domingo, 31 de dezembro de 2023

Bifo: Para devolver o desejo ao sexo e à política

 https://outraspalavras.net/crise-civilizatoria/bifopara-devolver-o-desejo-ao-sexo-e-a-politica/


Há um declínio geral nos afetos, no ativismo, no trabalho e até na procriação. Sob a solidão digital, o desejo perde o corpo do outro como lugar de descoberta e partilha. Como encontrar sua tessitura coletiva, para o amor reencontrar as ruas?


Renda Básica, alívio também para dores da alma

Precarização massacra o corpo e a mente e o desemprego é gatilho seguro para a ansiedade e depressão. E se o Estado redistribuir recursos capazes de dispensar as jornadas massacrantes e promover o bem-viver, a saúde mental e o cuidado?

https://outraspalavras.net/pos-capitalismo/renda-basica-alivio-tambem-para-dores-da-alma/?fbclid=IwAR38lsrD5NvISKJTjoqTRhtR67suDK8-RIlsECjgXtr9PH44MXzcofOZ6_Q




E no entanto, há esperança

Um Jesus palestino, envolto na kaffiyeh, ocupa o centro de um presépio incomum, montado há poucos dias numa igreja de Belém, na Cisjordânia ocupada. O menino não repousa na manjedoura. Está ladeado por detritos iguais aos que sepultaram cerca de 10 mil crianças em Gaza, sob os bombardeios de Israel – que persistem. Os destroços mantêm afastados os demais personagens tradicionais à cena: Maria e José, os pastores, os reis magos, a vaca e o jumento. À distância, todos miram o recém-nascido. Ele vive.


Poucas metáforas poderiam expressar tão bem o sentimento que marca a entrada de 2024. Além da tragédia em si mesma, o massacre de Gaza significa a naturalização da violência no Ocidente. Repare: as imagens das vítimas já desapareceram das manchetes e noticiários – talvez por terem deflagrado, por semanas, uma onda global de solidariedade aos palestinos. Além disso, o ressurgimento do fascismo ameaça espalhar a brutalidade pelo mundo. Mas a chama da esperança e da indignação está acesa. Ela impulsionou, por exemplo, os milhares de argentinos que colocaram o governo de Javier Milei em crise precoce há dias, quando se atreveram a cercar, de madrugada, o edifício do Congresso, para protestar contra um decretazo de ultracapitalismo.

Esperança requer informação. Ao longo do ano, Outras Palavras empenhou-se por difundir o que o jornalismo comercial e a onda interminável de futilidades e fake-news ocultam – apesar de disputarem nossa atenção permanentemente. A riqueza concentra-se tão rápido – mostramos – que três megafundos de investimento do mundo já possuem, juntos, mais ativos que o PIB dos Estados Unidos. A desigualdade anda de braços dados com a devastação do planeta, mas espalham-se embriões de novas formas de produção e distribuição. A difusão da Inteligência Artificial (que marcou 2023, e acompanhamos em detalhe traz implícitos enormes riscos civilizatórios, mas uma iniciativa latinoamericana já luta para colocá-la sob controle das sociedades. A fragmentação do Trabalho destroi laços de solidariedade e alimenta a formação de uma subjetividade ultraindividualista. No entanto, emergem éticas e estéticas da insubmissão que buscam, nas lógicas do Comum e do Cuidado, caminhos para um possível pós-capitalismo. Diante da crise do eurocentrismo e da ordem internacional imposta pelos EUA, esboça-se no Sul Global, e em particular na China, uma alternativa. No Brasil, o Estado imprime, a partir do nada, R$ 660 bilhões ao ano para os rentistas – mas poderá, em novo cenário político, fazer o mesmo em favor dos serviços públicos, da transformação da infraestrutura e da geração de ocupações dignas.

Outras Palavras encerra 2023 com sua Retrospectiva: uma seleção do que produzimos de melhor ao longo do ano, dividida em 15 temas provocadores. Esperamos alimentar a reflexão os leitores num período de descanso, balanços e busca de novas perspectivas. Lembramos: nosso jornalismo de profundidade é sem catracas – mas existe graças ao apoio ativo dos leitores. Sugerimos que você considere a hipótese de contribuir com Outros Quinhentosnosso programa de sustentação colaborativa.

Voltaremos em 10 de janeiro de 2024 – esperando manter a lâmina afiada da crítica e a chama acesa da esperança.

Forte abraço, ótimas festas
A redação de Outras Palavras

O QUE 2024 NOS RESERVA?

