sábado, 30 de junho de 2018

"A música que se ouve no mundo é cada vez pior", diz Júlio Medaglia

Maestro critica as "pseudoduplas caipiras" e gêneros musicais como rock, funk e rap




BD Divulgação / Divulgação
Medaglia é autor de arranjos de Caetano Veloso na década de 1960
Ex-aluno dos vanguardistas Boulez e Stockhausen e criador de arranjos de canções do célebre primeiro disco solo de Caetano Veloso, em 1967, o maestro Júlio Medaglia - que participará do projeto Acorde Brasileiro - concedeu a seguinte entrevista por e-mail:

Como se pode alterar o cenário em que as músicas regionais estão distantes da maior parte do público brasileiro?

Não tem jeito. As culturas populares são frágeis, indefesas e vítimas de manifestações renovadoras mais agressivas. Ninguém mais dança tarantelas em Nápoles, csardas em Budapeste,  sarabandas em Madri ou minuetos em Viena. As culturas populares mais ricas e recentes, como o jazz e suas ramificações, a MPB e a infinidade de músicas regionais brasileiras - já que o Brasil tem mais matéria-prima musical do que qualquer outro país, sobretudo as impulsionadas pelos ritmos de origem africana que aqui se multiplicaram -, enfrentam outro "inimigo", este mais poderoso e perverso: a indústria cultural, a cultura de massa eletrônica. As gravadoras, rádios ou TVs de todo o mundo não possuem mais diretores artísticos, e sim gerentes de marketing. O grande universo pop no mundo saiu da mão dos criadores e está na mão dos produtores, que criam seus monstrengos para serem consumidos e descartados rapidamente.

A grande cultura pop internacional vive mais em função de efeitismos, de pirotecnias superagressivas, como de resto ocorre nas outras linguagens de entretenimento. É só pegar o controle da TV e ficar passando de um canal a outro dos 500 existentes que só se vê explosões, ataques violentos, autos pelos ares, monstros atacando e coisas assim. Na área musical, os subprodutos do rock, que já é música de bárbaros (com as honrosas exceções), o funk, o punk e, mais recentemente, o rap, o hip-hop e os MCs (que nem pretendem ser músicas), caminham ainda mais rapidamente no sentido da imbecilização coletiva.

Não vivemos mais na era das sutilezas e da sensibilidade. Tudo tem que ser "na porrada". Príncipes como Pixinguinha, Cartola, Nelson Cavaquinho; princesas como Dona Ivone Lara; cameristas como João Gilberto ou Jobim; "Fischer-Dieskaus" como Orlando Silva; "Segovias" como Dilermando Reis, Baden (Powell) ou Raphael Rabello estão cada vez mais distantes dessa cultura de massa eletrônica. Poetas como  Vinicius (de Moraes), Paulo César Pinheiro ou Adoniran Barbosa não têm mais lugar nos dias de hoje para a frente. Vai levar muito tempo para as novas tecnologias e suas máquinas comerciais voltarem a dialogar com o talento humano e a criatividade - como a imbecilidade deve cansar, isso pode ocorrer um dia... (não sei quando).

Projeto Acorde Brasileiro discute as músicas regionais

Leia todas as notícias de Música

Como se pode reforçar a divulgação de músicas menos conhecidas em um cenário de distribuição pulverizado como o que temos na internet?

A internet é a maior maravilha inventada pelo homem recentemente. Mas é burra. Toda a Crítica da Razão Pura de Kant está na internet. No entanto, ninguém virou filósofo por causa disso. Se você colocar no YouTube "9ª de Beethoven", aparecem mil gravações em áudio e vídeo da melhor qualidade. No entanto, a música que se ouve em grande quantidade no mundo, hoje, é cada vez pior. O que provoca a audição, a aquisição do produto musical maravilhosamente industrializado, é o esquema de marketing das gravadoras, das produtoras de música industrializada. As novas gerações estão cada vez mais reféns desses esquemas.

Qual o papel dos professores de música nas escolas? Como tornar a música atraente para as novas gerações - e que tipo de música deve-se apresentar às crianças primeiro?

Estive mil vezes em Brasília para poder fazer ser votada a lei que torna obrigatório o ensino musical nas escolas. Quando foi aprovada a lei, falei com ministros e secretários de cultura. Não consegui ver nenhuma ideia minha posta em prática. Acho que o banco escolar é a tábua de salvação da sensibilidade musical para as novas gerações. O negócio é fazer o jovem ouvir muita música diferente e de qualidade. Das bandas de pífanos de Caruaru à Quinta de Beethoven, de Edu Lobo a Villa-Lobos, de Benny Goodman a Borghettinho e, a propósito de gaitas, de Chiquinho do Acordeão (gaúcho bravo!), Sivuca e Hermeto (Pascoal) a Toots Thielemans, de Beatles aos Sole Mios do grande cancioneiro napolitano, e assim por diante. Música feita com talento, de qualidade.

