sábado, 12 de setembro de 2020

20ª Live da Ação Cultural com o tema Economia Solidária contra a Barbárie, em 23 de Setembro (quarta-feira) às 20 horas.


Alceu Valença - Tomara 

"Tomara meu Deus, tomara
Uma nação solidária
Sem preconceitos, tomara
Uma nação como nós

Tomara meu Deus, tomara
Que tudo que nos amarra
Só seja amor, malha rara
Tomara, meu Deus"
Eixo: Ação Local e Mobilização Social.

A 20ª Live da Açáo Cultural sobre Economia Solidária contará com a presença de Newton Rodrigues de Santos -SP e  Sidney Porto de Aracaju -SE.

O propósito dessa Live é discutir quais respostas, ou o que pode fazer a Economia Solidária, em meio a principal crise civilizatória que o Brasil enfrenta desde a implantação da república em 1889. 

Crise civilizatória gerada por um governo apoiado pelo grande capital nacional e internacional, em função da  pretensão em  retomar o status colonial  do Brasil, com a redução a país exportador  de produtos primários (alimentos e minerais), com destruição dos  direitos sociais e trabalhistas arduamente conquistados com muita luta e sofrimento, cuja base foi a  luta do  movimento anarco-sindicalista e socialista,  nas primeiras décadas do século XX,  os quais foram ampliados e com busca de consolidação,  quando da promulgação da Constituição de 1988.

Trazer a Economia Solidária a tona nesse momento, em tempos de um governo anti-povo, anti-social e anti-nação, é trazer a memória e a contribuição do Mutirão, das Irmandades Religiosas, das Associações de Ajuda Mútua,dos Fundos Sindicais de Ajuda Mútua, do Cooperativismo, da Secretaria de Economia Solidária, a qual teve em Paul Singer o seu grande mestre, articulador e gestor. 

 Trazer este tema da Economia Solidária ao centro  do debate, é discutir como o potencial solidário de nossa gente nestes tempos de pandemia,  expresso em uma série de iniciativas de pessoas e organizações que doam dinheiro, bens e serviços para pessoas que ficaram sem fontes de renda ou com bastante redução disso,  podem ser canalizados também para apoiar empreendimentos solidários no campo da produção.

Por outro lado, na atualidade,   o que foi e está sendo realizados como politica pública  e iniciativas da sociedade civil no campo da economia solidária, em especial a partir dos governos progressistas, notadamente os governos Lula e Dilma, assim como sob anteriores e atuais governos estaduais e prefeituras progressistas,  ou mesmo em meio a governos adversos ou contrários a Economia Solidária.

 Os convidados para apresentar o tema: 

Newton Rodrigues - Zootecnista com formação na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; doutorado em haliêutica pela Escola Nacional Superior de Agronomia de Rennes (França). Atua como extensionista na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Integrante do Fórum de Economia Solidária da Baixada Santista. 



Sidney Porto - Ex-gestor Público da área de Ecosol, Ex- Agente da Caritas do Brasil, Ex- Militante do FBES. Atual Coordenador da Frente Popular de Ecosol em Sergipe e Consultor de Empreendimentos em Pequenos Negócios.



Potencial da economia solidária
Mas, por que defendemos e promovemos o cooperativismo e a economia solidária enquanto instrumentos produtivos para o Brasil? Porque eles são ferramentas eficazes na promoção de um desenvolvimento centrado na sustentabilidade.

O potencial do cooperativismo e da economia solidária no Brasil e no mundo é enorme. Dados da Aliança Cooperativa Internacional mostram que, mundialmente, três milhões de cooperativas contribuem significativamente com o crescimento econômico, com geração de empregos estáveis e de qualidade. São mais de 280 milhões de pessoas em todo o mundo trabalhando em cooperativas, o que representa 10% da população empregada. Além disso, as 300 maiores cooperativas do mundo geram US$ 2,1 bilhões de dólares ao mesmo tempo em que proporcionam os serviços e a infraestrutura que a sociedade necessita para prosperar.

No Brasil, há mais de 6,8 mil cooperativas distribuídas em 13 ramos de atividades, ultrapassando 14,2 milhões de associados e gerando 398 mil empregos formais, segundo dados da Agenda Institucional do Cooperativismo 2019.

E esses números podem ser ainda maiores. Isso porque o cooperativismo é uma das formas associativas de organização do trabalho, que também podem ser encontradas em associações produtivas e empresas de autogestão.

Já no campo da economia solidária, conforme dados mais recentes do Sistema de Informação da Economia Solidária (Sies), da extinta Senaes, atualmente no Brasil, existem 19.708 empreendimentos que reúnem 1 milhão 423 mil e 631 associados, em 2.804 municípios. Estima-se que a economia solidária movimente, por ano, R$ 12 bilhões.

Isso prova que se avançarmos na conquista de políticas públicas em prol do cooperativismo e da economia solidária o Brasil, nosso país, além de ter a oportunidade de retomar o crescimento, milhões de brasileiras e brasileiros poderão ter suas vidas transformadas.

Economia Solidária e a reorganização do  Governo  Bolsonaro:  O   caminho é a mobilização.

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