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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
Menos Brasil para menos brasileiros.. Como passamos de mais para menos em tão pouco tempo?
O melhor do Brasil é o brasileiro e o melhor do brasileiro é
a sua cultura.
Na era Lula/Dilma esse slogan foi criado ou redescoberto,
não sei dizer ao certo.
Mas, eis que veio a força, a econômica, apoiada na mídia, em
setores do judiciário e do legislativo, nas forças armadas e o mal que a força sempre faz, aqui lembrando Belchior.
E essa força é uma parte menor do Brasil, menor em tamanho e
menor em humanidade, mas com poder de exercer a enorme exploração e dominação que tem sobre a maior parte do Brasil, sobre a melhor
parte, inclusive por meio da escravização mental exercida através dos meios de comunicação, dos sistemas de ensino e das igrejas, em que pese uma parte destas, fazerem parte do esforço de libertação mental realizado país a fora, além dos enormes esforços dos professores, desde o ensino básico até as universidades, assim como da parte de jornalistas progressistas, a grande maioria atualmente buscando sobreviver, através de blogs e canais independentes com relação ao poderio econômico dos grandes conglomerados empresariais.
Darcy Ribeiro resume essa questão ou nó górdio do Brasil nos
seguintes termos:
“O maior e único
problema do Brasil são as suas elites: apátridas, parasitárias, vivem de vender
o patrimônio nacional e manter o povo escravizado, ignorante, feito gado.”
Por isso, em tempos
de um governo que busca fazer de tudo para diminuir a nossa auto estima ou nosso amor próprio,
como sempre buscou-se fazer desde antes da Era Lula e Dilma, sempre é bom fazermos
algumas perguntas quando lermos sobre o brasileiro ser isso ou àquilo, sempre
nivelado por baixo e generalizando com maus exemplos, comportamentos inadequados,
posturas canalhas ou sórdidas, semelhante ao que fala e age Bolsonaro e seu bonde.
O que ouvimos dizer, para nos convencer, entre outras expressões depreciativas, "O brasileiro é egoísta", "O brasileiro é corrupto", "O brasileiro fura fila", porém como já argumentamos acima, Qual brasileiro? O "brasileiro" único existe?
Não, o brasileiro não é único, é plural. O que faz
predominar o melhor ou o pior, são as escolhas politicas, escolhas que
aparentemente é realizada livremente pela maioria, mas que na verdade são induzidas com
muito dinheiro e muita manipulação.
E quem bem resume esse propósito é Darcy Ribeiro quando afirma: “A educação no Brasil, não é uma crise, é um projeto.”
E para fazer a separação devemos começar primeiramente e principalmente pela classe social, sem descuidar secundariamente da influência geográfica e climática que temos em um país de dimensões continentais, assim como as características étnicas culturais das correntes migratórias que chegaram desde a colônia, a começar pelos negros escravizados e torturados, cujas marcas de violência estão bastantes visíveis em nosso cotidiano, e em especial escancarado para quem tiver olhos e ouvidos, nessa quadra histórica do pior governo da história republicana no Brasil.
E nos
valendo mais uma vez do grande e saudoso mestre Darcy Ribeiro:
"A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela é que incandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, seviciar e machucar os pobres que lhes caem às mãos. Ela, porém, provocando crescente indignação nos dará forças, amanhã, para conter os possessos e criar aqui uma sociedade solidária.”
(Do livro “O povo brasileiro”, editora Companhia das Letras, 1995)
E quem não deixa Darcy Ribeiro mentir é Lemann, considerado o homem mais rico do Brasil, um dos financiadores do golpe de 2016 e de candidaturas liberais "progressistas" e "ultraliberais a cargos no parlamento e no executivo.
Em evento com banqueiros, o homem considerado pela revista Forbes como o mais rico do Brasil crê que os problemas econômicos vividos pela maioria dos brasileiros são algo positivo.
Mas a luta não pode parar, quem for artista, procure dar o seu melhor, como Belchior e Gilberto Gil já citados, além de Alceu Valença, citado abaixo, quem for intelectual e/ou professor, procure se inspirar em Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Florestan Fernandes, Anisio Teixeira, Abdias do Nascimento e etc...
Os militares tem bons exemplos como Rondon, Marechal Lott, capitão Sérgio Macaco e etc...
Os padres tem bons exemplos, como Dom Hélder, Dom Távora, Dom Paulo Evaristo, Dom Pedro Casaldáliga e por aí vai.
O judiciário tem Sobral Pinto e etc...
Não podemos reduzir o Brasil e os brasileiros, ao tipo de gente que assumiu o comando da nação com o golpe de 2016.
O Brasil não tem um pinto pra dar água, mas festeja um idiota. Na nação construída sob a égide da escravidão e do servilismo, opta-se pela miséria. Para o povo forjado na inexistência de educação, escolhe-se a ignorância
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