Assim, o jovem chega em casa e, ao ouvir as pseudoduplas caipiras (na realidade, bolerões bregas de puteiro de Cais de Porto de quinta categoria) ou os falsos pagodes (que, juntos, não valem uma pausa de uma música do Cartola), vai gritar: "Mamãe, manda prender aqueles caras, que eles estão  nos enganando!"

O senhor aprendeu com grandes mestres da chamada música de concerto de vanguarda. Mas essa  música contemporânea, em alguns contextos, ainda encontra dificuldade de se afirmar nos programas de concertos de orquestras no Brasil e do Exterior, com algumas exceções. O público ainda é muito nostálgico do romantismo e do classicismo?

Houve muitos equívocos no século 20. Muita música que se criou, teve efeito sazonal. Foi música de festivais. Pretendiam romper esquemas clássicos, mas não deixaram algo no lugar com a mesma consistência. Vejo hoje filmes da nouvelle vague pelos quais babávamos quando aqui chegaram e hoje são insuportáveis. A peneira do tempo se encarregará de selecionar o que vai ficar ou não. A Sagração da Primavera, de Stravinsky, questionou todo o passado romântico, e vai ser executada até o fim dos tempos.

Na música pop, as novas gerações estão ouvindo cada vez menos álbuns inteiros e cada vez mais faixas isoladas, os singles. Tudo está ficando cada vez mais rápido. De que maneira o senhor acha que isso pode afetar o futuro de manifestações que exigem mais tempo de fruição, como a música de concerto ou diversas formas da música popular?

Como já respondi anteriormente, o negócio agora é ejaculação precoce. Tudo muito rápido, tudo na base do consuma/descarte. O negócio não é namorar. É ficar uma noite, uma transa sem saber com quem. Bem rapidinho. Bem curto. O iPod contém 1 milhão de títulos, e não alguns poucos de grande qualidade ou emoção. As tecnologias nos ensinam técnicas de avalanches, e não de criatividade ou refinamento. No início do século 20, as máquinas eram grotescas, e a cultura e as artes deslumbrantemente sofisticadas, sutis e surpreendentes. No final do século 20, tudo se inverteu. Os chips e os transistors são incrivelmente sutis e delicados, e a produção cultural partiu para o grotesco. Inverteram-se as bolas. Como sair dessa? Apareça na minha palestra e vamos trocar umas ideias...

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Como investir em empreendedorismo juvenil? Mormente no campo das iniciativas culturais, comunicação e tecnologia.

  " Uma pergunta e três respostas para candidatos a cargos eletivos em 2018 (abaixo). Quem for votar pense nisso na hora da decisão. Outras perguntas mais abaixo, também são sugeridas para serem solicitadas aos candidatos e consideradas pelos eleitores na hora da decisão."

SecultBA oferece capacitação para 120 jovens empreendedores em três municípios baianos

bahiacriativa 
Projeto executado através do Escritório Bahia Criativa é voltado para jovens atuantes na área da cultura
Apostando na força e criatividade da juventude para impulsionar a cultura como um elemento de integração entre as pessoas, e no potencial da economia criativa para contribuir com o crescimento do estado, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia lança o projeto Bahia Criativa – Jovens Empreendedores. A ação vai qualificar 120 jovens, entre 18 e 29 anos, que desenvolvem projetos ligados à cultura, através de capacitações e consultorias gratuitas, focadas no empreendedorismo e no estímulo à inovação.

Os cursos acontecerão em Salvador (duas turmas de 30 vagas), Vitória da Conquista e Ilhéus (30 vagas por turma), totalizando 64 horas de formação por grupo. A capacitação incluirá oficinas e consultorias coletivas, abordando temas como Financiamento de Empreendimentos Criativos; Marketing Cultural; Elaboração de Projetos; Preparação parapitching; Enquadramento de Projetos Culturais; Marketing para Empreendedores Culturais; e Formatação de Portfólio. As inscrições podem ser realizadas entre os dias 12 de junho e 06 de julho, no site da SecultBA (www.cultura.ba.gov.br).

