sábado, 29 de outubro de 2022

A segunda parte da notinha. Por que os fazedores de cultura em Sergipe precisam escolher Lula Presidente e Rogério Governador a ajudar a maioria da população a fazer isso?



MAS QUAL LULA? QUAL ROGÉRIO?

Essa notinha foi publicada no dia 24 de Outubro de 2022 com a previsão de continuidade diária, o que não foi possível.. Retomamos neste dia de véspera de uma das eleições mais importante para o Brasil do século XXI.

E já que o tema pode render boas conversas, prosseguiremos após a eleição, sempre com uma notinha  diferente acerca do tema.

Como estamos as vésperas da eleição do segundo turno, vamos buscar a resposta, ainda não definitiva, a pergunta do sub titulo – MAS QUAL LULA? QUAL ROGÉRIO?

No primeiro caso, o Lula que fez o melhor governo para a cultura e muito mais, o Lula que de forma inédita traz o tema CULTURA para o centro de uma campanha eleitoral...

Há que ressaltar que isso foi realizado na primeira eleição de Lula em 2002, porém por artistas, intelectuais e gestores. Agora quem faz isso é o próprio candidato a presidente da república e não apenas afirmando que irá fazer mais do mesmo, ou seja,  retomar o ministério da cultura, retomar conferências nacionais de cultura, assim como melhorar o orçamento..

Agora Lula propõe além disso, o que é fundamental, mas insuficiente  CULTURA como eixo transversal das políticas públicas, incluindo a área de  geração de emprego e renda, politica de reindustrialização, inovação tecnológica, educação e turismo. E como observatório da cultura em conjunto ,  sociedade civil e governo , Lula propõe a formação de Comitês de Cultura, para acompanhar e sugerir avanços e correções de rota...

Já eleger Rogério significa fortalecer a possibilidade dessa proposta revolucionária  de Lula ser implantada com mais agilidade e mais bem alinhada com as diretrizes do governo federal....

https://www.youtube.com/watch?v=AB89S8xdmjg



Voltaremos ao tema nos próximos dias....

Leia mais:

Lula é o candidato da cultura à presidência da república do Brasil!




sexta-feira, 28 de outubro de 2022

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Salve Darcy Ribeiro no dia do seu centenário - 26/10/2022 -

 A homenagem do Blog da Ação Cultural a uma das nossas  principais fontes de inspiração....

O desenho acima foi criado pelo ilustrador Breno Medeiros, bolsista do projeto de extensão Rede UENF Social. O painel, com 2,6 metros de altura por 22 metros de largura, levou cinco dias para ficar pronto, com a ajuda do artista Anderson da Silva Santos do IDE Studio Criativo.

https://www.youtube.com/watch?v=Oli2Gejs8VE


https://www.youtube.com/watch?v=T1MemL_PmjI





Obrigado Darcy - Fonte de inspiração para milhares de brasileiros. Obrigado Fióti pela homenagem.

https://www.youtube.com/watch?v=TdBi6NYhBUw


Salve Vander Lee, Laura Catarina, Mariene de Castro e tantos artistas que representam  o melhor do Brasil e do brasileiro.

https://www.youtube.com/watch?v=pQhf-aswL40



Obrigado Lula - Um de nossos líderes que segue as trilhas do grande Darcy Ribeiro...

PRECISAMOS DE DARCY RIBEIRO PARA  CONSTRUIR O BRASIL NAÇÃO..

https://www.youtube.com/watch?v=Qc-vnTxlltA


https://www.youtube.com/watch?v=KXF9sLALmKA

Obrigado Vicente Barreto pela representatividade do melhor do Brasil e dos Brasileiros  e pela lembrança do mestre querido..... 


Obrigado Paulo César Feital pela representatividade do melhor do Brasil e dos brasileiros e pela homenagem ao mestre querido..

https://www.youtube.com/watch?v=n5mhqhfTyd8



Quatro anos depois Darcy Ribeiro vence com 56% dos votos para o senado

https://www.youtube.com/watch?v=WD6kWxEnYUk




LEIA : (clique em cima dos títulos abaixo).

Darcy Ribeiro: 100 anos do visionário que lutou por indígenas, pela educação e fugiu de UTI para concluir livro 

 A chama da utopia 

Celebração do centenário de Darcy Ribeiro evidencia a contribuição do antropólogo para a sociologia e a educação.

“Apesar de todos eles, havemos de amanhecer”   Com essa frase Darcy Ribeiro termina o texto escrito entre o 1º e 2º turno da eleição presidencial de 1989. 

Vejam, em nosso site (https://fundar.org.br/lula-la/), a pertinência com o momento que estamos vivendo! Um texto de defesa do povo brasileiro, que Darcy nos deu de presente, pela passagem do seu centenário de nascimento.

