A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) promoveu no
mês de setembro uma oficina de capacitação para os gestores dos
quase 30 Pontos de Cultura espalhados por Sergipe. Representantes do
Ministério da Cultua (Minc) também participaram do evento que contou com
palestra sobre as experiências adotadas na Bahia (cuja gestão dos
pontos é considerada modelo no país) e com orientações e esclarecimentos
a cerca da prestação de contas relacionadas às atividades dos Pontos de
Cultura.
De acordo com a coordenadora de eventos da Secult, Tiara Camera, a
capacitação tem dois aspectos principais. “As oficinas envolvem o
aspecto do encatamento, que é articulação e a gestão dos Pontos de
Cultura, tomando exemplo da gestão que é realizada na Bahia, assim como,
envolvem a gestão técnica dos pontos de cultura, prestação de contas,
acompanhamento financeiro e a resolução de dúvidas”, revela.
Tiara explica que a orientação quanto à prestação de contas é uma
deliberação dos Pontos de Cultura exposta durante a articulação nacional
entre os gestores. “Os representantes dos Pontos de Cultura estiveram
reunidos em Natal (RN) para um momento de articulação nacional e
voltaram com a deliberação de que fosse oferecida esse tipo de
capacitação. A Secult está cumprindo essa demanda”, destaca.
O assunto foi abordado pelo coordenador geral de acompanhamento,
fiscalização e prestação de contas da Secretaria de Cidadania e
Diversidade Cultural, Marcello Nóbrega, que conversou com os gestores
dos pontos sobre os modelos e procedimentos de prestação de contas, de
acompanhamento e monitoramento dos convênios. “A intenção é fazer com
que eles tenham maior conhecimento de como o Estado os ver, incidindo,
dessa forma, em menos erro na formatação final, que é a apresentação.
Nacionalmente, os gestores dos pontos têm dificuldade na prestação de
contas, por conta das caraterísticas peculiares da ferramenta que eles
assinam com a secretaria, que é o convênio”, explica.
Durante a palestra, coordenadores dos Pontos de Cultura também
tiveram oportunidade de expor seus pontos de vista e contribuir com
sugestões. Foi o caso de José Oliveira Santos, "Zezito" coordenador pedagógico do Ponto de
Cultura Juventude e Cidadania, que atua em Aracaju e Nossa Senhora do
Socorro.
“A nossa dificuldade é o modelo de gestão, pois diante da realidade
dos Pontos de Cultura, ele é um instrumento exigente, cheio de detalhes e
de natureza complexa. Com as novas mudanças e orientações, o ideal é
que os esclarecimentos não sejam utilizados somente através dos meios
presenciais, mas também com os meios digitais. Isso porque com os
recursos digitais, podemos fazer uma prestação de contas imediata,
receber orientações e também obter material que nos oriente sobre os
demais procedimentos. Estamos discutindo aqui temas que vieram da Teia
Cultural e a ideia é que a Cultura incorpore essas novas soluções”,
conta.
Pontos de Cultura
Os Pontos de Cultura fazem parte de uma ação prioritária do Programa
Mais Cultura, do Ministério da Cultura (MinC), adotado pela Secretaria
de Estado da Cultura (Secult) - que articula várias ações deste
programa, através de iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil. A
iniciativa firma convênios, por meio da seleção por editais públicos,
onde os Pontos são responsáveis por articular e impulsionar as ações que
já existem nas suas comunidades.
A rede de Pontos de Cultura de Sergipe tem 30 pontos. Todas as oito
regiões do Estado têm pelo um Ponto, que estão localizados desde a zona
sul da capital à comunidade rural do Baixo São Francisco. Todas as
atividades promovem desenvolvimento social e econômico, pois estimulam a
economia criativa nas comunidades onde atuam.
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