quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

O social liberalismo de Haddad, Lula, Ciro et caterva

 Rudá Ricci

@rudaricci



1) A constatação não deveria chocar ninguém. Haddad disse, em 17 de outubro de 2018 que "que simpatiza com medidas econômicas e economistas liberais". Nada mais claro. Ele é do Insper e amigo de Marcos Lisboa, presidente do instituto, expoentes do liberalismo nacional.

2) 2) Como ministro da educação, trouxe toda visão empresarial para dentro da educação pública brasileira. Transformou o FIES em capital de giro de empresas com ações na bolsa de valores. Eu acompanhei várias aventuras de compra de faculdades isoladas do interior com este expediente

3) 3) Pior, trouxe a concepção de avaliação classificatória dos EUA. Acontece que lá deu tudo errado, mas Haddad se esforçou para nacionalizar as avaliações externas deste tipo com o IDEB, ENADE e ENEM. O caso do ENEM é mais grave porque redefiniu o desenho original

4)

5) 4) O ENEM foi formatado por Nilson José Machado, da USP. Machado se inspirou na teoria das inteligências múltiplas desenvolvida por Howard Gardner. Haddad alterou esta concepção. Aqui está a crítica dele: https://nilsonjosemachado.net/sementes-5-enem-a-geladeira-que-virou-aquecedor/…

6) Como prefeito, teria feito um acordo com lideranças da Zona Leste de São Paulo que nunca foram cumpridas. Caso da indicação de subprefeitos por plenárias de movimentos sociais. A de Ermelino Matarazzo foi Luís França, braço direito de Padre Ticão. 

7) Por este motivo, não conseguiu se reeleger. Contudo, Haddad é obstinado. Conseguiu emplacar seu nome para representar Lula em 2018, mesmo o escolhido tendo sido inicialmente Jacques Wagner. 

8) Não vou me aprofundar neste tema. Minha critica é puramente política, nada pessoal. Haddad deu um "chega pra lá" em toda concepção que era hegemônica no PT, no que tange à área educacional: a freireana. Com Haddad, Freire deixou de ser referência no partido.



E se Deus cantasse a viva voz? O incrivel concerto de Milton Nascimento e Orquestra Ouro Preto.

 Nesta quarta-feira, 30 de dezembro de 2021, depois de assistir a maravilhosa e divina apresentação de Milton Nascimento e a Orquestra Ouro Preto, não pude deixar de lembrar os versos de uma canção de outro gênio da raça brasilis, Caetano Veloso.

“Será que apenas os hermetismos pascoais

E os tons, os mil tons

Seus sons e seus dons geniais

Nos salvam, nos salvarão

Dessas trevas e nada mais

Enquanto os homens exercem

Seus podres poderes

Morrer e matar de fome

De raiva e de sede

São tantas vezes

Gestos naturais

Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo

Daqueles que velam pela alegria do mundo

Indo e mais fundo

Tins e bens e tais...”

https://www.youtube.com/watch?v=meBIQ5ENoMY

Ah! E antes que esqueça, em 2022, com um Luiz no fim do túnel, teremos após a vitória no primeiro turno um dos maior…

Ah! E um detalhe que me chamou a atenção.  A alegria que saltava aos olhos das belas violinistas. Além dos outros músicos e cantores. Mas a alegria das mulheres, vem dentro d'alma e explode nos seus belos corpos...

Zezito de Oliveira




sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Escrever sobre o Projeto Reculturarte me enche de alegria e tristeza.

 



Escrever os capítulos do segundo volume do Livro AMABA/Projeto Reculturarte me enche de alegria e tristeza, parafraseando a frase de Caetano Veloso na canção Alegria, Alegria...

O Sol * nas bancas de revistas me enche de alegria e preguica...Quem lê tanta noticia”.

Ou no caso da AMABA/Projeto Reculturarte quem viveu intensamente momentos de alegria e muita disputa de egos, ou quem se perdeu na fogueira das vaidades ou de quem encontrou, a despeito disso tudo, também acolhimento, afetividade, novos conhecimentos, novas amizades, aconselhamento, em especial dentro de um contexto em que  crianças, adolescentes e jovens viviam com fortes conflitos e dificuldades dentro de casa.

 O que continua acontecendo, dai a atualidade da proposta, também terapêutica realizado na década de 1990, além do componente estético, social, cidadão e político.