Viva Darcy Ribeiro!

Todo mês A Fundação Darcy Ribeiro disponibiliza um texto, das muitas memórias de Darcy, sobre tudo que diz respeito ao Brasil, colaborando para alimentar esperança neste povo tão belo, com tanto potencial! 

#darcyribeiro #movimentoamigosdedarcy #darcyvive #educação #professor #meioambiente #povosindigenas #antropologia #politica #unb #darcy100anos


    segunda-feira, 24 de outubro de 2022

    Lula é o candidato da cultura à presidência da república do Brasil!

     #repost ABRAFIN - @abrafin

    É inegável que Lula (@lulaoficial) trouxe uma perspectiva de um país mais inclusivo e menos desigual, bem como deu passos importantes para a estruturação, fomento, preservação e valorização da diversidade cultural nacional. Seu atual plano de governo prevê um processo de reconstrução das políticas públicas culturais do Brasil, envolvendo a reestruturação do ecossistema cultural, muito prejudicada pela pandemia e pela atual gestão; a recriação da estrutura do Ministério da Cultura; a efetivação do Sistema Nacional de Cultura e a consequente adoção da política de descentralização de recursos para Estados e Municípios; o estímulo à indústria do turismo por meio da valorização da cultura, do patrimônio histórico, da biodiversidade e do ecoturismo.

    Vamos relembrar 5 coisas importantes que o Partido dos Trabalhadores (PT) já fez pela cultura do Brasil?

    1) Sistema Nacional de Cultura. Foi inserido na constituição em 2012, dando início a um modelo de gestão descentralizada e participativa das políticas culturais no Brasil.

    2) Preservação do Patrimônio Histórico. R$ 1,6 bilhão foram investidos na recuperação de igrejas, obras de arte, museus, prédios, bibliotecas, e outros diversos patrimônios históricos.

    3) Pontos de Cultura. O programa Cultura Viva implantou 4.500 Pontos em mais de 1000 municípios, fortalecendo a produção cultural vinda da base do Brasil.

    4) Cinema Perto de Você. O BNDES estimulou a abertura de salas de cinema na periferia e em regiões mais vulneráveis do país, dobrando o número de cinemas no Brasil entre 2003 e 2016.

    5) Orçamento maior. Entre 2002 e 2015, o orçamento saltou quase 5 vezes, alcançando 4 bilhões em 2015.

    #Lula

    #Lula1️⃣3️⃣ 

    #Lulapresidente2022

    #Lulanosegundoturno









    #repost ABRAFIN - @abrafin 

    Porque falamos tanto que precisamos mudar esse governo? Veja quantas vezes o Governo Bolsonaro agiu contra a nossa Cultura:

    1. Extinguiu o Ministério da Cultura. Transformou a pasta em secretaria dentro da estrutura do Ministério do Turismo. Isso acarreta em redução de equipe, orçamento, projetos e financiamentos pra cultura do nosso país;

    2. O que restou das pastas de Cultura, o atual governo nomeou uma sequência de pessoas sem competência e absolutamente descompromissadas com a pasta, além de serem intolerantes, preconceituosas e desconectadas com a realidade do setor;

    3. O atual presidente VETOU as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, fundamentais para a perpetuação e financiamento da cultura nacional;

    4. O governo cortou 2,7 milhões no orçamento da Funarte para 2023, inviabilizando a execução de 11 editais culturais da instituição e destinou a verba para o orçamento secreto;

    5. Depois que o congresso derrubou os Vetos às leis Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc, o governo assinou uma medida provisória adiando o pagamento das leis que seriam agora em 2022 e passaram a ser em 2023/2024.

    Um país civilizado está diretamente ligado a um governo que tenha diálogo e investimento na cultura. Precisamos voltar a cultura pro centro da mesa. Vote consciente. 

    #Lula

    #Lula1️⃣3️⃣ #Lulapresidente2022 #cultura #producaocultural #politica #abrafin #Sergipe #Brasil









    Por que os fazedores de cultura em Sergipe precisam escolher Lula Presidente e Rogério Governador a ajudar a maioria da população a fazer isso?

    MAS QUAL LULA? QUAL ROGÉRIO?

    Até o final de semana e diariamente,  colocaremos as razões que justificam a afirmação acima.

    Mas antes vamos começar a contextualização com uma canção...

    https://www.youtube.com/watch?v=QFYCIOMDNtE


    Por meio desta canção além da mensagem explicita na letra, apresento o meu lugar de fala: Professor, educador popular, agente cultural, pesquisador e escritor das quebradas, da periferia, da base comunitária.

    Embora não resida mais em bairro da periferia ou da fronteira e não trabalhe em escolas de periferia.  Mas está no sangue, está na alma.

    1- Aracaju, desde a década de 1980, elege prefeitos da centro esquerda ou de "esquerda" , mais na frente explico o porquê de "esquerda" entre aspas.  Uma dica, o atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira,  ex-querda, fundador histórico do PC do B em Sergipe, atualmente faz parte dos quadros do PDT e é aliado de empresários, deputados e senadores bolsonaristas em nosso estado. No ano 2000, dois anos antes de Lula subir a rampa do  Palácio do Planalto (2002) o saudoso Marcelo Déda (PT) assumiu o governo do estado .  

    Continua amanhã, 24/10/2022


    domingo, 23 de outubro de 2022

    CONFIRMA E VIRA VOTO PARA LULA NA FEIRA LIVRE DO B.A.

    A CANÇÃO DESTE DOMINGO DEPOIS DA MOBILIZAÇÃO CIDADÃ COM COMPANHEIROS QUE FIZERAM PARTE DA AMABA NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990. JOSÉ COSME (NANO), DE CAMISA AZUL MARINHO E ANTÔNIO LUIZ (DE CAMISA BRANCA).. UMA CANÇÃO PARA FAZERMOS ATRAVÉS DO VOTO,  COMEÇAR A RETOMAR O CLIMA EXPRESSO NA CANÇÃO ABAIXO.    #LulaPresidente20221️⃣3️⃣1️⃣3️⃣ 
    ALEGRIA AGORA, AGORA E AMANHÃ, ALEGRIA AGORA E DEPOIS DE AMANHÃ...”

    ELEIÇÕES COM LULA É TEMPO DE FESTA POPULAR.



    Foi extremamente revitalizante, revigorante,  voltar a feira do bairro américa para rever alguns amigos feirantes e tentar encontrar alguns conhecidos e desconhecidos pelas ruas onde a feira é instalada para conversar sobre o voto em Lula e em Rogério, o 13 13.

    A recepção foi verdadeiramente festiva, animada e esperançosa, bem de acordo com o clima que pintou em nosso país quando Lula foi Presidente. Este sim, um clima correto,  saudável e inspirador.  

    Como sugeriu o companheiro José Cosme (Nano) que saiu comigo junto com o companheiro Antônio Luiz, a tática é ficarmos parado em alguns locais conversando com os conhecidos, entregando material para quem se dispusesse a votar no PT e ficar com reserva de material nas mãos para quem passasse e pedisse, além da abordagem a uma ou  outra pessoa não conhecida...E assim o material, principalmente  adesivos, grandes e pequenas,  foram tendo vazão....E estes foram solicitados na maioria das vezes, e com sorrisos ou gracejos,  ao invés de oferecidos por nós. O panfleto escrito que levamos, embora bem produzido, com imagens e texto curto e direto, não teve muita saída... Foi o material que sobrou.

    O que nos levou até esta ação na manhã de hoje? A  certeza que a vitória de Lula nesta eleição ainda não pode ser cantada antecipadamente, a despeito dos números favoráveis ao Presidente  Lula de acordo com as pesquisas, assim,    não podemos esperar tão somente pela organização e orientação das estruturas partidárias oficiais. E sem contar que estamos lidando contra um esquema mafioso liderado por  Kid Bozovigarista, aqui lembrando um famoso desenho animados das antigas. 


    Para comprovar isso,  basta lembrar que nunca se praticou tanta ilegalidade como está sendo realizado pelo candidato das trevas, do obscurantismo e da barbárie... 

    Por outro lado, todos os três companheiros “mosqueteiros’ que foram a feira neste domingo,  são remanescentes de um trabalho de base realizado nas décadas de 1980 e 1990 no Bairro América, considerado um dos mais importantes naqueles anos, não apenas em Sergipe, como no Nordeste e no Brasil.

    Dessa maneira nos sentimos muito a vontade com as pessoas e vice e versa... Fica assim o desafio para o futuro, aprender com os que fizeram trabalho de base em outros tempos, o que possibilitará  o enraizamento e maior amplitude em matéria de territórios e influência em favor das ideias radicais em favor da democracia, dos direitos humanos e da justiça social e ambiental defendidas pelo campo progressista, tantos àqueles mais identificados com o pensamento e ação da  esquerda clássica , ou menos, mas que não são bolsofascistas e neoliberais..

    Um momento bem legal foi quando encontramos dois jovens do Partido Unidade Popular fazendo entrega de folhetos em defesa da democracia, contra o fascismo e por isso indicando o voto em Lula 13.

    Que mais líderes e militantes do campo progressista possam vir aonde o povo estar, e  com a roupa encharcada e a alma repleta de chão e não apenas em período de eleições...


    LEIA TAMBÉM:

    quarta-feira, 12 de outubro de 2022

    VIRA OU CONFIRMA VOTO NO LULA.


