O primeiro foi secretário executivo da AMABA durante vários anos, o segundo foi educando e educador do Projeto Reculturarte e Raoni Smith, conhece a AMABA pelo pai e por outros que falam da mesma, em especial através do livro.
Foi o teceiro lançamento do livro, o primeiro foi realizado de forma virtual no dia 15 de outubro de 2021. O segundo foi realizado na roda de capoeira do grupo Mokambo realizado no Bairro América no dia 29 de janeiro de 2022.
O local foi a sede da Secretaria de Estado da Cultura, agora Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe - Funcap, e que já foi Fundação Estadual de Cultura (FUNDESC).
Capitulo introdutório do livro AMABA
https://www.youtube.com/watch?v=6_amGGINTXI
Produção do áudio: Produtora Audiolibre
Em função do horário, 10 da manhã de um dia comum, e da localização, um pouco distante do centro da cidade, o evento por natureza fica restrito a poucas pessoas, e por outro lado o espaço não é muito grande, logo, a quantidade de pessoas presentes foi a contento, o necessário para não criar desconforto, entre trinta e quarenta pessoas.
Isso tornou-se possível por ser o lançamento da exposição coletiva de cerca de uma dezena de artistas plásticos, dois livros e um curta documentário, além da apresentação de dois repentistas.
Fico a imaginar o que mais pode ser feito para mais gente se surpreender ou se espantar com a capacidade de criação e recriação estética e cultural de gentes que não fazem parte do high society intelectual e cultural da city ou de Sergipe Del Rey,
Um programa na rádio e TV Aperipé, é possível? Ou pauta ou convite para apresentação dos trabalhos apoiados pela Lei Aldir Blanc nos programas destinados a divulgação cultural e que fazem parte da grade de programação da rádio e TV pública estadual. Fico a pensar também nos canais de televisão da câmara municipal e assembléia legislativa. Bom para todos, porque os canais de rádio e televisão citados ganhariam com a divulgação realizada pelos criadores das obras destacadas. Uma via de mão dupla.
E ainda tem os programas dos sindicatos, a rádio UFS, a rádio Senado, as rádios comunitárias, a radio Cultura da Arquidiocese de Aracaju... É só me chamar que eu vou, aqui lembrando uma bela canção da década de 1980..
A esse respeito lembrei da pandemia do coronavirus, o que seria de nós se não fosse com mediação da tecnologia digital e/ou da internet, a programação músical, o audiovisual, os espetáculos de dança, teatro, exposição de artes plásticas e artes visuais?
Seria bem mais difícil atravessar esse período de confinamento absoluto ou de forma mais ou menos parcial, a depender das condições econômicas de cada pessoa.
Isso posto, fiz uma segunda menção a oportunidade inesperada e imprevisível apresentada pela Lei Aldir Blanc, resultado de uma campanha de mobilização realizada em meio a pandemia e em meio ao governo da história republicana mais avesso a arte, aos intelectuais e aos artistas.
Uma campanha com forte engajamento nas redes virtuais capitaneada por jovens ativistas digitais e agentes culturais, respaldados pela articulação politica representada nas redes de gestores culturais e parlamentares, notadamente os de esquerda.
O mais curioso como destaquei na fala foi o fato do grupo de pessoas que fundaram e levaram a AMABA adiante terem tido nos anos de 1980 um grande “tesão” por participação politica cidadã e por produção artístico-cultural de base comunitária, o que também moveu e move todos àqueles que de forma articulada e competente, conseguiram arrancar do governo Bolsonaro os bilhões de reais que deveriam ser destinados a cultura mas que estavam parados, retidos nos cofres do tesouro nacional, enquanto artistas, agentes e produtores sofriam o pior baque que a cultura já sofreu em anos recentes, isso por causa da pandemia do coronavirus, somada a guerra cultural declarada pelo atual governo federal contra artistas, agentes e produtores culturais e intelectuais.
No caso da pandemia ainda tivemos o confinamento das pessoas dentro de casa, necessário, mas sabotado por governos pressionados por empresários .. E ai já sabemos, como produzir e fazer circular serviços e bens culturais com as pessoas confinadas e isoladas dentro de casa, apartamentos, bem como em sitios ou fazendas?
