sábado, 12 de setembro de 2020

O tempo passa, logo, logo estaremos completando seis décadas de vida.


O corpo vai perdendo o vigor da juventude, mas a mente só lembra quanto começamos a sentir uma “dorzinha” nas articulações, entre outras pequenos indícios de que já não somos os mesmos de outros anos, quando estar  doente era ser derrubado por uma gripe forte,  duas ou três vezes por ano,  o que depois ficou sendo mais conhecida como  virose.

Aí era tempo de recolhimento, uns três ou quatros dias, com remédios  naturais preferencialmente, repouso, alimentação balanceada, água ou chá e no quinto dia, à luta novamente. E é assim desde criança. E aqui não podemos deixar de registar  gratidão à Mãe Marlene, até porque me amamentou até os três anos de idade, grande aliado para saúde durante a vida toda. 

E também teve anos que em que a gripe só nos  “derrubou” uma vez. Para um professor que nunca gostou de faltar ao serviço, era  esse o aviso que eu dava, caso venha faltar  ou é doença como uma forte gripe, ou  seminário ou congresso.  Isso,  porque não poucas vezes, ouvi a pergunta: Professor porque não faltou? Em especial em dias de sexta-feira.  

E hoje, procurando uma foto para colocar em meu perfil, encontro esta acima, a busca foi aleatória mesmo, sem a intenção de que fosse essa, até porque,  nem me lembrava da mesma.

E até que gostei. E a partir dessa e do contexto como foi tirada, me vem a lembrança de duas canções e uma pessoa que é referência para mim.  A Alto Astral e  Linda Juventude,  a qual sinto que esvai, mas também Serginho Groissman, o apresentador  de televisão e agitador cultural, esse útlimo principalmente no inicio da carreira. 

A canção lembra um tempo bom e Serginho Groissman nos lembra,  uma parte desse tempo pode ficar dentro da gente, mas sem precisar  ficarmos preso tão somente a este. 

 E assim também,   temos outros artistas, intelectuais, religiosos , politicos e amigos  mais próximos, que fazem esse percurso e que nos inspiram. 

São pessoas que envelhecem, não se negam a aceitar isso, até porque o envelhecimento pode trazer mais sabedoria, mas que nunca deixam  de estar em diálogo com as descobertas e avanços que as juventudes dos novos tempos querem conquistar, fazendo emergir para isso o jovem que foi, tornando-se consequentemente capaz de mutuamente compreender e ser compreendido, incluindo  os próprios  erros, equívocos ou vacilos do tempo que passou, bem como celebrar as descobertas e avanços conquistados, antes, agora e futuro.

P.S.: 1 - A foto foi tirada na torre de uma das igrejas centenárias da cidade de Laranjeiras. Foi um passeio com alguns jovens do Conjunto Jardim que faziam parte da oficina de audiovisual do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania. Poucas pessoas, aula-passeio tranquila. Três alunos (as) além do meu filho e do sobrinho, que também faziam parte das oficinas. A foto foi de um dos cinco. O ano 2016 ou 2017. Se pesquisar mais, encontro dados mais precisos. Mas o que posso lembrar é isso...

Zezito de Oliveira





P.S.: 2 - Compartilhando a conversa que tive no ano de 2012 com uma amiga no facebook .

Ela publicou um pequeno texto com o titulo" Hoje estou saudosista de um tempo bom."

Então respondi: 

Seguindo em frente! É natural que o ser humano sinta vontade de retornar experiências de momentos que teve. É o sinal da maturidade de quem vivenciou muita coisa boa no tempo. O bom disso tudo é poder reviver sob outras condições e até com outras pessoas aquilo que sentimos um dia. 

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