Cultura e Educação
MinC e MEC firmam acordo que prevê ações de políticas culturais para escolas públicas
A partir de fevereiro de 2012, terão início as ações de políticas de Cultura para a Educação Básica, conforme estabelece o acordo de cooperação técnica assinado no final da manhã desta quinta-feira, 8, em Brasília, entre os ministros da Cultura, Ana de Hollanda, e da Educação, Fernando Haddad. Na primeira etapa dos trabalhos, estão previstos recursos da ordem de R$ 80 milhões, com os quais serão desenvolvidas seis ações entre as duas pastas, beneficiando cerca de 1 milhão de alunos da rede pública de todo o país.
A intenção é que, até 2014, sejam atendidos cinco milhões de estudantes, tornando o ambiente escolar um espaço também de produção e circulação da cultura brasileira, com respeito à diversidade. Todo o trabalho possibilitará a formulação de uma Política Nacional de Cultura direcionada à Educação. As ações envolvem projetos como Pontos de Cultura, museus, bibliotecas, Livro e Leitura, cinema e outras práticas.
A solenidade contou com a presença de dirigentes do MinC e do MEC, e o público lotou o auditório Guimarães Rosa, no edifício-sede do Ministério da Cultura, onde foi realizada. A introdução dos trabalhos ficou por conta da diretora de Educação e Comunicação da Secretaria de Políticas Culturais do MinC, Juana Nunes, que fez a apresentação do conteúdo do acordo de cooperação. Juana fez questão de agradecer pessoalmente o empenho político da ministra Ana, o qual, segundo ela, “foi imprescindível para que o acordo fosse viabilizado”.
Importância da Cultura
Em seu pronunciamento, a ministra Ana de Hollanda disse que educação é fundamental para o preparo e formação do cidadão, mas faltam os valores culturais. “A cultura leva a criança a adquirir reflexão crítica, a conquistar um entendimento maior do que ocorre ao seu redor, a desenvolver o seu olhar, o seu entendimento”, afirmou. Segundo a ministra, a cultura oferece as ferramentas para a criança se expressar, estimula o raciocínio, a observação crítica e também leva à emancipação do ser.
A ministra Ana também agradeceu a todos que se envolveram com o trabalho de cooperação técnica e enfatizou a compreensão e a visão do ministro Haddad a respeito do tema. Ela ressaltou que, apesar das dificuldades, a qualidade da escola vem melhorando e que o MEC está trabalhando nesse sentido. “Houve grande avanço das políticas públicas nos últimos nove anos, e a assinatura desse acordo vem coroar mais ainda a atual gestão do MEC”, salientou.
O ministro Fernando Haddad enfatizou que a escola, durante décadas, se afastou do ensino e mais ainda da cultura, o que levou as instituições a desenvolverem atividades com o objetivo de “ocupar” a criança, vista, portanto, como um problema e não como um agente de solução das dificuldades do país e até da humanidade. “Quando a criança passa a ser vista como agente de transformação social, ainda que vá exercer o seu potencial no futuro, a questão da educação e da cultura leva ao entendimento de que ambas passam a conviver num mesmo espaço, em total harmonia. De acordo com o ministro, o acordo visa exatamente isso: levar mais cultura para dentro da escola e levar mais educação para fora da escola.
O secretário de Políticas Culturais do MinC, Sergio Mamberti, também presente na solenidade, lembrou que essa parceria sempre foi muito desejada. “Essas ações aconteciam de forma muito esparsas, mas agora, essa parceria pode se estabelecer definitivamente. Vamos colher frutos, certamente”, afirmou.
Interface Cultura e Educação
Três das seis ações do acordo serão realizadas por meio de edital, dentro do ‘Mais Cultura nas Escolas’, que selecionará projetos que promovam a interface entre cultura e educação, propostos por escolas públicas participantes dos programas “Mais Educação” e/ou “Ensino Médio Inovador”, do MEC.
Também será lançado o edital do ‘Cine Educação’, que prevê a capacitação de professores e disponibilização de acervo cinematográfico nacional de títulos da Programadora Brasil/Cinemateca Brasileira. Em 2012, estão previstos mil cines. Ainda estão incluídas as ações Agentes de Leitura/Mais Educação e Programa Nacional Biblioteca Escolar. Este último vai disponibilizar acervos de livros de arte e mídias mídias diversas às escolas públicas de todo o país. Desde 2006, os dois ministérios trabalham juntos no Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL).
Estiveram presentes na solenidade o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz, os demais secretários do MinC, a secretária-adjunta da Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, Ângela Guimarães, a diretora da Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI) no Brasil, Ivana de Siqueira, o presidente da Funarte, Antonio Grassi, o presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araújo, o diretor de Articulação de Programas da Secretaria de Educação Básica do MEC, Romeu Caputo, o deputado federal Newton Lima (PT/SP) e demais autoridades.
(Texto: Glaucia Lira, Ascom/MinC)
(Fotos: Ivaldo Cavalcante, Ascom/MinC)
(Fotos: Ivaldo Cavalcante, Ascom/MinC)
Cooperação interministerial
Acordo abre espaço para política de cultura do ensino básico
Quinta-feira, 08 de dezembro de 2011 - 15:55
Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Anna de Hollanda, assinaram nesta quinta-feira, 8, em Brasília, acordo de cooperação técnica para a formulação da política de cultura para a educação básica. Estimado em R$ 80 milhões, o acordo reúne seis iniciativas conjuntas para beneficiar mais de 1 milhão de pessoas a partir de fevereiro de 2012 e atingir 5 milhões até 2014.
As iniciativas conjuntas permitirão a expansão do ensino médio em tempo integral, segundo Haddad. A partir do acordo, pontos de cultura, grupos e espaços culturais poderão receber estudantes no turno oposto ao daquele em que estudam (contraturno), de forma a complementar as aulas da rede de ensino.
O pacto expande a cooperação entre os dois ministérios, que atuam juntos desde 2006 no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Entre as ações previstas no acordo assinado nesta quinta-feira está o projeto Mais Cultura na Escola, destinado a promover a integração entre os programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador, do MEC, com os pontos, grupos e espaços culturais apoiados pelo MinC. Outra iniciativa é a ampliação do programa Agentes de Leitura, que seleciona e capacita jovens para atuar na formação de novos leitores.
O acordo também possibilitará maior acesso, no Programa Nacional Biblioteca Escolar (PNBE) do MEC, a livros de arte e demais acervos culturais, em diversos tipos de mídia, ofertados pelo Ministério da Cultura. O Cine Educação, também da pasta da Cultura, receberá filmes de longa e curta metragem nacionais do acervo do MEC. A parceria prevê ainda a oferta de cursos de formação continuada e de capacitação de professores nessas áreas.
Durante a vigência do pacto, serão realizadas pesquisas e executado o mapeamento das ações públicas que relacionam educação e cultura em todo território nacional.
De acordo com o ministro Fernando Haddad, educação e cultura são indissociáveis na formação dos jovens. Para ele, o momento é propício para fortalecer as ações que unem as duas pastas. “Esse acordo de cooperação visa a levar mais cultura para dentro da escola e a levar a educação para fora da escola, para os ambientes em que há cultura à espera de jovens ávidos para transformar o mundo”, disse Haddad.
Diego Rocha
Ouça a fala do ministro Fernando Hadadd.
As iniciativas conjuntas permitirão a expansão do ensino médio em tempo integral, segundo Haddad. A partir do acordo, pontos de cultura, grupos e espaços culturais poderão receber estudantes no turno oposto ao daquele em que estudam (contraturno), de forma a complementar as aulas da rede de ensino.
O pacto expande a cooperação entre os dois ministérios, que atuam juntos desde 2006 no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Entre as ações previstas no acordo assinado nesta quinta-feira está o projeto Mais Cultura na Escola, destinado a promover a integração entre os programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador, do MEC, com os pontos, grupos e espaços culturais apoiados pelo MinC. Outra iniciativa é a ampliação do programa Agentes de Leitura, que seleciona e capacita jovens para atuar na formação de novos leitores.
O acordo também possibilitará maior acesso, no Programa Nacional Biblioteca Escolar (PNBE) do MEC, a livros de arte e demais acervos culturais, em diversos tipos de mídia, ofertados pelo Ministério da Cultura. O Cine Educação, também da pasta da Cultura, receberá filmes de longa e curta metragem nacionais do acervo do MEC. A parceria prevê ainda a oferta de cursos de formação continuada e de capacitação de professores nessas áreas.
Durante a vigência do pacto, serão realizadas pesquisas e executado o mapeamento das ações públicas que relacionam educação e cultura em todo território nacional.
De acordo com o ministro Fernando Haddad, educação e cultura são indissociáveis na formação dos jovens. Para ele, o momento é propício para fortalecer as ações que unem as duas pastas. “Esse acordo de cooperação visa a levar mais cultura para dentro da escola e a levar a educação para fora da escola, para os ambientes em que há cultura à espera de jovens ávidos para transformar o mundo”, disse Haddad.