    Para saber mais sobre o primeiro volume do livro que traz a história da AMABA, uma dica é comparecer ao evento desta segunda conforme a imagem abaixo.
    Leiam os livros, o segundo volume deve sair em 2023 ou 2024. Assistam o filme, este com previsão de lançamento até 2024.
    O local é um dos dois  prédios antigos localizados na Praça Fausto Cardoso.. Um deles é o Museu Palácio Olimpio Campos. O outro é a antiga sede da Assembléia Legislativa, onde atualmente funciona a Escola do Legislativo... Fica próximo ao Palácio da Justiça.





    sábado, 22 de outubro de 2022

    A gente é melhor com Lula Presidente e ouvindo Caetano Veloso...

     Quando chegar o momento da virada na contagem dos votos em 30 de outubro  de 2022, será esta a primeira canção que colocarei para comemorar....GENTE! Não sei se chorarei, mas muito emocionado ficarei..

    https://www.youtube.com/watch?v=nrzYbc3rWzc



     Porque esta canção me marcou muito quando a ouvi ainda adolescente, como tantas outras canções do próprio Caetano, além das canções do Chico, do Milton, da Clara, do Gil, da Elis, da Gal Costa, da Bethânia, do Belchior, da Cor do Som, do Gonzagão, do Gonzaguinha, do Lulu Santos, do Guilherme Arantes, da Cor do Som, do Djavan, do Zé Ramalho., do Alceu Valenças e segue uma lista grande....

    Zezito de Oliveira




    Há anos Zé Vicente na luta, alimentando a esperança de nossas comunidades de base, pastorais da juventude e sociais e de tantos educadores populares e agentes culturais...

     https://www.youtube.com/watch?v=NSVpV0yEBV0

    MEU CANTO, MINHA ARMA




    O artista que usa seu canto como arma, faz valer os tempos de luta. 

    O poeta e cantor Zé Vicente, nos traz mais um motivo para votar Lula, votar 13, no dia 30 de outubro.

    Vamos juntos, fazer de nossa arte LUTA, para vencer o ódio. 

    #LULA #LULA13  #ZÉVICENTE #MEUCANTOMINHAARMA








    Utopia - Zé Vicente canta no Planalto. Natal de 2004




    sexta-feira, 21 de outubro de 2022

    Respeite a Favela

     


    ENTREVISTA: ‘LULA TEVE MENOS VOTOS NA ZONA OESTE DO RIO POR CAUSA DA DESIGUALDADE SOCIAL’

    O ativista Kawan Lopes avalia que é preciso rever a ideia de milícia e cobra discussões sobre cultura, território e pertencimento.

    Lorran MatheuLorran Matheu

    20 de Outubro de 2022, 11h33

    NO PRIMEIRO TURNO dessas eleições, o bairro mais populoso do Brasil foi também o local onde Bolsonaro obteve seu maior êxito eleitoral na cidade do Rio de Janeiro. Em Campo Grande, Zona Oeste, foram 58,24% de votos para o atual presidente, contra 33,42% de Lula.

    Em números gerais, a disputa foi mais equilibrada nas urnas cariocas, com 47% x 43,47% pró-Bolsonaro. Campo Grande, no entanto, tem características muito próprias que explicam a ampla vantagem: é um dos berços da milícia, além de ter uma grande concentração de igrejas evangélicas, com destaque para a Universal e a Assembleia de Deus.

    No último sábado, 16 de outubro, em uma ofensiva para reverter o quadro eleitoral neste segundo turno, foi realizada uma plenária com lideranças de esquerda, preparando terreno para a visita que Lula fará à região nesta quinta-feira, dia 20. Lindbergh Faria, Chico Alencar e Jandira Feghali, deputados eleitos por PT, Psol e PCdoB, respectivamente, compareceram ao encontro, que teve baixa adesão de público, sobretudo entre os mais jovens.

    Durante os discursos, foi pontuada a necessidade de reforçar o diálogo e focar no eleitor indeciso. Porém, o que mais chamou atenção foi o reconhecimento dos progressistas de que a derrota é praticamente inevitável no bairro (com mais de 280 mil eleitores) e o que deve ser feito é garantir o máximo de votos para brecar o favoritismo de Bolsonaro na contagem final. Embora a estratégia flerte com o pragmatismo, é insuficiente para atender os anseios dos moradores da Zona Oeste. Quem faz essa avaliação é o ativista cultural Kawan Lopes, nascido e criado em Campo Grande.

    Com apenas 23 anos, Kawan enfrentou, em 2022, sua segunda disputa eleitoral. A primeira havia sido em 2020, quando concorreu a vereador pelo Psol, defendendo o legado de Marielle Franco, com quem teve proximidade e abertura para o primeiro contato com a política partidária. Este ano, ele concorreu a deputado estadual pelo PT e, apesar de jogar em campo adverso e não ter se elegido, obteve quase 3 mil votos.