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

A confissão de um padre encarcerado

 Pe. Anderson Gomes

Do site da Arquidiocese de Aracaju 

Recordo da primeira experiência no cárcere. Foi nebulosa. Entrar num mundo que desconhecemos nos deixa amedrontados. Tanto pelos medos interiores, tanto pelos preconceitos exteriores. Quando ainda seminarista, fui chamado a fazer a experiência na Pastoral Carcerária, porém, cheio de interrogações.

A vida é assim: interrogações e exclamações. Não cabe a quem serve julgar ou arrogar a sua vaidade para olhar pra quem cometeu um delito, de cima para baixo. O fato é que trabalhar em presídio é complexo. No mundo, nem tudo é um mar de rosas. E, dentro de uma unidade prisional, você pode entrar e pode não sair, mesmo quando sua intenção é servir.

O psicológico de quem está recluso revira e a revolta chega. Há ali um mundo em convulsão. O óbvio se torna guerra de si contra si e contra todos.

Depois de anos, voltei a celebrar com os encarcerados. Agora sou menos romântico. Quando apanhamos na vida a gente olha no olho do criminoso, olhando além do seu crime, sendo capaz de ser firme e sendo capaz de restaurar a vida daquele ou daquela com um olhar de profundo amor, mas de necessária rebeldia. Não podemos nos envolver emocionalmente com quem está atrás das grades. Há, sim, o dever de servir com boas obras, de escutar, de mediar, de incluir socialmente dentro dos ditames da lei. Isso, vamos aprendendo.

Pois bem. Ontem, no meu Natal encarcerado, senti leveza. Nem todo mundo suporta a prisão, mesmo que seja por uma horinha.

Fomos bem acolhidos pelos policiais penais e pelos internos. Diga-se. Nem todo delinquente e nem tudo nele é mal em si. Se aperto o gatilho do mal em mim ou no outro o jogo pode se virar e, de padre que fala bonito posso me tornar réu. Então, tomo cuidado com o julgamento alheio. Ele pode ser sem volta. Falei da experiência do Cardeal Van Thuan para esses irmãos e irmãs. Senti atenção.

Pregação não é coisa de intelecto, é entrar no mundo do outro. Como as freiras que queriam pregar para as prostitutas na Itália e não sabia nada da vida delas. Elas precisaram entrar na noite da prostituição para falar ao coração e resgatar aquelas meninas. Pela via do Amor.

E algo me inquietou nesses tempos de 'catolicismo' retórico, obtuso e doentio... Um jovem lá estava e me procurou relatando sua vida, seus dilemas, suas revoltas. Ele, de consagrado de uma comunidade de vida, se tornou um interno do dia para noite. Parei e ouvi, sabendo do distanciamento interior para servir bem e não cair no romantismo do sagrado que deturpa o Sagrado e fere a fé. Ele me dizia: olhe padre, aqui somos gratos pelos resquícios de pastoral carcerária que ainda existem. Somos gratos e muito. Porém, sentimos falta de um verdadeiro apostolado. E citou nomes de duas denominações religiosas, e falou da sua presença diária orante e serviçal. Pensei comigo, fazendo a minha mea culpa: Onde chegamos? Onde estamos? Para onde estamos indo? Perguntas de quem ama, e ama o suficiente. Nunca o bastante. Pensei comigo: estamos na recessão da fé, nos tornamos, de modo geral, os vendilhões do templo. Distantes de Jesus e querendo morte de tudo e todos. E esquecemos do essencial: servir e amar.

A igreja e os pregadores paralelos ganham muito dinheiro com suas plataformas digitais, dividindo o coração do povo simples,escandalizando os pequeninos. Homens e mulheres que se revestem belamente, com raras excessões, têm retórica aguçada mas são violentas e promovem a divisão e ódio. São os demônios, não "da garoa", mas do incenso pagão, das vestes pagãs, dos likes anti-Evangelho. Que vivem na trincheira da morte, pregam a ideia de que o Papa Francisco é um herege e seu ensinamento não é fiel à Tradição. Aqui está um nó belicoso montado por grupos paganizados que, via mídia social, entra no bolso e na mente do povo. E destroça o tecido eclesial e fraterno.

É uma travessia na noite que o catolicismo romano passa nesse início de século XXI. Fico observando os delírios psicóticos e esquizofrênicos de muitos. E, se a gente não se cuidar, essas pessoas nos levam para a concepção doentia que elas têm de si e  transferem para o culto e para a vida eclesial uma neurose que atrofia nosso ser, nossos afetos e nossas relações. O primeiro passo da doença que a "fé" pode levar é a não concepção sadia da humanidade. Tudo, para quem é desintegrado, humana e afetivamente, vai desembocar na sexualidade humana, dom e ferida bela. Poeira enamorada.