O projeto é uma oportunidade para jovens interessados em construir ou estruturar projetos e empreendimentos voltados à economia criativa. A proposta é oferecer aos participantes um conjunto de técnicas e ferramentas que os possibilitem transformar suas ideias em projetos e empreendimentos tecnicamente viáveis.
Para se inscrever, é necessário preencher o formulário disponível no site e enviar materiais que demonstrem um pouco da atuação do candidato. Pode ser um vídeo, fotografias, um aplicativo ou uma publicação. Aqueles que cumprirem os requisitos poderão participar de entrevista presencial para apresentação da sua idéia ou projeto. A lista dos participantes será divulgada na primeira quinzena de julho, no site e redes sociais da SecultBA.
Jovens Empreendedores é um projeto do Escritório Bahia Criativa, da SecultBA, e conta com apoio do Ministério da Cultura via convênio.
Serviço
Curso Bahia Criativa – Jovens Empreendedores
Inscrições online: 12 de junho a 6 de julho de 2018 no site da SecultBA
Público alvo: Jovens de 18 a 29 anos com ensino médio completo e atuação de forma individual ou coletiva em projetos ligados à economia criativa
Contatos: bahia.criativa@cultura.ba.gov.br / (71) 3319-0033 / 3242-8960
Confira o conteúdo do Curso:
Capacitação técnica
– Elaboração de Projetos (16 horas)
– Financiamento de Empreendimentos Criativos (8 horas)
– Marketing Cultural (8 horas)
– Preparação para pitching (8 horas)
Mentoria (consultoria coletiva)
– Enquadramento de Projetos Culturais (8 horas)
– Marketing para Empreendedores Culturais (8 horas)
– Formatação de Portfólio (8 horas)

Assessoria de Comunicação – SecultBA
(71) 3103-3442 (71) 3103-3452 (71) 99983-5278
http://plugcultura.wordpress.com
http://www.flickr.com/photos/secultba/
http://twitter.com/SecultBA
http://www.cultura.ba.gov.br

ARACAJU

Parceria intersetorial incentiva alunos do Núcleo de Produção Digital a produzirem documentário 13 Noites com Antônio

Em celebração ao ciclo junino, 10 alunos que participaram dos cursos básicos de "Como fazer Vídeo-Documentário", desenvolvidos pelo Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD), unidade vinculada a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), lançaram, na noite desta quarta-feira, 6, o documentário ‘13 Noites com Antônio’. O curta metragem, de 13 minutos, contou a história da fé ao santo conhecido como casamenteiro e foi exibido durante a quarta edição da exposição ‘13 Noites com Antônio’, realizada no Centro Cultural da capital.

. Leia mais: http://www.aracaju.se.gov.br/noticias/76921 Mary #funcaju #Aracaju

 Parabéns a Graziele Ferreira, atual diretora do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira e a toda equipe da Funcaju, incluindo a querida Ana Carolina Westrup, ex-diretora do NPDOV,  que tem parte nesse processo e resultado.

Da minha parte, também me sinto representado, porque esse processo/resultado contempla uma série de questões que foi/é objeto de conversas tanto presenciais, individual ou coletiva, assim como aqui no face e no blog da Ação Cultural.

Por último, deixo como sugestão a importância do registro e sistematização do processo pedagógico, social e cultural, assim como análise dos impactos desse processo/resultado, e a consequente divulgação. Proponho isso, considerando a importância de mostrar com fatos e números o que é proporcionado, quando o poder público investe em ações desse tipo. 

Defendo essa estratégia, como parte importante da disputa por um espaço maior da cultura no orçamento. E para isso, precisaremos de uma opinião pública convencida do quanto o investimento em cultura, pode colaborar para a economia, a educação, a saúde, a segurança, enfim, para uma melhor qualidade de vida. Isso sem negar o caráter intrínseco e singular das ações culturais.

Zezito de Oliveira - Educador e agente cultural 
 Conexão Salvador-Recife-Aracaju



 Para saber mais: http://www.corais.org/colaborativaserigy/





Mais perguntas para fazer e pensar. (para candidatos nas eleições de 2018 e para os eleitores)
 Por que, apesar de todo o investimento na área de segurança pública, Aracaju, a capital do estado, é a segunda cidade mais violenta do país?
O que foi feito e o que pretende se fazer em ações de prevenção no campo da segurança pública? Porque não se investe mais em policiamento comunitário e nem em ações integradas de prevenção a violência unindo educação, assistência social, cultura, saúde e esporte.
De que forma as medidas aprovadas pelo governo Temer e apoiadas pela maioria da bancada federal de Sergipe, contribuem para agravar o quadro de dificuldades que o estado de Sergipe enfrenta atualmente?
O que foi feito e o que precisa ser feito para melhorar o quadro da educação em Sergipe?
De que maneira os investimentos em ações culturais ajudaram e/ou pode ajudar a melhorar a educação, a saúde e colaborar na prevenção da violência em Sergipe?

