A segunda fase foi realizada durantes os sábados dos meses de agosto, setembro e outubro de 2014 na Escola Estadual Júlia Teles, localizada no Conjunto Jardim em Nossa Senhora do Socorro.
Essa interrupção, decorreu de uma suspensão de repasse do recurso financeiro da parte do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) por motivos de problemas da burocracia estatal, tanto em Brasilia como em Sergipe, em especial porque o estado brasileiro, tanto a união como o governo do estado, nunca se relacionaram com organizações culturais de base comunitária nos termos do Programa Cultura Viva, o guarda chuva institucional que abriga a ação Pontos de Cultura.
Esta questão de interrupção do repasse de recursos financeiros , comprometeu a continuidade do trabalho não apenas da Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania como dos demais, considerando que muitos Pontos de Cultura tiveram problemas com isso..
Os recursos financeiros utilizados nos três meses de retomada em 2014 das atividades do Ponto de Cultura, fizeram parte de um saldo da primeira parcela de R$60.000,00 destinada pelo convênio com o Ministério da Cultura (MINC). Algo em torno de R$10.000,00.
Por outro lado, a transferência da atividade para o Conjunto Jardim, inviabilizou o retorno de muitos participantes da oficina residentes em outros bairros, além da maioria terem se dispersado por causa da interrupção anterior das atividades. A razão principal, foi a economia com relação ao custo das passagens de ônibus coberto pelo Ponto de Cultura, assim também como o acompanhamento pedagógico, já que o responsável por isso, o Professor Zezito de Oliveira exercia o cargo de professor na comunidade, além do trabalho de ação cultural em rede no local ter feito parte dos antecedentes do projeto das oficinas e mostras culturais do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.
Um problema gerado pela realização das oficinas de audiovisual na Escola Estadual Júlia Teles foi a não adesão de alunos do ensino médio. Este era o público prioritário, mas em razão da discriminação dos alunos que estudavam na outra escola que reunia os alunos do ensino médio, isso acabou prejudicando..
A discriminação se refere ao conceito negativo por partes destes alunos com relação a Escola Estadual Júlia Teles naquele período, assim como as deficientes estruturas fisicas da mesma, assim como a localização em um dos escaninhos do bairro.
Pela busca do diferente, do inusitado e até da harmonia com nossas vidas é necessário que deixemos de lado muito do que somos ensinados a não contestar.
As coisas podem acontecer, os ideias podem se concretizar. Não precisamos ver o mundo somente a partir de olhos que não sejam os nossos.
Podemos e devemos compartilhar a nossa maneira de ver o mundo com as outras pessoas.
E assim vamos, fotografando, filmando, escrevendo roteiros, assistindo filmes, capturando os diversos sons do meio ambiente...isso é apenas uma parte do que a oficina de audiovisual propõe aos seus alunos.
Realizada na Escola Estadual Professora Julia Teles, no Conjunto Jardim, foram cerca de três meses consecutivos de aulas, onde os alunos da oficina de audiovisual, passaram a trabalhar uma nova visão de mundo, a visão criativa por trás das cameras, do produtor, do realizador e assim entender um pouco mais sobre essa magia que há mais de 100 anos encanta a vida das pessoas .
(Marcel Magalhães - Professor/Oficineiro Marcel Magalhães - Turma Audiovisual)
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