domingo, 27 de dezembro de 2020

OS DIAS QUE CORREM TRAZENDO A MEMÓRIA DO TEMPO BOM DOS RETIROS/ACAMPAMENTOS DA AMABA/PROJETO RECULTURARTE.

 Estes dias  que correm, entre o natal e amanhã, dia 28/12/2020,  são dias que nos recordam alguns momentos na AMABA/Projeto Reculturarte, nos dias que antecediam os retiros/acampamentos, lá pelos meados de 1990.

Eram dias de muito “frisson”,  como está sendo aqui em casa, com a preparação que começava  um ou dois meses antes, com a procura de um local de realização, neste caso, sítios, casas antigas, como em Propriá, casas de retiro pertencentes a igreja católica, localizada no interior e cercada de amplo espaço, arvores frutíferas e rios, em muitos  casos.

Já nos dias de hoje , também iremos para uma casa ligada a igreja católica, que acolhe tanto grupos que irão fazer encontros e retiros, como grupos pequenos ou famílias que queiram  passar alguns dias dentro de um antigo/moderno mosteiro, localizado dentro em uma região com  mata e  águas, na fronteira de Alagoas com Pernambuco.

E nesse tempo de pandemia, a segunda opção de grupos ou famílias para relaxar, descansar, rezar, está sendo mais comum e com as normas de proteção e segurança sanitária, inclusive com pequeno numero.

Sobre os retiros da AMABA/ Projeto Reculturarte,  já escrevi a respeito e também temos a fala recente  de dois participantes quando criança/adolescente, Rejane Conceição e José Cosme (Nano),  na gravação abaixo.

Amostra grátis do livro sobre a AMABA/Projeto Reculturarte (1). A ser lançado em 2019.


Rejane Conceição no "Ao Vivo" sobre o Projeto Reculturarte (Reeducação, Cultura e Arte)





E em junho de 2021, traremos mais informações sobre os retiros/acampamentos e muito mais, por intermédio do primeiro volume do livro Amaba/Projeto Reculturarte, cujo projeto para a primeira edição foi aprovado para receber apoio financeiro via Lei Aldir Blanc.

Sinopse da Obra   “AMABA/PROJETO RECULTURARTE: O ESQUECIDO CIRCULO DE

CULTURA DA ARACAJU DAS DÉCADAS DE 1980/1990. – VOLUME I

 É um livro que traz a tona, experiência educativa, social e cultural ocorrida entre os anos de 1983 e 2008, no Bairro América, localizado na periferia de Aracaju, tendo como base  o pensamento filosófico e pedagógico  do educador  Paulo Freire. São relatos e análises  com base principalmente em pesquisa  documental e entrevistas, e   coloca em pauta memórias e vivências de moradores vivendo  com sérios problemas de ordem familiar e social, mas que encontraram na AMABA/Projeto Reculturarte condições e oportunidades de superação, reforçando conhecimentos e habilidades que já possuíam, assim como adquirindo novos, no campo da cidadania, educação, comunicação,   convivência,  artes, saúde e  esporte. 

Para uma amostra resumida do que será abordado no livro:

AMABA/PROJETO RECULTURARTE – O ESQUECIDO CÍRCULO DE CULTURA DA ARACAJU DOS ANOS DE 1980 E 1990

hoje...


Ontem..



quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Ciclo 2020 dos "Ao Vivo" da Ação Cultural é encerrado com nostalgia e reflexão sobre o natal antigo e atual em Aracaju e no Brasil


 Na noite de ontem, 23 de dezembro de 2020, foi encerrado com chave de ouro, o  ciclo 2020 dos "Ao Vivo" da Ação Cultural. 

O tema foi o Natal Antigo em Aracaju, com ênfase para a grandiosa Feirinha de Natal e o Carrossel de Tobias, como parte do eixo "Memória como Resistência", um dos eixos temáticos que norteiam e  sustentam as atividades da  Ação Cultural desde a sua criação no ano de  2004. 

O primeiro "Ao Vivo" começou em maio, em momento de isolamento social mais intenso, umas das razões para o inicio dessa atividade, além da motivação fundamental inicial que foi e ainda é, a necessidade de discutir o tema da COVID-19 e da quarentena e a falta de espaço na imprensa sergipana para discutir o tema de forma mais complexa e critica , inclusive sobre o papel do governo do estado e prefeituras, em especial Aracaju e a maioria do empresariado, além da falta de cobertura sobre analises e debates que apresentem  as lições que a pandemia da COVID-19 veio trazer, no curto, médio e longo prazo.

A produção, roteiro e apresentação é realizado por Zezito de Oliveira. O apoio técnico por Raoni Smith, a arte por Maxivel Ferreira. Na maioria dos "Ao Vivo" contamos com o apoio de Irene Smith como assistente na produção da transmissão.

Nos primeiros quatro meses, os "Ao Vivo" foram realizados semanalmente, a partir do segundo semestre quinzenalmente e no próximo ano será realizado de forma mensal, podendo acontecer com intervalos, sem necessariamente precisar ser realizado de forma seguida, mês após mês.

Sobre o "Ao Vivo" em tela, com relação ao aprendizado e reflexão que tivemos podemos destacar:

É grande,, a quantidade de intelectuais, escritores e poetas sergipanos que fizeram menção a Feirinha de Natal , além de compositores como Paulo Lobo na canção "Lembranças de Aracaju", a qual apresentamos na interpretação de Tonho Baixinho durante o "Ao Vivo".

O fim da Feirinha de Natal começa pelo gradeamento do parque que circunda a catedral de Aracaju, no ano de 1980. 

A época o prefeito era Heráclito Rollemberg, conforme lembrado pelo jornalista Luiz Eduardo Oliva, nos comentário em tempo real.

Por outro lado, segundo ouvi na época,  foi uma demanda colocada por Dom Luciano Cabral Duarte, arcebispo de então.

No meu caso em particular, não tive contato com a Feirinha de Natal, considerando ter vivido um bom tempo no Rio de Janeiro.

Mas aprendi,  na apresentação realizada por Chico Santos,  que a Feirinha da Exposição Agropecuária foi uma espécie de sucedâneo da Feirinha de Natal, mas essa não era realizada no período de natal, até porque,  quando foi para o parque de exposições localizado em um bairro da periferia de Aracaju, José Conrado de Araújo, não foi acompanhada do caráter religioso e cultural, aqui em termos da cultura popular mais tradicional e não tinha mais o "glamour" que a participação da classe média ensejava.

No meu caso, lembro da Feirinha da Exposição, mas não gostava muito e  fui poucas vezes, embora era muito grande o número de  jovens que desciam para esta Feirinha, além de crianças e  idosos, considerando o bairro José Conrado de Araújo estar próximo aos bairros América e Siqueira Campos, os bairros onde vivi e vivo desde meados da década de 1980, quando a família retorna do Rio de Janeiro. 

Sempre preferi uma outra grande Feirinha, que foi e é o Festival de Arte de São Cristóvão (FASC). Assim também como o  Forrocaju e o Arraial da Orla nos primeiros anos.  Hoje prosseguem, porém artificiais e comerciais demais para o meu gosto, a exceção do FASC.

Utilizo Feirinha com inicial maiúscula, porque eram/são grandes Feiras Lúdicas, de Artes, de Cultura, de Convivência, e necessariamente atuais, porque feiras ou Feiras assim, são fundamentais na construção, reconstrução e consolidação de uma cultura de paz. 

Para quem assistiu e quiser rever ou para quem não assistiu. 

"Ao Vivo" Natal Antigo de Aracaju...

domingo, 23 de dezembro de 2018

Natal com esse tipo de arte é tudo o que eu quero. (2)


Papa Francisco afirmou que o natal foi sequestrado pelo consumismo.
Caetano Veloso afirmou detestar esse tipo de natal.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

ROQUE SANTEIRO & TRÊS MOMENTOS DE UMA RELIGIOSIDADE BRASILEIRA. UMA NOTA MIÚDA



Estávamos em 1985 e bem incorporada ao clima da década, surgia a novela "Roque Santeiro". Sátira à exploração política e comercial da fé popular, a novela marcou época apresentando uma cidade fictícia como um microcosmo do Brasil. 

A cidade é Asa Branca, onde os moradores vivem em função dos supostos milagres de Roque Santeiro (José Wilker), um coroinha e artesão de santos de barro que teria morrido como mártir ao defender a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro). O falso santo, porém, reaparece em carne e osso 17 anos depois, ameaçando o poder e a riqueza das autoridades locais. 

Entre os que se sentem ameaçados com a volta de Roque estão o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo), o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bógus) – principal explorador da imagem do santo – e o temido fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte), amante da pretensa viúva do santo, a fogosa Porcina (Regina Duarte). E um outro Padre ao gosto da ainda viva "Teologia da Libertação" de nome Albano (Cláudio Cavalcanti).

Destaco na novela três momentos de vivência religiosa que ainda hoje nos fazem pensar (e bem adaptada a situação de 2020 com a volta de um tal de "centrão" nos rincões desse Brasil). Dois momentos de "fundamentalismo cristão" e um sinal de "Teologia da Libertação":

Primeiro. O beato Salu e um catolicismo popular devoto e marcado pela farsa do falso santo. O Brasil desde o século XIX desenvolveu um tipo de catolicismo popular muito raro na América Latina. Beatos, Conselheiros, milagreiros populares muito bem descrito no livro de pesquisa de Paulo Suss em seu: "Catolicismo popular no Brasil" (editora Loyola, 1979). Uma tipologia de catolicismo que nunca sumiu do horizonte espiritual brasileiro e que se ressignifica a cada década.

Segundo. O catolicismo moralista de Pombinha abelha e sua legião farisaica. Um tipo de classe média que orbita na exploração da fé popular e na manipulação para fins políticos. Uma forma de sustentáculo de um moralismo hipócrita bem ao modo de um catolicismo que cada vez mais ganha força em dias atuais através das redes sociais e dos grupos carismáticos em atuação cotidiana. Defender a família heteronormativa, combater prostitutas, a postura anti-moderna e o sonho delirante de um "país católico". Hoje, essa legião que vem dos anos 80, tem na pauta do "escola sem partido" e na "ideologia de gênero" sua razão de ser. Na ultima década, essa forma de catolicismo tornou-se hegemônica entre bispos, padres e leigos engajados na pauta.

Terceiro. Um tipo de padre e prática católica ausente na primeira versão da novela de 1975 e que foi proibida pela ditadura: a teologia da libertação. Aparece na novela o Pe. Albano e sua capela na "rua da lama". Um padre preocupado com os pobres, trabalhadores e oprimidos de toda sorte. O Padre luta para se organizar com o povo e numa frente anti-farisaica. Acolhe as prostitutas e é querido por elas (em cenas antológicas na televisão brasileira até os dias atuais). 

A novela procurava contemplar um tipo de espiritualidade em que vivia o Brasil nos anos 80. Até os protestantes pentecostais estão lá em breves cenas de conversão pública e em que envolve um bandido e sua mudança cristã de vida. Impressionante a atualidade da reflexão que Roque Santeiro nos faz ver ainda hoje. Uma coisa é certa: a direita religiosa que se levantou com força nos 80 e que se preparou durante duas ou três décadas, tornou-se hegemônica em nossos dias. Para nos mostrar que política não é reta euclidiana num país constantemente em transe.

Romero Venâncio (UFS)

Leia também:

Roque Santeiro, Uma alegoria do Brasil 

\"Roque Santeiro\" e a ditadura militar brasileira em três atos: a política por trás das telas






O melhor da GENTE

 LIVE DE NATAL DO CAETANO CHEGA A UM MILHÃO DE ACESSOS EM MENOS DE DOIS DIAS.

Quando a produção do evento abriu para amigos e fãs sugerirem música, eu sugeri a canção GENTE, considerando a beleza da canção, por ser um protesto com beleza e ternura, mas sem perder a força de denuncia, propus também como possibilidade de encerramento por que tem muito a dizer ao atual momento.
Até antes da última canção, não imaginaria que a canção pudesse ser contemplada, mas curtia bastante a seleção, inclusive porque a outra sugestão que dei também estava contemplada, em se tratando da distribuição de canções, lado A e lado B, neste caso as menos tocadas e por isso menos conhecidas.
A esse propósito sugeri também a canção GEMA. Mas entre as duas, deixei implicito a preferência por GENTE.
https://www.youtube.com/watch?v=n708Dn3vi1o
Até que veio GENTE. E assim na companhia da amada, foi uma noite de sábado bem festejada, com boa cerveja, com uma diversificada tábua de frios e excelentes canções e interpretação, de um dos mais admirados cantores e compositores que tenho, junto com Chico Buarque, Luiz Gonzaga, Villa Lobos, Paulinho da Viola, Belchior, Clara Nunes, Gal Costa, Milton Nascimento e "A Cor do Som". Isso nos distantes meados de 1970 até meados dos anos de 1980. Depois fomos descobrindo mais e mais. Nos dias atuais os preferidos deve chegar a umas cinco dezenas..
Que a força da arte e da cultura para ajudar a transformar pessoas e realidades seja compreendida mais e mais. Trazer essa compreensão para o campo da educação é cada vez mais necessário.
E semelhante ao Mano Caetano, também detesto um certo modo de festejar o natal, infelizmente o tipo que mais predomina nos dias atuais..
Zezito de Oliveira
GEMA, para quem não conhece ou para quem quiser relembrar...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Natal antigo em Aracaju será o tema do último "Ao Vivo" da Ação Cultural em 2020.

