terça-feira, 2 de abril de 2019

Tabata Amaral no CENTRO do debate

A atualização de Nossa Linda Juventude.
Da play list do projeto Reculturarte.
"Nossa linda juventude
Página de um livro bom."



Tabata Claudia Amaral de Pontes (São Paulo, 14 de novembro de 1993) é uma cientista política, ativista pela educação brasileira e política brasileira. Atualmente é deputada federal por São Paulo. Filiada ao Partido Democrático Trabalhista, foi a sexta candidata mais votada no estado, com 264 450 votos, nas eleições de 2018.
Tabata Amaral é cofundadora do Movimento Mapa Educação, e do Acredito,[5] movimento político nacional e suprapartidário[6][7] que busca a renovação do congresso] e lançou em 2018 candidatos para vagas de diferentes níveis no legislativo.
Em outubro de 2017, foi uma das onze lideranças a participar de um encontro com o ex-presidente americano Barack Obama em sua passagem por São Paulo. Em julho de 2018, foi a mais jovem liderança a participar de um debate com a ativista paquistanesa e Nobel da Paz Malala Yousafzai em sua primeira visita ao Brasil.
Formada em ciências políticas e astrofísica pela Universidade de Harvard, representou o Brasil em cinco competições internacionais de ciências, tendo sido também colunista da rádio CBN em São Paulo e da revista Glamour.
"A jovem deputada que jogou contra as cordas o ministro da Educação e sua “lista de desejos”
Neófita no Congresso, Tabata Amaral (PDT-SP) sugere que Ricardo Vélez se demita do MEC, o deixa em silêncio, e agrava ainda mais a situação do ministro olavista de Bolsonaro."

A jovem deputada que jogou contra as cordas o ministro da Educação e sua “lista de desejos”

Marta Porto
São absolutamente ridículas e reacionárias as críticas de uma parte da esquerda militante, que não tem o que fazer, dirigidas a deputada Tabata Amaral. Palavras de ordem e slogans vazios não vão conduzir o país a lugar nenhum, pelo contrário, vão abrir espaço cada vez mais amplo para a sensação de barco à deriva que a maioria dos brasileiros sente nesse momento. É impressionante a incapacidade de parte da esquerda de se organizar em torno de propostas objetivas, de apresentar ideias com início, meio e fim em áreas cruciais como educação, cooperação internacional, moradia, meio ambiente, cultura. Ou de se articular em uma frente ampla democrática que possa trabalhar pelo país e não por suas visões obtusas de campo político.
As milícias digitais que operam desde os governos Lula-Dilma, difamando e agredindo qualquer progressista que não siga o manual de como obter a carteirinha de sócio do clube de militante honorário, achincalha tudo e todos com a mesma ferocidade dos bolsonaristas. Sobrou agora para a jovem deputada que foi a única que se fez entender por qualquer cidadão ou cidadã que não vive de ativismo profissional. Queria perguntar aos operadores do caos, onde entra o povo nessa equação de dois extremos sem propostas e muito verbo?
Em boa hora a reportagem da The Intercept Brasil.
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Um texto premonitório, escrito no ano de 2006, embora um pouco ingênuo e otimista com relação a direita. Está nessa  seleção de posts,  para  fortalecer a ideia de que precisamos investir nas populações da periferia, em especial a  juventude, por meio de arte, da tecnologia  e da comunicação, considerando a transversalidade com as questões da participação politica e do fortalecimento econômico, preferencialmente, mas não de forma exclusiva com conceitos e ferramentas de economia solidária. 

OUTRO BRASIL? SOMENTE COM PARTICIPAÇÃO E ARTE.

1
Zezito de Oliveira · Aracaju, SE
27/10/2006 · 67 · 4
Certa feita, conversando com um amigo educador/artista, que reside na cidade de Olinda, em Pernambuco, sobre o modo de a esquerda governar, ele externou para mim algumas preocupações referentes ao modelo de gestão de muitas administrações progressistas que ele conheceu e que se moldam facilmente à cultura política das oligarquias locais e realizam, mesmo que de forma mais eficiente, uma gestão cuja prioridade são apenas as grandes obras, os programas assistenciais e os shows com grandes artistas ligados à cultura de massa, o que acaba lembrando uma canção do Cazuza: “Um museu de grandes novidades” ou parafraseando Belchior: “Minha dor é perceber que apesar de tudo que fizemos, ainda somos os mesmos, “pensamos” e administramos a coisa pública como os velhos coronéis.”