    "A construção estabelecida das milícias no estado do Rio de Janeiro é colonialista", avaliou Kawan.“A construção estabelecida das milícias no estado do Rio de Janeiro é colonialista”, avaliou Kawan. Foto: Reprodução/Facebook

    Intercept – Quando olhamos os mapas dos resultados do primeiro turno, percebemos que muitas capitais brasileiras votaram em Lula. No Rio de Janeiro, essa movimentação ficou mais limitada aos bairros mais ricos, da Zona Sul. Como você avalia isso?

    Kawan Lopes – Isso é o reflexo da desigualdade social. A gente sabe que a Zona Oeste concentra quase 48% da população carioca. E, de fato, no meu recorte enquanto agente cultural, consigo entender que a oferta de cultura na Zona Sul é feita de uma maneira muito exemplar. Mas, quando a gente faz um recorte da Zona Norte, da Baixada Fluminense e da Zona Oeste, a gente não tem, de fato, equipamento cultural que promova a emancipação social. Porque ir ao teatro é um ato político. A arte é transversal. Ela entra no emocional, no subconsciente.

    Se a gente tem ausência de investimento cultural e educacional nas periferias, nas favelas da Zona Oeste, isso vai ter reflexos também na formação de analfabetos funcionais. Pessoas que não se conhecem, não leem, não têm a possibilidade de ir ao cinema, ao teatro… A lógica aqui é sair do ensino médio e ir para um balcão de supermercado. Óbvio que o balcão de supermercado, o estoquista de uma loja têm sua relevância, mas a gente não pode só ofertar isso para essa juventude que, hoje, ou não estuda, ou não trabalha.

    ‘Quando eu era do Psol, as reuniões eram pela Zona Sul. A gente tinha que se deslocar do nosso território’.

    https://www.youtube.com/watch?v=NvOomQOB9qI


    A eleição do primeiro turno é a evidência histórica de como estão sendo ofertadas as políticas públicas no território da Zona Oeste. Quando, por exemplo, trem e metrô não chegam, é o acesso à cidade que está sendo impedido. Se você não acessa a cidade, você não acessa a escola, não acessa o teatro, não acessa o hospital, não acessa o mercado. Você não se encontra com seus amigos para debater política, então se cerceia um direito que é básico, que é o acesso à cidade.

    Se você não consegue transitar, você não consegue ter acesso às ferramentas públicas que promovam a emancipação social. Isso é uma lógica muito perversa. Desse jeito, a vivência dessas crianças vai ser marcada pela ponta do fuzil. Pela bala, pelo barulho do helicóptero.

    A visão geral da Zona Oeste é caricata como “a região tomada pela milícia”? E além disso, você acredita que a esquerda enxerga os moradores da Zona Oeste desse jeito preconceituoso?

    Quando eu era do Psol, as reuniões sempre eram pela Zona Sul e pelo Centro. A gente tinha sempre que se deslocar do nosso território. Então, isso é uma construção de qual é a centralidade de uma reunião. Onde o debate é, não podemos fazer na Zona Oeste, porque isso compromete a questão da nossa segurança, de nossos companheiros…

    Mas como a gente está desconstruindo essa lógica? Como é que está sendo desconstruída a possibilidade de a gente, enfim, entrar no território para construir um diálogo mínimo com as pessoas, sobre renda, sobre família?

    A possibilidade de a gente desconstruir a concepção de milícia, a partir também do reconhecimento, de como eu me reconheço no território, ou como esse território é consolidado. De fato, a construção estabelecida das milícias no estado do Rio de Janeiro é colonialista, porque, quando a gente traça o pertencimento da Zona Oeste na sua época colonial, na época de laranjal, de cana de açúcar, na época dos jesuítas, na época do Palacete da Princesa Isabel, a enxergamos como refúgio turístico e também como calabouço de escravos.

    É a história que a história não conta. A gente precisa mergulhar fundo e fazer de fato uma constatação de como os contexto daqui são consolidados. E aí é uma dificuldade muito grande. Isso tem reflexos também nos dias de hoje.

    No contexto da segurança, acho que vamos entender que o debate da guerra às drogas não é um debate de teologia, mas de saúde pública, de economia, de segurança. Então, a gente precisa debater com muito cuidado. E é uma pauta que custa muito caro. A gente entende que quem está no poder não quer custear essa pauta, porque, de fato, mexe no bolso dos poderosos.

    A gente precisa entender como consegue se consolidar e se organizar enquanto juventude, enquanto mais velhos, mais novos, para atravessar primeiro a possibilidade de fazer uma emancipação social de favela. E eu acho que isso é continuarmos na entrega de cestas básicas, nos cursos pré- vestibulares, nas construções domiciliares de diálogo, de reflexões.

