Teia 2016 será a primeira após sanção e regulamentação da Lei Cultura Viva
Centenas de pessoas, entre gestores municipais e estaduais de redes
de Pontos de Cultura e fazedores de cultura, se reuniram na noite dessa
sexta-feira (6) no Teatro Vila Velha, em Salvador (BA), para o
lançamento oficial da Teia 2016, Encontro Nacional de Pontos de Cultura.
A sexta edição do evento será realizada entre os dias 6 e 12 de
novembro, também na capital baiana. O evento se dará por meio de uma
parceria do Ministério da Cultura (MinC) com a Secretaria Estadual de
Cultura da Bahia e a Fundação Pedro Calmon. O ministro da Cultura, Juca
Ferreira, esteve presente na cerimônia, acompanhado da secretária da
Cidadania e da Diversidade Cultural, Ivana Bentes, e de outros
secretários do ministério.
“As Teias são sempre um momento de articulação, de cogestão, em que se pensa políticas que o Estado brasileiro leva adiante. Essa cogestão com a sociedade civil é decisiva e tradicional dentro da Política da Lei Cultura Viva”, destacou Ivana Bentes, cuja secretaria está à frente da organização do encontro.
Nestes encontros, a troca de experiências e de metodologias se concretiza a partir da multiplicidade que as redes de Pontos de Cultura reúnem em si, Brasil afora. Para o ministro Juca Ferreira, esta diversidade é justamente o que faz da política uma das mais importantes e efetivas para a área.
“O Ponto de Cultura valoriza a diversidade cultural brasileira sem nenhuma hierarquia e dá a dimensão que precisa ser dada a esse conjunto completo da cultura brasileira, que é a arte e a cultura que não estão no palco, mas estão entranhadas com muita capilaridade nas comunidades brasileiras”, destacou.
Integrante da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, Teotônio Roque, de Natal (RN), enxerga a realização de encontros nacionais como espaços também para alinhamento das políticas já implementadas pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC).
“A Teia é um momento de culminância, um momento de celebração de todas as atividades feitas por Pontos de Cultura do Brasil inteiro. Para além disso, temos a possibilidade também de reunir, comemorar, discutir e aprofundar as questões da cultura em níveis local e nacional”, destacou.
Durante o final de semana, nos dias 7 e 8, representantes de Pontos e Pontões de Cultura, gestores municipais e estaduais de redes de Pontos, movimentos de economia solidária e parceiros do MinC mantiveram-se reunidos no Teatro vila Velha para a discussão de pontos comuns à produção da Teia, mas também para tratar das principais diretrizes que deverão guiar a Lei de Cultura Viva ao longo do ano de 2016.
Na semana passada, a SCDC certificou 121 entidades e coletivos de todo o País que fizeram a autodeclaração. Tal reconhecimento garante a eles uma chancela institucional importante para a obtenção de apoios e parcerias e permite que se articulem com os outros Pontos da rede a partir de afinidades temáticas ou do pertencimento a um determinado território. O cadastro possibilita, ainda, o acompanhamento permanente das atividades desenvolvidas pelo Ministério, assim como de editais e eventuais articulações.
“A gente cometeu um erro e estamos corrigindo. Só considerávamos como Ponto de Cultura o que conseguíamos financiar. Mas são em torno de 100 mil grupos culturais no Brasil, de todos os tipos. É preciso lidar com respeito porque na verdade a identidade cultural brasileira nasce aí”, afirmou Juca Ferreira. “O palco se inspira nas raízes culturais da população. Ele retrabalha e modifica, mas essas tradições estão aí e assim permanecerão”, completou.
Durante o Encontro Cultura Viva, a secretária Ivana Bentes afirmou que uma nova Instrução Normativa deverá trazer uma revisão da Lei Cultura Viva. Os avanços previstos partem da regulamentação da Lei 13.019/2014, também conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Mrosc), sancionada pela Presidência da República em abril deste ano.
Entre as melhorias previstas pela nova versão da IN está a dispensa de análise financeira de prestação de contas quando houver cumprimento do objeto, isto é, quando houver provas de que o projeto pelo qual foi firmado o convênio junto ao Ministério da Cultura (MinC) foi concretizado e fruído pela comunidade.
“Com uma nova Instrução Normativa, temos uma enorme vitória para descriminalizar a relação do Estado com as organizações não governamentais”, afirmou Ivana, destacando a maior facilidade na prestação de contas por entidades das quais, até pouco tempo, exigia-se a mesma rigidez burocrática tal qual a prestação de contas realizadas por grandes corporações.
Outra iniciativa apresentada no encontro foi uma portaria que irá disciplinar a colaboração voluntária com o Plano Nacional de Cultura (PNC). A partir da portaria, qualquer ente público ou privado, tais como empresas, organizações corporativas e sindicais, organizações da sociedade civil, fundações, pessoas físicas e jurídicas, poderão atuar como colaboradores, desde que se mobilizem para a garantia dos princípios, objetivos, diretrizes e metas do PNC, a partir do estabelecimento de termos de adesão específicos.
“As Teias são sempre um momento de articulação, de cogestão, em que se pensa políticas que o Estado brasileiro leva adiante. Essa cogestão com a sociedade civil é decisiva e tradicional dentro da Política da Lei Cultura Viva”, destacou Ivana Bentes, cuja secretaria está à frente da organização do encontro.
Nestes encontros, a troca de experiências e de metodologias se concretiza a partir da multiplicidade que as redes de Pontos de Cultura reúnem em si, Brasil afora. Para o ministro Juca Ferreira, esta diversidade é justamente o que faz da política uma das mais importantes e efetivas para a área.
“O Ponto de Cultura valoriza a diversidade cultural brasileira sem nenhuma hierarquia e dá a dimensão que precisa ser dada a esse conjunto completo da cultura brasileira, que é a arte e a cultura que não estão no palco, mas estão entranhadas com muita capilaridade nas comunidades brasileiras”, destacou.
Integrante da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, Teotônio Roque, de Natal (RN), enxerga a realização de encontros nacionais como espaços também para alinhamento das políticas já implementadas pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC).
“A Teia é um momento de culminância, um momento de celebração de todas as atividades feitas por Pontos de Cultura do Brasil inteiro. Para além disso, temos a possibilidade também de reunir, comemorar, discutir e aprofundar as questões da cultura em níveis local e nacional”, destacou.
Durante o final de semana, nos dias 7 e 8, representantes de Pontos e Pontões de Cultura, gestores municipais e estaduais de redes de Pontos, movimentos de economia solidária e parceiros do MinC mantiveram-se reunidos no Teatro vila Velha para a discussão de pontos comuns à produção da Teia, mas também para tratar das principais diretrizes que deverão guiar a Lei de Cultura Viva ao longo do ano de 2016.
Lei Cultura Viva
A sexta edição da Teia será a primeira desde a sanção e a regulamentação da Lei Cultura Viva. Uma de suas principais ferramentas trazidas pela nova legislação diz respeito à autodeclaração dos Pontos de Cultura – um processo de certificação simples, aberto permanentemente, destinado ao reconhecimento de entidades e coletivos culturais como Pontos ou Pontões de Cultura.Na semana passada, a SCDC certificou 121 entidades e coletivos de todo o País que fizeram a autodeclaração. Tal reconhecimento garante a eles uma chancela institucional importante para a obtenção de apoios e parcerias e permite que se articulem com os outros Pontos da rede a partir de afinidades temáticas ou do pertencimento a um determinado território. O cadastro possibilita, ainda, o acompanhamento permanente das atividades desenvolvidas pelo Ministério, assim como de editais e eventuais articulações.
“A gente cometeu um erro e estamos corrigindo. Só considerávamos como Ponto de Cultura o que conseguíamos financiar. Mas são em torno de 100 mil grupos culturais no Brasil, de todos os tipos. É preciso lidar com respeito porque na verdade a identidade cultural brasileira nasce aí”, afirmou Juca Ferreira. “O palco se inspira nas raízes culturais da população. Ele retrabalha e modifica, mas essas tradições estão aí e assim permanecerão”, completou.
Durante o Encontro Cultura Viva, a secretária Ivana Bentes afirmou que uma nova Instrução Normativa deverá trazer uma revisão da Lei Cultura Viva. Os avanços previstos partem da regulamentação da Lei 13.019/2014, também conhecida como Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Mrosc), sancionada pela Presidência da República em abril deste ano.
Entre as melhorias previstas pela nova versão da IN está a dispensa de análise financeira de prestação de contas quando houver cumprimento do objeto, isto é, quando houver provas de que o projeto pelo qual foi firmado o convênio junto ao Ministério da Cultura (MinC) foi concretizado e fruído pela comunidade.
“Com uma nova Instrução Normativa, temos uma enorme vitória para descriminalizar a relação do Estado com as organizações não governamentais”, afirmou Ivana, destacando a maior facilidade na prestação de contas por entidades das quais, até pouco tempo, exigia-se a mesma rigidez burocrática tal qual a prestação de contas realizadas por grandes corporações.
Outra iniciativa apresentada no encontro foi uma portaria que irá disciplinar a colaboração voluntária com o Plano Nacional de Cultura (PNC). A partir da portaria, qualquer ente público ou privado, tais como empresas, organizações corporativas e sindicais, organizações da sociedade civil, fundações, pessoas físicas e jurídicas, poderão atuar como colaboradores, desde que se mobilizem para a garantia dos princípios, objetivos, diretrizes e metas do PNC, a partir do estabelecimento de termos de adesão específicos.
Cristiane Nascimento
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura