Romero Venâncio em 11/07/2022
DE VOLTA. Pelos últimos acontecimentos nesse brasil em transe, não se trata mais de debate político ou divergência política... E muito menos polarização alguma... Só uma forma de extremismo hoje nesse país: com o terrorismo crescente. O livro do jornalista Luiz Maklouf Carvalho sobre as “origens” de Bolsonaro no quartel e fora dele, ajuda a entender essa mentalidade terrorista e como ela contamina. Este livro é de grande atualidade...
https://www.youtube.com/watch?v=EKcB5-K7abs
Rudá Ricci - 11/07/2022 ·
Bom dia. Postarei aqui a sequência da minha análise de conjuntura de ontem no DCM. O tema central foi a construção de um mundo paralelo por Bolsonaro e a aposta na violência.
1) Bolsonaro parece temer que mesmo com a PEC da Bondades, a comparação de seu governo com os de Lula (algo inevitável em agosto) poderá ruir suas expectativas de garantias para o segundo turno das eleições
2) A escalada inflacionária e o aumento da fome no Brasil revelam a insensibilidade social do governo Bolsonaro, além de sua incompetência.
3) No que Bolsonaro e o Gabinete do Ódio parecem inclinados a apostar? No caos. Na excitação de um grupo pequeno de fanáticos bolsonaristas. É esta aposta que leva as eleições à uma espiral de violência com atos individuais e desorganizados.
4) Para tanto, é preciso criar um mundo paralelo para os fanáticos se fiarem. Um mundo inexistente que seria conspurcado pelo mundo real, incentivando a reação de uma criança mimada quando se vê derrotada num jogo.
5) O que o incentivo de Bolsonaro promove é o que alguns autores denominam de ressonância límbica (Petry cita Houssai e Guyton) e Freud chama de inconsciente transindividual: captura subjetiva de emoções de outros e contaminação, no caso, da indignação e ódio
6) Neste caso, a disseminação do mundo paralelo e das fake news criam o viés de confirmação necessário para gerar a certeza absoluta nos fanáticos extremistas. Uma epidemia que se alastra nesta bolha (no Brasil, envolve algo ao redor de 15 a 25 milhões de pessoas)
7) Estamos, portanto, numa criação bolsonarista de um clima de confronto e excitação, um caldo de cultura preparado para incentivar atos isolados e múltiplos de violência política. Algo que se aproxima de uma ação terrorista desgovernada, com alvos certos a serem abatidos
😎 Enfim, o bolsonarismo aposta no caos e na escalada da violência. Uma negação da forte tendência de sua derrota nas urnas. Do caos, alimentará sua força, mesmo na derrota. Estamos brincando com o país e nossas instituições não defendem a ordem democrática.
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