percebida a necessidade de avaliar o inventário do NPD, quando se diagnosticou que há um bom parque técnico, que permite um bom suporte, mas que precisa ser ampliado, por meio de convênios tanto com o setor público quanto privado, de maneira que ainda mais pessoas possam usufruir dele, sobretudo quando se sabe que o órgão atende também a demanda de artistas de fora da capital. Investimento recorde Aliado à reestruturação do núcleo será possível, por meio de recursos provenientes da Lei Aldir Blanc, destinar R$ 500 mil ao fomento do setor audiovisual. O montante será distribuído em quatro eixos. São eles: Eixo Difusão, que dispõe de R$ 100 mil, a serem investidos no licenciamento, finalização e distribuição de obras audiovisuais; Eixo Novas Produções Artísticas, que conta com um orçamento de R$ 250 mil, que serão destinados à produção e finalização de curtas-metragens, webséries, videoclipes e roteiros de criação de novas produções artísticas de pequeno, médio e grande portes; Eixo Formação, Capacitação e Pesquisa, que destinará R$ 50 mil ao estímulo do espaço de produção do conhecimento, ensino- -aprendizado e conexões entre os fazedores e o público-alvo; e Eixo Festivais e Mostras, cujo orçamento de R$ 100 mil será utilizado na produção e promoção de atividades de circulação, estudo e diálogos da cadeia do audiovisual. “Desta forma, pretende-se ampliar a qualidade da atuação do NPD junto aos realizadores e cidadãos.
A partir deste volume, uma série de filmes serão produzidos, licenciados, uma série de espaços para mostras, para encontro, webinário, workshop, oficinas de capacitação, todas elas, inclusive, serão ofertadas neste fomento, via edital. Tudo o que será feito, produzido, será um novo marco. E quando a gente fala que é meio milhão, não é um recurso simples, é um volume que nunca antes foi ofertado na cena audiovisual aracajuana. Na perspectiva de que nesse momento de isolamento houve um volume de trabalhos represados, temos que retomar com um outro olhar. Sem dúvida nenhuma, vamos redesenhar a cena do audiovisual”, reforçou Anderson.
ASCOM - FUNCAJU
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