  
Abaixo um programa referência na cidade do Recife nos dois mandatos do prefeito João Paulo (PT) - 2001 à 2008.  

  PROGRAMA MULTICULTURAL

Ação estratégica da Prefeitura do Recife, implementada pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife para democratizar e descentralizar as ações culturais através da participação popular.

  • Estratégico, porque tem um caráter mediador entre a Política Municipal de Cultura e as diversas comunidades e promove a sensibilização e a atenção para a Cultura, uma vez que oferece maior acesso aos bens culturais e desperta interesses e talentos nas pessoas;
  • Formador, porque seu foco central é a questão pedagógica, enquanto elemento transformador das percepções e práticas do fazer cultural;
  • Profissionalizante, porque investe no caráter profissional quando realiza cursos, oficinas e palestras, transformando aptidões em ofícios;
  • Democrático, porque redistribui investimentos, descentraliza geograficamente as atividades culturais em todo município, faz interlocução entre a gestão e as comunidades, possibilita o acesso às informações e conhecimentos do processo de produção cultural, seus meios e produtos e, favorece a participação popular no processo decisório.
 
Objetivo Geral:
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades do Recife, através da construção da identidade cultural e do pertencimento.

Objetivos Específicos:

     
  • Capacitar jovens e adultos para atuarem no mercado da cultura;  
  • Valorizar a cultura que se expressa nas 6 RPA´s do Recife;  
  • Contribuir para criação e fortalecimento de uma rede de cultura, através do incentivo à formação e articulação de grupos culturais;  
  • Incentivar o conhecimento da realidade local através de pesquisa e instalação de centros de referência e memória;  
  • Oferecer elementos para elaboração de políticas públicas de promoção de direitos culturais das comunidades.
   
  Ações:

     
  • Atividades de formação profissional na área da cultura;
  • Eventos culturais; 
  • Centros de referência e memória
 

PLANO TRIENAL 2006 / 2008

  EIXOS   ESTRATÉGICOS

  FORMAÇÃO
Capacitação Técnica

  ORGANIZAÇÃO
Redes de Cultura

  MERCADO
Trabalho e Renda

    MEMÓRIA
Identidade Cultural

      DIRETRIZES

     
  • Melhorar as condições técnicas e administrativas do Programa (estrutura física e capacitação da equipe); 
  • Melhorar a Comunicação e Divulgação do Programa (sistema informatizado e peças publicitárias); 
  • Enraizar o Programa nas Comunidades (gestão descentralizada e centros de referência e memória); 
  • Formar profissionais para o Mercado da Cultura.
  ARTICULAÇÕES   E   PARCERIAS

     
  • Gerências da Secult e Fundação de Cultura;  
  • Secretarias da PR: Governo; Educação; Saúde; Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico; Planejamento Participativo; Gestão Estratégica e Comunicação; Assistência Social; Turismo; Direitos Humanos;  
  • Fóruns Temáticos e Regionais: Cultura; Juventude; Mulheres; Desenvolvimento Econômico; Negros e Negras; Microregionais do Orçamento Participativo;  
  • Instituições de Ensino e Pesquisa: Pró-Reitoria de Extensão, Centro de Arte e Comunicação e Centro de Educação da UFPE; Pró-Reitoria Comunitária; Departamentos de História e Comunicação da UNICAP;  
  • ONG´s, Centros e Escolas de Arte e Cultura.
    ATIVIDADES

  • Seminários de capacitação da equipe do Programa;
  • Seminários nas RPA´s para apresentação do Programa Multicultural e definição das atividades e eventos a serem realizados;
  • Seminários em parceria com a UFPE;
  • Curso Avançado de Produção e Gestão Cultural;
  • Cursos de Extensão em parceria com a UFPE:
        
    • Produção e Gestão Cultural;   
    • Roteiro Cinematográfico;
  • Oficinas nas Comunidades;
  • Oficinas dos Ciclos Culturais;
  • Pesquisa nas Microregiões;
  • Centros de Referência e Memória nas Microregiões;
  • Formação de Agentes Comunitários de Cultura;
  • Eventos Culturais nas Microregiões;
  • Mercados Multiculturais nas RPA´s;
  • Mercadão Multicultural do Recife.
 