Esta lembrança das alegrias e tristezas me veio a respeito da conversa que tive ontem com uma menina querida, agora mulher, mãe e profissional bem sucedida. E quanto ao segundo aspecto  da tristeza, ela me trouxe mais dados ou informações, as quais desconhecia em parte ou completamente.

Mesmo assim, vamos nos esforçar para manter o clima “solar” que caracteriza o primeiro volume da trilogia, e do qual temos recebido  ótimas avaliações,

Sem querer, querendo.... Como diz o personagem Chaves, o último capitulo do primeiro volume, intitulado “A dimensão afetiva do militante” faz um boa ponte entre o primeiro e o segundo volume, antecipando um tema que merecerá um capitulo com mais detalhes das histórias  vivenciadas, muitas delas documentadas em relatórios e atas, além das entrevistas.

P.S: A menina dos anos 1990 com quem conversei ontem, entrou na AMABA com o Projeto Reculturarte no inicio dessa década. Muito do que está no livro da AMABA na década de 1980 é novidade para ela, belas e agradáveis surpresas aguardam a leitura, disse a ele ao entregar o primeiro volume da trilogia.

(*) O Sol nas bancas de revista / me enche de alegria e preguiça / quem lê tanta notícia”. Em Alegria, alegria, a canção inaugural do tropicalismo, Caetano Veloso homenageia Reynaldo Jardim e os jornalistas que fizeram do suplemento encartado no Jornal dos Sports uma das publicações mais cultuadas do ciclo alternativo.

O tom combativo das reportagens expressava as inquietações libertárias da equipe: “metade das pessoas queria fazer guerrilha, a outra metade era hippie”, conta Ana Arruda Callado, chefe de redação do jornal.

O projeto gráfico resultou de uma grande sacada de Reynaldo Jardim: dividir as páginas de O Sol em quatro partes, para que o leitor pudesse ler com conforto no ônibus. Inovações como essa eram a marca do jornalista e poeta.

http://resistirepreciso.org.br/alternativa/o-sol/ 

Para saber mais sobre o prmeiro volume, clique:

#educaçãopopular #organizaçãocomunitária #açãocultural #arteeducação #comunicaçaoalternativa #Aracaju #bairroAmérica #PauloFreire




quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Olhando o Brasil de hoje pelas janelas da AMABA de 1989 até 1996. Ou vice e versa.

 A eleição de 1989 na AMABA quando fui eleito, representou a vitória de uma grande frente politica que reuniu setores de centro e esquerda, alguns também de centro esquerda. Embora a consciência disso só pode ser vista a partir de hoje. Porque muitos do centro e da centro  esquerda não tinham isso muito claro,  até porque as posturas de centro, esquerda e direita estavam mais definidas por perfis de comportamento com relação ao exercicio do poder e a visão de mundo com relação a temas diversos, e às vezes juntas e misturadas..

Com o tempo, chegamos até a fazer uma  espécie de constituinte e aprovar uma reforma radical do estatuto que implantou uma espécie de parlamentarismo,  o qual foi derrubado na nova reforma do estatuto que passou a vigorar a partir da vitória do grupo que venceu as eleições de 1996.

Se de um lado a esquerda foi vitoriosa na AMABA em 1989, a esquerda no Brasil sofreu uma derrota  com a não eleição do  Lula em 1989, mas por outro lado,  essa derrota teve um lado de vitória também, por razões que apresentarei no segundo volume do livro AMABA/Projeto Reculturarte.

A nossa vitória em 1989 nas eleições da AMABA e a forma como conduzimos o mandato atraiu pessoas com visão de centro direita,  alguns com posturas bem semelhantes ao nosso velho e conhecido “centrão”.  O qual por sinal, surge na cena politica nacional com  muitos deputados da  assembléia constituinte eleitos em 1986.

Mas estes não interferiam na condução politica da direção. Ficavam mais no papel de observadores, em alguns casos talvez por orientação de políticos de centro direita com mandato.

Em que pese culturalmente sob certos aspectos, alguns do centro que compuseram a nossa chapa na primeira hora, se assemelhavam ao pensamento e práticas dominantes do que chamamos atualmente de "centrão", marcada pelo assistencialismo, pragmatismo, clientelismo, imediatismo e etc...

