De tanto falar e escrever sobre planejamento, políticas públicas de cultura, metodologia, sistematização de iniciativas culturais etc. acabo convencendo alguns dirigentes de entidades e grupos culturais, colegas educadores, gestores culturais de prefeituras do interior etc. a respeito da necessidade de elaborar bons projetos, participar das discussões de políticas culturais, e investir na capacitação dos arte-educadores sociais, que estão a frente das inúmeras iniciativas culturais que pipocam por todo o lado.
O problema é que isso tem custos monetários, inclusive a nossa assessoria/consultoria, como já faço isso gratuitamente para alguns grupos e organizações, fica inviável atender a mais pedidos de forma gratuíta.
Para tentar atenuar e até mesmo resolver o problema a longo prazo, buscando preparar agentes culturais a altura dos desafios atuais, elaboramos o projeto “Oficina de Formação de Agentes Culturais” no ano de 2004 e tentamos obter o patrocínio de algumas empresas estatais e só recebemos resposta positiva do Banco do Nordeste, que financiou a realização do primeiro módulo, que diga-se de passagem, foi um grande sucesso em quantidade de participação e em qualidade de conteúdo na medida em que baseou-se na premissa de que a qualificação técnica da produção e gestão cultural não pode estar dissociada de uma reflexão filosófica, nem da discussão ética.
Na vã tentativa de obter apoio financeiro para a continuidade do projeto, naquele ano, apresentamos a proposta de financiamento dos demais módulos para o então vereador Magal da Pastoral, “autor da lei que cria o programa de fomento para iniciativas culturais da periferia (VAI), em Aracaju”, para a superintendência regional do Banco do Brasil, para a superintendência regional da Petrobrás e para prefeituras ditas “progressistas”. O resultado pode ser resumido com uma antiga gíria “necas de pitibiriba”.
Em função disso, que tal artistas emergentes e representantes de entidades e grupos culturais que desenvolvem trabalhos em comunidades da periferia se unir a nós para tentar convencer quem dispõe de recursos materiais e financeiros a apoiar o projeto “Oficina de Formação de Agentes Culturais”? Do contrário, muito dificilmente obteremos sucesso nos editais para a escolha de projetos que receberão recursos financeiros do Ministério da Cultura, de empresas e de agências internacionais de cooperação para a consolidação e ampliação das iniciativas culturais em nossa tão querida provincia.
Zezito de Oliveira em 2005
informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário