segunda-feira, 31 de julho de 2023

Ecos do 15º Encontro Nacional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) (2) - Artigos de Marcelo Barros e Francisco de Aquino


 Comunidades eclesiais de base e espiritualidade libertadora

Marcelo Barros

Há apenas alguns dias, de 18 a 22 de julho, ocorreu em Rondonópolis, MT, o XV Encontro intereclesial de Comunidades eclesiais de base (CEBs). O tema foi “CEBs; Igreja em saída, na busca da vida plena para todos e todas!”  

As comunidades eclesiais de base surgiram em várias regiões do Brasil, na década de 1960, como consequência do Concílio Vaticano II. Este insistiu no caráter comunitário da fé cristã e no desafio de ligar a fé à vida concreta, como testemunho de libertação e vida para todos e todas. Ao propor um caminho de fé mais centrado no evangelho, provocou que a Igreja pudesse ser espaço de comunhão e promoção de vida para todos e todas. Não somente no plano espiritual, mas em todas as dimensões da vida. Lamentavelmente, o Cristianismo chegou ao nosso continente, ligado aos impérios conquistadores. Até quase nossos dias, a hierarquia e o clero católico pareciam mais ligados à elite do que ao povo pobre.  

Na Igreja Católica, sempre houve pequenas comunidades que se reúnem em capelas no interior e fazem parte das paróquias. As comunidades eclesiais de base são diferentes. Não se reúnem apenas para a catequese e o culto. Assumem a missão de se inserir no mundo social e político, como novo modo de ser Igreja.  Atualmente, o papa Francisco propõe o que chama de “Igreja em saída”, ou seja, um modo de viver a fé aberto aos problemas do mundo e solidário às causas do povo empobrecido. As Cebs fazem isso. 

Em 1975, alguns bispos e pastores que acompanhavam as Cebs no Brasil propuseram que se fizesse um encontro entre Igrejas (dioceses) que tinham Cebs para partilhar experiências e buscar caminhos comuns. Assim nasceu o 1º Encontro intereclesial de Cebs em Vitória, ES. Nesses dias, tivemos o XV intereclesial. Esse contou com a presença de 1.500 pessoas, entre gente de base, agentes de pastoral, religiosas/os, padres e bispos. Entre os/as participantes, havia expressivo grupo de índios e índias, de todas as regiões do país, assim como irmãos e irmãs negros, de comunidades tradicionais e remanescentes de quilombos.  

Esse encontro significou forte sinal de resistência por parte da Igreja inserida na caminhada do povo empobrecido. Foi uma festa, na qual as pessoas celebraram a alegria de que o Cristianismo da Libertação está vivo. No Brasil, há muitos grupos cristãos, decididos a viver a profecia do evangelho e o seguimento de Jesus. Mesmo com o respeito que merecem as devoções medievais e barrocas, atualmente em voga em muitas paróquias católicas; devoções  nascidas em época na qual  o povo não tinha acesso ao culto litúrgico da Igreja, as Cebs preferem os círculos bíblicos e a leitura orante da vida e da Bíblia. A mensagem final dos/das participantes do XV Encontro intereclesial de Cebs às comunidades afirma: 

“... As CEBs, qual mulher grávida, continuam gerando o novo, recriando os caminhos de libertação, sob o impulso do verbo sair, que funciona como fio condutor de toda a nossa existência. De Gênesis ao Apocalipse, a caminhada do povo de Deus se deu sob a inspiração da Divina Ruah, fomentando um permanente sair. Do ventre da mulher ao ventre da Pachamama, saímos sempre em busca da vida plena.

O AGIR nos enviou para cuidar. Cuidar para não perdermos o entusiasmo, para não banalizarmos a missão, para que as CEBs sempre tenham o coração ardendo pela Palavra e os pés firmes na caminhada do povo periférico. Cuidar dos grupos bíblicos de reflexão como sementes de novas comunidades. Cuidar da memória martirial e profética, das estruturas de comunhão e participação, do protagonismo das mulheres e das juventudes, da vida plena dos povos originários, da aliança e parceria com os movimentos populares, da força da sinodalidade que está na comunidade e dos processos de formação permanente. E em tudo, valorizar a força dos pobres nas iniciativas comunitárias e não deixar que nos roubem as comunidades!”.

https://www.youtube.com/watch?v=bURWZVHuNtU&t=1s

O programa Paz e Bem acima foi acrescentado a essa postagem em 04/08/2023

Fortalecendo as CEBs do Brasil: Desafios e cuidados na caminhada

De 18 a 22 de julho aconteceu em Rondonópolis – MT o 15º Encontro das Comunidades Eclesiais de Base do Brasil. Um verdadeiro Pentecostes.

Francisco de Aquino Júnior - Presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte – CE

Gente de todos os cantos do país e de outros países da América Latina: lideranças de comunidade, agentes de pastoral, religiosos/as, padres, bispos, membros de outras igrejas cristãs e de outras religiões, militantes de organizações e movimentos populares... Foram dias intensos de convivência fraterna, reflexão e oração sobre os desafios de nossa realidade e a missão de ser “Igreja em saída a serviço da vida plena para todos e todas”. Expressão viva de uma Igreja sinodal: povo de Deus, na diversidade de seus carismas e ministérios, em comunhão ecumênica, interreligiosa e social, a serviço do Reino de Deus no mundo.