    Isso não só no período das eleições, mas cotidianamente, para que a gente consiga fazer uma construção de reconhecimento social. Quem eu sou? Onde eu estou? Que pertencimento é esse que eu preciso construir? Isso vai atravessar desde a senhora de 65 anos até dona Maria, de 32 ou de 46, que é empregada doméstica, ou desde o João, de 17 anos, que é do grêmio estudantil ou do ensino médio do Ciep João Vitta, no Cesarão, por exemplo.

    É uma tarefa muito grande da esquerda, dos partidos, de romperem a bolha. Se a gente construir uma narrativa para nós mesmos, vamos atravessar a maré. Ou não. A gente não sabe. Mas é possível fazer com que essa construção seja feita de maneira transversal, para que chegue de fato na favela, nas periferias da Zona Oeste e no subúrbio.

    Jandira Feghali, Chico Alencar, Luciana Boiteux e outras lideranças de esquerda se reúnem na Zona Oeste do Rio.Jandira Feghali, Chico Alencar, Luciana Boiteux e outras lideranças de esquerda se reúnem na Zona Oeste do Rio. Foto: Felipe Ouverney

    Os três bairros com maior concentração de milícias são aqueles onde houve o maior aumento de votos para Bolsonaro. Como a esquerda pode retomar a presença nessa região e quais ferramentas efetivas de comunicação podem usar para ter chance de vitória?

    Minha primeira campanha [para vereador, em 2020] teve quase 1.000 votos. Esse ano triplicou. Isso reafirma que a gente teve muito voto em Santa Cruz, em Campo Grande. Fomos votados em 67 dos 80 municípios do estado. Isso mostra que a gente, de pouquinho em pouquinho, vai rompendo a bolha. Para além disso, a gente precisa se esforçar para ser uma referência em nosso território. Para que outros jovens se sintam capacitados a sair de suas casas, sair de suas escolas e se organizarem politicamente.

    Sobre as milícias, é muito difícil. Não consigo responder, porque a gente lida muito com as pessoas que estão passando fome. Então, como mudar o nosso território, se as pessoas não tem nem água na geladeira? Temos que construir um projeto de governo para que as pessoas tenham o mínimo de possibilidade, sentar na mesa para debater política, porque hoje elas estão com fome. Esse é o nosso maior desafio.

    Mesmo sendo composta em sua grande maioria por grandes bairros, e não favelas, a Zona Oeste ocupa um papel periférico na cidade. Essa percepção está presente na consciência dos moradores?

    Na sua totalidade, não. Essa é uma dificuldade, a começar dentro da sala de aula. A noção de pertencimento começa ali, a partir da matéria de geografia. Por isso, a relevância dos profissionais da educação. Acho que precisamos criar o pertencimento sobre o que é ser suburbano, sobre o que é periférico, sobre o que é ser favelado. É trazer o reconhecimento de como que a gente se coloca geograficamente no município do Rio de Janeiro. É um plano político pedagógico, que deveria estar inserido – mas não está – na Secretaria de Educação, tanto no município nem na do estado.

    São poucos jovens, poucas crianças que furam essa bolha. A partir da emancipação social, que chega por um pré-vestibular social, um curso da Ser Cidadão [projeto educacional] ou por meio de uma 

    imersão política já dentro da família. Quando se reivindica [essa emancipação], eu me reivindico enquanto favelado. Eu acredito que o Cesarão é uma favela, o Aço, o Antares, porque também tem ali dentro da favela a periferia. A periferia dentro da favela.

    ‘Como mudar o nosso território, se as pessoas não tem nem água na geladeira?’

    Se está no plano de morro, é favela. Se está no plano térreo, é periferia. Tem partes do Cesarão que são favela, tem partes do Cesarão que são periferia. Tem partes do Aço que são favela, tem partes do Aço que são periferia. Então, vai se entrelaçando. Eu me intitulo favelado, porque acho que a cultura da favela percorreu muito a minha trajetória de vida e foi muito marcante soltar pipa ou jogar bolinha de gude, ouvir funk e até mesmo a marginalidade, as manifestações marginais, isso foi muito presente na minha vida.

    Então, mesmo dentro desse recorte periférico, também há recortes de favela. Sobre essa questão de as pessoas se autointitularem, eu acho que a gente perde muito enquanto sociedade civil [quando isso não acontece], porque a gente fica imerso em meio às obrigações. É trabalhar para sobreviver, então não tem como fazer esse recorte sobre onde eu estou, quem eu sou, porque, de fato, o lugar capitalista que a gente vive não nos dá a possibilidade de sonhar ou, principalmente, de reconhecer quem nós somos.