2º áudio do livro AMABA Maria do Campo do Vidro
Neste sentido, na produção e circulação do livro AMABA: Círculo de Cultura, passado, presente e futuro se encontram..
Da parte da FUNCAP, parabenizei a presidente Conceição Vieira e toda a equipe pelo forma desburocratizada e eficiente como coordenou e operou a aplicação da Lei Aldir Blanc em Sergipe. Mas ressaltei que era uma impressão pessoal, e que carece de mais dados e informações sobre como isso se deu com relação a FUNCAP e aos outros orgãos municipais que receberam a mesma incumbência.
Diante desse aspecto enfatizado acima, sugeri e aqui retomo em forma de apelo, para que seja destinado recursos para a realização de uma pesquisa sobre a forma como a lei Aldir Blanc foi aplicada pelo órgão estadual e pelos órgãos municipais de cultura, assim como seus impactos sociais, econômicos e culturais. A Universidade Federal de Sergipe pode apresentar proposta neste sentido? Os parlamentares podem propor emendas neste sentido? Tanto no campo municipal, como estadual e federal.
Dentre os aspectos que facilita sobremaneira a aplicação ou operação da lei, destaco a plataforma online “Mapa Cultural de Sergipe”, esta proposta é muito cara a mim, porque quando fiz parte do colegiado da Comissão Estadual dos Pontos de Cultura de Sergipe e da Comissão Nacional, sempre fui um defensor entusiasmado desse modelo, a ser utilizado durante todo o ciclo de desenvolvimento de um projeto cultural, o qual tem inicio na apresentação da proposta, na aprovação ou rejeição, sendo continuado caso aprovado, com a realização, culminância (s) e prestação de contas. Tudo isso podendo ser acompanhado em quase tempo real, pelos técnicos, gestores, orgãos de controle interno e externos...
Em que pese, ainda haver pessoas e grupos culturais que não tem familiaridade com os meios digitais, notadamente àqueles mais idosos e/ou com poucos recursos econômicos e conhecimentos da cultura digital, além dos que moram em locais com dificuldades de conexão com a internet. Devendo isso ser considerado afim de possibilitar a criação de medidas e oferecidos meios que possam colocá-los em condições de participar das seleções públicas com melhores condições de igualdade..
Disse que a necessidade da pesquisa para avaliar a aplicação da lei Aldir Blanc em Sergipe, bem como seus impactos positivos, se faz necessária, porque logo devemos ter em ação a Lei Paulo Gustavo, outra lei de emergência cultural, nos moldes da Lei Aldir Blanc e a Lei Aldir Blanc 2 que pretende consolidar uma vitoriosa politica pública nacional descentralizada e menos burocratizada para atender aos milhares de agentes e produtores culturas, assim como artistas e intelectuais que podem melhorar bastante o nosso bem estar e qualidade de vida geral da nação, mas que não recebem o necessário, às vezes nem é muito dinheiro, para desenvolverem suas iniciativas culturais, em muitos casos socioculturais.
No caso da AMABA isso só foi possível graças a cooperação internacional, a qual declinou porque o Brasil não tem problema de falta de grana, o que falta mesmo é uma reforma tributária justa (3) e aplicação dos recursos públicas com regras claras de participação para escolha de prioridades, e utilização de meios tecnológicos que favoreçam a transparência e o controle social...E o mundo viu, o mundo está vendo.. Dinheiro público sendo utilizado por militares para a compra de comprimidos para disfunção erétil, prótese peniana e gel lubrificante... Fora outros tipos de obscenidades éticas e politicas...Inclusive realizada por "caçadores de corruptos." Igualzinho ao que outrora fez um certo "caçador de marajás". Esse irá aparecer no segundo volume do Livro AMABA: Círculo de Cultura.
(1) - "A fonte amarela na foto não deixa a gente ver o informação toda." Comentário postado no Instagram no perfil açãoculturalse. A responsabilidade pela produção da arte é da FUNCAP.
(2) A frase é da autoria do poeta Ferreira Gullar e a arte e estampa foi produzido pela empresa Chico Rei de Minas Gerais.
(3)13 de ago. de 2021 — Lula: “Temos de incluir o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”.
Arte: Maxivel FerreiraComo adquirir o livro:
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