Depois de refletir sobre os desafios da realidade (ver) à luz do Evangelho de Jesus Cristo e das primeiras comunidades cristãs (julgar/iluminar), chamamos atenção para alguns desafios e cuidados na caminhada de nossas comunidades (agir):

1. Não desanimar na caminhada

O Concílio Vaticano II e sua recepção na América Latina desencadeou um novo jeito de ser Igreja: Povo de Deus a serviço do Reino de Deus no mundo. É nesse contexto que nascem e se multiplicam comunidades eclesiais de base por todos os cantos de nosso país: fermento/sal/luz de salvação/libertação no mundo. Mas o contexto eclesial atual é muito diferente. Não por acaso, Francisco tem falado tanto contra a auto-referencialidade e o clericalismo na Igreja e tem insistido tanto numa conversão missionária (saída para as periferias) e sinodal (caminhar juntos do povo de Deus na missão). E não por acaso, ele tem encontrado tanta resistência na Igreja. Essa situação pode levar à tentação do desânimo na caminhada: perda do entusiasmo, pessimismo, azedume... uma espécie de depressão eclesial... O desafio aqui é cultivar e irradiar a alegria que vem do encontro com o Senhor e seu Evangelho, mesmo em contexto adverso e como “minorias abraâmicas”. Não esqueçamos nossa vocação de fermento, sal e luz...

2. Não desistir da comunidade

Nossa fé nos reúne e nos faz comunidade.  A fé se vive em comunidade. O Concílio Vaticano II recuperou a consciência da Igreja como povo de Deus e a Igreja da América Latina concretizou isso em comunidades eclesiais de base. Mas o fortalecimento do clericalismo nas últimas décadas, aliado à crise do comunitário e à centralidade da subjetividade, acaba tornando a comunidade secundária e até desnecessária na vivência da fé. Em geral, nossas comunidades estão reduzidas a culto, catequese e dízimo, quando não são tratadas como fonte de renda e sustentação da estrutura paroquial. O que menos conta é a vida comunitária e sua missão na sociedade. O desafio aqui é recuperar e cultivar a dimensão comunitária da fé: comunidades geográficas ou ambientais; inspiradas nas primeiras comunidades; lugar e instrumento de fraternidade; abertas a todas as pessoas, sobretudo aos pobres e marginalizados; em comunhão ecumênica, interreligiosa e social; expressão privilegiada de sinodalidade: comunhão, participação e missão.

3. Não banalizar a missão

A Igreja é por natureza missionária. Ela existe para a missão. Mas é preciso ter muito claro qual é a missão cristã. Não se pode identificar a missão com certas atividades pastorais (visitas, missões populares etc.) nem identificar os missionários com quem realiza essas atividades. A missão cristã é mesma de Jesus: “tornar o Reino de Deus presente no mundo” (EG 176). Isso se concretiza na vivência do amor fraterno, no perdão e na reconciliação, na humildade e no serviço aos caídos à beira do cominho, aos pobres e marginalizados. A missão cristã é viver segundo e Evangelho e fermentar o mundo com a força do Evangelho. É um modo de vida. E isso diz respeito a todos os cristãos e se realiza em todos os âmbitos e espaços da vida: família, trabalho, lazer, política, redes sociais, comunidade eclesial etc. Todas as atividades que a Igreja realiza, inclusiva o que se costuma chamar “animação missionária”, devem estar à serviço da verdadeira missão cristã que viver e tornar presente e eficaz o amor de Deus pela humanidade.

4. Não deixar cair a profecia

Enquanto assembleia convocada e reunida pelo Senhor, a Igreja é portadora de sua Palavra no mundo. É chamada e envidada para anunciar, com gestos e palavras, com a própria vida, a Palavra de Deus – também nas horas difíceis e inoportunas. A profecia é a encarnação da Palavra de Deus em contextos bem concretos, particularmente em situações de oposição do projeto de Deus para a humanidade como as situações de injustiça, dominação e marginalização. Não por acaso, a profecia aparece na Escritura sempre ligada ao direito do pobre, do órfão, da viúva e do estrangeiro. Ela tem várias dimensões: denúncia, anúncio, consolo. É exercida de modo individual ou comunitário. Realiza-se tanto no cotidiano da vida, como em situações mais dramáticas e extremas. O desafio aqui é “não deixar cair a profecia”, sobretudo em tempos de neofascismo político e religioso. Nossa reação à extrema direita, ao ódio, à mentira, às armas, à violência, é o compromisso inegociável com os pobres e marginalizados na luta por seus direitos.

5. Não perder a esperança

Os desafios que a gente enfrenta na sociedade e na Igreja muitas vezes criam em nós um sentimento de impotência e descrença na possibilidade de mudança que gera desânimo e desmobilização. Sem esperança ninguém se mobiliza para a mudança. Mas o ser humano é um ser aberto e em construção. Nunca está pronto. Nada nesse mundo é definitivo. Por isso, a esperança sempre brota. Renasce de onde menos se espera. E o fundamento e a fonte de tudo isso é o Espírito de Deus, pelo qual tudo foi criado, que age na vida das pessoas e na história humana, que renova, sempre de novo e a partir de baixo, a face da terra. Ao dito popular “a esperança é a última que morre”, recorda poética e profeticamente Pedro Casaldáliga: “se morrer, ressuscita”. Somos “povo da Páscoa”, povo da Esperança: “esperança do verbo esperançar”; esperança ativa, comprometida, militante; esperança teimosa e perseverante; esperança alimentada nos pequenos passos, no “inédito possível”; esperança processual e a caminho do Reino definitivo...

Tudo isso é muito importante para fortalecer/revitalizar/revigorar o jeito de ser Igreja das comunidades eclesiais de base e enfrentar os desafios que encontramos no dia-a-dia em nossas comunidades, no conjunto da Igreja e na sociedade: Sempre nos passos de Jesus, na força do Espírito, em companhia dos profetas e mártires da caminhada, a serviço dos pobres e marginalizados em suas lutas por direitos e no cuidado da casa comum, a caminho do Reino definitivo de Deus...

