Ontem, 10 de setembro de 2020, foi dia de conversa sobre Cinema na Escola. Esperamos poder realizar mais duas no próximo ano.
Em um dos momentos, parafraseei a famosa frase cunhada por Glauber Rocha, um dos principais criadores da estética conhecida como Cinema Novo.
A frase de Gláuber Rocha é o seguinte: "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça"
A paráfrase que elaborei, fazendo referência ao ato de produzir cinema em 1960/1970, restrito a classe média e às grandes empresas de produção.
“ Era um tempo em que poderíamos ter muitas ideias na cabeça, mas sem condições de ter câmeras na mão.”
E aí, sem intenção, acabo por oferecer resposta a uma questão abordada na dissertação produzida por Raul Marx, um dos participantes da referida Live.
A questão faz referência ao caráter meramente ilustrativo como reforço do conteúdo das disciplinas, o que permeou durante um bom tempo a presença de filmes na sala de aula. O que de certa forma ainda persiste, mas que diminuiu, como citou Raul Marx, em um certo momento na Live.
Portanto, a questão do barateamento e praticidade na utilização dos equipamentos, tanto para produzir, como para exibir, favorecem sobremaneira a potência do audiovisual na escola presentemente , como canal de criação e de emancipação.
Nesse sentido, vale a pena considerar esse aspecto de condicionantes ou limitações de época, além de uma série de questões estruturais impeditivas, as quais ainda rondam as nossas cabeças como professores no chão da escola.
Agradecemos aos convidados, a quem assistiu, a quem participou do debate, inclusive de forma intensa, com depoimentos e reflexões sobre o tema por meio dos comentários.
PARA QUEM QUISER REVER OU ASSISTIR PELA PRIMEIRA VEZ...
O link da Live de ontem está abaixo...
Zezito de Oliveira
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