A sexualidade humana é uma caixa de descobertas. Contemplar José e Maria, e o Menino no Natal, é transcender a concepção primitiva que temos da virilidade e genitalidade humana.

Precisamos nos reconciliar com o Amor! Quem não cuida não se trabalha para a aventura da presença e da companhia, vai gritar até cair na sua prisão interior.

Divaguei e volto ao meu cárcere de liberdade para dizer que, em algum momento, erramos não o Alvo mas o meio, os caminhos, os processos, a metologia catequética da nossa evangelização. Os teólogos eruditos condenam os teólogos da libertação. E assim por diante. Ou integramos a ferida aberta do outro que pulsa em nós ou seremos, de modo intermitente, infelizes e pregadores de frustrações mal resolvidas.

A propósito, divido a missão com um senhor que lê os grandes nomes da teologia da libertação. E vi, depois de algum tempo, que eu era um "delinquente religioso". Era audaz demais para debater temas da vida com quem já caminhou mais do que eu.

Precisamos voltar à origem do Cristianismo que é Jesus, amando e servindo os nossos irmãos e irmãs no concreto e no real. Aqui, na paróquia, tenho dito que a evasão é grande, pouco se adora, pouco se serve, pouco se ama e não tem problema. Pouco se medita a Palavra de Deus. Ele é Amor. Precisamos encontrar uns cinco pães e dois peixes e ir até os cárceres da vida e aprender a cantar ´Aleluia´, ´Noite Feliz´, ´Hoje a Noite é Bela´, e tantas músicas tecidas pelas vozes dos delinquentes que cantam, adoram, esperam e anunciam para o mundo "livre" que é Natal. Belém é aqui, aqui dentro de mim. O Menino está nascendo mesmo que eu tenha sido um infrator. Seja qual for a nossa ótica de vida. Sempre temos a aprender. E julgar é sinal de profundo vazio. Humano, existencial e espiritual.

Quem brinda só na sua Ceia não sente o frio do estábulo. É preciso descer aos infernos do nosso cárcere para ser redimido pelo Natal de Cristo. É Natal dentro e fora da cadeia. É Natal. E minhas algemas e correntes estão caindo por terra. É Natal, haja o que houver. Dorme Menino e cuida de todos nós. Os encarcerados e os livres. Todos Seus filhos e Filhas. Estive preso (Mt 25,36) e busco a Sua Liberdade...vosso, Pe. Anderson Gomes (pároco da paróquia São Pedro Pescador).

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Muito iluminado o Pe Anderson Gomes,  bem em sintonia com o pontificado de Francisco na linha da igreja em saída ao encontro das periferias existenciais e geográficas, o que exige o abandono interior de um pensamento religioso retrógado e negativo com relação a humanidade, a sua própria humanidade.

Zezito de Oliveira






Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc nos obriga a elevar o nível do debate politico no seio da "classe artistica" ou dos fazedores de cultura

 O bom da Lei Paulo Gustavo e da PNAB (Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc) é que mesmo a forceps ou de forma dolorosa em muitas situações, obriga a "classe artistica" ou os fazedores de cultura a entrar no debate de politica e gestão cultural. E entrando no debate de politica cultural, repetindo, mesmo a forceps ou de forma dolorosa, somos obrigados a nos politizar, a discutir politica na acepção mais ampla da palavra. Até porque são leis de fomento construidas com base em um ideário mais democrático e mais republicano do que estamos acostumados a ver nos velhos governos oligárquicos e fisiológicos, o que infelizmente é representado pelo maioria dos parlamentares, governadores e prefeitos de plantão, mesmo que muitos destes não tenham mais do que trinta ou quarenta anos de idade..

E essa politização útil, oportuna e necessária precisa vir acompanhada de um conjunto de leituras e pesquisas, sem o qual ficaremos na fulanização ou personalização das criticas aos gestores culturais de plantão, por mais que as mereçam, mas é preciso fazê-las sem desconhecer o todo ou a macro politica. Um exemplo é a critica realizada acima a atual gestão da Funcap, bem como a anterior, criticas pertinentes e necessárias, mas que deixam transparecer que basta apenas a mudança do nome a frente do orgão gestor. Embora,  há quem de boa fé até acredite que possa fazer diferente, já que possui grandes atributos para  ocupar a função de gestor cultural, até porque sofre da mesma despolitização ou limitada,  a que me refiro aqui... E assim, quando ocupa o cargo principal ou alguma diretoria no orgão gestor, descobre que o buraco é mais embaixo, ou mais em cima, como neste caso, porque se o prefeito e o governador pensa a cultura apenas como  realização  de grandes eventos para a massa ou algumas obras de equipamento cultural em lugares de grande visibilidade, não há como avançarmos substantivamente na direção desejada de uma politica cultural mais democrática e mais republicana...

E mais....

ATRASOS E “ATRAPALHAMENTOS” POR CAUSA DO SÃO JOÃO E AGORA DO REVEILLON E DO FESTIVAL DE VERÃO.

Para que essa situação de atrasos e “atrapalhamentos”  não volte a se repetir com a gestão da Lei Aldir Blanc, vale lembrar que esta segunda já era para estar vigorando de forma plena ainda este ano, o mais correto seria o governador de Sergipe e o prefeito de Aracaju abrirem concurso público para ampliar e qualificar as equipes internas da FUNCAP e da FUNCAJU, com distinção para a formação de duas sub-equipes dentro dos dois orgãos, uma para cuidar de eventos e outra para cuidar da ação cultural. Sem as leis de fomento essa necessidade não apareceria tanto, até porque a politica cultural do estado e do municipio ficaram limitadas aos grandes eventos e com o tempo fomos nos acostumando a isso. 

Fica assim como sugestão para um debate público por meio de audiência na câmara e na assembleia... Como teremos eleições para vereador e prefeito no próximo ano, estes aspectos das necessidades estruturais da gestão cultural vem em boa hora.. E aqui vale para quem quiser realizar estudos acadêmico neste campo da politica, da gestão e da produção/ação cultural. Fora a implementação do necessário sistema de cultura, com o conselho, o plano e o fundo.... Vale também como pauta para programas de entrevistas...Se possível com quem tem estudo acadêmico e/ou grande experiência de gestão , para não ficar em um debate muito genérico e resumido aos queixumes de rotina...

 Outra coisa  é o salário para técnicos da área cultural, muito pouco atrativo. Mesmo no plano federal, basta olhar o edital para o concurso público do MINC, publicado recentemente...


quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Adeus PC. Vai em paz.

 

Foto do perfil de ferrezoficial

LUTO
PC Siqueira: os últimos momentos do youtuber de 37 anos, segundo a polícia
Youtuber teria se matado em frente à ex-namorada após lutar contra a depressão desde que foi detonado nas redes sociais em razão da suspeita nunca comprovada de pedofilia.

Escrito en BRASIL el 28/12/2023 · 06:41 hs

Lutando contra uma depressão desde que foi detonado nas redes sociais em razão da suspeita nunca comprovada de pedofilia, Paulo Cezar Goulart Siqueira, o PC Siqueira, tirou a própria vida, cometendo suicídio no apartamento onde ele morava, na zona sul da capital paulista, na tarde desta quarta-feira (27).

Segundo a Polícia Civil, que encontrou o corpo de PC por volta das 17h50, o youtuber se matou em frente à ex-namorada, Maria Watanabe, que teria tentado impedi-lo, sem sucesso.


O Youtuber teria tentado se enforcar e Maria teria tentado impedir segurando o corpo, mas não conseguiu sustentar, entrou em desespero e saiu em busca de ajuda, ligando para a polícia.

A polícia ainda não divulgou o laudo pericial que vai atestar o real motivo da morte de PC Siqueira. Maria Wantanabe prestou depoimento à polícia e teria volta à noite no apartamento para buscar seus pertences.

O casal havia se separado recentemente em um processo turbulento. PC Siqueira chegou a fazer uma live dizendo que estava sendo ameaçado pela ex e chegou a tentar suicídio em março deste ano, quando foi resgatado e salvo pelo copor de Bombeiros. 

Em nova live, no dia seguinte, o youtuber disse que teve "um episódio de mania que saiu do controle, me expus e expus erroneamente minha parceira, e foi seguido de uma nova tentativa de suicídio". 

"Fui resgatado pelo corpo de bombeiros e agradeço de coração a gentileza especial do sargento que me acompanhou. Estou bem e seguro. Maria também está bem e segura", emendou na live, em 9 de março deste ano.

Desde então, o ex-casal se encontrava esporadicamente. PC Siqueira, no entanto, teria caído novamente em depressão profunda nos últimos tempos e fazia tratamento, segundo familiares.

Busque ajuda
A Fórum tem a política de ser transparente com seus leitores, publicando casos de suicídio e fazendo alerta sobre a necessidade de se buscar ajuda em casos que possam levar a pessoa a tirar a própria vida.

De 2010 a 2019 no Brasil, foram registradas 112.230 mortes por suicídio. Durante esse período, houve um aumento de 43% no número de vítimas por ano, passando de 9.454 em 2010 para 13.523 em 2019, conforme apontam os dados disponíveis no Ministério da Saúde.

Os principais sintomas que indicam um quadro depressivo, segundo o Ministério da Saúde, incluem:

Redução do interesse sexual;
Insônia ou sonolência: a insônia geralmente é intermediária ou terminal; 
Humor depressivo: sentimentos de tristeza, desvalorização pessoal e culpa; 
Retardo motor: falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentidão do pensamento, dificuldade de concentração, queixas de falta de memória, vontade e iniciativa; 
Dores e sintomas físicos difusos: mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia e sudorese;
Apetite: geralmente reduzido, mas em algumas formas de depressão pode haver aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces; 
Principais canais de apoio

Em casos de ajuda ou informações, há meios acessíveis que fornecem apoio emocional e preventivo ao suicídio. Confira abaixo:

Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita).
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde); 
UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; 
Hospitais.


O vídeo abaixo, foi muito assistido e exibido em escola e em outros tipos de iniciativas educativas e culturais com adolescentes e jovens para discutir essa questão de esquerda e direita de 2013 em diante.



Mais publicações da Revista Fórum sobre PC Siqueira


Último vídeo de PC Siqueira..



 



A favor da comunidade que espera o bloco passar ninguém fica na solidão. Por mais momentos juntos e felizes em 2024

O titulo acima é a primeira parte dos versos da canção "Girassol" da banda Cidade Negra

 FEMINISMO NEGRO, IDENTIDADE DE GÊNERO E SILÊNCIOS: UMA RESENHA CRÍTICA SOB A PERSPECTIVA DE AUDRE LORDE

Mulheres negras: As ferramentas do mestre nunca irão desmantelar a casa do mestre

Feliz Ano Novo será com atenção redobrada a quem quer nos fazer enquanto sociedade retroceder ao século XIX no campo das relações de trabalho e das relações sociais, e pela construção  e reconstrução de coletivos e comunidades  mais saudáveis e capazes de entender a gravidade deste momento, na busca em linha dupla da construção e reconstrução de pessoas também assim.

Lembrando que temos duas forças politicas e econômicas que trabalham em sentido contrário:

A primeira é o  neo-liberalismo e seu consumismo exacerbado, alienante e insano,  e que para a sua existência precisa de individuos isolados, fragmentados, ambiciosos no sentido mais negativo do termo, gananciosos, no limite, com pouco ou  nenhum espirito de fraternidade e de comunidade. Individuos que formam comunidades aparentes ou artificiais em torno do dinheiro, da ostentação, do exibicionismo e etc. 

Um sistema econômico que penetrou de forma profunda em nossa cultura. O que está bem descrito e analisado no livro do Pe. José Coblin intitulado "O Neoliberalismo. Ideologia Dominante Na Virada Do Século ", cuja primeira edição foi publicada em 1999 pela Editora Vozes.

A outra força politica é o neofascismo, sendo esta diferente da primeira, uma força agregadora, uma força que forma comunidades, porém comunidade de ressentidos e recalcados, de tradicionalistas empedernidos deslocados do tempo presente, de uma gente que se perdeu em meio a cultura tradicional de corte machista, misógino, racista, xenófobo, homofóbico, capacistista e etc... Daí a grande presença na guerra cultural dessa força politica contra os valores democráticos e humanistas construídos historicamente no ocidente, especialmente a partir da revolução francesa no século XVIII.

A lembrar, forças politicas que permeiam as instituições que decidem os nossos destinos. O que nos coloca diante de um grande desafio para não nos surpreendemos com os sobressaltos nas eleições, como se sucedeu com o Brasil em 2018 e agora com a Argentina em 2023.

Aqui no Brasil, por exemplo, a forte presença de neoliberais e de neofascistas no entorno do governo Lula e até dentro do governo, como no caso do ministério da educação, com a influência do bilionário Jorge Lemman, impõe um reforço redobrado e desgaste para um Lula inteligente e habilidoso, e haja inteligência e habilidade.

No parlamento, a necessidade de conversar$ com o Centrão fisiológico para isolar a extrema-direita, o que nem sempre é suficiente, já que em muitos momentos por questões de afinidades eletivas se unem - Centrão$ e  extrema-direita histérica -  como no caso da derrubada dos vetos de Lula a alguns artigos do famigerado Marco Temporal.

O que fazer? A resposta não é muito fácil, mas, quem disse que seria.  Há quem afirme e com razão, é preciso mobilizar mais a sociedade, mas com que organizações e/ou coletivos, com que estratégias, com quais metodologias, com qual visão de futuro. ???? Aqui,  vale também lembrar outra canção do nosso belo cancioneiro, Com Que Roupa de Noel Rosa.

Para quem quiser pensar a respeito vale a pena as leituras, imagens, vídeos ou links indicadas a seguir, entre outras que podem ser sugeridas nos comentários.

No mais,  um feliz ano novo, ou mais momentos felizes em 2024. Lembrando, como diz uma outra canção que gosto "felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes.", da autoria de Odair  José..

Zezito de Oliveira



https://outraspalavras.net/descolonizacoes/fanon-vivo-no-novo-pensamento-anticolonial/



https://www.youtube.com/watch?v=ot9G9iAr73A



domingo, 3 de setembro de 2023

MinC inicia processo de regulamentação participativa da Política Nacional Aldir Blanc


domingo, 24 de julho de 2016

O Jardim das Artes


domingo, 15 de junho de 2014


Escrevi este pequeno texto há seis anos atrás. A amiga Magaly Cintra postou hoje, 28 de novembro de 2023. Nem lembrava. Continua muito atual:
Existe um canto das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) que diz: "Eu sou feliz é na comunidade". Tem gente que não gosta deste canto, pois diz que a comunidade é um lugar muito difícil. Porém, ACREDITO, assim como os primeiro seguidores de Jesus de Nazaré acreditaram, que sem uma COMUNIDADE na qual possamos aprender a sermos humanos, ninguém é feliz. A Comunidade é a resposta para os desafios da vida em sociedade. Todas as vezes que não se reconhece isso, abre-se espaço para o egocentrismo, a vaidade pessoal, a dinâmica do poder, etc. As igrejas cristãs deveriam ficar atentas a isso. A Comunidade é o lugar do encontro, da alegria, da solidariedade. Quem confia em grandes projetos de PODER, podem acreditar, não conseguem partilhar um abraço como o de DONA NINA, oitenta anos, uma jovem senhora da COMUNIDADE BATISMO DO SENHOR, que tenho a HONRA de participar.





REAÇÕES A PUBLICAÇÃO ACIMA EM FORMA DE TEXTO

Além de todo o escrito, e com essa profundidade, Zezito, me chamou a atenção a coincidência de pensamento descrito na frase impressa na canção: "felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes". Coincidência ou não, foi exatamente com que encerrei (de modo intuitivo) uma redação que escrevi no antigo 2° Grau, por solicitação do meu professor de Português, nos idos 1985/86, e por ela fui recompensada com a nota máxima. Incrível como os pensamentos de pessoas territorialmente distantes se fundem numa espécie de sinergia. Incrível coincidência ou almas que se irmanam? 
E, sim, Zezito, mais momentos felizes em 2024, com Amor e Arte em toda parte!

Tânia Maria, cantriz e professora de teatro.

Zezito 🥰 te desejo a te e toda família ,  um feliz ano novo, com muita saúde, paz, amor e prosperidade nessa caminhada do dia-a-dia.  Gratidão pela amizade, afeto e atenção ❤️🍾🥂
Feliz ano novo 2024 com mudanças positivas em nossas vidas sob as bençãos de Deus/Olorum

Cleanis Silva - bailarina, coreógrafa e professora de dança


quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Por que e como lembrar o 8 de janeiro de 2023 e o 01 de abril de 1964?

O Brasil está desmemoriado.

É o que pensa Romero Venâncio, professor do Departamento de Filosofia e diretor de comunicação da ADUFS.

Docente da UFS há mais de duas décadas e um dos principais intelectuais da Universidade, Romero se diz preocupado com a forma que o país tem lidado com a própria história. “A memória está sendo jogada na lata do lixo”, dispara.

Para ele, a ordem que o presidente Jair Bolsonaro deu para as Forças Armadas para comemorarem o golpe militar de 1964 é um forte sintoma da perda de memória que acomete o Brasil.

“Desde 2013, sentimos no ar uma perplexidade que a cada ano se aprofundou até seu ponto alto, que foi 2018 e a ‘bolsonarização de um Brasil’. Vemos, quase que impotentes, pessoas de todas as idades defendendo tortura e torturadores; pedindo a volta dos militares como governantes; a defesa do golpe de 1964 e toda uma cultura fascista que vem ganhando capilaridade em todos os setores da sociedade brasileira”, avalia o filósofo.