Francisco de Aquino Júnior - Presbítero da Diocese de Limoeiro do Norte – CE; professor de teologia da Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).

Protagonismo Juvenil e cultura urbana

 https://www.youtube.com/watch?v=_UhgSN9iEKA

Este video faz parte de uma série de pequenos documentários sobre o universo da(s) juventude(s).


 Bansky

Mesmo não tendo sua identidade revelada, Bansky se tornou um nome importante no mundo das artes por causa de suas obras críticas, políticas, com sátira e cheias de significados. 

O artista britânico usa a técnica do estêncil nas obras dele - o que seria a aplicação do desenho por meio de um corte no papel por onde passa a tinta, como uma moldura. 

Isso garante a agilidade na hora de produzir a arte e garante seu anonimato, o que valoriza ainda mais o foco em suas obras. 

Com críticas ao capitalismo, guerras, às figuras policiais ou deboches à fama, o artista incomoda - e esse é o objetivo. Afinal, se não causasse desconforto, ele não seria tão popular assim.

Talvez um dos momentos emblemáticos da carreira de Banksy tenha sido em outubro de 2020, quando uma pintura icônica do artista, "Girl With Balloon" (Garota com Balão), foi leiloada pela Sotheby’s, em Londres. Assim que foi vendida, a tela passou por um triturador que estava escondido na moldura, como explicou o G1.

Leiloada por £1,04 milhão e picotada logo em seguida, a arte se tornou ainda mais valorizada após o ocorrido - e se transformou em um símbolo da crítica à própria indústria artística. Detalhe: Banksy assistiu tudo de dentro da sala, como foi divulgado depois.

Fonte Suely Souza no facebook





Eduardo Kobra

Da periferia de São Paulo para o mundo. Nascido em 1975 no Jardim Martinica, bairro pobre da zona sul paulistana, o artista Eduardo Kobra tornou-se um dos mais reconhecidos muralistas da atualidade, com obras em 5 continentes

Desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, ele detém o recorde de maior mural grafitado do mundo – primeiro com ‘Etnias’, pintado para celebrar o evento, com 2,5 mil metros quadrados; marca superada por ele mesmo em 2017, com uma obra em homenagem ao chocolate que ocupa um paredão de 5.742 metros quadrados às margens da Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana de São Paulo.

Uma de suas obras mais famosas é ‘O Beijo’, executada em 2012 no High Line, em Nova York – apagada quatro anos mais tarde. Trata-se de uma releitura cheia de cores da imagem feita pelo fotojornalista norte-americano Alfred Eisenstaedt (1898-1995) em 13 de agosto de 1945, quando o povo saiu às ruas para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial.

Kobra começou a desenhar em muros na clandestinidade, como pichador, ainda durante a adolescência. O gosto pela espontânea arte de rua já era visível no garoto, que colecionava advertências por intervenções não autorizadas na escola e chegou a ser detido três vezes por crime ambiental – justamente por conta do uso irregular de sprays em muros das redondezas.

Nos anos 1990, trabalhou fazendo cartazes, pintando cenários de brinquedos e criando imagens decorativas para eventos naquele que era o maior parque de diversões do Brasil. Era a primeira vez que ele, filho de um tapeceiro e de uma dona de casa, ganhava dinheiro com suas imagens. O trabalho foi bem-sucedido, tanto que lhe rendeu convites para atuar também em outras empresas e junto a agências de publicidade.

Sua arte urbana começou a ganhar visibilidade na década seguinte. Em 2007, apareceu com destaque na mídia pela primeira vez por causa do projeto Muro das Memórias, em que mergulhou no universo das fotos antigas de São Paulo e passou a reproduzi-las nas ruas em tons de sépia ou em preto e branco, apresentando um estilo de grafite diverso daquele que se espalhava pela cidade.

Esse projeto acabou se tornando uma marca, embrião de muito do que viria a seguir.

Kobra se tornou um obstinado pesquisador de imagens históricas e não foram poucas as vezes em que tal predileção, estampada em muros gigantescos, acabou servindo para resgatar a importância de lugares e fortalecer a sensação de pertencimento de seus habitantes.

Autodidata, o muralista admite que aprendeu e desenvolveu sua arte ao observar a obra de artistas que admira – do misterioso expoente da street art Banksy, britânico cuja identidade jamais foi revelada, a nomes como o norte-americano Eric Grohe (1944- ), o também norte-americano Keith Haring (1958-1990) e o mexicano Diego Rivera (1886-1957).

Os projetos passaram a se somar. Em Greenpincel, Kobra demonstra uma eloquente preocupação com causas ambientais. Esses painéis, compostos por uma imagem e uma frase de protesto, são fortes panfletos em prol de causas ecológicas. Nesse sentido, seus genuínos temas vão desde o combate à pesca predatória até o veto à exploração de animais em eventos como o rodeio. Aquecimento global, poluições da água e do ar e desmatamento também aparecem em seus murais.

Em 2009, Kobra se deparou com pinturas de street art tridimensionais. Decidiu que também poderia fazê-las. Mergulhou em seu ateliê, realizou testes diversos e, em seguida, colocou sua arte na rua. Primeiro na Avenida Paulista, coração simbólico e financeiro de São Paulo. Depois, em exposições ao redor do mundo, de festivais em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a eventos nos Estados Unidos.

Sua sensibilidade para as mazelas sociais resultou no projeto Realidade Aumentada, em que pintou dez painéis em dez dias em 2015, sempre chamando a atenção para uma questão importante – de uma menina desaparecida a um morador de rua que escreve poemas, passando pela história de uma bailarina de origem pobre da periferia paulistana.

Mais recentemente, em uma revisita atualizada às imagens antigas, Kobra criou a série Recortes da História. Em vez de partir de velhas fotografias que retratem a memória de um lugar, o artista volta-se para momentos marcantes da história da humanidade. Assim, cenas como a do ativista norte-americano Martin Luther King (1929-1968) proferindo um discurso contra o racismo ganham os muros pelos traços do artista brasileiro.

Já no projeto Olhar a Paz, Kobra retrata personalidades históricas que tenham lutado contra a violência, pela disseminação de uma cultura de paz pelo mundo. É quando a arte do brasileiro endossa – e muitas vezes ecoa – mensagens de fraternidade e não-violência. Ele já estampou em muros o ativista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), a vítima do Holocausto Anne Frank (1929-1945), a ativista paquistanesa Malala Yousafzai (1997- ) e o cientista alemão Albert Einstein (1879-1955), entre outros exemplos.

A herança de seu passado no hip-hop é revivida no estilo mais marcante de sua arte: imagens hiper-realistas, muitas vezes baseadas em fotografias de personalidades, como o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012), o artista espanhol Salvador Dalí (1904-1989) e o músico brasileiro Chico Buarque (1944- ), cobertas com cores fortes e contrastantes. Essas cores acabaram se tornando seu principal cartão de visitas ao redor do mundo, o estilo marcante de sua obra. E, em maior ou menor grau, passaram a aparecer em obras das mais diversas fases de sua carreira.

Seu primeiro mural fora do Brasil foi em Lyon, na França, em 2011. Na época, havia sido convidado para ilustrar um paredão de um bairro que passava por processo de revitalização – ou seja, lançou mão de sua vertente Muros da Memória para ajudar na valorização histórica da região. De lá para cá, já pintou em países como Espanha, Itália, Noruega, Inglaterra, Malaui, Índia, Japão, Emirados Árabes Unidos, além de diversas cidades norte-americanas.

Mora em São Paulo, onde também fica seu ateliê.





Os Gêmeos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os Gêmeos são uma dupla de irmãos grafiteiros de São Paulo, nascidos em 1974, cujos nomes reais são Otávio Pandolfo e Gustavo Pandolfo. Formados em desenho de comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, começaram a pintar grafites em 1990 no bairro em que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite.

Os trabalhos da dupla estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Em 22 de maio de 2008, executaram a pintura da fachada da Tate Modern, de Londres, para a exposição Street Art, juntamente com o grafiteiro brasileiro Nunca, o grupo Faile, de Nova York; JR, de Paris; Blu, da Itália; e Sixeart, de Barcelona. 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_G%C3%AAmeos






ACESSE:

domingo, 30 de julho de 2023

ONDE ESTÁ O SEU TESOURO, A PÉROLA RARA, O PEIXE BOM?

 (Breve reflexão para crentes ou não)


Nesse domingo, mais comparações feitas por Jesus (Mt, 13, 44-52), para facilitar a compreensão dos que procuravam desvendar os mistérios da fé e da vida. Para ajudar nosso entendimento.

Mais histórias que seguem atualíssimas: "o Reino dos Céus (nossa aspiração de plenitude) é semelhante a...". Onde procuramos o que nos traz alegria? E, achando, o que fazemos com essas descobertas?

Certamente não nos "algorítimos" das big techs, as gigantes transnacionais que determinam cada vez mais o que vemos ou não, e tentam nos impor visões, gostos e modos de ser.

Qual é, para você, o maior tesouro que o campo da existência oferece? Esse que a sociedade reconhece - dinheiro, poder, prestígio? Tesouro a ser entesourado pelo qual você entra em qualquer litígio? 

Ou o olhar, terno ou carente, do semelhante, de pai, mãe, filho(a), parente e vizinho - tesouro escondido na alma de quem cruza nosso caminho?

Qual é sua joia rara, a pérola mais preciosa da sua vida? Seus bens materiais, a roupa mais cara, o carro do ano, a exibição afrontosa do luxo em meio a tanto(a)s desvalidos, a multidão dos "sem" terra, teto, trabalho e afeto?

Temos sabido "inventar o cais" e sair a pescar, e depois separar o joio do trigo, o peixe bom do ruim? Ou somos prisioneiros das "âncoras" que nos amarram nas telinhas asfixiantes do digital, da "pós verdade", do ser artificial programado, acelerado, destituído de senso crítico e criativo? 

 "Minha jangada vai sair pro mar/ vou trabalhar, meu bem querer/ se Deus quiser quando eu voltar do mar/ um peixe bom eu vou trazer/ meus companheiros também vão voltar/ e a Deus do céu vamos agradecer!" (Dorival Caymmi, 1914-2008)

Tesouros, pérolas, campos, mares e peixes estão aí, dádivas para quem tem olhos para enxergar tudo que pulsa e se renova. Antídoto contra depressão e opressão. 

Tesouro que é sinal de afago, solidariedade e riqueza, que só presta e se realiza quando cumpre sua vocação: compartilhamento, distribuição.

Saiamos à procura. "Caminhante, não há caminho: se faz caminho ao andar" (Antonio Machado, 1875-1939)

 Chico Alencar, Militante dos movimentos populares, professor e eleito Deputado Federal pelo PSOL/RJ


Ecos do 15º intereclesial das CEBs

 O encontro de Comunidades Eclesiais de Base tem uma característica em particular que o diferencia da maioria dos outros encontros religiosos


(Foto: Reprodução)

Por Toninho Kalunga

Ex-vereador do PT em Cotia. Foi coordenador Estadual de Formação Política do Diretório Estadual do PT/SP. Cristão católico ligado aos Orionitas no Santuário São Luís Orione

30 de julho de 2023, 16:19 h Atualizado em 30 de julho de 2023, 16:21

Passado uma semana do fim do 15º INTERECLESIAL DAS CEB´s em Rondonópolis, Mato Grosso e dado início ao 16º INTERECLESIAL DAS CEB´s  no Espírito Santo, os efeitos do Encontro continuam. Um Intereclesial é como a água que ao beber uma vez, sacia toda sede.