    Os BRTs são os novos navios negreiros, dos corpos imprensados. Os trens também. Ou as pessoas saem mais cedo para sobreviver ou elas não terão comida na mesa. Não tem como a gente exigir que essas pessoas tenham um recorte ou entendimento do que elas são. Elas são o proletariado, então elas são periféricas. É o recorte que nós temos, porque nós temos a possibilidade de refletir sobre o território. Mas pensando nessas pessoas que não têm essa possibilidade, cabe a nós a responsabilidade de trazer essa narrativa e essa realidade a eles.

    "Eu só quero é ser feliz

    Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é

    E poder me orgulhar

    E ter a consciência que o pobre tem seu lugar

    Fé em Deus, DJ"

    https://www.youtube.com/watch?v=7pD8k2zaLqk






    O peso kármico da história do Brasil

    Os dois textos abaixo tocam na necessidade do quanto temos que cuidar da nossa psiquê individual e de nossa alma coletiva. E daí.  Haja educação popular, ação cultural de base comunitária, haja comunicação independente ou alternativa. Haja amor!  Como afirma Luiz Caldas em uma canção. Em outra, Almir Sater e Renato Teixeira também afirma que "é preciso amor pra poder pulsar."  E para concluir com Chico César,  podemos  afirmar: "O amor é um ato revolucionário."



    "A conversão do Brasil "

    "Eu fico vendo os meus amigos e amigas , companheiras e companheiros desesperados com as pesquisas,  com a votação  que o Bolsonazi tem , apesar de todas as barbaridades que ele já disse e fez .

    E ficam ansiosamente tentando achar uma maneira de "virar voto" , de conquistar os eleitores do Ciro e da Tebet , os indecisos,  etc .

    Eu entendo perfeitamente e também me sinto assim,às vezes. 

    Acontece que , na minha opinião,  o destino do Brasil já está selado. Quer o Lula ganhe ou não. 

    Quase metade da população apoia um fascista psicopata. 

    E isso não vai mudar até o dia 30 . Ninguém vira fascista da noite pro dia porque leu uma fakenews no WhatsApp. É de uma superficialidade e desconhecimemto de psicologia brutais  acreditar que as pessoas mudam de opinião tão facilmente. 

    É até um tanto arrogante achar que nós vamos "convencer" alguém a mudar de opinião e de voto só porque nós fazemos um "mansplaining" sobre o porquê dela ter que votar no Lula. Se fossem suficientes os argumentos sobre economia e pautas sociais ou mesmo as mortes da pandemia,  o Lula já teria ganho a eleição. 

    As informações sobre quem é o Bolsonaro já estão por aí há muito tempo. Se a pessoa não viu quem ele é quando ele dedicou o voto dele ao Cel. Brilhante Ustra na votação do impeachment da Dilma,  por que veria agora ? 

    Acho que a questão é muito mais profunda,  ou elevada. 

    Uma pessoa que deixa  de votar no B.ou deixa de se abster pra votar no Lula passa por um processo que se assemelha mais à metanoia,  a uma conversão religiosa,  do que a um convencimento racional .

    O que está em jogo efetivamente nessas eleições é a alma do Brasil,  e de cada pessoa.  O peso que a luz ou as trevas tem no coração de cada pessoa. É uma escolha da alma , do coração,  não da razão,  pelo menos não a princípio. É o discernimento que vem do coração. 

    Eu não estou dizendo que as pessoas , a militância,  não deve panfletar , ir pras ruas , fazer carreatas, manifestações,  atuar nas redes sociais,  etc .

    Tem que fazer tudo isso,  claro. 

    Mas, o que vai fazer a diferença no final,  na minha opinião,  é um fator imponderável.  O peso do karma coletivo,  o destino , a luta entre a luz e as trevas no coração de cada brasileiro e brasileira . Deus e o Diabo na Terra do Sol .O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro,  em cada um de nós. Forças arquétipicas muito além do nosso controle racional. 

    Vamos orar para que a Luz ilumine os corações e mentes  das e dos brasileiros até o dia 30 e vamos fazer a nossa parte, o nosso melhor ,  dentro das nossas possibilidades. 

    Seja o que Deus quiser. Maktub."

    João Cláudio Fontes,  Belo Horizonte,  19/10/2022


    20/6/2018 LEONARDO BOFF 

    A amplitude da crise brasileira é de tal gravidade que nos faltam categorias para elucidá-la. Tentando ir além das clássicas abordagens da sociologia crítica ou da história, tenho-me valido da capacidade elucidativa das categorias psicanalíticas da “sombra”e da “luz” generalizadas como constantes antropológicas, pessoais e coletivas. Ensaiei uma compreensão possível que nos vêm da teoria do caos, capítulo importante da nova cosmologia, pois deste caos, em situação de altíssima complexidade e jogo de relações, irrompeu a vida que conhecemos, inclusive a nossa. Esta mostrou-se capaz de identificar aquela Energia Poderosa e Amorosa que tudo sustenta, o Princípio Gerador de todos os Seres e abrir-se a Ele em veneração e respeito.