 23 de Dezembro (quarta-feira)  - às 20 horas - Com a participação de Francisco Santos, historiador, poeta e gestor cultura no Instituto Cultural Banese.

Transmissão - Live da Ação Cultural no facebook

https://www.facebook.com/acaocultur






LEIA TAMBÉM:

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019



Foto: acervo Jaime Gomes Junior
"Parque Teófilo Dantas decorado para o Natal de 1970.
Destaque para a iluminação no topo do Edifício Estado de Sergipe
 E os antigos carros estacionados. Época do Carrossel do ‘Seu Tobias’”.
 (AM e JGJ).

Parque Teófilo Dantas - Feirinha de Natal
Roda Gigante e o Carrossel do Tobias.
Fonte: Revista Alvorada nr. 63 - DEZEMBRO/1972.
Foto e texto reproduzidos da página do Facebook/Aracajuantiga.





A derrota da esquerda desde 2013, tem um componente de base cultural fortíssimo. Atentemos!!

Em 04 de dezembro de 2020,  publiquei a frase acima em meu story  no facebook

Hoje, 14 de dezembro de 2020, leio a manchete do programa da manhã do 247. “Bolsonaro resiste no Datafolha. Por que?”

Em entrevista a BBC no ano de 2018, Pepe  Mujica afirmou: Transformamos pobres em consumidores e não em cidadãos.”

As questões ligadas ao espirito, a cultura, aos sentidos do viver,  àquilo que Jesus de Nazaré afirmou  ser  também necessário, assim como o pão que alimenta o corpo, “O homem não vive somente de pão”,   ficou ao encargo da rede globo, das igrejas, da comunicação de massa em geral, religiosa e não religiosa.

Sobre a afirmação de Mujica, as administrações de esquerda que conheço , continuam a insistir no mesmo erro. Em Aracaju onde moro,  o prefeito, comunista histórico, eleito pelo PC do B e reeleito pelo PDT, segue o mesmo padrão da esquerda tradicional brasileira.

Tenho um amigo, prefeito eleito e reeleito pelo PT em uma cidade do interior sergipano, a mesma coisa.

Os sindicatos de esquerda, mesmo os que investiram na cultura, nos tempos das vacas gordas, nunca consideraram a questão cultural como questão politica central, para ocupar  uma mesa de congresso ou conferência, por exemplo.  Limitaram-se a conceber a arte e a cultura como agitação e propaganda, tão somente.

É fato que a base econômica material tem primazia, não estou negando isso.  Afinal, se retirar o auxilio emergencial, a popularidade de Bolsonaro cairá.

Porém os valores culturais que sustentam o bolsonarismo  continuarão fortes, além da existência física de Bolsonaro.

Esse pode até morrer da COVID 19, mas os valores fundamentalistas, arcaicos, negacionistas, de retrocesso,  continuarão sendo alimentados e retroalimentados.

E não apenas por setores das igrejas, e ainda bem que temos os que estão verdadeiramente do lado do Jesus dos Evangelhos.  Mas não possamos esquecer  da rede globo, do sistema de comunicação de massa em geral.

A atuação se dá fortemente nas bases, em pequenos grupos ou células comunitárias, e/ou  por meio das ondas eletromagnéticas e cabos de fibra óptica.  

Importante!  quando nos referimos a cultura, estamos a nos referir a arte, a memória histórica, a comunicação, a religião, a ação cultural.

Zezito de Oliveira

P.S.: Temos disposição em publicar um texto analitico e mais extenso sobre o assunto. Quem quiser, pode enviar depoimentos ou referências bibliográficas/ filmográficas.

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=rlO4mz4UBW8


https://www.youtube.com/watch?v=hIrTlPtRzaE



 Aqui um texto datado, direto de Portugal, mas que guarda semelhança com acontecimentos aqui no Brasil, mesmo nos dias de hoje.  

A esquerda e a cultura



domingo, 13 de dezembro de 2020

PENSAR EM LUIZ GONZAGA COMO LEMBRANÇA DE UM POVO QUE SE PERDEU, MAS TAMBÉM COMO POSSIBILIDADE DE REENCONTRAR CAMINHOS.

 Lula em visita ao museu Cais do Sertão - Recife (PE)

Ricardo Stuckert
Hoje é dia  de Seu Luiz Gonzaga!

Dia Nacional do Forró!

Dia de Santa Luzia!