Os encontros Intereclesiais das CEB´s têm uma característica em particular - entre tantas outras - que o diferencia da imensa maioria dos outros encontros religiosos, que é o de não acabar quando termina! Jamais um Intereclesial acaba sem que deixe apontado um sinal de esperança e ressurgimento logo à frente terá mais um.

Aliás, esta é uma característica tão marcante, que o ato final de um Intereclesial é apontar para o próximo, assim, se revela uma sabedoria brotada do Evangelho, de que “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto”.(Jo 12,24-26).  

Ao pensar neste texto, lembrei-me de Vicente Matheus, um célebre dirigente corintiano dos anos 70 e 80 do século passado, que cunhou a célebre frase de que: “o jogo só acaba, quando termina.” No caso das CEB´s, quando o jogo termina, aí, é que ele começa!

Considero as CEB´s, o mais importante movimento cristão dentro da Igreja Católica Romana no Brasil, e justamente por isso, a base mais alicerçada e sólida de uma comunidade que recebeu como herança a sabedoria milenar das primeiras comunidades cristãs e aceitou a natureza de ser comunidade voltada para o centro do Evangelho. Assim sendo, é uma Igreja em Saída. Sempre!

As CEB´s não combinam com os estereótipos religiosos destes tempos estranhos que vivemos e também dos primórdios do cristianismo, onde a exclusão era uma das marcas e dos tempos atuais e daqueles tempos, onde se venera armas que matam e produzem ódio, ao invés de abraços que trazem amizade, preconceitos que excluem e criam castas, ao invés de abertura e tolerância que produz aceitação e alegria. Ou seja, as CEB´s buscam uma religião que enaltece a vida e o perdão, e não uma religiosidade que produz poder e egoísmos. Aqui reside o profetismo das CEB ́s, pois estas, se caracterizam pela acolhida do diferente, pela solidariedade aos abandonados e pela inclusão dos excluídos, sem perder a fé nem negar sua própria origem.

As CEB ́ s, tem a mesma natureza e guarda o DNA essencial das primeiras comunidades, onde havia um sentido prático ser Igreja (assembleia) Católica (universal) Apostólica (enviada), que significa ser uma igreja em saída, uma Igreja serviçal dos excluídos. Uma Igreja humilde, serena e inserida no meio dos pobres, dos escravizados, dos rejeitados e que tinham nas mulheres seus pilares, num  tempo em que a religião oficial não permitia à mulher sequer se aproximar do altar. Essa era a Igreja das catacumbas, essa é a Igreja promovida pelas CEB´s. Firme e profética contra os poderosos e contra todo tipo de injustiça, corajosa e destemida e por estas razões, mártir.

Para os primeiros cristãos a participação feminina eram tão importantes quanto a dos homens no que se refere ao protagonismo, organização e reconhecimento de sua importância, lembrando que hoje, dentro da nossa Igreja é algo que sofre tantos preconceitos; Dá pra entender porque chamavam aquela mensagem de BOA NOVA. 

Agora, se imagine numa sociedade patriarcal e profundamente marcada pelo predomínio da presença masculina nos espaços de poder, seja religioso, seja na organização política ou social. Imaginou? Pois, então, você viu sua própria igreja hoje, nas duas fases. Uma é essa que a CEB´s propõe, a outra, é essa que a maioria de nós frequenta.

Entre os primeiros cristãos, os que eram rejeitados, tinham nesta comunidade um amparo, todos que eram abandonados, sentiram-se acolhidos, assim, escravos eram aceitos no mesmo espaço que os libertos, mulheres participavam da partilha do vinho e do pão, junto com homens, e os que não tinham espaço na religiosidade fria, que servia mais aos poderosos e ricos de uma casta sacerdotal e política machista, insensível e manipuladora da fé, como aliás, ainda hoje, vemos com certa facilidade. 

As CEB´s hoje, como os primeiros cristãos e cristãs ontem, são tratadas como um grande perigo para a religiosidade oficial e para o clericalismo que, assim como nos tempos de Jesus, sempre se distanciou da religiosidade fácil e submissa aos interesses dos poderosos. Para entender os motivos pelos quais existe tanta resistência contra as CEB´s, basta compreender os motivos pelos quais religiosos e donos do poder político perseguiram e mataram Jesus Cristo e seus seguidores nos primórdios do cristianismo. Nada mudou!

As CEB ́ s resistem e surpreendem. E aqui, que se registre dois fatos. O primeiro é a resiliência, organização, coragem e ousadia da ampliada nacional, nome dado aos coordenadores e coordenadoras do Intereclesial, bem como aos seus 17 sub regionais. É uma engrenagem perfeita. Tudo funciona, tudo faz sentido, tudo se emenda. Da chegada ao último ato, tudo tem previsibilidade. Como num teatro, se há erros, os espectadores acreditam que faz parte do show. 

A ação do Espírito Santo sopra paciente, e como brisa, vai permeando o ambiente de modo que Sua ação vai se misturando ao evento e Se faz presente, acompanhando o desenrolar das coisas ali, sentado em nosso meio. Os mais atentos vão sentindo Sua presença numa palavra, num afeto, num sorriso, num abraço, num contato. 

