domingo, 13 de janeiro de 2013

Agenda do Agente Cultural - Encontro Cultural de Laranjeiras



Quanto ao Encontro Cultural de Laranjeiras, a nossa pretensão era ter ido assistir ao show do Casaca de Couro  no dia 10/01, porém isto não foi possível. 

Decidimos ir no dia 12/01 (ontem), a  motivação para ir neste dia foi o aviso de um amigo da presença do  Uauiara, grupo de música e dança  regional do Pará, do qual sou admirador e que  estava mais uma vez na programação do sábado,  com isso, antecedi  e substituí a pretensão de ir no dia de hoje, 13/01.

 Qual a minha surpresa, chegando a cidade e ao  buscar no folheto da programação,  não encontrar o nome do grupo citado.
Liguei para o amigo e este informou que a fonte em que ele colheu a informação era o site da Tv Atalaia, o qual me foi enviado via e-mail para confirmação da informação. Fiquei de enviar uma reclamação a organização do evento.
19/12/2012 14:37
Fonte: site da TV Atalaia
Laranjeiras divulga programação do 38º Encontro Cultural

Confira a programação completa divida em circuitos;
 DIA 12 DE JANEIRO DE 2013
19h30 - Uauiara ( Belem/PA)


Quanto a programação do Encontro Cultural de Laranjeiras, a mesma foi objeto de criticas no facebook, por parte de professores e estudantes da UFS, este povo sem dinheiro para gastar e que critica tudo (risos), conforme a opinião do taxista que nos levou de volta para casa, após assistirmos eu e minha filha adolescente,  ao show de um outro grupo paraense, o Mistura Regional e  que estava na programação, apresentando  um estilo hibrido  tecno-pop-regional, bem misturado mesmo.

Antes desse momento,   assisti na igreja matriz a uma apresentação completa do Renantik, grupo de música antiga e depois fui dar uma espiadinha na apresentação do Corcunda de Notre Dame,  realização da Companhia das Artes Tetê Nahas. Nos  poucos minutos em que assisti as dificuldades de apresentação do  Corcunda, tanto para a equipe do espetáculo, como para o público, confirmei o quanto é urgente e necessário construir um teatro  em Laranjeiras, demanda lamentavelmente  pouco reclamada  pela maioria dos fazedores e consumidores  de cultura da cidade e do estado.

Em um dos momentos da noite, também assisti por alguns momentos a apresentação teatral de um grupo de jovens de Laranjeiras, mais uma vez, como no ano passado,  assisti a  um espetáculo carregado de preconceitos e discriminações sutis ou ás vezes,  nem tanto,  e com padrão  cênico  bem tradicional. Fica a dica para os professores e estudantes do Campus/UFS de Laranjeiras,  pesquisar/estudar este padrão de produção teatral local  e contribuir com oficinas, palestras e seminários de iniciação e/ou aperfeiçoamento voltado para os grupos juvenis de artes cênicas  da cidade e dos municípios do entorno.

Para concluir , com relação as criticas a programação não vejo problema em incluir cantores da cultura de massa na programação, só acho lamentável a quantidade de artistas da cultura da grande massa, em detrimeto de artistas que reúnem uma massa menor, em geral mais escolarizada e com maior renda, mas que tem público e por isso, também precisam  ser incluídos  Me refiro a artistas como Vanessa da Mata, Roberta Sá, Maria Gadu, Maria Rita, Patricia Polayne  e muito mais gente, inclusive as ligadas a área das artes cênicas.

Faz-se necessário também  trazer os artistas que fazem a nova música brasileira e  que atraem a atenção de um público jovem, universitário, cult e afins, presentes inclusive através  do campus das artes/UFS, localizado no centro histórico de Laranjeiras,  Me refiro a artistas como Criolo, Marcelo Camelo, O Circo Mágico, Marcelo Jeneci, Malu Magalhães, Vanguarte, Rapadura, BNegão, Clã Brasil e muito mais gente, inclusive as ligadas a área das artes cênicas.

Para quem quiser ouvir alguns dos nomes citados acima e outros também legais, é só clicar AQUI

Há também o problema do transporte, a entrada do entorno da  cidade histórica no dia 12/01, estava abarrotada de carros, e,   a partir das 22h  sem serviço de transporte público, com exceção de alguns taxistas, perdidos no emaranhado de carros particulares. Diante disso,  faz-se necessário  criar um sistema de controle de entradas de automóveis no entorno do  centro histórico  e prover locais para estacioamento, em especial nos dias de grandes  atrações ligadas a cultura de massa, como era o caso desta noite.

A despeito disso tudo, valeu mais uma vez prestigiar e contribuir com a divulgação do XXXVIIII Encontro Cultural de Laranjeiras, como também com as criticas destinadas a tornar cada vez mais um Encontro Cultural melhor. 


Para saber mais sobre o Encontro Cultural, clique AQUI

Zezito de Oliveira 

2 comentários:

AÇÃO CULTURAL disse...

Vocês sabiam que em Salvador/BA existe leis que protegem a produção artística local e é por conta disso que a Bahia Pulsa ? (ouve mobilização para isso acontecer e parabenizamos pela conquista) basta ver que não desfila no carnaval hum grupo de Sergipe (será que Maisa Reis vai conseguir? ) ainda hoje o Pré Caju não conseguiu fazer de fato intercâmbio...somos meio doidos e divididos...em algumas cidades FREVO (em Pernambuco as leis que protegem os bens culturais funcionam) , e em outros Estados existem essa politica que bloqueiam as chamadas culturas de massa nos eventos tradicionais que vitrinizam a identidade local. Ao contrário de ficar a cada ano criticando esses desmandos, que tal tomarmos vergonha e nos reunirmos para solicitar aos parlamentares estaduais que copiem essas conquistas. Ivo Adnil presidente do SATED SE.

AÇÃO CULTURAL disse...

FESTIVAL DE LARANJEIRAS ENCERRA COM AS SEGUINTES BANDAS: Parangolé, Raça Negra, etc. Em Japaratuba, na festa das cabacinhas: garota safada, etc.
Isto é uma forma de encerrar encontros culturais? Existiu uma boa programação da cultura popular pelo dia e contores (bandas locais). Não temos dúvida. Mas o dinheiro que se gastou com bandas de péssima qualidade para um tipo de evento cultural como o de Laranjeiras e Japaratuba merece ser questionado.
SOMOS UMA PLATÉIA QUE NÃO SÓ CONSOME ESSA CULTURA. Somos parte desta cultura e queremos saber o que foi gasto e por que foi gasto com esses tipos de bandas consideradas nacionais.
O poder público é agente formador de opinião. Ele não pode está usando a máquina para agradar certos gostos que dizem que é do povão. Como agente cultural, tem que incentivar a cultura regional, local e quando importar bandas de fora tem que ter cuidado. Precisamos formar plateia com gostos culturais com mais acuidade. Trazer bandas nacionais requer dinheiro. Pergunto: não há outras prioridades? Escolas, salários dos professores, melhorias na cultura? O MINISTÉRIO PÚBLICO PRECISA ATUAR MAIS NAS PREFEITURAS DE SERGIPE SOBRE ESSAS DITAS FESTAS.Antônio Lindvaldo Souza