Zezito de Oliveira

Para saber mais, leia:   

segunda-feira, 20 de abril de 2020

SE A PANDEMIA DE CORONAVIRUS TIVESSE ACONTECIDO NOS TEMPOS DA AMABA, NA ARACAJU DOS ANOS DE 1980/1990?

"O historiador não é aquele que fala do passado. Ele se serve do que sabe do passado para falar do presente, para compreender o que se passa hoje". Marc Ferro
Sobre o debate acerca do conceito direita e esquerda, recomendamos:

 Foto da diretoria e conselho fiscal eleito em 1989, junto com alguns apoiadores.




Breno Altman Via facebook em 22/12/2021
OUTRAS PERGUNTAS
Qual seria o programa de uma aliança com Alckmin? Fim do teto de gastos? Revogação da reforma trabalhista? Recuperação dos ativos da Petrobras? Fim da independência do Banco Central? O programa petista será abrandado? Ou teremos Lula defendendo um caminho e seu vice outro?


Guilherme Boulos: "Não existe 3ª via possível com Bolsonaro na casa dos 20%"

https://www.youtube.com/watch?v=5DlshgJia_I


Para saber mais.....

É um livro de memória histórica coletiva construído com base em entrevistas, documentos e leituras de livros e trabalhos de pesquisa da Universidade Federal  de Sergipe.

 Abrange a década de 1980, e trabalha uma visão da política, da sociedade e  da cultura no nível local, bairro américa e Aracaju, mas também Sergipe e Brasil.

R$ 35,00



sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Gente é pra brilhar e não pra morrer de fome...Uma canção e uma reflexão para o natal de todos os dias..


 A música Gente é uma das minhas músicas preferidas da autoria de Caetano Veloso. Faz parte do álbum Bicho lançado em 1977.


Neste ano retrô de 2021, quando o Brasil retorna aos anos de 1980 e até antes, por causa da fome, dos baixos salários e do desemprego, dentre outras mazelas de sempre, mas potencializada por um governo de gente perversa,  esta canção, como muitas daquele tempo retorna com grande atualidade.

Gente não é das canções mais conhecidas e tocadas de Caetano Veloso, até porque os anos passaram e o fantasma da fome parecia que não voltaria a assustar os lares de milhares de brasileiros e isso talvez tenha feito com que a canção perdesse em atualidade, a despeito da qualidade da melodia e da poesia. 

Por outro lado, Caetano Veloso foi se tornando um cantor mais popular no decorrer do tempo e o album "Bicho" é da fase ainda  "cult" do artista, logo, mais restrita em termos de repercussão.

O salário e o emprego nos governos Lula e Dilma também começava a deixar o nosso pais com a cara de país civilizado, país de uma periferia que estava avançando sob o ponto de vista da justiça social, e não "comunismo"  como insistem em afirmar essa gente hipócrita e estúpida como diz outra canção  do mestre Gilberto Gil ou essa gente careta e covarde como disse Cazuza.

Vale lembrar que quando muito, o horizonte de Lula era e é que o Brasil chegasse  ou chegue ao estágio de uma Dinamarca ou Suécia.

Daí porque,  quando a produção de Caetano Veloso colocou nas redes sociais a proposta de fãs sugerirem canções, para a Live de 2020, sugeri a música Gente e ainda justifiquei afirmando que é uma música que tem a ver com o momento politico e econômico atual.

Assim, ficou eu e minha esposa assistindo a live que foi ao ar no dia 19 de dezembro de 2020, esperando Caetano cantar Gente, mas a live estava já no fim e comentei, acredito que GENTE não entrou no repertório, mas eis que Caetano entra cantando GENTE como a última canção da LIVE.

https://www.youtube.com/watch?v=MxKGIhqfHVs&t=579s



 Zezito de Oliveira


Leia  e assista também:

O natal e a e_terna criança que nos habita - Zezito de Oliveira


Tudo o que move é sagrado - Zezito de Oliveira

Abaixo, acrescido em 25-12-2021

Prerrogativas - Os significados da festa de Natal, com Frei Betto








Chegou o segundo e último lote dos livros AMABA: Círculo de Cultura

 O segundo e último lote dos livros chegaram no dia de hoje.. 17 de dezembro de 2021. O preço unitário é R$35.00, dois exemplares é R$60.00 e três ou mais exemplares fica por R$75.00 (neste último caso, para quem comprar diretamente com o escritor)  Isso para quem quiser presentear outras pessoas ou organizações... Para o envio considere o custo de transporte.   O preço com descontos é somente com o escritor. As vendas em outros pontos,  somente será realizada considerando o preço de capa ou a venda de até dois exemplares com desconto.