AÇÕES REALIZADAS

  1º. Semestre 2006

1.Atividades Formativas:

  • o de Iniciação à Produção e Gestão Cultural (2 módulos) 6 turmas – 150 alunos;
  • Curso Avançado em Produção e Gestão Cultural – 3 turmas – 89 alunos (2 turmas em andamento);
  • Oficina de Fotografia – 2 turmas – 40 alunos;
  • Oficinas do Ciclo de Carnaval:
    • História do Carnaval – 30 alunos
    • História do Frevo – 30 alunos
    • História do Maracatu – 18 alunos
    • História dos Caboclinhos – 26 alunos
    • Máscaras, Adereços e Maquiagem – (2 turmas) 60 alunos;
  • Seminário de Capacitação da Equipe e Construção do Plano Trienal 2006/2008 : 17 participantes;
  • Seminários Temáticos Convênio UFPE/ProExt:
    • Multiculturalidade e Gestão Pública Descentralizada – 60 participantes
    • Economia da Cultura – 100 participantes;
  • Seminários nas RPAs: 6 Seminários – 320 participantes;
  • Curso de Extensão em Roteiro Cinematográfico : Convênio UFPE/ProExt – 50 Alunos;
  • Reuniões para montagem do roteiro teórico metodológico do Curso de Extensão e Produção e Gestão Cultural – convênio UFPE / ProExt – professores da UFPE, alunos e educadores do Multicultural.
2. Articulações e Parcerias:
Internas:

  • Gerências da Secretaria e Fundação de Cultura;
  • Secretarias de Governo, Educação, Assistência Social, Direitos Humanos, Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Diretoria de Orçamento Participativo, Coordenadoria da Mulher;
Externas:

  • UFPE/ProExt, UNICAP, Centro Josué de Castro, MINC;
  • Fóruns Temáticos e Regionais do O.P;
3.Participação em eventos:

  • Recife Verão Total;
  • 1° Mostra de Turismo Internacional do Recife;
  • Fórum Social Brasileiro;
  • Feira do Empreendedor.
 

AÇÕES PLANEJADAS

  2º. Semestre 2006
1.Atividades Formativas:

  • Curso de Extensão em Produção e Gestão Cultural – 1 turma – 25 alunos;
  • Oficinas dos Ciclo Junino:
    • Música, Dança e Culinária – 12 alunos;
    • Criando Bandeiras Juninas – 25 alunos;
    • Vida e Obra de Luiz Gonzaga – 30 alunos : em parceria com as Gerências do Memorial Luiz Gonzaga, Música e Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial;
  • Oficinas Literárias: 6 oficinas – 150 participantes em parceria com a Gerência de Literatura e Editoração – no Festival A Letra e a Voz
  • Oficinas nas Micro Regiões – Agosto a Outubro : 98 oficinas distribuídas nas 18 Micro Regiões – 2.940 participantes;
  • Seminários Temáticos – convênio UFPE/ProExt:
    • Redes de Cultura – 60 participantes - Agosto
    • Mercado Cultural - 150 participantes - Setembro
    • Jornalismo Cultural – 150 participantes - Outubro
    • Modelos Pedagógicos – 60 participantes – Novembro;
  • Seminários de Capacitação da Equipe – Agosto e Novembro;
  • Seminário de Avaliação – Dezembro
2. Articulação e Parcerias:
  • UFRPE/INCUBACOOP;
  • Pontos de Cultura
3. Eventos Culturais: 1 em cada Micro Região - 18 eventos

4. Mercados Multiculturais: 1 em cada RPA - 6 mercados

5. Mercadão Cultural do Recife : aguardando definição de recursos financeiros

6. Centros de Memória: instalação de 2 Centros de Memória nas RPAs 1 e 4 (em discussão)

7. Preparação para implantação de Redes de Cultura: discussão com grupos culturais; 


Leia também:

LEI Nº 17.576/2009.

INSTITUI O PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DO RECIFE PARA O DECÊNIO 2009-2019.

Mais veneno na mesa, depois da destruição dos direitos trabalhistas e do fim da aposentadoria.

