sexta-feira, 1 de setembro de 2023

O Cinema Brasileiro como indústria financiado pelo BNDES

 https://www.youtube.com/watch?v=XPCB8Sn9fZU


PRECISAMOS FAZER FILME, MUUUUUUUUUITOS FILMES SOBRE O TEMA!VIVA O CINEMA!  VIVA A DEMOCRACIA!

Aluizio Mercadante, presidente do BNDES, na abertura do Seminário da instituição pelo Audiovisual Brasileiro, dá um recado importante!

No Seminário do BNDES do Audiovisual Brasileiro, o presidente do banco, Aluizio Mercadante, surpreendeu o público com uma mensagem e emocionada contra o silenciamento em torno dos desaparecidos políticos.

O apelo emocionado de Mercadante pelos desaparecidos políticos, por Luis Nassif

Assista em:

https://jornalggn.com.br/cidadania/apelo-emocionando-de-mercadante-pelos-desaparecidos-politicos/


BNDES debate novo ciclo do audiovisual brasileiro e projeta meio bilhão de apoio ao setor

Ao longo dos anos, Banco apoiou 454 filmes; também viabilizou implantação ou reforma de cerca de 300 cinemas e digitalização de mais de mil salas

Retomar o crédito ao audiovisual brasileiro é urgente, e o BNDES pretende disponibilizar R$ 500 milhões em recursos para financiar o setor “o mais rápido possível”. O diagnóstico é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que abriu nesta quarta-feira, 30, o “Seminário BNDES do Audiovisual Brasileiro”, na sede da instituição, no Rio.

Promovido pelo Banco, com apoio do Ministério da Cultura (MinC) e da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o evento reuniu gestores públicos, especialistas, representantes de associações de profissionais e de empresas do setor para discutir e propor ações dentro de uma estratégia de desenvolvimento nacional.

“Precisamos de uma agenda ofensiva em defesa da cultura, do cinema e do audiovisual brasileiro”, disse Mercadante, na abertura do evento, marcada por homenagem à atriz Fernanda Montenegro e ao cineasta Luiz Carlos Barreto. “Uma nação sem respeito à própria cultura é uma nação sem caráter”, enfatizou a atriz. Já Barreto afirmou que o seminário responde à necessidade de o cinema ser tratado, de fato, como uma indústria, que precisa de gestão, planificação e racionalidade, e elogiou a intenção do BNDES de voltar a atuar no setor, como faz em outros segmentos da economia.

Presente na cerimônia, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que o seminário acontece no momento que as políticas públicas da Secretaria do Audiovisual (SAV) estão sendo retomadas.

“É imensurável o prejuízo que temos com a falta de compreensão do potencial econômico e transformador desse setor”, destacou a ministra, afirmando ter por desafio reconstruir, rearrumar e ressignificar o audiovisual e o cinema brasileiro, não só na sua dimensão histórica, mas também pelo potencial de geração de economia e difusão cultural. Levantamento feito em 2022, pela Motion Pictures Association (MPA), em parceria com a Oxford Economics,  mostra que o impacto direto, indireto e induzido do setor no Brasil representou, em 2019, R$ 56 bi no PIB, 657 mil empregos gerados e R$ 7,7 bi de impostos arrecadados.

A ministra ressaltou ainda a aprovação do PL 3.696/2023, que prorroga o prazo de obrigatoriedade de exibição de obras cinematográficas brasileiras na TV paga. Participando por vídeo, o relator do projeto, senador Humberto Costa, ressaltou a importância da cota na reconfiguração do setor audiovisual.

Articulação - "É preciso investir na expansão do parque exibidor, investir em políticas públicas para regulação, principalmente do instituto da cota de tela, para se garantir espaço e condições justas de competição para o conteúdo audiovisual brasileiro”, pontuou o diretor-presidente da Ancine, Alex Braga, no painel “Articulando as instituições do audiovisual no Brasil”.

Mediado pelo superintendente da Área de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, João Paulo Pieroni, e com a participação de representantes da Embratur, Apex, SPCine, SMC-Rio e EBC, o painel discutiu a necessidade de cooperação e alinhamento de políticas para fortalecer a cadeia produtiva do setor.

Pieroni recordou o início da atuação do Banco no audiovisual brasileiro, “de forma mais tímida”, ainda nos anos 90: “Em 1995, começamos a entender melhor as especificidades do setor e fomos avançando até que, em 2007, tivemos o marco da criação do BNDES Procult”.

De lá para cá, o Banco apoiou 454 filmes por meio de editais de cinema e mais de 80 filmes e séries via crédito. Também viabilizou a implantação de oito estúdios cinematográficos e, em parceria com a Ancine, na condição de agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual, financiou a implantação ou reforma de aproximadamente 300 salas de exibição em mais de 40 cidades do país. Essa parceria permitiu também digitalizar mais de 1.000 salas de cinema.

Encerrando o evento, Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura e assessor da presidência do BNDES, afirmou que o objetivo central do seminário é despertar, sair da inércia, criar um processo de comprometimento do Estado com o audiovisual do país. "O importante é a gente dar as mãos e construir uma política para que esse novo ciclo seja uma plataforma de projeção do cinema e do audiovisual brasileiro", completou.

Além de traçar perspectivas para o setor, o seminário estimulou o debate de temas ligados à experiências de fomento, políticas de financiamento, dinâmica regulatória, tecnologias emergentes, qualificação profissional, estratégias de produção executiva e de distribuição, além de mudanças nos padrões de consumo com a expansão do streaming.

Assista ao evento completo:

Transmissão do seminário - Parte 1 (manhã)

Transmissão do seminário - Parte 2 (tarde)



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