As pessoas nas fotos são funcionários da Gráfica Farias. A impressão foi realizada com um alto padrão de qualidade. Pedimos desculpas pelo atraso na entrega, por conta do pequeno número do primeiro lote enviado. 

Em breve estaremos informando pontos de venda em Aracaju e em outros municipios. Estamos iniciando parceria com a Rede Balaio (economia solidária) para a entrega do livro com quem compra produtos agricolas orgânicos e sem agrotóxicos fornecidos pela Rede Balaio

Para saber mais:   http://acaoculturalse.blogspot.com/2021/12/educacaopopular-organizacaocomunitaria.html




Aliança Edvaldo Nogueira (PDT) e Rogério Carvalho (PT) em SE, mas será o Benedito? ops, mas será o Lula?

 16 de Dez de 2021, 21h26

Sob maus tratos entre governistas, Edvaldo Nogueira pode atravessar a rua da sucessão e estender mão a Rogério

Fonte: JLPOLITICA

Na política, assim como na atmosfera, há sempre muitas voltas e alterações de percursos. No fuso dela - da política - ora chove, ora o sol torra tudo. Ora neva, ora vem tromba de tornado.Edvaldo Nogueira: poderia ser um candidato apoiado por Rogério Carvalho

E não se espante se nessa fisiologia própria da política o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PDT, um assumido pré-candidato ao Governo de Sergipe na eleição do ano que vem, atravessar a rua da sucessão e der a mão ao senador Rogério Carvalho, PT, outro também assumido pré-candidato ao Governo, visando um amálgama entre ambos.

Um amálgama entre eles dois, seus dois partidos, seus respectivos blocos que daí naturalmente se desdobram e mais alguns interesses para além das microfronteiras de Sergipe. Não se trata aqui de uma conjectura à toa, feita nas dobras de um vendaval de invenções ou elocubrações.

A tese central é a de que Edvaldo Nogueira está vendo se fecharam caminhos, chances, interlocuções e respeito à sua pessoa no coração do grupo governista liderado pelo governador Belivaldo Chagas, PSD, durante o debate das pré-candidaturas.

Consubstanciando esta tese, há outra: Edvaldo - pensam assim ele e alguns petistas - não tem caminho interditado junto ao PT e ao pré-candidato Rogério. Ao contrário, seu histórico pessoal e eleitoral passa pelo PT. O que o deixaria à vontade para se somar aí. Sendo apoiado ou apoiando.

E aqui entra um condimento nacional. Edvaldo Nogueira tem uma excelente relação com o ex-prefeito da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, PDT, e este camarada, antenado com o que se passa em Sergipe, tem trabalhado juntamente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que se sele uma unidade entre o PDT e o PT de Sergipe de olho em 2022 – Neves é uma aposta do PDT e do PT ao Governo do Estado Rio nesse 2022.

O que se comenta no PDT e até entre petistas é que Edvaldo Nogueira não faria grandes - ou nenhuma - restrições a essa possibilidade e que o próprio Lula tem reconhecido, no centro desse diálogo com Rodrigo Neves, grandes méritos e grandes feitos do prefeito aracajuano no campo dos arranjos políticos e, sobretudo, nos administrativos.

Lula estaria a todo instante batendo continência pros cerzimentos e alinhavos das costuras políticas de Edvaldo ao longo da sua vida.

Estaria a relembrar de como esse magricela grisalho de fala fragmentada se fez duas vezes vice-prefeito de Marcelo Déda em Aracaju, de como se elegera prefeito em 2008 sob a chancela de Déda e de como voltara à Prefeitura da capital sergipana em 2016, ainda sob aliança com o PT, e como se reelegera em 2020, aí já com parte do PT em sua oposição e lhe atirando bombas.

(Convêm lembrar aqui que naquele 2020 o avexado Rogério escondeu suas garras contra Edvaldo e deixou que todos os estragos contra o então candidato fossem feitos por Márcio Macedo).

Edvaldo Nogueira, em momentos de atrofia de humildade, costuma levantar o crachá desses fatos salientados por Lula em seu favor. Estaria errado? Aparentemente, não.