Saiba quem são os deputados que votaram a favor do Pacote do Veneno

Comissão especial que aprovou conjunto de leis promoveu sessão em que foi proibida a entrada de organizações contrárias ao "liberou geral" de agrotóxicos pela bancada ruralista
Fonte: Por Redação RBA publicado 26/06/2018 10h37, última modificação 26/06/2018 11h42
CC0 Public Domain
agrotx.jpg
São Paulo – Por 18 votos a 9, o PL 6.299/2002, conhecido como Pacote do Veneno, foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados, que votou a favor do relatório apresentado pelo deputado Luiz Nishimori (PR-PR), da bancada ruralista da Casa. O projeto atende apenas interesses de setores agroindustriais e autoriza o registro de agrotóxicos com substâncias que comprovadamente potencializam câncer, mutações genéticas, desregulações endócrinas e malformações fetais, além de retirar prerrogativas dos ministérios do Meio Ambiente e da Saúde nos processos de análise e registro de pesticidas, concentrando o poder de veto no Ministério da Agricultura.
A votação foi realizada em sessão na qual foi proibida a presença de representantes de organizações da sociedade civil, mesmo aquelas com credenciais emitidas pela própria Câmara dos Deputados.
Votaram favoravelmente ao Pacote do Veneno os deputados Adilton Sachetti (PRB-MT), Alberto Fraga (DEM-DF), Alceu Moreira (MDB-RS), Celso Maldaner (MDB-SC), César Halum (PRB-TO), Covatti Filho (PP-RS), Fábio Garcia (DEM-MT), Geraldo Rezende (PSDB-MS), Junji Abe (MDB-SP), Luís Carlos Heinze (PP-RS), Luiz Nishimori (PR-PR), Marcos Montes (PSD-MG), Nilson Leitão (PSDB-MT), Prof. Victorio Galli (PSL-MT), Sérgio Souza (MDB-PR), Tereza Cristina (DEM-MS), Valdir Colatto (MDB-SC) e Zé Silva (SD-MG).
Os votos contrários foram dados pelos deputados Alessando Molon (PSB-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Edmilson Rodrigues (Psol-PA), Ivan Valente (Psol-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Nilto Tatto (PT-SP), Padre João (PT-MG) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG).
Em minoria, os deputados contrários ao projeto tentaram protelar a votação, reivindicando mais discussões e mais audiências públicas. Os parlamentares lembraram que entidades reconhecidas nacional e internacionalmente emitiram notas contrárias ao projeto, como AnvisaDefensoria Pública da UniãoDepartamento de  Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo CruzIbamaInstituto Nacional do CâncerMinistério Público FederalMinistério Público do Trabalho e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, além de mais de 300 organizações da sociedade civil.

De acordo com Michel Santos, coordenador de Políticas Públicas do WWF-Brasil, no site da entidade, é pouco provável que o Pacote do Veneno avance no Plenário da Câmara. "A opinião pública está amplamente contrária ao projeto. A aprovação pelos deputados causaria um incalculável prejuízo político aos parlamentares que votarem a favor. Ninguém vai querer, especialmente em ano de eleição, associar o nome a uma proposição que coloca mais veneno no alimento das pessoas", observou.
Com informações da WWF-Brasil


 Fonte: Página Árvore, Ser Tecnológico.
Já somos o povo que mais consome veneno no mundo (Anvisa: https://glo.bo/2GLjlzM). Brasileiros estão sendo usados para testes em humanos consumindo alimentos com índices de veneno muito acima do permitido em qualquer país. Não é só o povo que está adoecendo, nossos ecossistemas também. Temos agrotóxicos na água que bebemos e usamos para cozinhar, nas cascas das verduras, grãos, frutas, no leite, nos produtos animais, no ar que respiramos. O Instituto Nacional do Câncer, o Conselho Nacional de Saúde, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Anvisa, o Ibama, o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, a Fiocruz, a Defensoria Pública da União, outras 320 organizações da sociedade civil, os chefs mais renomados do Brasil, mais de 100 mil assinaturas coletadas (http://www.chegadeagrotoxicos.org.br/), são todos CONTRA O PACOTE DO VENENO (PL 6299/02). O próprio ministro substituto do Meio Ambiente, Edson Duarte, alertou que se a lei passar será muito prejudicial para o próprio agronegócio, que pode ter países se recusando a comprar do Brasil por conta de tanto veneno. Mas sem muito alarde, durante a Copa do Mundo e na quinta tentativa de conseguir aprovar mais veneno no prato do brasileiro, a comissão especial formada por deputados da bancada ruralista e agroquímica servindo na Câmara dos Deputados conseguiu aprovar mais uma etapa da PL do Veneno. Fiquemos unidos, atentos e pedindo que nossos cientistas em saúde e recursos naturais sejam ouvidos e respeitados. É hora de fazer barulho. Essa lei não pode passar.

