O corpo vai perdendo o vigor da juventude, mas a mente só lembra quanto começamos a sentir uma “dorzinha” nas articulações, entre outras pequenos indícios de que já não somos os mesmos de outros anos, quando estar doente era ser derrubado por uma gripe forte, duas ou três vezes por ano, o que depois ficou sendo mais conhecida como virose.
Aí era tempo de recolhimento, uns três ou quatros dias, com remédios naturais preferencialmente, repouso, alimentação balanceada, água ou chá e no quinto dia, à luta novamente. E é assim desde criança. E aqui não podemos deixar de registar gratidão à Mãe Marlene, até porque me amamentou até os três anos de idade, grande aliado para saúde durante a vida toda.
E também teve anos que em que a gripe só nos “derrubou” uma vez. Para um professor que nunca gostou de faltar ao serviço, era esse o aviso que eu dava, caso venha faltar ou é doença como uma forte gripe, ou seminário ou congresso. Isso, porque não poucas vezes, ouvi a pergunta: Professor porque não faltou? Em especial em dias de sexta-feira.
E hoje, procurando uma foto para colocar em meu perfil, encontro esta acima, a busca foi aleatória mesmo, sem a intenção de que fosse essa, até porque, nem me lembrava da mesma.
E até que gostei. E a partir dessa e do contexto como foi tirada, me vem a lembrança de duas canções e uma pessoa que é referência para mim. A Alto Astral e Linda Juventude, a qual sinto que esvai, mas também Serginho Groissman, o apresentador de televisão e agitador cultural, esse útlimo principalmente no inicio da carreira.
A canção lembra um tempo bom e Serginho Groissman nos lembra, uma parte desse tempo pode ficar dentro da gente, mas sem precisar ficarmos preso tão somente a este.
E assim também, temos outros artistas, intelectuais, religiosos , politicos e amigos mais próximos, que fazem esse percurso e que nos inspiram.
São pessoas que envelhecem, não se negam a aceitar isso, até porque o envelhecimento pode trazer mais sabedoria, mas que nunca deixam de estar em diálogo com as descobertas e avanços que as juventudes dos novos tempos querem conquistar, fazendo emergir para isso o jovem que foi, tornando-se consequentemente capaz de mutuamente compreender e ser compreendido, incluindo os próprios erros, equívocos ou vacilos do tempo que passou, bem como celebrar as descobertas e avanços conquistados, antes, agora e futuro.
P.S.: 1 - A foto foi tirada na torre de uma das igrejas centenárias da cidade de Laranjeiras. Foi um passeio com alguns jovens do Conjunto Jardim que faziam parte da oficina de audiovisual do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania. Poucas pessoas, aula-passeio tranquila. Três alunos (as) além do meu filho e do sobrinho, que também faziam parte das oficinas. A foto foi de um dos cinco. O ano 2016 ou 2017. Se pesquisar mais, encontro dados mais precisos. Mas o que posso lembrar é isso...
Zezito de Oliveira
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