Afinal, em 165 anos de Aracaju, nenhum ser político botou a mão nas rédeas da administração dela por cinco vezes. Mas isso já é uma outra peroração.

Continue a leitura aqui: https://jlpolitica.com.br/coluna-aparte/sob-maus-tratos-entre-governistas-edvaldo-nogueira-pode-atravessar-a-rua-da-sucessao-e-estender-mao-a-rogerio

 O que os dois camaradas em Sergipe precisam melhorar?

LEI PAULO GUSTAVO E LEI ALDIR BLANC 2: APROVADOS OS REGIMES DE URGÊNCIA!

A pressão continua pela votação do mérito dos projetos e para avançar a AGENDA NACIONAL DA CULTURA 

Nesta quinta feira (16/12) foram aprovados os requerimentos de urgência do PLP 73/2021 , conhecido como Lei Paulo Gustavo, e do PL 1518/2021,  conhecido como Lei Aldir Blanc 2. 

Uma vitória dupla para o setor cultural brasileiro no apagar das luzes do ano legislativo! 

Aprovadas as urgências, isso faz que com que ambos os projetos entrem obrigatoriamente na pauta de votações da Câmara, o que deverá ocorrer em fevereiro de 2022, no início dos trabalhos  do próximo ano. Um grande avanço,  que coloca os temas da cultura novamente no centro da agenda do Congresso Nacional! 

ENTENDA OS 2 PROJETOS: 



De iniciativa do Senador Paulo Rocha e da bancada do PT no Senado, o PL Paulo Gustavo destina 3,8 Bilhões para a Cultura, de forma descentralizada a Estados e Municípios, com recursos já existentes nos Fundo Setorial do Audiovisual e Fundo Nacional de Cultura. Trata-se de uma política de caráter Emergencial, levando em conta que a pandemia não acabou e que suas consequências sobre o setor cultural são de longo alcance e escala. Relator do Projeto na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) conseguiu contornar os ataques do governo ao projeto, garantindo a aprovação de sua urgência e a prioridade na pauta no próximo ano. 



Já o  PL 1518/2021, conhecido como Lei Aldir Blanc 2, tem autoria da Deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) e co- autoria da Presidenta da Comissão de Cultura da Câmara, Alice Portugal (PCdoB/BA) e do líder do PCdoB, Deputado Renildo Calheiros (PE). Este projeto propõe transformar o repasse anual de R$ 3 bilhões de reais conquistados com a Lei Aldir Blanc em um mecanismo permanente de fomento descentralizado à cultura brasileira, transformando essa conquista em um direito dos fazedores e fazedoras de cultura do Brasil. 

São propostas complementares, que se somam no sentido de garantir mecanismos emergenciais e permanentes de fomento e manutenção do setor cultural em toda a sua diversidade e complexidade. 

Foi aprovada ainda a urgência para Projeto de autoria do Deputado Federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ),  e que prevê a extensão por mais 10 anos da cota de tela para o conteúdo nacional, fortalecendo e apoiando o audiovisual brasileiro em um momento crítico e de ataques ao setor. 

Com UNIDADE, AMPLITUDE E GENEROSIDADE, a cultura brasileira poderá obter importantes vitórias logo no início do ano que vem! É hora de seguir mobilizando em todo o país pela AGENDA NACIONAL DA CULTURA! 

#AprovaLeiPauloGustavo 

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Saudações Culturais! 

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Juntando as sete pontas para a educação dar certo...

 Rudá Guedes Ricci

1. Serviço de atendimento domiciliar por escola junto às famílias dos alunos (busca ativa e levantamento das condições de estudo e acompanhamento familiar)

2. Extensão curricular obrigatória de estudantes do Ensino Médio e Ensino Universitário brasileiro em ações solidárias às populações com alta vulnerabilidade social 

3. Revisão do IDEB, ENEM - na forma do Sistema Nacional de Educação Básica (Sinaeb) e ENADE introduzindo elementos de avaliação formativa (não apenas classificatória)

4. Contratação de regime de 40 horas semanais ou dedicação exclusiva para todos os professores de rede pública do país, em todos os níveis de ensino (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e ensino universitário)

5. Criação de comitês escolares de monitoramento de aplicação dos recursos do FUNDEB/CAQ com melhoria das condições do equipamento escolar e indicadores de qualidade da educação