Segundo Romero, a cultura do ódio e da violência como forma de fazer política é outro sinal importante de que uma parte do Brasil adoeceu – e não acredita mais nem nos próprios fatos.

“Um ódio espalhado em tudo e como método de fazer e pensar em política. Um sentimento ronda nosso pequeno Brasil: a memória sendo jogada na lata do lixo. Para que serve memória quando qualquer um pode fazer sua leitura em redes sociais e achar que tem uma verdade meramente emprenhada pelos ouvidos e por leituras sem fonte alguma, encontradas nas mesmas redes sociais ou em livros de que beiram o ridículo em limitadas argumentações?”, questiona.

Onde estamos todos e todas?’ 

Para o diretor da ADUFS, é preciso que as esquerdas reflitam sobre o processo histórico atual, incentivando discussões, conteúdos e produções artísticas que rememorem à sociedade o que aconteceu nos 21 anos de ditadura militar no Brasil - como torturas, assassinatos e estupros políticos, fechamento do Congresso Nacional, cassação dos direitos políticos e da liberdade de imprensa e expressão, entre outros.

“Em outros momentos da história desse Brasil, as esquerdas em geral e boa parte de intelectuais e educadores faziam numa semana como esta de agora seminários, exibições de filmes, palestras, publicação de livros, ensaios, textos em jornais e até atividades de rua no intuito de disputar uma narrativa dentro da sociedade sobre o significado do golpe de 1964 e tudo que ele representou em 21 anos de duração”, afirma Romero.

“Nós temos uma literatura vasta e importante no que diz respeito a leitura do golpe; temos um cinema que muito falou da ditadura em suas várias fases históricas; temos um teatro, uma poesia, uma pintura, uma escola fotográfica ou ainda um setor do jornalismo que sabe e viveu o golpe e a ditadura. Onde estamos todos e todas?”, provoca.

Por fim, Romero admitiu estar preocupado com a conjuntura política e com o futuro do Brasil. Na sua opinião, o risco de não se conhecer o passado é ficar preso nele, projetando suas sombras para o amanhã

“Me preocupa demais nesse momento esse clima sombrio. Uma esquerda que não sabe organizar sua memória e aprender com a memória dos debaixo, sofrerá num eterno presente e frustrará o futuro.”

a reportagem acima foi publicada em 26/03/2019

https://adufs.org.br/conteudo/1686/a-memoria-esta-sendo-jogada-na-lata-do-lixo-diz-romero-venancio

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Amig@s, o Presidente Lula está chamando um ato institucional em Brasília no dia 08 de janeiro em defesa da democracia. Aqui em São Paulo foi realizada hoje, 29 de dezenbro de 2023,  uma reunião de última hora na qual estiveram presentes a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, partidos progressistas e diversas organizações dos movimentos sociais.  

Ficou definido a realização de um ato político em defesa da Democracia para lembrarmos a tentativa de golpe no nosso país ocorrida em Janeiro desse ano.

Data: 08 de janeiro.

Hora: 17h.

Local: Av. Paulista (MASP)

Então, todos e todas que estiverem em São Paulo na data, e puderem, devem participar. A democracia é o nosso bem mais importante.

Bora lá que 2024 promete!💪🏾



]

https://www.youtube.com/watch?v=Wh40ncPCPrM 

A tentativa de golpe do 8 de janeiro já vai completar um ano. Pra não esquecer, os 3 poderes vão se unir para um evento em lembrança à data.


O que o cidadão comum pode fazer, organizações e movimentos sociais, escolas/universidades, igrejas progressistas, governos de centro esquerda e de esquerda, instituições democráticas e etc..?

1- Procurar leituras sobre o assunto, assim como buscar ouvir canções em defesa da luta e da resistência democrática. 

2 - Buscar  assistir filmes baseado nesta temática, incluindo a participação na vaquinha para viabilizar a produção do terceiro episódio da série documental da TV Fórum sobre a tentativa de golpe do 8 de janeiro. ]

https://www.youtube.com/watch?v=QLPo5K2xzc4

https://www.youtube.com/watch?v=xixa3q0lUZ4]


Apoie os próximos capítulos desse registro histórico, doe via pix pela chave: pix@revistaforum.com.br ou clicando aqui: https://benfeitoria.com/projeto/ato18episodio3

3- Endossar campanhas para a criação de centros de de memória das lutas e resistência em favor da democracia e dos direitos humanos, como proposto no artigo abaixo. E não apenas espaços físicos, como também virtuais, e não apenas exposições fixas, como itinerantes.


sexta-feira, 22 de setembro de 2023

O BRASIL PODE APRENDER COM PORTUGAL SOBRE DEMOCRACIA E MEMÓRIA e + canções que acompanha o artigo.



