quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Falar em cidade inteligente, sem investir no potencial criativo de seus habitantes faz sentido?

 A arte e a cultura é a base principal da chamada economia   criativa, inclusive do setor de  turismo. Um setor da economia que cresceu bastante nos países da Comunidade Européia e nos EUA. 

O Brasil como um dos países que tem a maior diversidade cultural do planeta, tem  um potencial enorme de crescimento nessa área. Algumas cidades no Brasil inclusive tem investido bastante nas bases econômicas que sustentam o setor do turismo, dentre as principais, a arte e a cultura. 

O que é diferente de Aracaju que tem um prefeito que propagandeou a  "cidade da qualidade de vida", sem considerar o turismo como elemento fundamental para isso.

 Logo, o prefeito  autor da lei de incentivo a cultura, quando vereador, mas que não quis implementá-la quando assumiu o cargo, e assim continua no terceiro mandato, aqui contando com o período de dois anos em que substituiu o prefeito Marcelo Déda, quando este se afastou da prefeitura para disputar o cargo de governador.

Essa reflexão é feita a propósito da informação acerca da ida do prefeito de Aracaju aos  EUA.  Viagem realizada com o propósito de buscar inspiração e investimentos para aplicar naquilo que o prefeito chama agora de cidade inteligente. Pois bem, considerando a  argumentação acima, espero que o prefeito Edvaldo Nogueria chegue cheio de vontade e inspiração, com base nos casos de sucesso das cidades, como algumas em nosso país que estão colhendo bons frutos, como mais impostos e mais empregos,  decorrentes do investimento em arte e cultura, as bases fundantes e reais para a economia criativa, o turismo, a qualidade de vida e a  inteligência coletiva.

E o turismo predatório e concentrador de renda? Essa questão fica para um outra postagem. Porque ainda tem isso, como existe no campo da arte e da cultura,  os mega shows e a construçao de espaços fisicos culturais, mas sem o cuidado com uma programação artistica e cultural a altura da finalidade do espaço e das necessidades da população, além dos problemas da falta de equipe razoalvemente qualificada e estáveis, assim como a indigência orçamentária para a manutenção. Um bom exemplo é  o Complexo Cultural "O Gonzagão" no qual fui diretor durante três anos (2007 à 2009)

Edvaldo retorna de viagem e reassume Prefeitura de Aracaju


I Encontro de Menores do Bairro América na Escola Santa Rita de Cássia, Bairro América, 1990.

Em pé José da Guia Marques, assessor do Centro Sergipano de Educação Popular (CESEP). Em destaque no lado direito, Zezito de Oliveira, presidente da AMABA. 1990. Ao meio com barba , Edvaldo Nogueira,  o  atual prefeito de Aracaju, Na época comunista e integrante do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A foto acima consta no livro "AMABA: O esquecido circulo de cultura da Aracaju dos anos de 1980".



O livro oferece relatos e reflexões acerca das realizações que os fundadores da AMABA e outros integrantes fizeram a favor de uma cidade inteligente, criativa e mais humana. A expectativa é que isso seria  transformado em politica pública municipal quando o PT e o PC do B conquistasse o governo municipal , com a finalidade de atingir mais pessoas e outras comunidades. Infelizmente, os prefeitos de Aracaju deixaram a desejar quanto aos investimentos em arte e cultura nas comunidades da periferia, e exceção do prefeito Jackson Barreto - PMDB (1986 à 1988). Infelizmente a politica cultural do primeiro mandato não foi continuada,  quando assumiu o segundo  (1993 à 1994)

 Basta recordar o programa VAI Aracaju, aprovado pela câmara municipal de Aracaju em 2004, espelho de um mesmo projeto aprovado pela câmara de vereadores de Sâo Paulo (2003). Mas implementado pela prefeita Marta Suplicy e os prefeitos que se seguiram a ela.

Aqui em Aracaju, a lei foi aprovada quando Marcelo Deda era prefeito.

O livro AMABA: Circulo de Cultura está em pré-venda, para mais informações é só clicar no link  https://acaoculturalse.blogspot.com/2021/09/em-pre-venda-o-livro-amaba-o-esquecido.html 

Leia também:

VAI - O empurrão que a produção cultural na periferia de Aracaju e na região metropolitana precisa.

'Round 6' e o k-drama: Coreia do Sul apostou na cultura e virou potência no cinema e na TV | Música | G1 - 

Por que a Coreia está na moda?   (Acrescido em 03/11/2021)

https://www.youtube.com/watch?v=rInXejkTuyg


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