Não se trata de fazer política na Igreja, mas, a de ter uma fé política que tem coerência com o Evangelho, que tem nos pobres sua essência, no martírio advindo da denúncia contra as estruturas de injustiça deste mundo sua prática e na acolhida aos que sofrem preconceitos e racismos em razão da pigmentação de sua pele. Negros e indios são dizimados no Brasil a séculos, somos um dos paises que mais matam e encarceram jovens negros proporcionalmente no mundo e as CEB´s acolhe e denuncia estas estruturas de morte.

A média de idade de uma pessoa trans, é de 35 anos. Se mata e exclui pessoas em razão de sua orientação sexual, assim, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Por ódio justificam a morte. Assim, as CEB´s, sofrem, acolhem e denunciam estas estruturas de morte.

Os Sem Terra, Sem Teto e Sem Trabalho, sofrem perseguições preconceituosas por exigir que seus filhos tenham o direito à dignidade de comer três refeições ao dia, por ter o direito sonegado de ter uma escola decente para estudar, acesso à saúde para curar suas dores quando ficam doentes e ficam doentes porque não comem, não se educam e como consequência, não tem saúde. Assim, as CEBS, sofrem, acolhem e denunciam estas estruturas de morte. 

E, corajosamente, um por um, vão passando pelo altar desta grande Assembleia, reunida enquanto Igreja. Os quilombolas, os indigenas, os negros e negras, os jovens das periferias, as pessoas LGBTQIA+ e Deus vai sendo mostrado como um Deus sofredor, que sofre as dores de seu povo. Um Deus, que para espanto e estupor de alguns, não se apresenta como sendo um Deus Todo Poderoso, mas um Deus que se revela aos pobres, aos perseguidos, aos injustiçados, a partir do Seu próprio filho, que sofre na pele as agruras desta estrutura de morte e assim sendo, este Deus, se apresenta como sendo o DEUS QUE É AMOR, (1Jo 4-8) e que neste amor, acolhe os sofrimentos, as dores, as denúncias e transforma estas estruturas de morte em RESSURREIÇÃO, deixando os poderosos de mãos vazias e elevando os humildes (Lc, 1-52,53)

Corações vão serenando, maldades vão sendo domadas e afastadas, problemas são resolvidos sem que se saiba que está acontecendo. E a mensagem do Evangelho vai sendo transmitida, ora pela boca de um religioso católico, ora por um Indigena, por um ribeirinho, por um convidado de outra religião, aos poucos, o Amém, o Axé, o Awerê, Aleluia, vai se misturando e sempre termina em um desejo do bem, para o bem e com o bem.

O segundo fato foi o ódio eliminado. Havia uma raiva disseminada no meio daquela comunidade/diocese que nos acolhia, que fora acumulada pelos últimos anos de fakes, mentiras e manipulações originadas na fé, que gerava um medo sem sentido como é, aliás, a maioria dos medos. Havia uma tensão como resultado desta situação e haviam ecos em razão deste assombro.  

As redes sociais emitiram sinais de profundo descontentamento e os ataques eram sentidos, particularmente pela coordenação do encontro. Não há registro de nenhum outro momento em que um encontro de cristãos, sofresse este tipo de assédio, partindo de pessoas que se autodenominam também cristãs! Mas acreditem, isso não é importante, pois foi vencido, por isso, o mais importante foi a superação.

Já na Missa de encerramento, o clima era outro. O amor havia vencido! Era nítida a alegria. O que era sisudo e desconfiado, passou a ser admiração, gratidão e respeito. Havia  muita emoção. Uma das coordenadoras, que acho que era da cozinha e ligada ao MCC - Movimento do Cursilho da Cristandade, era pura emoção. Ela chorava. Pedi para lhe dar um abraço e disse: “Viu? o bicho não era tão feio assim! Ela me respondeu: Não. Não era feio, nem era bicho. Mas é lindo e são meus irmãos!” Ai, quem chorou fui eu!

Já não era necessário dizer mais nada. Me arrepiei e fui embora. A benção me foi dada. Afinal, tinha mais 1.400 km de estrada para voltar pra casa.

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Depois do 15º Intereclesial o balanço e formação e/ou fortalecimento de redes de base comunitária..


sábado, 29 de julho de 2023

O IPES NA PANDEMIA DA COVID AJUDOU A SALVAR A MINHA VIDA. ASSIM COMO A VIDA DE MUITA GENTE.......

 Já no caso de alguns planos privados,   de acordo com a CPI da COVID e o  noticiário da imprensa.....

QUEM PUDER APARECER, MESMO NÃO SENDO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL E MUNICIPAL PODE APARECER.. ASSIM COMO PRECISAMOS FAZER UMA FORTE CORRENTE EM DEFESA DO SUS. PORQUE EM PAÍSES CIVILIZADOS DE VERDADE, A MEDICINA PRIVADA É UM DISPARATE, UM CONTRA SENSO..

Saiba mais.....

https://www.youtube.com/watch?v=Gxvh0mT1vuI


https://www.youtube.com/watch?v=73EMVvwN1IY&t=4s

CELEBRAÇÃO - ZEZITO ACORDOU: ESTE ANO EU QUASE MORRI, MAS NO PRÓXIMO ANO EU NÃO MORRO.