Diego Rocha
Ouça a fala do ministro Fernando Hadadd.
Palavras-chave: cultura, cooperação, educação integral
Acordo interministerial vai aproximar as políticas públicas de Cultura e Educação
Estender as políticas públicas de Cultura para as escolas brasileiras é a meta do Acordo de Cooperação Técnica Interministerial que será assinado nesta quinta-feira, 8, em Brasília, pelos ministros da Cultura, Ana de Hollanda, e da Educação, Fernando Haddad. A assinatura será realizada no auditório do edifício-sede do Ministério da Cultura (MinC), às 11h. O acordo prevê a implementação de ações dos Programas Mais Cultura e Livro Aberto nas escolas públicas e contará com um orçamento de aproximadamente R$ 80 milhões.Projetos como os Pontos de Cultura, Pontos de Memória (Museus), Bibliotecas, Agentes de Leitura, Cine Mais Cultura e espaços culturais vão compor o leque de ações previstas dentro do acordo a serem implementadas nas escolas públicas, a partir do próximo ano. A ideia é possibilitar, também, maior acesso dos alunos a livros de arte e a demais acervos culturais disponibilizados em diversos suportes. Ainda dentro das metas do acordo interministerial, estão previstas a formação continuada dos professores de Arte e a definição de uma política de Cultura para os currículos escolares.
(Texto: Patrícia Saldanha – Ascom/MinC)
Cristina Alves
Agora vejam só: No Programa Cultura Viva estão propostas ações para uma interatividade com as escolas, Escola Viva – que tras a ideia de Pontos de Cultura nas Escolas e Agente de Cultura Viva que é o incentivo aos jovens ao interesse pelos assuntos da cultura e principalmente sua profissionalização da área. Além disso, as ações de cultura digital. Portanto o que falta para responder as demandas de Cultura Nas Escolas? Apenas a dotação de recursos promovendo uma ampliação de ações do tipo: Pontinhos de Leitura, melhoria das bibliotecas das escolas, dotar as escolas de equipamentos de multimídia, instalar as antenas e proporcionar a banda larga, autorizar as rádios comunitárias para o ambiente da escola, promover prêmios e festivais. Mas, os que chegam querem desfazer o que o gestor anterior fez e promover lobby para sua gestão ai…segue uma série de eventos, e lá vai festa e propaganda. E a comunidade maior interessada não faz parte dessa festa pobre… Ninguém nos chamou para dar sugestões pautadas no que a comunidade escolar quer.
RESPOSTA: Envie seu questionamento por meio do link http://fale.cultura.gov.br/sisouvidor/autoatendimento/cadastro/formularioMensagem.jsp?strSelecao=ouvidoria
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Cristina Alves
Senhores
Solicito indicar onde posso ler o acordo na integra.
Grata
RESPOSTA: Envie seu questionamento por meio do link http://fale.cultura.gov.br/sisouvidor/autoatendimento/cadastro/formularioMensagem.jsp?strSelecao=ouvidoria
Leia também:
http://acaoculturalse.blogspot.com/2011/11/educacao-e-cultura.html
O sergipano não valoriza o produto cultural local
E agora??
O produto cultural genuinamente sergipano é pouco consumido ou, em outras palavras, o sergipano “compra” pouco aquilo que é produzido em Sergipe, o que traz como consequência a dificuldade de “vender” Sergipe para quem é de fora. Isso tudo nos lembrando de um dito popular que afirma: “Quem engorda o boi são os olhos do dono”.
Como disse no primeio dia (24/11), em Aracaju, no espaço destinado aos debates da oficina de gestão cultural, promovida pelo Itaú Cultural em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a afirmação acima é recorrente há mais de vinte anos em quase todos os debates que discute direta ou indiretamente políticas culturais.
O produto cultural genuinamente sergipano é pouco consumido ou, em outras palavras, o sergipano “compra” pouco aquilo que é produzido em Sergipe, o que traz como consequência a dificuldade de “vender” Sergipe para quem é de fora. Isso tudo nos lembrando de um dito popular que afirma: “Quem engorda o boi são os olhos do dono”.
Como disse no primeio dia (24/11), em Aracaju, no espaço destinado aos debates da oficina de gestão cultural, promovida pelo Itaú Cultural em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a afirmação acima é recorrente há mais de vinte anos em quase todos os debates que discute direta ou indiretamente políticas culturais.
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