Saiba mais:
"Entidades atuam contra "Pacote do Veneno" e fim do "T" para transgênicos" - Folha de S.Paulo, 07/05/2018: https://bit.ly/2HXx4rn
"Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo" - Rede Globo, 09/01/2017: https://glo.bo/2GLjlzM
"Chefs se mobilizam contra projeto de lei que trata agrotóxicos com menos rigor" - Estadão, 23/05/2018: https://bit.ly/2IMqsZf
"Agrotóxico deve ser a última opção no controle de pragas e doenças" - Globo Rural, 20/06/2018: https://glo.bo/2llgO5F
De olho nos ruralistas: https://www.facebook.com/deolhonosruralistas/
"Todo mundo é contra o Pacote do Veneno – menos quem lucra com agrotóxicos" - ISA, 12/05/2018: encurtador.com.br/eCET2
"Desastres ambientais vão para a conta do agro, diz ministro" - Observatório do Clima, 13/05/2018: encurtador.com.br/BKSX3
"Atlas Geográfico do Uso de Agrotóxicos no Brasil: estamos sendo envenenados" - 30/11/2017
- http://gastrolandia.com.br/sliders/atlas-geografico-do-uso-de-agrotoxicos-no-brasil-estamos-sendo-envenenados/

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 Há nesse momento, uma disputa de vida e morte no congresso nacional. Trata-se da votação do pacote do veneno, tão nefasto e criminoso, que recebeu até, indicação da ONU para não ser votado, como apresentado pela bancada dos parlamentares conhecidos como ruralistas ou do agronegócio, além de seus apoiadores.
Enquanto cidadãos , podemos contribuir com o abaixo assinado contrário e conhecer a respeito de quem são e como agiram e agem os deputados e senadores ligados ao agronegócio. Buscando expô-los a opinião pública para não serem reeleitos, assim como àqueles por eles apoiados
Para saber mais sobres os males causados por estes, trazemos as duas canções abaixo. Ouça e propague as duas canções. Compartilhe o abaixo assinado. Busque acompanhar quem está decidindo o seu futuro no congresso nacional. 

 Chico César - 14. Reis do Agronegocio


Demarcação Já!



Assine:
https://www.chegadeagrotoxicos.org.br/

Leia mais: 

Saiba por que o Pacote do Veneno é ruim para o Brasil

 Aos empresários do açúcar, candidatos à Presidência não falam sobre obesidade 

Agrotóxico, condição de trabalho dos cortadores de cana e concentração de terras tampouco foram abordados por Alckmin, Bolsonaro, Ciro e Marina




terça-feira, 26 de junho de 2018

Roda de Danças Circulares em 01 de Julho (domingo).

Em 01 de julho (domingo).

Leia aqui , para saber mais sobre danças circulares dos povos em Aracaju. 



|LIA DE ITAMARACÁ|
A cantora e compositora Lia de Itamaracá, patrimônio vivo do estado de Pernambuco e referência nacional da Ciranda é a convidada de hoje do programa Hora do Rango.
Com cinco décadas de atuação na ilha de Itamaracá, onde nasceu e vive, Lia dedicou-se nos últimos dez anos a levar suas cirandas para as capitais e grandes cidades brasileiras.
Ampliou sua arte para espaços internacionais, sobretudo Europa e Estados Unidos, onde foi definida pelo jornal The New York Times como "diva da música negra".
Acompanhada de seus músicos Lia de Itamaracá vai apresentar ao vivo, canções do show Ciranda de Ritmos, que além da ciranda trazem vários ritmos brasileiros, dentre eles, coco, maracatu, frevo e maxixe. Clique aqui para ver/ouvir o programa.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Canções por democracia e liberdade! Pelos direitos dos trabalhadores livres! Por Lula livre!







Músico e produtor Daniel Téo, nascido em Chapecó-SC e radicado nos Estados Unidos há sete anos, compôs uma belíssima música para o ex-presidente Lula. CONFIRA ! SENSACIONAL !


















domingo, 24 de junho de 2018

Conversas curtas com quem gosta de criar e produzir arte e cultura.


Se o capitalismo que mata as nossas festas, mata a nossa alma, então precisamos reaprender, buscando ressuscitar as memórias rebeldes esquecidas ou pouco lembradas.

Os jovens que fazem Saraus, no fundo estão agindo dessa maneira, porque trazem um modo de produzir cultura, muito em voga em tempos antigos, mas com as adaptações necessárias ao tempo presente.

No fundo, trazem uma forma de produzir cultura, mais comunitária, sem distanciamento de artistas, no grande palco e a platéia, uma forma de produzir cultura que cria vinculos pessoais e afetivos.

Porque ao produzir cultura, o homem também se produz e reproduz um modo de ser, de estar, de conviver, de projetar o futuro e acolher o passado.

Eis um brado retumbante: Arte ou barbárie.
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+ investimentos em arte e cultura e - despesas com o tratamento da depressão. Uma tendência para se contrapor a outra.
Para quem compreende o papel terapêutico da arte e da cultura, incluindo o papel da prevenção.
Seguindo as pegadas da doutora Nise da Silveira e do Papa Francisco, este último através do programa Schola Ocurrentes ou Escolas de Encontros.