 


Neste 29/07/2023, sábado a noite, pela primeira vez assisti a  exibição completa do vídeo “Acorda Zezito” e desta vez, distanciado do momento e das condições difíceis em que este foi produzido e do momento em que assisti no leito de um hospital, agora, pude saborear com muita atenção, agradecimento e respeito, o que foi realizado pelas mãos, bocas, olhos,  inteligências, memórias, sensibilidade e solidariedade de uma dezena de companheiros e companheiras do campo da arte e da cultura em prol do meu retorno com vida e com boas condições, pós  internação na UTI de um hospital privado de Aracaju com  a cobertura do IPES.
Já neste julho de 2023, este vídeo me veio a lembrança no bojo de uma campanha cívica e cidadã pela defesa da manutenção com vida do IPES, um programa de saúde e previdência destinado primeiramente a servidores públicos estaduais e posteriormente de outros  municípios sergipanos, IPES que em anos recentes tem sido chamado  de plano de saúde , o que tem diferenças importantes.
Sobre ter assistido agora ao vídeo de forma completa, diferente da forma parcial como fiz da primeira vez, ainda em leito de UTI, já consciente depois de um mês em estado de coma, isso se deveu a minha situação sob um certo sentido,  desconfortável naquele momento.
Na primeira visualização do vídeo, fui da potente ou pocante fala de Virginia Lúcia  a forte cena do toque doa atabaques, e mais a frente nas falas finais,  também potente ou pocante do meu filho Raoni e da minha esposa Irene trazendo sentimentalmente com o corpo e com a alma, como foram dias difíceis, àqueles   da pandemia da COVID 19, não só para a nossa, como de tantas outras famílias.  Lembro de ter passado pelas cenas das outras falas e  apresentações artísticas, mas de uma maneira panorâmica, sem a concentração como nesta noite de sábado...
Hoje revendo as canções e dança do "Acorda Zezito de forma inteira,  fiquei extremamente feliz e impactado pela qualidade das escolhas e interpretações diversas. Incrivel!! 
Lembro  a fala da atriz  Virginia Lúcia me lembrar da canção EXAGERADO do Cazuza, risos....
 Por último, o verso de uma canção que cai bem para finalizar esse depoimento de anamnese ou memória agradecida.
“O tempo foi quem me deu amigos e este amor que não me sai”. de Nilson Chaves e Vital Lima
Acrescento também ao tempo e dentro dele,  a arte e a tecnologia, junto e misturado... 

Tempo e o Destino




Depois volto a este assunto . 


governador Fábio Mitidieri e assembléia legislativa de forma indireta e sorrateira decretam fim do IPES.

 Como se fosse uma espécie de tiro de misericórdia e pá de cal no bolso e na saúde dos servidores públicos  estaduais, assim como de municipios conveniados, a Assembléia Legislativa aprovou em 02 de junho o PL 220/2023  enviado pelo governador Fábio Mitidieri a ALESE, destinado a aumentar o desconto dos servidores públicos estaduais e fragilizar ainda mais o atendimento.

https://acaoculturalse.blogspot.com/2023/07/governador-fabio-mitidieri-e-assembleia.html


quarta-feira, 26 de julho de 2023

"Na manifestação a favor do IPES no dia 31 de julho só não vai quem já morreu." Sugestões para melhorar a comunicação e a estética da mobilização para além do mais do mesmo..

 Contribuição recebida via facebook

João Pedro Stédile esteve na UFS e ontem, 26/07,  proferiu palestra para a comunidade acadêmica e outros: a CULTURA deve ser a forma pela qual se tocará as massas, revitalizando movimentos necessários à dinâmica democrática...




No Limite! Centenas de servidores públicos estarão nas ruas em 31J para defender o IPES. Chame gente!!

 




sexta-feira, 28 de julho de 2023

Tomando os memes de produção para turbinar a manif 31J a favor do IPES. #manif31J A favor da Vida. A favor do IPES...

 Como já é de conhecimento público o blog da Ação Cultural, sempre a favor da vida em abundância, da vida plena, está engajado na mobilização em favor da saúde dos servidores públicos de Sergipe a qual terá ou pretende ter 31 de julho como um marco, mesmo que seja como uma espécie de marca passo... (*) E haja coração...

E assim trazemos o diferencial da contracultura e da ação cultural, assim como o diferencial da comunicação independente ou comunicação alternativa, embora bastantes limitadas pelo ataque de longa data dos neoliberais desde a época FHC, com a tal Lei Rouanet e com o neofascismo fazendo terra arrasada das políticas culturais, a partir do Bozo assassino, mas antecedido pelo vampiro Temer...

E os Memes? A poesia? O teatro? A música? O audiovisual? Estão chegando aos poucos, devagar, mas esperamos que cheguem pra valer, com muita força, para enfrentar a guerra cultural que cai sobre todos nós de forma avassaladora.

IPES, O QUE É? Para quem mora fora de Sergipe..

Assista também:

João Cezar: “A extrema direita alcança o poder em eleições democráticas pelo artifício da guerra cultural”

Quem leu as nossas postagens por aqui, deve lembrar de algumas sugestões de frases para memes, cartazes e faixas.  Vamos começar repetindo as anteriores e acrescentando uma nova, sendo esta mais como descrição de imagem.. Para viabilizar, contamos com a compreensão dos dirigentes sindicais e dos profissionais responsáveis pela área de comunicação dos sindicatos e de colegas servidores voluntários que detenham habilidade na produção de imagens. 

A imagem que trazemos como sugestão para hoje é de um caçador de pássaros  abatendo pássaros em pleno voo.  O meme representa assim as áreas que mais sofrem ataques dos governos neoliberais associados aos neofascistas, como é o caso do atual governo de Sergipe. A ave principal, pode ser três ou quatro, é representada por uma cegonha que traz um bebê no bico, apresentado com o nome IPES.

Outro pássaro  importante pode ser apresentado representando as escolas públicas, o outro as tradições populares dos festejos juninos, quem for bom em desenho, neste caso pode se aproximar da imagem de uma Asa Branca. A escola pública pode ser apresentado como imagem de uma cegonha, esta pode ser representada em cima de uma árvore.