Dia do meu casamento na igreja católica (2013) , antes teve o casamento civil e o casamento em ritual xamanico (2009), banhado pelas águas e  na companhia do ar  árvores, fogo e gentes da Amazônia, além de companheiros/companheiras  de outros países da América Latina e outras regiões, integrantes da grande comunidade  "Caravana Arco-íris Pela Paz".

E Luiz Gonzaga tornou-se para mim, presença forte e “estranha”, como se estivesse   próximo, uma presença sentida,   a partir do momento em que aceitei o desafio de dirigir o Gonzagão (2007 à 2009) , pós “terra arrasada” herdada  do terceiro governo de João Alves Filho (DEM).

Uma presença “estranha”,  semelhantes ao que ouvi de alguns artistas que representaram pessoas falecidas ,  no teatro e no cinema.

E  pensar em Luiz Gonzaga como necessidade de conhecer melhor o nordeste e sua gente, foi reforçado ainda mais pela aproximação e parceria  que fizermos com o professor  José Augusto de Almeida, também de saudosa memória.

E momento fantástico  dessa parceria foi realizada por meio da Caravana Cultural Luiz Gonzaga Vai à Escola.

Neste ano de 2020,  por meio das Lives de quinta da Ação Cultural, lembramos de Luiz Gonzaga, direta e indiretamente,  em quatro  momentos.

Luiz Gonzaga - Pense N'Eu ft. Gonzaguinha

https://www.youtube.com/watch?v=Q9n7oz0-yW0

A primeira na companhia do jornalista, professor e doutor em Sociologia, Thiago Paulino e do cantor, compositor, música e produtor cultural ligado ao mundo do Forró, Alberto Marcelino, depois na companhia do professor, escritor e doutor em Filosofia, José Paulino, em seguida na companhia do radialista, produtor e pesquisador do mundo do forró, Paulo Correa e do professor de artes e mestrando de culturas populares, Wendel Salvador e por último na companhia do cantor, compositor, produtor cultural ligado ao mundo do forró e líder sindical, Joaquim Antônio.

A promessa era realizarmos a terceira “Ao Vivo” no dia de hoje, mas por demanda de trabalho envolvendo a escola e a lei Aldir Blanc, ficamos impedidos de fazer isso.

Memória das lives da Ação Cultural na quarentena.



E para terminar, republicamos ontem,  12/12/2020, com destaque no facebook e no twitter,  titulo da  entrevista do rapper Emicida concedida ao jornal El País. Nossos livros de história são os discos”.

Que saibamos reconhecer isso também nos discos de Gonzaga. Assim, muito pode ser feito, inclusive releituras, como o recente e  excelente trabalho dos artistas sergipanos Nino Karvan e Alberto Silveira.

Além da utilização dos discos de Gonzaga em sala de aula, em  oficinas artísticas e culturais, em adaptações para a televisão e cinema, na produção de curtas de ficção e documentários, artes plásticas, artes visuais, literatura, pesquisa histórica  e etc..

E o que vale para Gonzaga, vale também para tantos artistas geniais que temos, sejam jovens ou antigos.

 E saudando outro grande artista sergipano,  Rogério, que também já nos deixou, fico a pensar, quanto forró bom deve estar sendo tocado daqui e para além, até a eternidade.

Eternidade entendido aqui, como àquilo que a memória ama, como afirmou a poetisa Adélia Prado. E amo Gonzaga como a memória, imperecivel, aqui pegando a continuação da afirmação da poetisa.

HOMENAGENS A GONZAGÃO EM 2020 

No Dia do Forró, grupo realiza missa virtual em homenagem a Luiz Gonzaga no Piauí

Luar do Gonzagão - Pernambuco

Rogério - Santo Forrozeiro https://www.youtube.com/watch?v=oNLYQgUOVOM

E aqui na versão gravada pelo filho de Rogério, Pedro Luan  https://www.youtube.com/watch?v=fsKc9VysRnM

Luiz Gonzaga e Gonzaguinha - "A Vida do Viajante"



Álbum Completo_A Viagem de Gonzagão e Gonzaguinha (Disco 1 e 2)_Gonzagão e Gonzaguinha


E na companhia de Gonzaga, José Augusto,  Rogério e Gonzaguinha, os que se foram e lembrados nesse artigo memorial, também temos a companhia de meu pai, José de Deus Santos, músico e professor de música,  que se  foi em 2018, também nesse periodo, perto do final do ano, mês de novembro. 



Zezito de Oliveira - Educador e agente cultural.

E tem mais....