A área cedida pela União para a construção do Museu da Democracia fica na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Serão investidos R$ 40 milhões no empreendimento, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo o Ministério da Cultura (MinC), desde o início de 2023, após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, vem trabalhando para viabilizar a construção do museu. O local foi definido após tratativas entre o MinC e a Secretaria de Patrimônio da União.

O terreno está localizado no setor cultural, lado norte da Esplanada dos Ministérios, ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro. A destinação da área será formalizada nos próximos dias. Na sequência, o MinC e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) devem lançar concurso nacional para escolher o projeto arquitetônico do espaço. Apenas após essa etapa será possível licitar a execução da obra, com expectativa para ser iniciada em 2025.

Em comunicado publicado nesta sexta-feira, 5, o MinC informou que o museu será construído “com a união dos setores democráticos do país” e não estará ligado a um setor político. “O intuito é que seja uma instituição cívica, plural e construída em sintonia com todos aqueles que apoiam a democracia”, diz a nota.

Na próxima segunda-feira, 8, o Ibram também lançará o repositório do Museu da Democracia, um ambiente virtual para sistematizar, organizar e difundir um catálogo de memória e desenvolvimento de coleções da sociedade civil sobre a democracia contemporânea do país.


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5- Organizar e/ou participar de atividades de formação on-line e presencial  sobre memória e golpe (s) de e  pós 1964, como a farsa judicial ou lawfare contra o PT que resultou no afastamento de Dilma Roussef da presidência da república e na prisão do presidente Lula e a tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023. Também vale, e como vale,  para as lutas e resistência contra golpes e contra o neoliberalismo e o neofascismo. Como o movimento operário e as greves do ABC, a organização dos artistas, jornalistas e intelectuais na luta e resistência, ídem para os cristãos progressistas, muitos mortos por causa disso, mesmo no período dos chamados governos "democráticos", 1985 em diante. O movimento Diretas Já, a luta em favor da Constituinte, a luta em favor da anistia, a luta contra a ALCA, a luta das organizações dos trabalhadores no campo e na cidade e não apenas nos locais de trabalho, como nos locais de moradia como clube de mães, associações de moradores, movimentos contra a carestia..
ROTEIRO:
- 02/1 - Terça: Por que e como a Igreja Católica no Brasil apoiou o golpe de 1964? - notas sobre o documento da CNBB: "Declaração sobre os acontecimentos de abril e maio de 1964". - Apoio total aos militares e golpistas...
https://www.youtube.com/watch?v=pEHU0DlxABc

- 03/1 - Quarta: A Igreja muda sua posição sobre a ditadura. Como? e o que fez?
1969, o inicio da mudança (como sempre tardia e atrasada!). O assassinato do Pe. Henrique (Recife) e a prisão e estupro da Madre Maurina Borges (Ribeirão Preto)... Os dominicanos contra a TFP.
https://www.youtube.com/watch?v=yNSetdAHDdA

https://www.youtube.com/watch?v=TBbSm5nFVhE&t=789s - RECOMENDO. Este documentário relata através de vários depoimentos inéditos e imagens da época, a perseguição da ditadura militar aos freis Dominicanos que colaboraram com a ALN. Os Dominicanos relatam todo o processo que resultou no bárbaro assassinato de Carlos Mariguella, expõem a colaboração da cúpula reacionária da Igreja com os generais e descrevem a sua resistência ao fechamento do regime.
- 04/1 - Quinta: o clássico documento: "Eu ouvi os clamores de meu povo" - a Igreja no combate a política econômica da ditadura... As figuras de Dom Helder Câmara, Dom Paulo Arns e Dom Pedro Casaldáliga... indígenas, camponeses e operários nas organizações eclesiais contra a ditadura.


GRUPO DE ESTUDO EM 1964 E A MEMÓRIA/UFS

LEITURA SISTEMÁTICA DE "BRASIL, NUNCA MAIS"

06 ENCONTROS. MARÇO/ABRIL- 2024 - Via plataforma google meet

Coord. Romero Venâncio (UFS)

6 - Realizar projetos pedagógico e cultural  nas escolas, universidades espaços comunitários e/ou culturais, igrejas e etc. Como nos exemplos abaixo:

segunda-feira, 11 de abril de 2016 


Sarau Multicultural no Edélzio, um dia histórico na cidade de Santa Rosa de Lima

Seg, 14 de abril de 2014, 12:38