E por último podemos representar o outro pássaro como o transporte público... 

Outro meme com a mesma ideia acima pode ser um homem  com uma moto serra derrubando àrvores grandes e robustas, cada uma com um pássaro em cima. Cada uma com indicação de uma área assinalada (saúde, educação, cultura e transporte público).

(*) - Visão geral. Um marca-passo implantável alivia os sintomas de um ritmo cardíaco lento, irregular. Ele faz isso restaurando a frequência cardíaca normal. Uma frequência cardíaca normal fornece ao seu corpo a quantidade adequada de circulação sanguínea.

Os memes sugeridos ontem por este humilde professor e blogueiro e escritor de mal traçadas linhas....

Na manifestação a favor do IPES no dia 31 de julho só não vai quem já morreu 

Muitos caíram no conto do Belivaldo &Fábio. Forma moderna do conto do vigário.

Muita gente só coloca fechadura na porta depois de roubado. 

Então quer dizer que com o aumento do desconto do IPES estamos ficando mais pobres? 

Abaixo um meme que encontrei na internet por estes dias e que diz muito da situação de muitos servidores que pensam poder garantir um bom atendimento a saúde migrando para planos privados, como quer o atual governador de Sergipe e a maioria dos deputados, os quais na prática, em 02 de junho do corrente ano decretaram o fim do IPES... 

E para reforçar o nosso argumento principal acima:

João Pedro Stédile esteve na UFS e ontem, 26/07,  proferiu palestra para a comunidade acadêmica e outros: a CULTURA deve ser a forma pela qual se tocará as massas, revitalizando movimentos necessários à dinâmica democrática...

"Pode ser que o teatro não seja revolucionário em si mesmo, mas não tenham dúvidas: é um ensaio da revolução!" Augusto Boal

O Que Vale É o Amor

Zé Vicente

Se é pra ir a luta, eu vou!

Se é pra tá presente, eu tô!

Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)


É que a gente junto vai

Reacender estrelas vai

Replantar nosso sonho em cada coração

Enquanto não chegar o dia

Enquanto persiste a agonia

A gente ensaia o baião

Lauê, lauê, lauê, lauê


É que a gente junto vai

Reabrindo caminhos vai

Alargando a avenida pra festa geral

Enquanto não chega a vitória

A gente refaz a história

Pro que há de ser afinal

Lauê, lauê, lauê, lauê


Se é pra ir a luta, eu vou!

Se é pra tá presente, eu tô!

Pois na vida da gente o que vale é o amor (bis)


É que a gente junto vai

Vai pra rua de novo, vai

Levantar a bandeira do sonho maior

Enquanto eles mandam, não importa

A gente vai abrindo a porta

Quem vai rir depois, ri melhor

Lauê, lauê, lauê, lauê


Esse amor tão bonito vai

Vai gerar nova vida, vai

Cicatrizar feridas, fecundar a paz

Enquanto governa a maldade

A gente canta a liberdade

O amor não se rende jamais

Lauê, lauê, lauê, lauê


Se é pra ir a luta, eu vou!

Se é pra tá presente, eu tô!

https://www.youtube.com/watch?v=VPQoJFuME1A&t=3s


No artigo de Perspectivas de hoje, o professor Romero Venâncio (@) analisa a importância do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) enquanto a maior organização de esquerda na América Latina.

Mas, toda a capacidade de organização do movimento, que vai das bases até às direções, confirma que o MST não é só uma organização de esquerda que vive num mundo teórico ou numa bolha de abstrações inócuas.

iste uma esquerda viva hoje e mesmo com todas as suas contradições, isto tem alguma dívida com o MST", trecho retirado do texto de Romero, para a Mangue Jornalismo.

📲 Leia em www.manguejornalismo.org

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quarta-feira, 26 de julho de 2023

"Na manifestação a favor do IPES no dia 31 de julho só não vai quem já morreu." Sugestões para melhorar a comunicação e a estética da mobilização para além do mais do mesmo..


quarta-feira, 26 de julho de 2023

governador Fábio Mitidieri e assembléia legislativa de forma indireta e sorrateira decretam fim do IPES.


Abaixo Assinado: Apoie a investigação sobre rombo de R$ 200 milhões no Ipesaúde. 📋

CUT e CTB divulgam um Abaixo Assinado conclamando servidores públicos a apoiarem a luta de ambas centrais sindicais pela investigação do MPE (Ministério Público Estadual), do MPT (Ministério Público do Trabalho), do TCE (Tribunal de Contas do Estado de Sergipe) e da Defensoria Pública referente à origem e à responsabilidade do rombo de R$ 200 milhões no Ipesaúde para que todos os servidores possam saber quem gerou o rombo no Ipesaúde e de que forma ele foi gerado. 📒

No texto do Abaixo Assinado, CUT e CTB também pedem a revogação da Lei que Reestrutura o Ipesaúde e aumenta o valor mensal pago pelos servidores e seus dependentes usuários do Ipesaúde. 🏥

Acesse o link e assine:

quinta-feira, 27 de julho de 2023

João: “A extrema direita alcança o poder em eleições democráticas pelo artifício da guerra cultural”

 https://www.youtube.com/watch?v=kP3FiWh58L8 

João Cezar de Castro Rocha é escritor, historiador e professor de literatura comparada. Nesta entrevista, analisa o fenômeno da guerra cultural e sua utilização pela extrema direita para alcançar postos de poder.



Apoie o documentário que vai fazer um registro histórico da tentativa de golpe de bolsonaristas contra o governo Lula. Faça parte, clique aqui: https://benfeitoria.com/ato18