6. Proibição de aquisição, pelas redes públicas de ensino básico, de material didático produzido por empresas privadas, estimulando a formulação de currículos e materiais didáticos pelas redes públicas na forma de recursos educacionais abertos

7. Utilização das escolas aos finais de semana, com atividades de esporte, cultura e lazer. O objetivo é retomar o vínculo dos estudantes com as escolas

(proposta que eu e Daniel Cara elaboramos)

Perfeito! Assino embaixo. Por esse dias tive uma conversa com um colega que foi professor, depois entrou numa dessas carreiras de estado que pagam salários dignos e hoje está aposentado, querendo colaborar com a educação pública na área do voluntariado. E aí ele me disse: Zezito é dificuldades de todos os tipos, então passei mais de uma hora conversando com ele pelo telefone, explicando o quanto isso depende, não de muita coisa e nem de muito dinheiro, mas de visão e vontade política dos técnicos ligados as burocracias da educação, mas principalmente aos administradores eleitos. Dentro da conversa utilizei alguns dos argumentos acima, e lembrei do papel aquém das universidades, no campo de ações do incentivo e do fomento a melhoria da educação pública e de qualidade. Isso a partir dos cursos de pedagogia e licenciaturas, sobretudo no campo da pesquisa aplicada e da extensão.
  • Zezito de Oliveira









quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

O governador Dino do MA anuncia R$7.000.00 para professores(40h). Por que isso não pode ser feito em outros estados?

 2021


2020



A questão do salário inicial de professor no Maranhão, anunciado pelo governador Flávio Dino , com base no valor de R$7.000,00 com carga horária semanal de 40 horas,  continua suscitando em primeiro lugar a pergunta que não quer calar. Por que em um estado com herança de falência e miséria, legado triste da família Sarney,  consegue pagar um salário desse, enquanto outros estados mais ricos ou com o mesmo orçamento do  nível do Maranhão pagam menos, às vezes bem menos?

Mas este é um dos tripés para alcançarmos o estado satisfatório da educação pública de qualidade, os outros dois são a estrutura física e equipamentos de apoio pedagógico e a gestão democrática.

Agora a pergunta é para quem é professor, aluno e pai/mãe de aluno no Maranhão.

Como é a gestão democrática nas escolas do Maranhão?

Como o governo do estado realiza os investimentos em estrutura física e equipamentos de apoio pedagógico?

Vale pesquisas acadêmicas, vale reportagens dos veículos progressistas de comunicação...

 O aumento dos índices do Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Maranhão, sem dúvida é uma consequência do investimento em educação.

https://www.cartacapital.com.br/educacao/por-que-o-maranhao-paga-os-melhores-salarios-a-professores-no-brasil/

SOBRE A REPERCUSSÃO NAS REDES DO REAJUSTE SALARIAL DOS PROFESSORES DO MA CONCEDIDO PELO GOVERNADOR FLÁVIO DINO.
Comentário: Nas postagens originais, os professores do MA (e funcionários públicos de outras áreas) estão metendo o pau no governador 🤭🤭🤭
Respondi: Então é necessário a imprensa progressista ir até lá fazer jornalismo investigativo. Topo colaborar com o financiamento colaborativo... Professores e estudantes da graduação e da pós graduação devem fazer o mesmo, não esquecendo de dar publicidade as pesquisas...



O que significa a inflexão ao centro politico que o PT nacional busca fazer no momento, até que ponto pode ser feito e como mitigar as consequências?

Arraial do Alto do Miolo em 1988- Iniciativa comunitária que conseguiu apoio governamental, conseguindo se tornar referência estadual dos festejos juninos sergipanos, durante cerca de 10 anos.


Um exemplo: Na década de 1990 como dirigente da AMABA fomos em comissão  solicitar apoio complementar ao escritório da Petrobrás em Sergipe, para o projeto de inclusão cultural, educacional, social e esportiva que era realizado pela AMABA, denominado Projeto Reculturarte.

O escritório local da Petrobrás ficava localizado em um amplo terreno no entorno do Bairro América.

O projeto Reculturarte era patrocinado por agências de cooperação que captavam recursos financeiros por meio da doação de pessoas físicas e jurídicas na Europa e nos Estados Unidos, principalmente neste segundo país, de onde veio a maior parte dos recursos que garantiu o funcionamento do Reculturarte durante quase dez anos, de 1989 a 1999.