E o meu amigo fez o questionamento porque, ocorrendo o término do mandato (sem reeleição), uma outra administração ligada a partidos conservadores, com inteligência e perspicácia pode fazer a mesma coisa: realizar grandes obras, investir em programas sociais e prosseguir na organização dos mega shows e, conseqüentemente, passar para a população a idéia de que não haverá necessidade de se votar na esquerda novamente.

Se na época não consegui imaginar isso como uma possibilidade real, decorridos alguns anos dessa conversa, reconheço que essa opinião é pertinente e esse texto foi escrito para ajudar na reflexão sobre o assunto, na linha de que tudo que é sólido se desmancha no ar e de que o que é novidade facilmente torna-se comum, e por isso todo indivíduo ou organização que deseja ser sempre considerada e reconhecida deve continuadamente buscar se aprimorar naquilo para que foi criada e facilitar as coisas para que novas descobertas e novas invenções possam ter lugar. 

E isso só acontece num ambiente de autonomia e que favoreça condições e oportunidades para a construção e reconstrução subjetiva dos indivíduos .

Nesse sentido, considero duas questões primordiais. Em primeiro lugar, atenção especial para a mudança de valores e práticas de relacionamento político pautado nos antigos procedimentos da elite dominante, como o clientelismo, o paternalismo, o autoritarismo etc...

Em segundo lugar, atenção especial àquilo que aponta para a criação de sujeitos mais solidários, mais livres, mais ousados, àquilo que cria e dá sentido à realização plena das pessoas (refiro- me aqui à produção artístico/ cultural).

No primeiro caso se faz necessário (re)construir, fortalecer ou criar estruturas formais e informais de participação “real” da população nas decisões sobre os rumos do governo, como os conselhos, as conferências, as câmaras setoriais, os fóruns e as redes, além do incentivo e apoio à organização da sociedade civil através das ongs, e cooperativas. Assim, se viabilizaria um ambiente favorável à gestação de novas idéias e recursos para resolver ou atenuar velhos problemas, o que também pode garantir a criação de um antídoto para evitar o retrocesso de condução antidemocrática das decisões, a partir da eleição de partidos ligados às velhas elites dirigentes, após suceder-se um governo de esquerda. 

No segundo caso, democratizar o acesso aos meios de produção artística e dos meios de produção e difusão da informação, com orçamento decente e gestores comprometidos, preparados e que saibam ouvir os interessados no assunto, o que resultará em diretrizes e ações que garantirão à maioria da população a possibilidade de se expressar de maneira que não fiquem apenas se comportando como meros consumidores de um bocado de lixo que é comercializado como produto cultural e cujos conteúdos -- carregados de intolerância (inclusive religiosa), vulgarização do sexo, preconceitos vários, individualismo exacerbado, banalização da violência, etc., -- vão na direção contrária de tudo aquilo que defendemos, formando o “caldo” da cultura que conduz ao retorno e sustentação da nova/ velha direita. 

E isso é tudo que muita gente que ousa lutar e acreditar em outro país menos deseja, mas que será inevitável, caso opiniões como a nossa não sejam levadas em consideração a tempo.

P.S.: Segundo o pensador italiano Norberto Bobbio a esquerda orienta-se por um sentimento igualitário e a direita aceita a desigualdade como natural. Embora no Brasil seja praticamente impossível perceber a diferença através dos discursos e propaganda em época de campanha eleitoral.

Quanto as questões que apresento no texto acima percebo que o modelo de gestão do Ministério da Cultura aponta para o que escrevi acima. Apesar da necessidade de aumento do orçamento e da capacitação técnica e redução da burocracia para o acesso dos pequenos empreendedores culturais do interior e das periferias aos editais. Em Recife, em visitas a comunidades periféricas e em conversas com artistas e arte-educadores populares e também com o Secretário de Cultura, João Roberto Peixe, que nos concedeu audiência de quase duas horas no ano de 2004, pude perceber que muito daquilo que queremos/sonhamos já é realidade. Na oportunidade, o secretário me entregou cópias do relatório de gestão 2000/2004 e da I Conferência Municipal de Cultura do Recife, da qual tive a honra de participar. 

José de Oliveira Santos - “Zezito” Professor de história e ativista cultural – e-mail.: zezito2002@ig.com.br 



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