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 Fortalecer nossas identidades para fortalecer o que nos faz únicos e plurais. Além de criativos e unidos.
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"Não se admire se um dia um beija flor disser (...)", que esse que gosta tanto da cultura popular, também aprecia um bom rap.
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Uma das chaves de explicação para o sucesso do golpe, é o enfraquecimento do nosso senso de pertença, das nossas identidades.
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 A luta do educador e agente cultural contra o sistema, é a luta em favor de mais acesso a educação, a cultura e à comunicação.

A  sambista Tereza Cristina gravando Caetano Veloso, o rapper Criolo gravando Cartola. Êta Brasil que eu gosto! 
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Como explicar o fato de Aracaju ser a 2ª cidade mais violenta do Brasil, de acordo com o atlas da violência, após um longo tempo de administrações de centro-esquerda, entremeado por uma devastadora gestão do DEM?

Uma das chaves para entender isso, pode ser uma ação semelhante a fagocitose que as células de defesa fazem em nosso organismo, contra as células invasoras. De forma simplificada , o mecanismo da fagocitose consiste em um cercamento da célula invasora , até ao ponto dessas poderem estar envolvidas totalmente pelas células de defesa, sem poderem reagir, quando nesse caso são digeridas por estas.

No caso de Aracaju, em que medida a cultura conservadora e o modus operandi das elites tradicionais, acabam por envolver totalmente os governos progressistas, fazendo com que em muitas vezes, não percebamos grandes diferenças entre um e outro, no decorrer de um certo tempo?

Quem quiser fazer um estudo aprofundado, pode escolher os primeiros quadriênios das gestões de Jackson Barreto e de Marcelo Déda na prefeitura de Aracaju. O primeiro nos tempos da chamada Nova Republica, anos de 1980 e o segundo iniciado juntamente com o primeiro governo Lula na presidência da república, aqui com margem de erro para mais ou para menos.

Outra hipótese que pode ser buscada como fonte de explicação, é o tratamento dado a educação e a cultura como espaços privilegiados de prevenção à violência, o que também pode ser associado a hipótese colocada acima, mas estudado com mais profundidade e como recorte.

No caso da educação, porque as gestões desse setor, não conseguiram realizar um planejamento educacional, capazes de demonstrar possibilidades de melhorar a qualidade do ensino, inclusive apresentando propostas e soluções inovadores para diminuir o analfabetismo funcional, a violência escolar e a evasão?

No caso da cultura, porque a realização de grandes eventos, quase sempre foi a tônica, em detrimento da ação cultural de base comunitária? Em que medida, a falta disso, influencia nas situações de violência que mais incide sobre as juventudes, em especial as pobres, pretas e periféricas.
Sugestão para estudos de pós graduação ou para TCC, no campo da graduação.
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O filme repetido da programação do Forrocaju, evento cultural, mas coordenado pela secretaria da comunicação, nos mesmos moldes de antigamente. 

Muito dinheiro da cultura empregado em um evento fulgás, meteórico ou como um cometa bonito, mas que que leva muito e deixa pouco. 

Enquanto isso, a educação e a saúde, que poderiam ter um grande apoio do investimento em ações culturais de base comunitária, clama por mais recursos.

A "grita" contra esse modelo de politica cultural, não acontece mais, porque um grande numero de artistas da terra são contemplados na programação.

Esse debate rolou no ano passado, ajudado pela não realização do evento. o que desacomodou muita gente, inclusive ligada a interesses econômicos /empresariais e polticos.

Assim é no Forró Siri , realizado no municipio de Socorro, região metropolitana de Aracaju, e em outras festas do interior. Não importando qual partido administre o municipio. 

Um padrão de festa de mercado, que se consolidou, inclusive no seio das administrações ditas de esquerda.

Detalhe importante. Não trata-se aqui de ser contra a realização de grandes eventos, a questão é não "torrar" grandes somas de dinheiro somente com esses. E mesmo, as altas somas de dinheiro, no seio do próprio evento, pode ter uma parte canalizada para ações ou atividades culturais de cunho mais formativo e comunitário, como proposto na seleção de posts do link abaixo da Ação Cultural, publicado no ano passado.

Ainda mais, porque o Forrocaju deste ano, tem o Ministério da Cultura, como o seu maior patrocinador..

P.S.: As organizações e partidos de esquerda também tem responsabilidade nisso, por falta da promoção de um debate mais constante e aprofundado sobre o papel da cultura na sociedade atual.