    Perguto-me que outra categoria estaria no repositório da sabedoria humana que nos poderia trazer alguma luz nas trevas nas quais estamos todos mergulhados. Foi então que me lembrei de um diálogo instigante entre o grande historiador inglês Arnold Toynbee e Daisaku Ikeda, eminente filósofo japonês (cf. Elige la vida, Emecé. B.Aires 2005) que durou vários dias em Londres. Ambos creem na realidade do karma, seja pessoal, seja coletivo. Prescindindo das várias interpretações dadas a ele, me parecia ter encontrado aqui aqui uma categoria da mais alta ancestralidade, manejada pelo budismo, hinduismo, jainismo e também pelo espiritismo para explicar fenômenos pessoais e coletivos.


    O karma é um termo sânscrito originalmente significando força e movimento, concentrado na palavra “ação” que provocava sua correspondente “re-ação”. Este aspecto coletivo pareceu-me importante, por que, não conheço (posso estar equivocado) no ocidente nenhuma categoria conceptual que dê conta de um sentido de devir histórico de toda uma comunidade e de suas instituições nas suas dimensões positivas e negativas. Talvez, devido ao arraigado individualismo, típico do Ocidente, não tenhamos tido as condições de projetarmos um conceito suficientemente abrangente.


    Cada pessoa é marcada pelas ações que praticou em vida. Essa ação não se restringe à pessoa mas conota todo o ambiente. Trata-se de uma espécie de conta-corrente ética cujo saldo está em constante mutação consoante as ações boas ou más que são feitas, vale dizer, os “debitos e os créditos”. Mesmo depois da morte, a pessoa, na crença budista, carrega esta conta por mais renascimentos possa ter, até zerar a conta negativa.


    Toynbee dá-lhe outra versão que me parece esclarecedora e nos ajuda entender um pouco nossa história. A história é feita de redes relacionais dentro das quais está inserida cada pessoa, ligada com as que a precederam e com as presentes. Há um funcionamento kármico na história de um povo e de suas instituições consoante os níveis de bondade e justiça ou de maldade e injustiça que produziram ao largo do tempo. Este seria uma espécie de campo mórfico que permaneceria impregnando tudo.


    Não se requer a hipótese dos muitos renascimentos porque a rede de vínculos garante a continuidade do destino de um povo (p.384). As realidades kármicas impregnam as instituições, as paisagens, configuram as pessoas e marcam o estilo singular de um povo. Esta força kármica atua na história, marcando os fatos benéficos ou maléficos. C.G.Jung em sua psicologia arquetípica notara, de alguma forma, tal fato.


    Apliquemos esta lei kármica à nossa situação. Não sera difícil reconhecer que somos portadores de um pesadíssimo karma, em grande escala, derivado do genocídio indígena, da super-exploração da força do trabalho escravo, das injustiças perpretadas contra grande parte da população, negra e mestiça, jogada na periferia, com famílias destruídas e corroídas pela fome e pelas doenças. A via-sacra de sofrimento desses nossos irmãos e irmãs tem mais estações do que aquela do Filho do Homem quando viveu e padeceu entre nós. Excusado é citar outras maldades.


    Tanto Toynbee quanto Ikeda concordam nisso:”a sociedade moderna (nós incluídos) só pode ser curada de sua carga kármica, através de uma revolução espiritual no coração e na mente(p.159), na linha da justiça compensatória e de políticas sanadoras com instituições justas. Sem esta justiça minima a carga kármica não se desfará. Mas ela sozinha não é suficiente. Faz-se mister o amor, a solidariedade a compaixão e uma profunda humanidade pra com as vítimas. O amor será o motor mais eficaz porque ele, no fundo “é a última realidade”(p.387). Uma sociedade incapaz de efetivamente amar e de ser menos malvada, jamais desconstruirá uma história tão marcada pelo karma. Eis o desafio que a atual crise nos suscita.


    Não apregoaram outra coisa os mestres da humanidade, como Jesus, São Francisco, Dalai Lama, Gandhi, Luther King Jr e o Papa Francisco? Só o karma do bem redime a realidade da força kármica do mal.


    E se o Brasil não fizer essa reversão kármica permanecerá de crise em crise, destruindo seu próprio futuro.


    Leonardo Boff escreveu O destino do homem e do mundo, 12. ed., Vozes 2012.


    Leia também:  

    21/10/2022 04:00 - atualizado 20/10/2022 23:52

    Professor alerta para as consequências de 'processo de lavagem cerebral' alimentado por engajamento em torno da desinformação e de teorias conspiratórias

    Assista:
    19/10/2022






    sábado, 16 de abril de 2016