Cinema nos Bairros , proposta de um cineclube popular também resultante de uma parceria AMABA com o poder público municipal. Foto de 1988 ou 1989. Infelizmente uma experiência que nunca foi retomada, mesmo pelas administrações de esquerda.

Eram tempos de governo FHC a quem a Petrobrás era subordinada e,  ao chegarmos ao escritório munido de relatório, fotografias e fitas VHS com registro de nossas atividades, fomos bem recebidos com cafezinho, água gelada, ar condicionado e elogios, pelo diretor de marketing da empresa, mas  a resposta foi que o escritório local da Petrobras local não poderia financiar atividades como as nossas, os motivos alegados foram a burocracia interna, as prioridades e etc. Não consigo lembrar os pormenores da conversa.

O  funcionário que nos recebeu,  um tipo bem almofadinha, tecnicista e burocrático, depois que Lula assumiu o governo federal,  continuou ascendendo a outros cargos de decisão dentro da empresa, inclusive os que incidiam sobre as decisões de patrocínios a atividades culturais;

Enquanto a Petrobrás nacional avançava com uma politica de editais mais democráticos e transparentes e com altas somas de recursos destinados para tal, o escritório local da Petrobrás caminhava nos passos lentos para acompanhar este movimento, mas aqui em Sergipe condicionado ao velho modus operandi do clientelismo e do elitismo vigente em nosso meio.  

Para saber mais, adquira o livro:

https://acaoculturalse.blogspot.com/2021/12/educacaopopular-organizacaocomunitaria.html

 Conversando com jornalista Breno Altman  via facebook

Breno Altman - AMNÉSIA 

Alguns argumentam que o PT e Lula precisariam de Alckmin “para garantir governabilidade e evitar um golpe”. Devemos fazer de conta que não houve Michel Temer? Foi tudo bem quando se escolheu como vice um representante da elite política burguesa, alinhado ao programa neoliberal?

Zezito de Oliveira Nem é pelo golpe , porque a história não precisa necessariamente se repetir, é pelo que significará de interdição e obstáculos aos avanços que precisamos fazer, inclusive no campo da cultura politica, inclusive da própria esquerda...Porque também temos muita gente de esquerda que cai muito para o lado do elitismo, do personalismo, do verticalismo, do autoritarismo... 


Já escrevi sobre isso na época em que PT e PC do B  governaram Aracaju, Sergipe e Brasil simultaneamente.

OUTRO BRASIL? SOMENTE COM PARTICIPAÇÃO E ARTE.

1
Zezito de Oliveira · Aracaju, SE
27/10/2006 · 67 · 4

Certa feita, conversando com um amigo educador/artista, que reside na cidade de Olinda, em Pernambuco, sobre o modo de a esquerda governar, ele externou para mim algumas preocupações referentes ao modelo de gestão de muitas administrações progressistas que ele conheceu e que se moldam facilmente à cultura política das oligarquias locais e realizam, mesmo que de forma mais eficiente, uma gestão cuja prioridade são apenas as grandes obras, os programas assistenciais e os shows com grandes artistas ligados à cultura de massa, o que acaba lembrando uma canção do Cazuza: “Um museu de grandes novidades” ou parafraseando Belchior: “Minha dor é perceber que apesar de tudo que fizemos, ainda somos os mesmos, “pensamos” e administramos a coisa pública como os velhos coronéis.”

E o meu amigo fez o questionamento porque, ocorrendo o término do mandato (sem reeleição), uma outra administração ligada a partidos conservadores, com inteligência e perspicácia pode fazer a mesma coisa: realizar grandes obras, investir em programas sociais e prosseguir na organização dos mega shows e, conseqüentemente, passar para a população a idéia de que não haverá necessidade de se votar na esquerda novamente.

Se na época não consegui imaginar isso como uma possibilidade real, decorridos alguns anos dessa conversa, reconheço que essa opinião é pertinente e esse texto foi escrito para ajudar na reflexão sobre o assunto, na linha de que tudo que é sólido se desmancha no ar e de que o que é novidade facilmente torna-se comum, e por isso todo indivíduo ou organização que deseja ser sempre considerada e reconhecida deve continuadamente buscar se aprimorar naquilo para que foi criada e facilitar as coisas para que novas descobertas e novas invenções possam ter lugar.

Leia mais....